Casamento Forçado escrita por Marie


Capítulo 21
Prepare-se


Notas iniciais do capítulo

Hey! Nem demorei, certo? u-u

Vocês são uns amorzinhos. Obrigada por todos os comentários e favoritos, estou muito feliz.

Bem, o capítulo não tem nada demais, eu acho. Eu diria que os próximos vão ser bons, porque pra mim, a fic vai ficar mais legal e.e

Espero que gostem, recado nas notas finais, boa leitura.



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Acordo e percebo que eu acabei dormindo escorada no peito do Noah. Nós ainda estávamos no hospital desde quando terminamos de conversar e nos acertamos, eu insisti para que ele fosse para casa descansar da viagem, mas ele preferiu ficar no hospital comigo esperando por alguma noticia da minha mãe.

Levanto-me e olho para ele que ainda estava dormindo. Involuntariamente sorri enquanto olhava para Noah.

A nossa discussão na noite passada foi rápida.

Apesar de que eu estava chateada com o que aconteceu no Havaí, fiquei feliz em saber que ele não tinha desistido de nós quando soube do que aconteceu entre Austin e eu. Eu pensava que ali seria o ponto inicial para terminarmos na pior, mas aí Noah apareceu e se desculpou pelo que disse no Havaí e por todas as outras coisas erradas que havíamos feito para o outro.

Eu estava feliz e triste ao mesmo tempo.

Fiquei feliz por estarmos bem novamente e por ele ser assim… tão compreensivo. Eu sabia que eu ainda tinha muita coisa parar dizer a ele, mas ele pediu para colocarmos um final naquela história e que iríamos começar certo dessa vez e assim fiz. Eu estava disposta a começar de novo, porque apesar de que eu fiquei chateada com as coisas que ele me disse, de eu ter ficado com raiva dele, vi que ele foi sincero quando me pediu perdão e que no momento que disse todas aquelas barbaridades não tinha noção do que estava fazendo. E eu estava triste de ter transado com o Austin. Na minha cabeça só se passava a cenas da noite que passamos juntos. No momento, estava tudo ótimo. Mas só depois eu fui ver a burrice que eu fiz. Ainda mais depois que ele me disse que não queria mais nada comigo logo depois de ter transado.

Eu não vi mais o Austin depois que o deixei sozinho com o Noah, mas eu não queria vê-lo nem pintado de ouro. Ele foi um grande canalha por ter contado tudo ao Noah. Nem acredito que confiei nele.

Mas tentei fazer o que o Noah pediu: esquecer tudo.

[...]

Alguns minutos depois que eu acordei, vejo Noah abrir os olhos e começar a se esticar no sofá. Essa dormida não foi nada confortável, mas foi ele quem havia insistido para ficar aqui, não eu.

– Bom dia. – ele diz quando me vê sentada ao seu lado. Respondo sorrindo. – Alguma notícia da sua mãe? – Noah pergunta e se aproxima mais de mim.

– Não, ninguém veio falar nada. – respondo e suspiro triste.

– Não fica assim, ela vai ficar bem. – Noah fala, tentando me animar e dá um beijo na minha bochecha. Sorrio.

– Bom dia, crianças. Trouxe café para vocês. – o meu pai diz chegando à sala de espera com três copos de café nas mãos. Afasto-me do Noah e pego um e ele outro.

– Obrigada, pai. – agradeço e o Noah faz o mesmo.

O meu pai senta no sofá que estava de frente para nós, nos fitando. Não sabia o que se passava na cabeça dele, mas com certeza ele iria perguntar muitas coisas.

Olho para Noah e ele já estava me olhando, sorrio torto e ele corresponde.

– Gostaram da viagem? – o meu pai começa o que eu já tinha previsto.

– Sim. – Noah e eu respondemos juntos. – Foi ótima. Melissa é uma boa companhia. – Noah completa.

