Casamento Forçado escrita por Marie


Capítulo 23
De verdade


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GAROTINHAS.

EU ESTOU MUITO FELIZ E POR ISSO ESTOU POSTANDO UM CAPÍTULO HOJE, EU ESTOU BOAZINHA DEMAIS, EU SEI.
Muuuuuuuuito obrigada a The Fire por ter recomendado a fic. Sério. Fiquei muito feliz em receber mais uma recomendação. Adorei mesmo e, também fiquei feliz em saber que não fui a única a começar a ler uma fic porque tinha a Selena Gomez na capa hahahaha. Obrigada linda.

Capítulo fresquinho narrado pelo Noah. Vocês vão conhecer um pouquinho do passado dele, só um pouco, depois vão descobrindo mais.

Espero que gostem, principalmente do final.

Boa leitura.



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|Narrado Por Noah|

Eu estava apostando todas as minhas fichas que o casamento iria dar certo. Depois da última confusão e da última reconciliação, Melissa e eu estávamos melhores do que nunca estivemos. Era como se o contrato nem se quer existia. Nós continuávamos nos conhecendo aos poucos. Não sabíamos tudo do outro, mas íamos descobrindo.

Um mês e meio foi o tempo suficiente para eu me encantar mais ainda por ela. Melissa era incrível, eu não cansava de dizer isso. Apesar da pouca idade, ela era muito responsável e madura. Muito mais do que eu até, mas isso já é normal, qualquer um é mais responsável do que eu, apesar de que eu venho mudando muito e, claro, graças a ela.

Meu único medo era errar de novo. Eu vinha tentando conter os meus desejos, o que é uma coisa muito difícil de fazer quando se tem uma mulher como a Melissa ao seu lado. Eu havia prometido a mim mesmo que eu não iria estragar tudo por causa de sexo, o que foi a causa da última briga. Isso seria idiota. Eu me segurava, mesmo tendo que vê-la quase nua todos os dias. Era uma tortura. Mas depois que ela me disse que a qualquer momento, eu poderia avançar, eu já tinha ideias do que fazer em breve...

[...]

Estávamos em um jantar na casa dos meus pais. O meu pai conseguiu entrar para a lista dos 10 empresários mais bem sucedidos e isso era um motivo para comemorar. Primeiro teve a festa, na qual Melissa e eu ficamos juntos todo o tempo com os meus amigos, e depois, viria o jantar.

Antes, o meu pai havia me chamado para uma conversa particular no escritório. Deixei a Melissa sozinha na sala e o segui até lá. Já tinha uma ideia do que ele iria querer conversar, mas fui mesmo assim.

– Tudo bem? – Peter pergunta. Assinto. – Eu quero ter uma conversa séria com você sobre dois assuntos. – ele diz.

Estávamos sentados à mesa, meu pai me fitava sério.

– Prossiga. – peço.

Meu pai e eu éramos bons amigos até os meus dezesseis anos. Já que depois dessa idade, eu comecei a fazer amizades que não foram lá as melhores que eu já tive. Acabei me metendo em muita confusão, algumas até envolviam policia. O casamento foi o jeito menos severo que ele teve para tentar me controlar. De fato, ele conseguiu. O que foi bom, pois agora estamos voltando com a nossa velha amizade de pai e filho.

– Você já sabe que eu abri mais uma empresa aqui em Nova Iorque. Correto? – meu pai pergunta e eu assinto. – E ela é diferente das outras, é pequena e eu estou procurando por pessoas para trabalhar lá. Quero novos sócios, novas caras e eu andei pensando e muito antes de chegar a essa conclusão, eu espero não me arrepender depois, mas eu quero você para ser o meu novo sócio. – meu pai foi direto. Ele termina de falar e espera o efeito cair sobre mim.

Trabalhar para Peter Russel. Isso seria uma coisa nova e diferente para mim, mas o meu pai sabia que eu nunca quis trabalhar nas empresas dele. Antes mesmo de completar dezoito anos, eu já havia dito que ele tinha que me manter bem longe dos problemas dele, não era aquilo que eu queria. Meu pai se preocupava, porque não tinha outro herdeiro além de mim, mas eu não tinha culpa se o que eu queria mesmo era ser médico. Ele já havia me oferecido emprego, mas dessa vez parecia ser mais sério.

