E o grande dia chegou. Acordei com o despertador tocando e logo me dei conta de que faltavam algumas horas para que eu subisse no altar para dizer o “sim” ao Noah. Eu já tinha despertado, estava sem sono. Talvez a ansiedade fosse o motivo daquilo, porque sempre que eu acordada, eu queria dormir mais.

Além do casamento, hoje era o meu aniversário de dezoito anos. Se não fosse pelo contrato, eu estaria me arrumando para viajar, mas ao invés disso, terei que me arrumar para casar.

Levantei da cama e fui direto para o banheiro do meu quarto para fazer a higiene. Não troquei de roupa, assim que terminei de lavar o rosto e escovar os dentes desci para a sala, e não tinha ninguém lá. Meus pais costumavam assistir TV as sextas pela manhã.

– Mãe? Pai? – chamei e nenhum deles respondeu. O que me deixou um pouco preocupada.

Decidi ir à cozinha e tomei um susto com o que vi. Lá estavam a minha mãe, meu pai, Noah, Austin, Gracie e a Lucy, Peter e, infelizmente, a Amy. Também tinha um bolo em cima da mesa. Assim que cheguei eles gritaram “surpresa”, o que foi o motivo do meu susto.

– Parabéns, filha! – minha mãe disse feliz vindo até mim. – Eu nem acredito que minha menininha está fazendo 18 anos. – ela disse e me abraçou em seguida. Correspondi o abraço dela sorrindo também.

Eu realmente não esperava por uma “festa”, porque hoje eu jurava que todos estariam focados no casamento e não em fazer uma comemoração do meu aniversário, mas gostei de ver todos ali. Bem, quase todos. A Amy era uma pessoa dispensável para aquela comemoração.

– Obrigada, mãe. – digo ainda sorrindo. Em seguida Gracie vem até mim também me dando um abraço muito apertado.

– Agora você já pode sair sem a permissão. – Gracie diz. Apenas sorrio e a agradeço.

Olho para trás e vejo todos sorrindo para mim, mas eu só me concentrava no Noah e Austin.

O meu jantar com o Austin foi o melhor que eu já tive. Nenhum se compara ao da noite passada. Depois de tanto tempo brigando por namoradas dele e pelo meu casamento, finalmente passamos um tempo bem. Claro que não rolou beijo, nem nada. Mas não precisou disso para ser uma noite especial com o meu querido amigo. Eu gostei de ouvi-lo dizendo “eu te amo”, mas claro que depois ele esclareceu essa “declaração”. Eu também o amo como um amigo, do mesmo jeito que ele me ama assim.

Noah vem até mim com os braços abertos e logo me abraça. Correspondo o abraço dele.

– Parabéns! – ele sorrindo. Sorrio para ele também. O abraço dele era bom. Gostei.

Ouço a Gracie gritando “beija” e logo todos – com exceção do Austin – acompanham a gritaria dela. Noah sorri do jeito safado dele e eu fico com certa vergonha colocando as minhas mãos cobrindo o meu rosto.

Noah segura meu braço e puxa para baixo tirando as minhas mãos do meu rosto. Em seguida ele segura minha cintura e me puxa com tudo para perto dele, ele prensa meu corpo contra o dele, segura meu pescoço com a outra mão e me dá um beijo.

Eu poderia dizer que foi um beijo calmo, mas não chegava nem perto disso. Noah só podia estar um pouco descontrolado porque ele nunca havia me beijado daquele jeito na frente de alguém. Quando nos separamos puxo um pouco de ar para os meus pulmões, porque o beijo foi de tirar o fôlego. Todos gritam e começam a cantar parabéns.

Como em um aniversário comum, depois de cantar parabéns todos me abraçaram e me deram presentes, nada muito valioso, apenas uma lembrança para poder recordar desse dia. Mas o do Noah foi um colar enfeitado com algumas pedras que, com certeza, valiam muito.

Eu me incomodava com o Noah me dando coisas caras, ainda mais na frente da mãe dele, mas como eu não tinha outra escolha… aceitei.

– Obrigada a todos. – digo. – Eu fico feliz que vocês se lembraram do meu aniversário nessa correria que está às organizações do casamento, e obrigada pelos presentes. – por fim, sorri e sentamos à mesa para comer o bolo que por acaso estava incrivelmente gostoso.