– Fico feliz que apesar de tudo, estão se dando bem. – meu pai diz sorrindo. – Viu que casar com ele não foi uma má ideia? – Tom pergunta me encarando. Sorrio um pouco envergonhada.

– Eu sei. – respondo e bebo mais um gole do café.

– O que fizeram no Havaí? – meu pai continua com as perguntas e Noah e eu continuávamos respondendo. Algumas eram até indiscretas e eu me recusava a responder e proibia o Noah de responder.

Tom disse que estava muito feliz que eu e o Noah decidimos que antes de irmos para a lua de mel iríamos tentar uma relação e que ela estava indo bem. Claro que não contamos da briga nem das traições, ele iria ficar indignado. Mas estava tudo bem outra vez.

Enquanto conversávamos, o celular do Noah começou a tocar. Olhei para ele e ele encarava a tela do celular.

– Com licença. – ele pede e sai de lá deixando apenas o meu pai e eu.

– Está mesmo tudo bem entre você e o Noah? – meu pai pergunta.

– Sim, ele é um ótimo rapaz. Não parece nada com o que eu ouvia falar dele. – respondo e bebo o último gole do café.

– E se vocês se apaixonarem de verdade? – meu pai pergunta e eu quase engasgo. – Pretendem ficar juntos?

– Pai, não fale bobagens. – respondo. – O Noah é ótimo, mas eu imagino que ele vá querer ter a vida de volta quando o contrato acabar. – ele me encara desconfiado. – Não me olhe assim.

Eu não fazia ideia do que iria acontecer quando o contrato acabasse. Lá dizia apenas dois anos, mas eu não sabia se esses dois anos chegaria, porque muita coisa ainda pode acontecer e mudar tudo. Mas eu preferia não pensar muito nisso e deixar tudo acontecer no tempo certo. No momento, eu só queria focar na nossa nova tentativa.

– Só estou dizendo que é possível vocês se apaixonarem de verdade e quem sabe ficarem juntos definitivamente. – ele diz sorrindo.

– Pai, por favor. – peço. – Eu prefiro deixar como está… se for para acontecer, que aconteça. – digo e me jogo para trás encostando-me ao sofá.

Tom não diz mais nada, apenas assente e volta a ficar em silêncio. Minutos depois, Noah reaparece e se senta ao meu lado novamente.

– O meu pai me ligou e disse que eu preciso ir a casa dele. – Noah diz olhando nos meus olhos. – Eu disse que eu estava com você aqui, mas ele insistiu. Você se importa? – ele pergunta.

– Claro que não. – respondo rapidamente. – Pode ir, é bom que você descansa um pouco. – sorrio para Noah, ele corresponde e se aproxima de mim, segura meu rosto e dá um beijo na minha testa.

– Então eu vou indo, depois te ligo. – ele fala e levanta.

– Tudo bem. – digo.

Noah se despede do meu pai dizendo que vai se encontrar com o Peter e sai do hospital.

Depois que o Noah saiu, o que o meu pai disse veio a minha cabeça.

Será que eu conseguiria me apaixonar pelo Noah? Apesar de que às vezes agia feito idiota, ele era um ótimo companheiro, só basta não estressá-lo, ou provocá-lo. Prova disso foi a nossa briga.

Eu gostava dele, mas ainda era cedo para definir se era apenas como um simples amigo, ou se aquele simples sentimento poderia se tornar algo mais forte. Eu tinha medo de me apaixonar e me magoar, ou magoá-lo. Mas prefiro deixar tudo como está. O depois nos dirá o que vai realmente acontecer.

[...]

Meia hora se passou desde que Noah havia ido embora… por um milagre dos céus, o doutor apareceu na sala de espera para falar conosco.

– Bom dia! – ele disse quando chegou. Cumprimentamos de volta. – Desculpe-nos pela demora, é que a Lauren precisava mesmo descansar. O câncer a atacou de verdade dessa vez, mas com todos os serviços que o senhor pediu, conseguimos mantê-la. – ele diz olhando para o meu pai e depois me olha. – Você é a Melissa? – ele pergunta.