Fito o meu pai por alguns segundos antes de responder. Eu sabia que ele ficaria magoado se eu não aceitasse, porque era um sonho dele me ver cuidado do grande império dele, mas eu não queria isso. Balanço a cabeça negativamente e suspiro.

– Pai, eu não… - começo a falar, mas ele me interrompe.

– Noah, por favor, pense bem nisso. – ele diz. – Eu sei que você nunca quis trabalhar para mim, ou ser dono de uma empresa, mas eu preciso de você, quem é que vai ficar com tudo de herança? Eu só tenho você.

– Eu não sei. – respondo. – Você sabe que eu quero medicina.

– Mas já têm dois anos que largou a faculdade para fugir com aquela sua namorada louca. Já teve oportunidades para voltar, por que não fez isso? – meu pai pergunta um pouco irritado.

– Isso foi um erro, eu era imaturo. E também eu venho pensando nisso tem pouco tempo, você sabe que até alguns meses atrás eu ainda era só um encrenqueiro. – respondo. – Eu queria conversar com você sobre a faculdade, eu quero muito voltar e me formar.

Meu pai suspira de cansaço e se joga para trás, escorando-se na poltrona que estava sentado. Eu sabia que ele se preocupava com o futuro da empresa, mas não era aquilo que eu buscava.

– Pense bem, por favor. Eu sei que não é isso que você procura, mas querendo, ou não, a empresa será sua futuramente. – ele responde.

– Vamos falar sobre isso depois, preciso pensar. – respondo e Peter assente.

Apesar de que eu estava ganhando dinheiro com o contrato, depois que voltei a ser um homem responsável, comecei a pensar no meu futuro. Eu não iria ganhar dinheiro para sempre com aquilo, então eu precisava investir no que eu iria fazer, sendo assim, eu queria voltar à faculdade de medicina e conseguir me formar. Antes eu costumava visitar hospitais e fazer trabalhos voluntários, mas acabou que eu larguei tudo por alguém que não merecia nada.

– E qual era o outro assunto? – pergunto, já que ele havia dito que tinha dois.

– Ah sim, bem lembrando. – meu pai se conserta na cadeira e me encara. - E a Melissa? – ele pergunta. – Vocês estão se dando bem?

Era claro, qual mais assunto ele teria para tratar comigo a não ser sobre o casamento?!

– Sim, nós estamos. – respondo rapidamente.

– Você sabe que se você quiser, eu posso acabar com o casamento. – o meu pai diz e eu franzo o cenho. – Eu só te meti nessa história porque eu queria o melhor para você e pelo que o Tom havia me dito da filha dele, eu sabia que ela seria uma boa influência, e de fato foi. Fico feliz por isso, mas se você não estiver feliz, eu acabo com o casamento.

– Não. – respondo quase gritando. – Eu nunca pensei que eu diria isso, mas eu gosto de estar casado. – digo depois de pensar rapidamente em todos os momentos que passei com ela.

Antes de tudo eu pensava que eu nunca me daria bem com a Melissa, logo quando a vi na lanchonete e brigamos, mesmo ela não sabendo que eu era o Noah. Mas depois de um tempo passando quase todos os dias com ela, percebi que eu estava errado. A Melissa era encantadora.

– Noah, você está apaixonado pela Melissa? – meu pai pergunta, tirando-me dos meus devaneios e eu percebi que eu estava com um sorriso idiota estampado.

– Eu não sei. – respondo.

Eu não sabia o que eu sentia por ela. Era complicado. Depois que me apaixonei da última vez pela Sasha, só deu tragédia e muita briga. Não que eu queria evitar me apaixonar por ela, mas eu também não queria me jogar de cabeça na relação e sair machucado como da última vez… ou pior, machucar a Melissa.

– Mas se caso você não quiser, eu acabo com tudo. – ele me tira mais uma vez dos devaneios.

– Não. – repito minha resposta. – Eu estou feliz. – sorrio.

– Você tem certeza que não está apaixonado por ela? – meu pai pergunta. Dessa vez ele me encarava desconfiado.