– Ansiosos para o casamento? – Peter pergunta. – Porque eu mal posso esperar para ver essa linda garota casamento com o meu filho. – sorri para o Peter como um agradecimento.

– Sim. – respondi. – Estou sim. – olho para o Austin que me observava. Não havíamos conversado formalmente, ele tinha apenas me dado um abraço e parabéns, já que o presente foi uma pulseira com as iniciais “A & M” que ele me deu na noite passada.

– Eu mal posso esperar para casar com você. – Noah responde e me fita por uns segundos. Sua mão estava em minha coxa, como estávamos sentados, ninguém estava vendo. Ele adorava provocar.

– Espero que faça minha filha muito feliz. – Tom diz olhando para Noah.

– Farei. – ele responde. – Ela não se arrependerá de ter casado comigo. – Noah sorri.

Não havíamos conversado sobre a festa dele, mas eu não estava tão interessada em saber com quantas ele havia transado antes de “se prender” a mim, porque eu tenho certeza que ele não será tão fiel como está prometendo ser, mas não tirarei conclusões precipitadas dele. Deixarei acontecer.

– Agora que já comemos e bebemos, está na hora de todos irem para casa e começar a se preparar para o casamento. Eu não quero ninguém chegando atrasado. – Amy diz botando ordem. Falando assim até parece que ela queria que o casamento acontecesse.

– Tem razão. – Lucy concorda com ela. – Eu vou sentar na primeira fileira e assistir de pertinho a minha amiga se casando.

– A primeira fileira é minha. – Gracie diz com certo ciúme já que ela não gostava que eu tivesse outras melhores amigas.

– Tudo bem! – digo e levanto da cadeira. – O casamento é em algumas horas e quero todos lá no horário, principalmente o noivo. – olho para Noah, que sorri.

– E nós, mulheres, vamos para o salão ficarmos lindas. – a minha mãe diz.

Mais um tempinho depois, quase todos foram embora, ficaram apenas a Gracie e Noah. Eu estava no quarto com ele, enquanto Gracie estava no andar de baixo ligando para o salão de beleza para saber se já estava tudo pronto para irmos.

– Como foi a sua noite? – Noah pergunta.

– Ótima. Nada de bebidas, música alta, ou homens dançando quase pelados. – respondo e Noah ri. – Já a sua…

– Eu estava apenas com amigos, não tinha mulheres, nem música alta. – Noah diz, mas não quer dizer que eu acredite. Arqueio uma sobrancelha e fito o Noah. – Não acredita em mim? – assinto. – Eu estou falando a verdade.

– Tudo bem, tudo bem. – respondo. – O importante é que nos divertimos do nosso jeito e logo estaremos no altar. – digo e ando o guarda-roupa pegando uma roupa qualquer para ir até o salão me arrumar.

Assim que me viro, deparo-me com o Noah me fitando e eu já sabia o motivo daquele olhar. O short de pijama que eu usava era curto.

Eu sabia que o Noah iria tentar transar comigo algum dia, não sabia quando, mas é claro que ele não aguentará ficar sob o mesmo teto que eu e não me tocar para realizar os seus desejos.

Eu só não sabia se eu estava pronta e certa daquilo. Noah teria que fazer muita coisa e mudar algumas para provar que merece isso. Não que eu esteja me fazendo de difícil, ou algo do tipo, mas nunca tive essa experiência e não sabia se o Noah teria paciência comigo.

– Você é mesmo um tarado. – digo e ele ri.

– Desculpe-me, mas você está com um short pequeno, sua bunda é visivelmente grande e eu sou homem. – Noah responde. – Eu tento não olhar, mas é automático. – ele completa e reviro os olhos rindo.

– Tudo bem, mas agora você precisa ir para casa. – digo e ando até ele levando-o da cadeira e empurrando para fora do quarto.

– Espera! Preciso saber sobre a lua de mel. – ele diz virando-se para mim.

– O que quer? – pergunto e cruzo os braços.

Noah hesita um pouco e entra de novo no quarto fechando a porta. Franzo o cenho.

– Vamos começar o que eu disse? – ele pergunta. – Começarmos a tentar e tudo mais.