– Sim, sou eu. Como ela está, doutor? – pergunto desesperada. Meu pai e eu já estávamos de pé.

– Melhor do que antes. – ele responde. – Ela pediu para você ir vê-la, ela precisa conversar com você. – ele diz com o olhar sério que ele carregava desde a hora que chegou aqui. Apenas assenti e me aproximei para acompanhá-lo. – Sr Castilho, depois é a sua vez.

– Tudo bem, eu espero. – meu pai responde.

– Siga-me, Melissa. – o doutor pede e assim faço.

Eu estava preocupada. Não fazia ideia de como eu encontraria a minha mãe lá e também tinha medo de que esse poderia ser o nosso último encontro. Pelo jeito que o doutor falou dela, não deve estar nada bem.

Chego ao quarto e o doutor pede que eu entre, mas que eu não abuse demais da energia dela, já que ainda estava fraca.

Entro e a encontro deitada enrolada até a cintura, suas mãos estão cruzadas uma na outra e ela estava careca.

A minha mãe tinha cabelo curto desde que começou as quimioterapias, o cabelo caiu, mas não todo e pela primeira vez depois que ela descobriu que tinha câncer, ela estava sem os cabelos.

– Mãe. – eu digo emocionada ao vê-la. Corro para perto da cama e a braço, ela estava mais magra também.

Parecia até que tinha anos que eu não a via. Uma semana foi o suficiente para mudar completamente.

– Que bom ver você, Mel. – ela diz enquanto nos abraçamos.

Segurei o choro. Eu estava feliz em poder abraçá-la. Feliz por saber que ela ainda estava mesmo ali. Que eu ainda poderia ver o sorriso dela mais uma vez e ouvir a sua voz.

– Eu estava com muita saudade. – digo quando nos afastamos. – Nunca mais viajo para tão longe assim, eu estava preocupada. – digo enquanto seguro a mão dela.

– Você é casada agora, querida. – ela diz e sorri. – Tem que dar atenção ao Noah também. Eu sei que eu sou um problema na sua vida, mas ele também precisa de você.

– Nunca diga isso. – a repreendo. – A senhora não é um problema e nunca será. – ela sorri novamente. – E eu sei que tenho que dar atenção a ele, mas acontece que a minha mãe é mais importante que o meu marido. – minha mãe ri.

– Que bom que pensa assim. – ela diz.

– Como se sente? – pergunto.

– Acho que vou ficar bem. Só não sei por quanto tempo vou ficar e é por isso que eu queria conversar com você. – Lauren fala mais séria dessa vez, segura as minhas duas mãos e olha nos meus olhos. – Mel, eu te amo. Você sempre foi uma ótima filha, responsável, adulta… mas sempre foi sensível. Eu sei e você sabe que eu não vou ficar mais aqui por muito tempo. – não gostava de ouvir aquilo, era como meu coração se despedaçasse. – Eu sei que dói ouvir isso, mas essa é a verdade. E eu acho melhor que isso acabe logo do que eu fique sofrendo aqui prendendo vocês e impedindo muitas coisas… - eu ia falar, mas ela me interrompe. – E não adianta falar que não impede porque eu sei que impede. – ela suspira de cansaço. – Eu só quero que você fique preparada para isso. A qualquer hora eu posso ir e quero que pense eu fui para um lugar melhor, sem sofrimento, sem nada disso. – ela sorri entristecida. – Mas saiba que sempre eu vou te amar. – quando ela diz isso, não consigo me segurar, começo a chorar.

– Eu não quero te perder. – eu digo entre soluços, enquanto a abraçava.

Doía muito pensar nisso. Perder a minha mãe, a mulher que sempre foi a minha companheira e a minha verdadeira melhor amiga era a pior coisa do mundo. Eu nunca estaria preparada para aquilo, eu não queria aceitar que justo ela, que sempre foi uma boa pessoa estava naquela situação.