Dou risada. Ele arqueia a sobrancelha.

– Ainda é cedo para sentimentos mais fortes. – respondo, meu pai semicerra os olhos.

– Pode até ser cedo, mas você não age como se não sentisse nada. – Peter diz.

Com certeza ele iria aprofundar o assunto até eu dizer algo que ele poderia usar “contra mim” e dizer que estou apaixonado por ela, mas nem eu sabia direito o que sentia pela Melissa.

Ela era especial, isso é um fato, seja lá o que aconteça com nós dois futuramente, eu nunca vou esquecê-la. Todos os dias eu acordava ao lado dela e só por ver o mesmo e lindo sorriso todos os dias, me fazia querer vê-lo pelo resto da vida. Isso me deixava confuso… muito confuso.

– Eu gosto da Melissa, mas não posso dizer que estou apaixonado por ela, ela é especial e eu sinto que se tudo dê certo vamos acabar apaixonados, mas eu não quero me precipitar na relação e fazer tudo errado sem ter certeza dos meus sentimentos. – digo, colocando um ponto final na conversa.

[...]

Estávamos todos à mesa do jantar. Antes de virmos, conversei com a Melissa e disse que nós tínhamos que conversar sobre o que meu pai havia me dito. Eu iria perguntar sobre a empresa, ela deveria ter uma boa opinião e, também, precisamos conversar sobre sentimentos. Por mais que ela pudesse pensar que eu era apaixonado de verdade por ela, precisávamos esclarecer algumas coisas.

O jantar estava indo bem. Alguns tios e primos estavam presentes, já que o meu pai havia chamado apenas os familiares para ficar para o jantar. Mas a minha mãe começou a estragar tudo.

– Bem, peço a atenção de vocês. – ela pediu, levanto-se da mesa. Todos olharam para ela.

Coloquei a mão na perna da Melissa e apertei de leve. Não com más intenções, apenas para tranquilizá-la. Eu sabia que a minha estava ameaçando a Melissa. Apesar de que a Melissa não me contava, eu acidentalmente já vi uma das mensagens que a minha mãe havia mandado para ela. Eu não iria deixar nada de ruim acontecer com a Melissa, minha mãe é louca.

– Como vocês devem lembrar, daqui a duas semanas será o meu o aniversário. Não importa de quantos anos, mas o importante é que ainda estou viva. – os convidados riem e, por educação, eu também. – E todos vocês estão convidados, claro. – percebo que ela olhou para a Melissa. – Eu só queria avisar que teremos uma convidada especial. Alguns devem se lembrar dela, outros não, mas ela está arrasando como modelo em Paris. – só podia ser uma brincadeira, a minha mãe não faria isso comigo. – Com vocês, a minha convidada de honra. – minha mãe carregava um sorriso um tanto quanto falso no rosto.

Fiquei paralisado quando eu vi a Sasha entrando na sala de jantar. Eu queria acreditar em qualquer coisa, menos naquilo. A minha mãe estava louca, ela já usou a Sasha para tentar acabar com o casamento uma vez, não é capaz de que ela faça isso novamente.

Eu estava com tanta raiva que eu meus dentes estavam trincando, eu queria levantar dali e falar na frente de todo mundo o que “a convidada especial” era de verdade.

– Obrigada! – a Sasha diz e olha diretamente para mim.

Sem esperar a minha mãe dizer alguma coisa, ou a Sasha parar de agradecer os aplausos desnecessários que os convidados deram para ela. Levantei da cadeira sai da sala de jantar o mais rápido que pude. Todos os olhares foram para mim, mas eu não me importei.

– Noah. – ouvi a Melissa me chamando, mas eu estava com raiva demais para dar ouvidos a ela, era capaz de que eu a tratasse com ignorância.

Fui para o quintal e me sentei em um dos bancos próximos a piscina. Coloquei as mãos sobre o rosto e suspirei várias vezes tentando me acalmar, mas só de me lembrar da imagem da Sasha na noite da briga na lua de mel e me lembrar da última noite que passamos juntos, me deixava irritado novamente.

Não acreditava que a minha mãe foi baixa a ponto de chamá-la para a festa de aniversário dela sabendo o que a Sasha fez comigo e ainda por cima usá-la para me separar da Melissa. Mas eu não ia deixar isso continuar.