Era obvio que ele tocaria no assunto. Eu não estava apostando tudo nisso, eu nem sabia o que o Noah tentaria. Na verdade, eu nem sei o que ele quer com isso. Claro que é para não nos desentendermos e sim para conhecermos “de verdade”, mas quando isso começar, eu não sei até onde ele levará isso.

– Se você achar que devemos… sim. – respondo.

– Eu posso fazer tudo? – Noah pergunta.

– Tudo o que? – pergunto e franzo o cenho.

– Você sabe… - ele responde. – Tudo. – em seguida abre um sorriso safado.

Noah era mesmo muito safado, não quero nem imaginar as coisas que ele irá querer fazer com esse lance de “tentar”.

– Noah Russel, tchau! – digo e o empurro novamente para fora do quarto.

– Tá, eu já vou. – ele diz rindo e virando-se para mim. - Vai dizer sim, não é? – Noah pergunta e eu dou risada.

– Russel, desde quando eu tenho outra escolha? – respondo com mais uma pergunta e ele sorri.

– Ótimo. Todos os meus amigos estarão lá e eu não quero passar vergonha.

– Hm, bom saber que seus amigos estarão lá, pensarei bem no que vou falar. – digo e em seguida sorrio.

– Nem brinque com isso. – Noah diz e se afasta. – Bem, eu já vou.

– Tchau! – digo e fecho a porta do quarto, ele já sabia o caminho para a saída, não precisava de minha companhia para ir até a porta.

Assim que o Noah saiu, minutos depois a Amy e a minha mãe entraram no quarto. Eu não queria a presença da Amy ali, mas se eu fizesse algo, a minha mãe descobriria.

– O salão é daqui a meia hora, tem várias mulheres e como o casamento será cedo, temos que ir logo. – a minha mãe diz.

– Sim, eu acho melhor a Melissa se arrumar por último assim fica mais duradoura a maquiagem e afins. – Amy diz. Apenas sorrio, mas por dentro eu estava a matando.

– Tem razão. – Lauren concorda.

– Então vamos. – digo. – Temos muitas mulheres para buscar ainda. – digo, referindo-me as madrinhas.

[...]

Voltas e voltas pela cidade, buscamos todas as mulheres que seriam a madrinha do casamento. Depois seguimos direto para o salão de beleza. Marcamos o casamento para às cinco e meia da tarde.

Queríamos algo rápido na igreja, mas a festa duraria até quando não sobrasse mais ninguém. Já que Noah contratou um bom DJ e um Buffet que terá as melhores comidas… duvido que alguém vai querer sair de lá tão cedo.

Chegamos ao salão e todas nós entramos. No total, tinham cinco madrinhas. Eu só conhecia duas. Obviamente, a Gracie, e a outra era Anna, uma amiga do Noah que por acaso havia estudado comigo no ensino médio.

As outras eu não fazia ideia de onde haviam saído, nem o Noah as conheciam direito, os pais dele que as arranjaram.

[...]

Toda a tarde passamos no salão, já tínhamos levado as nossas roupas e tudo que iríamos precisar para nos arrumarmos.

Eu não podia negar que eu estava muito nervosa, apesar de que eu já tinha a resposta na ponta da língua que era o tal “sim” e tudo planejado, eu estava nervosa e ansiosa, era algo novo.

Um evento importante que eu pretendia realizar apenas quando eu encontrasse alguém que me amasse de verdade e que me faria feliz. Não que eu esteja dizendo que o Noah não é capaz disso, ele está prometendo que vai se dedicar e que vamos tentar um romance.

Isso também me deixava nervosa. Eu estava ansiosa pela viagem, pelo que ia acontecer com nós dois durante e o que será de nós depois. Também estava ansiosa para ver o que o Noah estava planejando, mas eu prefiro esperar para ver o que ele fará do que ser pessimista e achar que não dará certo.

– Você está ficando tão linda. – a minha mãe disse enquanto o meu penteado terminava de ficar pronto.

– Obrigada. – agradeci e sorri.

– Você não sabe o quanto eu estou feliz por está te vendo casar. Eu pensei que não ficaria viva até esse momento. – Lauren continuou falando.

Eu ainda tinha esperanças que a minha mãe ficasse viva até os dois anos do contrato acabassem. Eu queria que ela me visse casando por amor e não por dinheiro. Eu peço aos céus que isso se realize, eu não suportaria a dor de perdê-la.