– Está tudo bem, filha. – ela diz quando eu me afasto, limpo as minhas lágrimas e assinto. – Você está rodeada de pessoas ótimas. E se eu conheço bem, uma dessas pessoas é o Noah. Eu sei que ele vai te apoiar.

Eu queria tanto contar a verdade para ela, não queria deixá-la morrer enganada. Achando que éramos mesmo loucos um pelo outro, mas eu não podia, isso continuava sendo uma coisa tão difícil… mas eu não tinha escolha.

[...]

Depois de um tempo eu me acalmei e voltamos a conversar normalmente, ela perguntava sobre a lua de mel e como o Noah havia me tratado lá. Eu dizia que tudo foi uma maravilha. Que ele era um homem incrível… e eu não mentia, ele é mesmo um. Só cometeu erros, assim como eu. Não contei sobre as brigas, porque envolvia o contrato e ela não podia saber. Ela estava feliz e mais encantada com o Noah.

– Eu sinto que ele é o homem certo para você. – ela diz. – Não sei por que, mas eu sinto isso. – ela sorri por fim.

– Espero que não esteja enganada. – digo e ela ri.

E eu esperava mesmo isso.

O meu celular começa a tocar e eu pego do bolso para ver quem me ligava. Era o Noah. Atendi e coloquei na viva voz.

– Oi Noah! – assim que pronunciei o nome dele a minha mãe sorriu.

– Oi. Está tudo bem? ­– ele pergunta ao ouvir a minha voz.

– Sim. Aconteceu alguma coisa? – pergunto, já que o pai dele havia insistido que Noah fosse a casa dele.

– Nada demais. – Noah responde. – Só o meu pai que vai dar um jantar para comemorar a inauguração de mais uma empresa dele e queria nos convidar.

– Que dia vai ser? – pergunto, porque eu tinha que me ajeitar.

– Hoje. – ele responde.

– Hoje? Droga! – lamento e Noah fica sem entender. – Hoje eu não posso Noah. Estou com a minha mãe no hospital.

– O quê? Nem pensar que você vai deixar de ir a uma festa por minha causa. – a minha mãe se intromete e o Noah escuta.

– Ela está aí? – ele pergunta. – Oi Lauren. – a minha mãe havia proibido o Noah de chamá-la de senhora.

– Oi meu querido. – a minha mãe responde. – Fique despreocupado porque a Melissa vai sim à festa. – olho feio para ela. – E nem me olhe desse jeito. – ela diz olhando para mim e Noah ri do outro lado da linha.

– Você vai, amor?

Parei por um segundo quando ele me chamou de amor, mas daí eu me dei conta de que a minha mãe estava comigo, então isso justificava.

– Vai. – a minha mãe respondeu.

– Mas mãe… - resmungo.

– Vai sim e acabou. – ela reclama e eu reviro os olhos. Noah ri novamente.

– Pare de rir. – mando e ele para. – Como eu não tenho outra escolha… eu vou. – Noah comemora e a minha mãe também.

– Quer que eu vá te buscar no hospital? – Noah pergunta.

– Eu vou de táxi. Fique tranquilo.

– Tem certeza? – ele pergunta para garantir.

– Sim. – garanto e desligo o telefone depois de dar tchau. – A senhorita é um caso sério. – digo olhando para a minha mãe e ela ri.

Depois de mais alguns minutos conversando e aproveitando a disposição da minha mãe, deixei o hospital e o meu pai foi ficar com ela no quarto. Apesar de que quando eu cheguei ao quarto, fiquei triste por ouvi-la dizer aquelas coisas, me alegrei quando começamos a conversar.

Enquanto eu ia para casa, tudo voltou a minha mente, a briga com o Noah, a minha noite com o Austin…

Ainda era uma coisa nova para mim. Foi bom, não nego, mas se eu pudesse voltar atrás, não faria nunca. Pena que é impossível desfazer o maior erro que cometi…

[...]