– Noah? – ouço a voz da Melissa. Ela estava parada na minha frente, depois de alguns segundos me fitando, ela se sentou ao meu lado e passou a mão pelo meu braço. – Você está assim por que a Sasha vai atrapalhar de novo, ou… ela ainda mexe com você? – ela pergunta. Olho irritado para ela.

– Eu odeio a Sasha. – respondo. – Bota isso na sua cabeça, Melissa. A única coisa que eu quero dela é distância e a minha mãe sabe disso, mas ela é doente e chama a mulher que destruiu a minha vida para tentar destruir o meu casamento.

– Mas a Sasha sabe que é um contrato. – Melissa diz e arqueia a sobrancelha. – Sua mãe tem sérios problemas, me desculpe, mas é a verdade.

– Eu sei. – digo e suspiro aliviando a raiva. – Mas a minha mãe acha que estamos apaixonados… - termino de falar e fito a Melissa. Ela hesita e abaixa a cabeça.

Esse era o plano da minha mãe. Ela podia achar que eu e a Melissa estávamos apaixonados e quer usar a Sasha para nos separar. Eu não sabia por que ela pensava isso, mas dessa vez eu não vou deixar a Sasha destruir nada.

Eu quero continuar com a Melissa e ela não vai nos fazer brigar como fez da última vez.

– Apaixonados… - a Melissa sussurra e solta um riso abafado.

– Qual é a graça? – olho para ela e pergunto com um minúsculo sorriso estampado. Melissa olha para mim e sorri.

– Só achei engraçado ela pensar que somos apaixonados. – ela responde.

– E o que isso significa? – pergunto e aproximo-me dela. – Está dizendo que não sou capaz de fazer você se apaixonar por mim? – fito a Melissa com os olhos semicerrados. Ela ri e revira os olhos.

Era incrível a minha capacidade de mudar o humor tão rápido quando estou com ela.

Seguro o rosto da Melissa e o puxo para ficar próximo ao meu, ela não diz nada. Olhávamos nos olhos do outro, mas desviei o olhar para a boca dela. Era tão convidativa. Coloco minha mão na nuca dela e passo os dedos pelos seus fios castanhos. Ela fecha os olhos e sorri.

– Eu te fiz uma pergunta. – sussurro. Melissa abre os olhos e ri.

– Mas eu não quero te responder… não agora. – ela diz, antes de encostar nossos lábios e começarmos a nos beijar.

Melissa estava bem diferente em relação aos seus desejos. Antes, ela sempre se fazia de difícil e nunca me deixava terminar o que começávamos, mas depois da briga e depois que ela perdeu a virgindade com o idiota, ficou muito diferente, ao contrário de mim, ela que implorava para uma continuação. Não que eu não quisesse, mas depois de tantas brigas preferi esperar o tempo dela, mas pelo jeito, já havia passado. E eu já tinha planos para isso.

– Sabia que é muita falta de educação deixar a mesa antes de um jantar terminar? – ouvimos a voz da minha mãe e rapidamente a Melissa se afasta de mim. A minha raiva havia voltado. Olho irritado para ela e fico com mais raiva ainda quando vejo a Sasha ao seu lado.

Levanto-me e fico de frente para a minha mãe.

– Quando os convidados são desagradáveis, eu prefiro me retirar. – respondo e olho rapidamente para a Sasha.

As duas estavam lado a lado, Melissa continuava sentada no banco, em silêncio. Mas dessa vez ela não tinha que se intrometer em nada. Eu que iria resolver as coisas dessa vez. A minha mãe havia passado dos limites e, ela nem tinha começado ainda.

– Não fale assim com a Sasha. – minha mãe diz. Reviro os olhos, irritado.

– Eu vim só como convidada, não quero atrapalhar nada. – Sasha se intromete. Como uma mulher podia ser tão cínica?!

– Quem não te conhece que te compre, Sasha. Eu sei bem o que o seu nada significa. – falo ainda irritado com as duas.

– Ela é minha convidada, está na minha casa, trate-a com respeito! – minha mãe fala como se quisesse pôr ordem, mas se tinha uma coisa que eu não iria fazer, era isso.