– E eu fico muito feliz que você está aqui para ver. – respondo e sorrimos. Logo depois, demos um jeito de nos abraçarmos.

[...]

Todas as madrinhas e as duas mães estavam prontas e lindas. Para mim, ainda faltava o vestido e os acessórios necessários que uma noiva usava para o casamento.

Faltava exatamente uma hora para irmos à igreja e começar toda a cena.

Já iam começar a me arrumar, as madrinhas haviam saído para ir logo à igreja, eu iria depois. A Amy e a minha mãe fizeram questão de ficar comigo e ajudar a me arrumar. Eu, nem fazia tanta questão da Amy ali. Mas como sempre, não tinha outra escolha.

– Ok! Primeiro vamos começar colocando o vestido. – a Sam, dona do salão e a que nos ajudou a nos arrumarmos, disse.

Foi um pouco difícil me enfiar no vestido, parecia que eu tinha engordado de uma hora para outra. Mas no fim, conseguimos arrumar tudo certinho. Para a festa, eu usaria um vestido mais curto.

Na verdade, era só tirar alguns dos babados do vestido grande e ele se tornava menor e ótimo para uma festa.

Depois de vários minutos, eu estava totalmente pronta. Vestido, salto, véu, brincos, o colar que o Noah havia me dado e o resto dos acessórios que foi preciso para deixar tudo mais bonito e enfeitado. A maquiagem também estava linda, graças a Sam.

– Uau! Você está incrivelmente linda. – Amy disse. Se ela estava sendo falsa nesse elogio, eu não sei, porém, eu me sentia linda.

– Filha, você está perfeita. – Lauren disse.

– Por nada. – Sam gritou tentando receber os créditos. Rimos.

– Obrigada todas vocês. – digo. – Mas vamos logo. Eu prometi que o casamento aconteceria na hora marcada.

Depois de mais milhões de elogios, fomos direto para a igreja. Claro que também convidei a Sam. E lá fomos nós. O caminho todo eu recebia elogios da minha mãe e olhares estranhos da Amy.

Não que eu tinha medo, mas que ela estava me olhando de forma estranha, ela estava…

[...]

Já, já, eu iria começar uma nova vida. E seria ao lado do Noah. Tudo aconteceu tão rápido que parece que foi ontem que eu derramei café quente na roupa dele e fui demitida. Naquele momento, eu pensei que nunca iríamos nos dar bem. Mas durante o tempo que passamos juntos, Noah se mostrou um cara legal e às vezes compreensivo.

Ele é um bom rapaz.

[...]

Meu coração disparou quando o carro parou em frente à igreja. Eu não iria entrar ainda, por enquanto, eu e as madrinhas iríamos ficar em um salão que tinha na igreja. Ainda faltava meia hora para que desse a hora marcada.

Todas andavam de um lado para o outro impaciente, eu estava sentada tentando ficar calma.

– Você está tão linda. – Gracie disse animada. – Duvido que o Noah vá se segurar até vocês chegarem ao Havaí para poder realizar todos os desejos dele. – ela falou baixinho e piscou para mim.

– Obrigada! – respondi. – E ele terá que se segurar até que eu diga que ele pode me tocar. – digo por fim.

– Ah, Melissa, por favor. – ela falou reclamando comigo. – Vocês vão se casar. CASAR. – Gracie gritou. – Não tem mais que segurar, até parece que quando o Noah começar com os beijos dele que não devem ser nada ruins, você vai conseguir se controlar. – ela disse como se tivesse toda a razão do mundo.

– Controlei até hoje. Aguento mais um pouco. – digo.

Gracie ia falar algo, mas a Amy começou a falar alto chamado toda a nossa atenção. Agradeci por isso, a Gracie iria brigar comigo.

– Todas as madrinhas devem ir agora para a porta da igreja, vocês já vão começar a entrar. – Amy disse.

Gracie, Anna e as demais começaram a sair do salão e seguindo para onde a Amy mandava. A minha mãe também já havia saído.

Por fim, ficou somente eu esperando pelo meu pai. Ele iria vir me chamar na hora que fosse para entrar. Eu continuava nervosa, minhas mãos estavam suadas e eu as passava no vestido enxugando. Não iria estragar mesmo.

Alguns minutos depois ouço três batidas na porta e levanto-me preparando para sair, só podia ser o meu pai. Já devia está na hora de entrar.

