As Desvantagens de Ser um Semideus escrita por Jolly Roger


Capítulo 3
Os sonhos


Notas iniciais do capítulo

Gente esse é o 3° capitulo, mas foi o 1° que escrevi.



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Você sabe o quanto é ruim, quando um ciclope te ataca e você não tem nenhuma arma?

Aposto que não.

Deixa eu me apresentar melhor, meu nome é Mary e sou uma filha de Apolo com 14 anos. Se minha amiga estivesse me apresentando com certeza falaria que eu sou a próxima caçadora de Ártemis, já que sou a única solteira ou sem rolos no meu chalé.

Continuando, num belo dia de primavera, eu estava andando pelos territórios fora do acampamento quando um ciclope horrível com mais de 2 metros de altura, me atacou em Manhattan, mas eu consegui dar um jeito nele, digamos que sem querer uma menina muito corajosa derrubou ele de um penhasco, nada de mais sabe. Sai toda machucada, foi difícil levar ele até o penhasco, felizmente eu achei uma das milhares de enfermarias espalhadas pelo mundo dos meus irmãos.

Talvez, você esteja pensando: qual problema mental tem a semideusa que sai do conforto e segurança do acampamento meio-sangue pra se aventurar nas ruas de Nova York sozinha e indefesa? Bem, talvez seja TLND (transtorno de liberdade nunca é demais).

Depois de cuidarem dos meus ferimentos fui mandada direto para o acampamento meio-sangue, de acordo com meus irmãos eu estava “foragida” há uma semana e o Quíron está uma fera comigo.

No caminho fui ouvindo as novidades do acampamento: Travis e Connor pegaram uma peça no chalé de Nice e acabaram indo para enfermaria depois de uma briga feia, Clarisse perdeu uma luta corpo a corpo com um filho de Tique (o que para todos foi pura sorte, como a mãe deles) e a mais bombástica Percy Jackson, filho de Poseidon e Herói dos heróis, desapareceu deixando uma namorada filha de Atena desolada.

Estava super nervosa, na verdade com medo do castigo que iria leva, mesmo depois de várias vezes fugindo e voltando Quíron sempre me dá um castigo leve (mas isso não me deixava mais tranquila). Chegando ao acampamento corri para o anfiteatro. Subi no palco e comecei a cantar Paradise do Coldplay isso sempre me tranquilizava, Era uma das minhas músicas favoritas, só não me lembro direito quando foi a primeira vez que ouvi.

(Link da musica: http://letras.mus.br/coldplay/1963119/traducao.html )

When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach so
She ran away in her sleep

And dreamed of
Para-para-paradise, para-para-paradise, para-para-paradise
Every time she closed her eyes

When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach
And the bullets catch in her teeth
Life goes on, it gets so heavy
The wheel breaks the butterfly
Every tear a waterfall
In the night the stormy night she'll close her eyes
In the night the stormy night away she'd fly

Quando ela era apenas uma garota
Ela tinha expectativas do mundo
Mas este escapou de seu alcance
Então ela fugiu em seu sono

E sonhou com o
Para-para-paraíso, para-para-paraíso, para-para-paraíso
Toda vez que ela fechava seus olhos

Quando ela era apenas uma garota
Ela tinha expectativas do mundo
Mas este escapou de seu alcance
E ela capturou as balas com seus dentes
A vida continua, fica tão pesada
A roda corrompe a borboleta
Cada lágrima, uma cachoeira
Na noite, na noite de tempestade, ela fechou os olhos
Na noite, na noite de tempestade, ela voou para longe

Antes mesmo de eu acabar já tinha alguém me aplaudindo. Senti um arrepio.

– Será que mais um semideus será famoso? – Falou o garoto que estava me aplaudindo.

Respondi revirando os olhos:

– Que isso eu não sou tão boa assim. E duvido que eu consiga viver até poder sair do acampamento... Mas quem é você?

– Sou Jonathan Lee – olhando melhor para ele percebi que a ponta de seus cabelos estava queimadas, com certeza estava nas forjas, e seus olhos bem... eram de cores diferentes um dourado e outro cinza– Estou no chalé 11.

– Normal ou indeterminado?

Logo após fazer essa pergunta me arrependi(é claro que é indeterminado, ele não parecia em nada com os filhos de Hermes. Ele respondeu cabisbaixo:

– Indeterminado.

Ficamos em um silencio constrangedor até o Quíron chegar galopando e esbravejando:

– Di Immortales! Mary, o que você estava pensando quando fugiu do acampamento?

– Eu... Só queria... Ir ao show do Imagine Dragons.

Sim, foi isso que você leu, eu passei todo esse perigo para ir ao show (mas não qualquer show). O Quíron e eu passamos uns vinte minutos discutindo. E no final levei um belo de um castigo: uma semana limpando o refeitório e também não participarei da próxima caça a bandeira.

Depois de um sermão do Quíron, eu definitivamente precisava me acalmar. Foi isso que eu disse para Sam, minha melhor amiga e filha de Afrodite, mas nossas idéias de relaxamento são bem diferentes.

Então acabei ganhando uma transformação total em vez de uma caminhada na praia. Depois da transformação consegui convencer a Sam a dar uma volta por ai comigo, pra conversarmos melhor.

– E seus... Sonhos melhoraram?

Alem do Kevin o meu irmão e minha mãe, a Sam é a única que sabe dos meus sonhos com as profecias. Ta bom, até que é bastante gente.

– Bem, depois que a ultima profecia se realizou não tenho tendo nenhum sonho.