– Se tem uma coisa que eu não vou fazer é respeitar a Sasha. – digo, eu tinha que sair dali antes que eu me estressasse de verdade. – E se ela é a sua convidada de honra e eu tenho que respeitá-la porque está na sua casa, eu prefiro sair e não voltar até essa infeliz for embora. – olho para trás e seguro o braço da Melissa para sairmos dali. – Não somos bem-vindos aqui. – falo para a Melissa, mas antes que eu pudesse sair, Sasha começa a falar.

– Por que me trata assim? – Sasha pergunta, quase gritando.

Viro-me para ela e a encaro com raiva.

– Então quer dizer que agora você não se lembra de nada, não é? – pergunto, gritando também.

– Eu me arrependi. – ela diz. Tão falsa.

Só de me lembrar do acidente, de todos apontando o dedo para mim como culpado, dos pais do meu amigo xingando-me por ter matado o filho deles, de todos saírem como inocentes, mas só eu como culpado de algo que eu nunca quis que acontecesse e da Sasha indo embora sem me dar apoio e como namorada, ficar ao meu lado, ela me deu as costas e se juntou aos outros. Sabendo que eu não era o culpado… fico com mais raiva ainda.

– Pensa que eu me esqueci de quando você me deu as costas quando eu mais precisava de você? – gritei. – Eu te amava, Sasha. – eu não deveria dizer essas coisas na frente da Melissa, mas ela precisava ouvir a verdade, já que eu não tive como falar quando ela fugiu. – E você simplesmente preferiu fugir e fingir que não tínhamos nada e se juntar aos que me julgavam como culpado de algo que eu nunca tive culpa. – continuei gritando. Melissa e a minha mãe ficavam em silêncio. – Mas você foi embora, eu larguei tudo por você, tentei te conquistar de novo, te dei tudo que você nunca mereceu e você continuou me humilhando. Quero que você vá para o inferno com o seu falso arrependimento e me esqueça. Você não vai mais destruir a minha vida. – termino de falar e respiro fundo. Eu precisava bater em alguma coisa, aliviar o estresse, lembrar-me do passado nunca me fez bem.

Olho para Melissa e ela parecia estar assustada com tudo que eu falei e do jeito que eu agi com a Sasha. Mas eu precisava descarregar aquele peso, precisava falar tudo que eu vinha guardando e nunca pude falar, mas agora eu podia e não me arrependia de nenhuma palavra.

As três estavam paradas, olhando para mim em choque. Minha mãe não parecia se preocupar com aquilo. Ela sempre foi tão fria e não teve a capacidade de me apoiar na pior fase da minha vida, mas eu havia conseguido superar com a ajuda do meu pai.

– Não me procure mais. – digo por último, antes de segurar a mão da Melissa e continuar o caminho que eu havia começado, deixando as duas para trás.

– Não se esqueça que isso é só um contrato, Noah. – a minha mãe grita. Viro-me para ela e sorrio.

– Isso nunca significou que eu não possa gostar da Melissa de verdade. – digo e sinto Melissa apertando a minha mão. Nunca havia dito isso na frente dela, mas era a verdade, se eu me esforçasse só mais um pouco, acabaria me apaixonando por ela. Qualquer um se apaixonaria por uma mulher como ela. – Se você tentasse se esforçar para conhecê-la de verdade, veria quem é a mulher certa.

– Uma mulher que está com você só pelo dinheiro é a mulher certa? – minha mãe grita.

Eu ia respondê-la, mas sou impedido pela Melissa.

– Errado. Uma mulher que é vítima de algo que o seu próprio pai fez, mas uma mulher que reconhece quem é o Noah de verdade e sei do que ele precisa. – a encaro, Melissa respira fundo e continua. – Algo que você, muito menos a Sasha sabe dar… amor, Amy. Só porque vocês não sabem o que é, não tentem destruir o de quem tem. – olho confuso para ela. Melissa me amava?

– Você nunca irá me convencer. – a minha mãe continua gritando.

– Não tenho que te agradar, Amy. – Melissa grita e, pela primeira vez eu estava a vendo levantar a voz com a minha mãe. – Você não vai acabar com nada. Não dessa vez. – ela parecia estar irritada.