Mas assim que a porta abre, quem entra é a Amy. Tiro o sorriso que antes estava estampado.

– Olá, querida. – Amy disse.

– O que você quer? – pergunto.

– Nada. Só vim te ver mais de perto e sozinha. – ela sorri.

– Já deve ser a sua hora de entrar, tem que respeitar a ordem, como ensaiou. – digo e afasto-me, já que ela estava se aproximando.

– Ah, não se preocupe. Eu vou. – ela continua sorrindo. – Eu só quero te dar um recado. – ela se aproxima de mim sorrindo. Afasto-me. – Quero que aproveite bastante a lua de mel, porque quando você voltar, eu vou fazer da sua vida um inferno. – ela continua sorrindo.

– Eu não tenho medo de você, Amy. – digo firme.

– Pois deveria. – ela diz por mim.

Amy iria falar mais alguma coisa, mas alguém bate a porta e em seguida é o meu pai que entra. Abro um sorriso (falso) para ele.

– Amy é a sua hora de entrar. – Tom diz.

– Ah, sim. – ela sorri para o meu pai. – Só vim ver a sua linda filha de perto. – Amy como se estivesse feliz e sai indo para a porta da igreja.

Meu pai se aproxima de mim com os olhos brilhando e um sorriso enorme estampado.

– Você está tão linda, Mel. – ele diz.

– Obrigada! – digo sorrindo. – Por mais que tudo isso seja de mentira, obrigada.

– Não fique assim, você não sabe o dia de amanhã, pode acontecer coisas boas com você e o Noah. – Tom responde.

– Não importa. Vamos logo, não quero me atrasar. – respondo um pouco grossa e cruzo meu braço com o do meu pai e saímos do salão indo para a porta da igreja.

Assim que cheguei, todas as madrinhas e o Noah já haviam entrado. Faltava um minuto para eu entrar, com a ajuda da Sam que ficaria comigo até o fim da festa para me arrumar, consertamos o vestido e a calda dele.

– Você está linda. – ela diz.

– Graças a você. – respondo, sorrindo.

Cruzo meu braço com o do meu pai e logo ouvimos a música tradicional de entrada de uma noiva tocar. Olho para Tom mais uma vez e ele sorri para mim, sorrio também. A porta abre e logo meu coração dispara ao ver todos de pé com câmeras e sorrisos apontados para mim. Olho diretamente para Noah e ele estava com um sorriso de orelha a orelha. Respiro fundo e abro um sorriso também.

Tom e eu começamos a andar no tapete vermelho estendido até o altar, todos sorriam e alguns até choravam. Minha mãe não parava de chorar. O que me deu um pouco de vontade também, mas me controlei.

Chego ao altar e como o normal, Noah vem até nós e dá um abraço no meu pai e depois pega a minha mão, ele sorri e se aproxima de mim beijando a minha testa. Viramos para o padre.

– Estamos aqui hoje reunidos para celebrar a união de um casal que o Senhor escolheu para… - e blábláblá.

Depois de muita falação e benção o padre foi ao ponto principal. O Noah não parava de me olhar a todo o momento e sorrir. Não que aquilo estava me incomodando, mas me deixava um pouco envergonhada, ainda mais sabendo que o Austin estava lá, olhando tudo e, com certeza, com raiva.

Depois que a dama de honra traz as alianças, o padre começa a falar novamente:

– Uma vez que é vosso propósito contrair o santo matrimonio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença do Senhor e da sua igreja.

Como o padre diz, pegamos a mão direita do outro e o Noah começa a falar:

– Eu, Noah Russel, aceito Melissa Castilho como minha esposa, e prometo ser fiel, amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida. – e ele coloca a aliança no meu dedo.

Era a minha vez de falar, olho em volta e vejo a minha mãe chorando, meu pai sorrindo e a Amy me fuzilando, mas com um sorriso. Não deixo me intimidar e digo:

– Eu, Melissa Castilho, aceito Noal Russel como meu esposo e prometo ser fiel, amá-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida. – digo com firmeza e coloco a aliança no dedo do Noah. Sorrimos.

– Eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – o padre diz.

Noah sorri, aproximando-se de mim e fala ao meu ouvido:

– Você é linda. – e por fim, me beija com delicadeza.

E enfim, casados…