– Ah, que pena pensei que você poderia saber quem são os sete semideuses.

– Sam, você não perde a oportunidade de uma fofoca, em.

De repente a concha soou, estava na hora do jantar. Então eu e Sam fomos conversando até o refeitório, ela me contou que encontraram dois meio-sangues, mas apenas um chegou vivo. Eu acho que eu já sei quem é esse sortudo.

Depois nós se despedimos e fomos cada uma para sua mesa. Minha mesa era até que bem animada, cheia de música e cantoria; mas parecia que hoje ninguém estava com clima de festa. Estavam todos abalados com o sumiço de Percy Jackson, nem os filhos de Hermes estavam com seus sorrisos maliciosos.

Quando estava preste a entrar no chalé senti uma mão me puxar para o lado, percebi de imediato que era o Kevin.

– Preciso conversar com você. – Ele disse e já fui indo para o nosso local secreto: uma clareira que ficava numa depressão perto dos limites do acampamento que pelo menos eu achava que ninguém conhecia, pois nunca vi ninguém lá.

– Se é sobre o sumiço de Percy Jackson, eu não sei nada, ok? – Já comecei dizendo.

– Mary, não minta para mim! – Ele disse de braços cruzados.

– É que... O que eu vi... Não tem sentido. – Disse cabisbaixa triste por não saber nada sobre seu sumiço.

– Sem embolação mana.

– Eu vi um garoto com a camiseta do Acampamento Meio-sangue de cabelos pretos dormindo.

– Onde?

– Eu não sei só vi seu corpo de costas. Ele parecia estar em um local todo branco.

– E se a gente...

– Não! Isso é uma informação inútil, já tive melhores e não contei a ninguém. Não vai ser agora que vou falar sobre meus sonhos.

– Tudo bem. – Ele disse bravo, pois sabia que não ia me fazer mudar de ideia. – Vamos voltar para o chalé antes que as Harpias comecem a voar por aí.

Um mês depois...

A primeira coisa que eu vi foi o cabelo de cobras por instinto tentei fechar os olhos, mas não consegui. Felizmente quando olhei o rosto do monstro percebi que não era a Medusa e sim uma de suas irmãs, as górgonas.

Apareceu outra.

E elas estavam correndo atrás de algo, que eu tinha 99% de certeza que era um semideus (mas não o semideus que eu vi Percy Jackson). A primeira coisa que eu pensei foi na Annabeth ele estava indo a loucura de tanto procurá-lo e ele parecia tão perto. Olhei ao redor parecia uma típica cidade dos Estados Unidos, pelo menos ele estava no nosso país.

As duas górgonas estavam de frente para ele agora, mas estavam muito longe para eu poder ouvir algo. Só vi Percy pegar uma bandeja que uma dos monstros segurava, cortar a cintura do outro, sentar na bandeja e descer a colina. O segui tão rápido quanto ele descia e segundos depois eu estava lá embaixo e ainda por estava na entrada de algo.

Percy estava do outro lado da estrada. De repente uma senhora apareceu do lado dele, os dois começaram a conversar. Percebi que ao meu lado tinha duas pessoas com armaduras e elmos. Gritei. Ninguém me ouviu.

Por algum motivo estranho Percy começou a carregar a senhora nas costas, passando por carros em alta velocidade.

Um garoto robusto levantou seu arco e mirou em uma das górgonas que voavam em cima de Percy, a flecha acertou a testa dela. Ele era com certeza meu irmão, mas qual? Não parecia nenhum que eu conhecia.

Percy chegou até onde estávamos.

– Obrigado. Belo tiro. – Ele disse.

– Aquilo deveria tê-la matado! – Protestou o arqueiro.

– Bem vindo ao meu mundo. – Resmungou Percy.

– Frank. Leve-os para dentro, rápido! Aquilo são górgonas. – Pela voz com certeza era uma garota.

– Górgonas? A porta vai detê-las?

– Não, não vai. Adiante Percy Jackson! Atravesse o túnel, cruze o rio! – a senhora disse gargalhando.

– Percy Jackson? Certo. Você obviamente é um semideus. Mas quem é a...? Deixe pra lá. Entrem logo. Vou atrasá-las. – Disse a garota.

– Hazel. Não seja louca. – Disse Frank.

– Vão. – Respondeu Hazel

Frank xingou numa língua parecida com grego e abriu a porta.

– Vamos!

Tentei os seguir, mas não conseguia me mexer. Gritei. Nada aconteceu. Gritei mais alto ainda. Senti minhas cordas vocais doerem, mas ninguém se virou.

De repente senti as paredes tremerem, eles não podiam me deixar ali em baixo com o túnel desabando. Fechei os olhos já imaginando como seria o Mundo Inferior. Senti as pedras caírem em cima de mim.

Gritei de medo e dor.

Abri os olhos e vi que estava no quarto do chalé sete. E pelo olhar que todos me lançavam o meu grito não foi só no sonho. Coloquei as mãos no rosto para tentar me esconder e percebi que ele estava molhado de lágrimas e isso só me fez chorar mais.

– Mary o que aconteceu? – Ouvi uma das minhas irmãs mais nova minha falar.

– O que você sonhou? – Perguntou o líder do chalé.

– Ele... Ele ta vivo. – Disse me esforçando para a minha voz sair.

– Quem? – Perguntou alguém mais velho.

– Percy Jackson. Ele esta com outros semideuses.


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Notas finais do capítulo

Não sou youtuber mas vou falar mesmo assim: Comentem a sua opinião e quem gostou favorita



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