Chego ao apartamento e assim que abro a porta deparo com o Noah de samba-canção limpando a bagunça que eu e o Austin deixamos na sala.

Assim que ele levanta a cabeça para me olhar, ele sorri, senti algo estranho na minha barriga e em todo o meu corpo. Gostei de olhá-lo daquele jeito. Com um sorriso enorme e olhos brilhando.

Fecho a porta e aproximo-me de Noah.

– Me desculpa? – peço involuntariamente. Noah franze o cenho. – Me desculpa por ter feito o que eu fiz aqui e se eu estraguei tudo. – Noah sorri amigavelmente.

Eu sabia que ainda tinha muita coisa pendente para conversávamos, foi tão fácil um perdoar o outro, mas eu sabia que ele, assim como eu ainda tínhamos o que falar.

– Esqueça isso. – ele pede. – Nós temos que focar agora só na nova tentativa. – ele continua sorrindo.

Olhei para a boca dele e senti uma vontade estranha e forte de beijá-lo. Por algum motivo, me senti muito atraída por ele, mais do que o normal.

Aproximei-me mais dele, ele continuava lá, parado me encarando, mas o seu sorriso agora era um menor, um sorriso torto que continuava lindo.

Assim que eu estava bem próxima dele, comecei a falar.

– Obrigada por ser tão compreensivo, por aceitar o erro que eu fiz e se desculpar pelo seu. – Noah sorri. Aproximo o meu rosto do dele e falo no seu ouvido. – Me beija. – continuei próxima dele e vi que ele se arrepiou.

Noah soltou tudo que estava na mão dele no chão (e, com certeza, quebrou alguma coisa) e segurou a minha cintura me prensando contra seu corpo. Aproximou nossos rostos, mas não me beijou. Ficou apenas olhando para os meus olhos e quando ele olhava para a minha boca, o meu desejo de querer beijá-lo aumentava.

– Vai. – peço baixo e ele ri de uma forma sexy.

Noah me segura pela nuca, o que me arrepiou e em seguida me beija. Meu corpo todo se arrepiou mais ainda quando nossas bocas se tocaram, foi como se um choque tivesse passado por todo ele. Eu nunca senti isso quando beijei o Noah, só sei que esse beijo, foi o mais gostoso que já demos.

Ele havia me feito dar passos para trás até eu bater minhas costas contra a primeira parede que encontrássemos por lá. Eu estava começando a ficar excitada e nós ainda estávamos no beijo. Eu não faço a mínima ideia do que foi que aconteceu comigo.

Noah levantou segurou a minha coxa esquerda e levantou a minha perna, em seguida ele encostou mais o seu corpo no meu e eu senti que ele também já estava excitado. Gemi durante o beijo e ele também.

Noah beija o meu pescoço e coloca a mão na minha cintura, quando eu acho que ele vai levantar o meu vestido, na verdade, ele só se afasta de mim. Abri os olhos devagar e o encarei.

– Por que parou? – perguntei e dei uma rápida olhada na ereção dele. Mordi meu lábio.

– Temos que nos arrumar. – ele respondeu e deu as costas saindo da sala me deixando lá, com cara de idiota.

[...]

Enquanto eu me arrumava para ir ao jantar de inauguração do Peter, pensava no por que do Noah ter parado de me beijar. Eu estava me sentindo bem nos braços dele, mas daí ele parou e agora está me ignorando.

Ele já havia saído do quarto já que tinha terminado de se arrumar primeiro do que eu.

Como era uma festa social e só teriam pessoas chiques lá, eu tinha que caprichar. Escolhi um vestido, ele era prata e azul, brilhante, bem decotado na frente e costas e de manga comprida. Ele ficava na metade das minhas coxas.

