As Desvantagens de Ser um Semideus escrita por Jolly Roger


Capítulo 5
O amor


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo não tem nada de desvantagem, mas ta aí depois de cinco meses alguma ideia veio.



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Sim, conseguir uma namorada (ou namorado, dependendo do seu sexo) no acampamento também é difícil (a não ser que você seja filho de Afrodite, Apolo ou até mesmo Tique), mas eu não sou filho deles e sim de Hermes. E para alguém como eu, que sempre viveu fazendo pegadinhas nos outros é mais difícil ainda.

Esqueci de falar: meu nome é Connor Stoll, irmão mais novo de Travis Stoll e conselheiro do chalé onze.

– Então você é filha de Afrodite? - Estava conversando com Sam, ela ficou no chalé de Hermes por duas semanas, o bastante para virarmos amigos bem próximos. Olho a de cima a baixo, todos os meus irmãos e os outros no nosso chalé sempre falavam que ela era bonita que talvez fosse filha de Afrodite, mas eu sempre pensei que ela era filha de alguma deusa menor como Hebe ou Tique.

– É, mas não me sinto muito como uma filha da deusa do amor e da beleza.

– Elas devem te odiar. - Digo lembrando de quando eu, meu irmão Travis e Sam trocamos todos os espelhos normais do chalé de Afrodite por espelhos mágicos para que quando se olhassem no espelho vissem que estavam feias, mesmo quando estavam impecáveis.

– Foi tão engraçado, elas perderam as atividades de metade do dia até perceberem que estavam numa de suas brincadeiras. - Diz Sam rindo e colocando a última camiseta laranja dentro da mala.

– Foi sua também.

– Me ajuda com as malas? - Ela pergunta.

– Claro. - Respondo sem hesitar, antes eu achava que ela conseguia as coisas por sorte agora vejo que é o charme.


***

Só depois de um mês fui conversar com Sam novamente.

– E aí? - Pergunto e ela nem tira os olhos do espelho.

– To bem sim. - Ela responde pintando a cara.

– Não fala mais com os amigos, né?

– Desculpa, - Ela revira os olhos. - Como vai?

– Bem, aposto que sentiu minha falta. Não fiz nada contra o C10 esses dias. - Estava feliz já que foi um pouco difícil convencer os meus outros irmãos a escolherem outras vítimas; eles até insinuaram que eu não queria zoar a Sam, porque gostava dela.

– Não, não senti sua falta. - Olhei espantado para ela, como assim não sentiu minha falta. - Desculpa ter que ir mais tenho um encontro. - Um sorriso aparece em seu rosto.

– Com quem? - Pergunto como quem não quer nada.

– Andrew, filho de Hebe. - Vejo suas bochechas ficarem vermelhas.

– Aposto que é gay.

– Ta agora você já matou a saudade então pode ir embora. - Ela diz me levantando.

– Quem disse que eu estava com saudade? - Pergunto sorrindo.

– Então por que você veio aqui? - Ela pergunta e olha nos meus olhos; mas não consigo encará-la, então abaixo a cabeça e respondo:

– Só vim avisar pra se preparar, que o meu chalé antes estava de luto por causa do Percy, mas agora que descobrimos que ele não está morto vamos voltar com tudo. - Sorrio vitorioso e saio sem nem me despedir.

Um mês depois...

– Mano, pode me agradecer. – Diz Travis sentando do meu lado em um dos bancos entre os chalés.

– Pelo que exatamente?

– Sua garota não vai namorar tão cedo.

– O que você fez? – Pergunto curioso, mas depois encaro meu irmão bravo.

– Digamos que eu acabei prejudicando o encontro dela com o filho de Hebe.

– Cara, por que você fez isso?

– Era pra você me agradecer...

– Mas ela vai achar que fui eu.

– Ahh... Fala que fui eu.

– Mas até eu conseguir falar com ela, ela vai me odiar. Se eu conseguir falar com ela.

– Mas você foi gostar justo de uma filha de Afrodite.

– Eu sei que com filhas de Deméter é mais fácil.

– O que você esta insinuando?

– Você e a Katie, não tem como negar que rola algo entre vocês. Por que não chamou ela pra sair ainda?