– Veremos. – minha mãe responde e puxa a Sasha para dentro.

Olho para Melissa, eu ainda estava com as palavras anteriores dela na mente. Melissa respira fundo e olha para mim. Senti a necessidade imensa de tê-la nos meus braços naquele momento. Ela era única e eu não poderia deixá-la escapar.

– Você… você gosta de mim? – pergunto, um pouco inseguro. Melissa olha nos meus olhos e sorri.

– Vamos para casa, vou te mostrar algo. – Melissa diz sorrindo e segura a minha mão, puxando para fora da casa dos meus pais, indo até o carro.

Ela não conversou nada o caminho inteiro, mas o nosso silêncio dizia muita coisa. Eu estava confuso com o que ela havia dito, porque agora está na minha mente que a Melissa possa gostar de mim e, eu não sei se isso vai ser uma boa ideia, eu sabia que a minha mãe não nos deixaria em paz.

Eu não podia deixar nada de ruim acontecer com ela.

[...]

Subimos para o apartamento. Ainda estávamos em silêncio, mas a Melissa estava agitada e nervosa. Enquanto subíamos pelo elevador, ela não parava de balançar os pés. Apesar de já ter uma ideia do que ela queria me mostrar, acho que eu iria me surpreender.

Melissa abre a porta do apartamento e quando entro, ela estava parada de frente para a porta, ela abre a boca várias vezes antes de finalmente falar.

– Me beije. – ela diz. Sorrio.

Sem pensar em mais nada além de tê-la, agarro Melissa e a beijo como se aquilo fosse à coisa mais importante naquele momento. E de fato era. Nosso beijo desesperado, necessitávamos um do outro. Do toque, do desejo, da paixão envolvida naquele ato.

Levanto Melissa, fazendo com que ela cruze as pernas na minha cintura e a encosto na parede. Ela começa a puxar a minha blusa, tentando tirá-la, e com a minha ajuda, eu já estava sem o terno e sem a camisa. Melissa arranha as minhas costas, deixando-me arrepiado e a desejando mais que tudo naquele momento. Encosto-me mais a ela, mostrando como eu já estava excitado só por beijá-la. Melissa geme no meu ouvido e naquele momento, aquele era o melhor som que eu poderia ter ouvido. Beijo o pescoço dela e mordo. Melissa puxa meus cabelos, morde o lóbulo da minha orelha e arranhava minhas costas.

Precisávamos tanto um do outro que até tínhamos esquecido que precisávamos respirar. Aproveito que nos separamos para recuperar o ar perdido e seguro Melissa colocando a minha mão na bunda dela, caminhando com ela até o quarto. Chuto a porta e entramos, já estávamos nos beijando novamente.

Jogo Melissa na cama e subo em seguida, ficando por cima dela. Arranco o vestido do seu corpo em segundos e, observo aquela obra prima que foi feita na medida certa… para mim.

Aproximo o nosso rosto, mordo a sua orelha e falo sussurrando no ouvido dela:

– Agora vou te mostrar como se faz amor de verdade.


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Notas finais do capítulo

tan tan tan tan

ALELUIA. ALELUIA. ALEULIAAAA.
Imagino vocês assim ahusha.

Preparadas para o próximo capítulo? ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Não se preocupem, porque não vai terminar assim, vou realizar o desejo de vocês. u-u

Conversem comigo, comentem e me digam o que acham desse "gosto não gosto" deles. Do que vocês acham que a Amy vai fazer. Do Peter ter oferecido emprego ao Noah. DOS DOIS FINALMENTE TEREM CHEGADO ONDE VOCÊS TANTO QUERIAM. Por nada, amores. Por nada.

Enfim. Eu espero que tenham gostado. Vão descobrir mais sobre o passado do Noah nos capítulos seguintes. Não sei se terá mais algum narrado por ele, mas provavelmente vou fazer. Não sei quando vou postar o próximo, mas pretendo não demorar.

DESPEJEM A SUA FELICIDADE NOS COMENTÁRIOS E SE PREPAREM PARA O PRÓXIMO. ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Beijos.

Ps.: Obrigada mais uma vez a The Fire por ter recomendado.