Escolhi um salto e uma bolsa de mão, me aproximei para colocar na cama para que eu começasse a fazer a maquiagem.

Poucos minutos depois terminei de me maquiar e arrumar o cabelo. Fiz uma trança de lado. Calcei o salto, passei perfume e saí do quarto.

Noah estava na sala assistindo TV, aproximo-me do sofá e o encaro. Ele me olha de cima a baixo, demorou um pouco no meu decote enorme e voltou a olhar para o meu rosto.

– Uau! – é a única coisa que ele disse. – Você está linda. – ele se levanta e se aproxima de mim.

– Por que parou de me beijar? – pergunto séria e ele apenas suspira.

Noah se aproxima mais de mim e segura as minhas duas mãos e olha nos meus olhos.

– Desculpa. – ele pede. – É que eu estava com medo de me descontrolar e acabar como sempre… chateado porque você não me deixa terminar. – me senti mal quando ouvi aquilo.

– Desculpa. – dessa vez eu que peço. – Eu não fazia por mal.

– Eu sei. – ele sorri um pouco sem graça e se aproxima mais de mim. – Você está linda. – ele repete e depois me dá um beijo rápido nos lábios.

Eu estava tentando descobrir o que era que estava acontecendo comigo. Senti novamente as mesmas coisas quando ele me beijou.

Hm, hm

[...]

Voltamos a nos falar no caminho, ele pediu desculpas mais algumas vezes e eu também. Acabamos nos entendendo.

Chegamos à mansão do Peter. Estava toda iluminada e com várias pessoas entrando e saindo. Estava linda. Noah estaciona o carro e olha para mim.

– Vamos? - ele pergunta.

– Sim. – respondi.

Noah pediu para eu ficar no carro. Ele fez o favor de abrir a porta para mim. Entramos com as mãos dadas.

Eu estava com medo de me encontrar com a Amy. Eu sabia que ela iria começar com as suas ameaças e me deixaria chateada. Mas eu não tinha para onde fugir.

Para a minha infelicidade, quando entramos demos de cara com os pais do Noah. Não que eu me importasse em ver o Peter, mas sim a sua mulher.

Eles nos olham surpresos. Peter sorri.

– Boa noite, crianças. – ele diz e se aproxima de nós. Amy continua atrás dele. – Melissa, você está muito bonita. – agradeço e esboço um sorriso. – Você é um rapaz de sorte. – Peter diz olhando para o filho. Ainda estávamos de mãos dadas.

Noah olha para mim e sorri, mas não responde ao pai.

– Poupe-me e se poupe Peter. – ouvimos a Amy dizer. Ela se aproxima de nós e fica ao lado do Peter. – Isso é um contrato de caridade para essa… - Amy me olha da cabeça aos pés e faz cara de desgosto. – coitada.

– Amy, não comece. – Peter pede.

Noah e eu continuávamos em silêncio. Até porque ele não podia começar a enfrentar a mãe e eu não podia desrespeitá-la na frente dos convidados. Apenas tentei ignorar, assim como Noah parecia estar fazendo.

– Melissa é uma ótima garota. Pelo que eu vejo, Noah e ela estão se dando muito bem e sinto que tem algo surgindo aí. – Peter diz depois de nos analisar.

– Não tem nada surgindo. – Amy fala irritada. – É só um contrato e acabou.

– Isso não significa que não podemos nos envolver. – o Noah diz e a mãe dele revira os olhos.

– Poupe-me Noah. Vai dizer que está apaixonado por essa coitada que se escorou em você e usa o contrato como desculpa? – a Amy pergunta e encara o Noah esperando a resposta.

Eu sabia que ele não era apaixonado por mim, mas por algum motivo, ele estava demorando de responder.

– Amy não os deixe constrangidos. – Peter reclama. – Se ele quiser se apaixonar pela Melissa, terá seus motivos e vice e versa. Não adianta se intrometer. – Peter fala um pouco rude com ela.