– E se ela não aceitar?

Eram raras as ocasiões que meu ficava nervoso, essa era uma ocasião.

– Ela vai.

***

Já estava com um plano todo pronto para pedir desculpas a Sam e o primeiro passo pegar algumas coisas emprestadas do chalé de Hefesto.

– E aí Leo? - Cumprimento ele e entro no chalé. Leo vive ocupado talvez nem saiba quem eu sou.

– Oi, Connor.

Ta, esquece aquela tática.

– Sabe, eu queria aquilo ali? - Aponto para um objeto qualquer.

Leo se vira para olhar e aproveito para pegar umas coisas em cima da mesa.

– Um Equalizador Maxx? Você gosta de música?

– Ah, foi mal aí. Eu achei que era outra coisa. Tchau.

Saio sem me virar, depois quando estou fora da vista do Leo, me viro de frente e saio correndo.

Chego até uma clareira no meio da floresta, a única pessoa que eu já vi aqui era a Mary, uma filha de Apolo.

Tiro a única coisa que roubei e torço para ser algo útil.

Começo a investigar o cubo cinza, quando toco, imediatamente ele começa a fazer um barulho de engrenagens girando.

– Olá! Eu sou o cubo-projetor. Qual imagem eu devo fazer? - Ele falou com a voz computadorizada.

– Legal! Você pode fazer um... Um... Cachorro?

Um cachorro da raça pastor alemão aparece sentado, abanando o rabo e com a língua de fora.

Penso em alguma coisa mais difícil.

– E a Medusa?

Uma mulher com todo o cabelo escondido e de óculos escuros aparece, ela começa a tirar o pano que cobre a cabeça e cobras começam a aparecer, depois ela tira os óculos e vejo seus olhos tão gélidos quanto uma estátua.
Essa não foi à melhor ideia que eu tive, ficaria com trauma da Medusa por um bom tempo

– Como faço para te desligar?

– É só tocar em mim de novo.

Faço o que ele fala e o cubo-projetor se desliga.

Segundo passo: dar as informações falsas para meu irmão.

– Travis, preciso de um favor.

– Fala que eu faço.

– Se alguém perguntar de mim à noite fala que você não sabe.

– Mas aonde você vai estar?

– Pregando uma peça no Jonathan Lee. Ele ainda não caiu em nenhuma.

– Ta certo, eu até te ajudaria, mas...

– Eu sei você vai falar com a Katie hoje, tudo bem. Boa sorte.

– Obrigado.

Terceiro passo: Pedir ajuda da Mary.

– Preciso que você convença a Sam a vir falar comigo, um pouco antes do seu encontro.

– Que ideia ótima, é claro que eu vou te ajudar. Pode contar comigo.

– Obrigado.

– Mas como você sabe do meu encontro?

– Eu segui o Jonathan nos últimos dias.

Quarto e ultimo passo: Hora da química!

Um ano atrás para pregar uma peça no chalé de Ares, eu aprendi a fazer mensagens com fogos de artifícios e usarei isto para pedir desculpas para Sam.

Sim, eu sou demais.

***

– Qual é a surpresa? – Pergunta Sam.

– Se eu falar não será mais uma surpresa.

– OK.

Chego à clareira e esta quase tudo pronto, Mary tinha arrumado tudo para mim, para Sam não desconfiar nem por um momento. Mary chega perto de mim me entrega o buque que Minnie fez pra mim.

As pétalas estão todas abarrotadas no chão, só faltava tirar a venda da Sam. Mary gesticula com os lábios boa sorte e se esconde atrás de uma árvore.

– Pode tirar a venda.

Quando Sam me vê com o buque seu sorriso é enorme. Mas seu olhar para no monte de pétalas do chão.

– Era pra estar escrito algo, não era?

– εμφανίζονται.*

Aos poucos as pétalas começam a flutuar e formar a frase que tinha tanto medo de dizer: quer namorar comigo?

Sim! – Ela responde e me beija. – Agora me da o buque que eu quero mostrar pra todas as minhas irmãs.

– Educada como sempre.

Entrego o buque para ela.

– Eu te amo. – Ela diz sorrindo.

– Eu também.


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Notas finais do capítulo

* Aparecer



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