Eu já estava até imaginando como seria dali em diante. Como eu havia previsto, Amy iria nos encher e fazer de tudo para me humilhar e desistir de tudo.

– Enfim… - Peter diz colocando um final na conversa. – Noah, quero te apresentar aos meus novos sócios, venha comigo. – ele pede e Noah assente.

– Eu já volto. – Noah diz olhando para mim e antes de ir me dá um beijo na minha bochecha e sai de lá.

– Comporte-se. – Peter fala para a Amy.

– Agora é entre você e eu. – ela diz.

Assim que eles saem de lá, Amy me encara com cara de poucos amigos e depois me empurra para dentro do escritório que estava ao nosso lado.

– Você está louca? – pergunto quando ela havia parado de me empurrar. – Eu não tenho nada para conversar com você. – digo irritada.

– Temos e muito. – ela fala irritada também. – Mas antes de começar eu tenho uma perguntinha… - ela diz e se aproxima de mim com um sorriso cínico. – Gostou da companhia de vocês na lua de mel? – ela pergunta e eu rapidamente fico com mais raiva ainda.

Eu deveria desconfiar, era claro que Amy faria isso.

– Você está dizendo que foi você que mandou a Sasha pra lá? – pergunto quase gritando.

– Quem mais faria isso? – Amy pergunta e ri. – E isso foi só o começo, eu ainda tenho muita coisa para fazer.

Eu devia esperar por isso. Ela mesma havia dito que faria da minha vida um inferno depois que eu me casasse com o Noah. Eu não estava preparada para aquilo, eu não fazia ideia do que ela faria dali em diante.

– O que eu te fiz, Amy? – pergunto com calma. – Você sabe muito bem que eu sou a vítima nessa história. Eu não queria me casar com o Noah, muito menos, me intrometer na vida de vocês, mas eu não tive escolha. – respondo já irritada.

– Não importa o que você fez. – ela quase grita. – Eu só quero você bem longe do meu filho. Você não é a mulher certa para ele. Eu já avisei e vou avisar novamente, Castilho… - Amy se aproxima de mim, eu tento me afastar, mas ela segura o meu braço e começa a falar em um tom ameaçador. – Eu vou fazer da sua vida um inferno. Isso da Sasha não foi nada comparado ao que eu tenho guardado para você. Só digo uma coisa, querida… - ela me solta e se afasta indo para a porta. – Prepare-se.

Amy diz por fim e sai do escritório me deixando encarando o nada.

Fecho os olhos tentando impedir que as lágrimas de raiva e tristeza começassem a cair.

Eu não tinha para onde fugir, a minha única opção é fazer o que ela disse.

Preparar-me para o pior.


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Notas finais do capítulo

A Amy é um amor, não é? hahaha.

Como podem ver, Melissa e Noah estão se acertando, então já podem ficar felizes porque coisa boa está vindo aí :v
Mas seria uma pena se algo atrapalhasse tudo e.e
Brincadeirinha... ou não.

Ah, tenho um aviso. As minhas férias começaram hoje. Amanhã eu vou viajar e, apesar de que para onde eu vou, eu terei internet, não sei se vou poder atualizar toda a semana. Eu gosto de atualizar a fic quando eu tenho pelo menos uns cinco capítulos escritos e eu tenho só dois (já que apaguei os outros por não estar satisfeita com eles) e lá eu não sei se vou ter tranquilidade para escrever, eu só gosto de escrever em silêncio e tranquila haha. Mas eu não vou ficar sem atualizar mais um mês, isso eu garanto.

Bem, eu espero que tenham gostado do capítulo e o que vocês mais querem está bem próximo. Só digo isso u-u

Comentem, favoritem, recomende e façam o que quiserem, só não seja fantasma (isso não é legal).
Beijos.

PS.: VOU RESPONDER OS COMENTÁRIOS ASSIM QUE EU PUDER, HOJE ESTOU OCUPADA.