A Nova Uzumaki escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 9
Amigos de Infância


Notas iniciais do capítulo

Oi, minha gente!! Sei que estou postando o cap. de hoje um pouco tarde, mas vejam a quantidade de palavres que ele tem e vocês me perdoarão (eu espero ^^")
Antes de mais nada eu gostaria de agradecer a Hime Uzimaki por ter enviado a segunda recomendação da fic! Muito obrigada, você é ótima :)

Eu amei esse capítulo, meu preferido até agora, espero que gostem também. Aproveitem e boa leitura ^^



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Ah, primavera... a estação do ano tão admirada pelos japoneses, tanto pelo belo desabrochar das flores de cerejeira quanto pela fama que adquiriu como "a estação das mudanças". E fazendo juz a essa fama, muitas mudanças estavam para acontecer em Konoha.

— Qual é, Niji? Anda logo! - Boruto batia na porta do quarto da irmã de segundo a segundo, impaciente. - Eu concordei em levar você e a Himawari para a academia hoje, mas eu já deveria ter ido encontrar com o meu time!

— Só um minuto, nii-chan. - Foi tudo que a ruiva respondeu. Boruto apenas bufou, se recostando na porta.

— E eu pensando que a Himawari demorava pra se arrumar.

— O que está acontecendo aqui? - Perguntou Hinata, chegando pelas escadas. Ela carregava um cesto de roupas passadas.

— Mãe, entra lá e ajuda a Niji a se vestir, por favor? Eu já estou atrasado. - O Uzumaki reclamou de novo, porém de modo menos grosseiro. Não conseguia ser grosso com sua mãe.

— Por que não vai descendo? Eu levo a Niji em um minuto. - Hinata propôs e o garoto só assentiu antes de descer as escadas, para esperar na sala junto com Himawari. - Niji, posso entrar?

Por uns segundos, não houve resposta. A ruiva deveria estar pensando se deixava ou não, atitude essa que Hinata estranhou.

— ...Pode. - Niji respondeu enfim.

A ex-Hyuuga entrou no quarto de paredes amarelas (Niji pediu para mudar aquele tom de vermelho) e viu a filha de frente para um espelho grande na parede. Ela segurava uma escova de cabelos e olhava seu reflexo, meio cabisbaixa.

— O que foi, filha? - Perguntou gentilmente, deixando o cesto de roupas sobre a cama antes de ir até a menina.

— Eu não estou conseguindo arrumar o meu cabelo.

O olhar de Hinata mudou de preocupado para compreencivo e ela teve de segurar um riso. Desde que Naruto contou para a filha mais nova a história de seus pais, Minato e Kushina, que Niji resolvera fazer uma homenagem à avó e deixar o cabelo crescer. Mas sendo acostumada com um cabelo curto desde sempre, era difícil se habituar ao mesmo mais pesado e com certeza era mais complicado de se ajeitar.

— Deixe que eu te ajudo. - Ofereceu, e Niji apenas sorriu agradecida e entregou a escova para a mãe.

Hinata, começando a pentear os cabelos da menina - que já chegavam um pouco abaixo do ombro -, estranhou quando ela continuou cabisbaixa. E enquanto ainda escovava os fios ruivos, resolveu perguntar:

— Niji, o único problema não é o seu cabelo, é?

Niji arregalou os olhos de primeiro momento, mas logo fechou-os e soltou um suspiro. Deveria saber disfarçar suas emoções melhor se queria esconder algo de sua mãe.

— Como vai ser hoje? - Perguntou - Na academia?

Hinata mais uma vez compreendeu a filha. Nervosismo de primeiro dia era algo quase natural, mas nada agradavel.

— Não se preocupe, vai dar tudo certo - Respondeu, enquanto deixava o pente de lado e apoiava as mãos nos ombros da filha, mirando-a pelo reflexo do espelho. - Você vai ir para a sua sala, conhecer seu sensei, aprender o básico do básico e fazer muitos amigos. - Niji sorriu com essa última parte.

— Você também ficou nervosa no seu primeiro dia, mamãe?

— Fiquei, bastante. - Hinata se lembrava bem do que sentiu em seu primeiro dia na academia. Não era só nervosismo, tinha também o medo. Medo de confirmar ainda mais o que todos do clã Hyuuga diziam: Que ela era uma inútil. - Mas então eu vi o seu pai lá. Você sabe que ele teve uma infância solitária e complicada e era tratado pelos aldeões pior do que eu pelas pessoas do clã. Mas mesmo assim ele estava lá, completamente animado para começar a academia, sem ligar se a opinião das pessoas sobre ele poderia piorar. - Sorriu ao lembrar-se da cena. - Aquilo me deu forças. O seu pai sempre deu.

— Você também sempre me deu, mesmo que indiretamente. - A voz de Naruto ecoou pelo quarto. Hinata e Niji viraram-se e lá estava o loiro, encorado no batente da porta e olhando abobalhado para a esposa. - Vim aqui te chamar, Niji. Melhor você descer logo porque o Boruto está quase explodindo lá em baixo.

— Ah, tá bem. Tchau, mamãe, e obrigada. - agradeceu a mãe antes de sair. - Tchau, papai. - passou correndo por Naruto.

— Tenha um bom dia, meu arco-íris.

E a pequena saiu do quarto, deixando os pais sozinhos.

— Bom, acho que vou terminar isso daqui e... - Hinata ia pegar o cesto de roupas quando um par de braços lhe agarrou pela cintura.

— Deixa isso pra depois. - Naruto murmurou manhoso, enterrando o rosto na curvatura do pescoço da mulher. - Ouvir você falando aquilo pra Niji me deu saudades.

— Mas, Naruto-kun, você tem de ir trabalhar. E eu também só vou acabar as rou... - Não pôde completar. Foi interrompida pelos lábios do loiro, que a beijavam com carinho e amor.

— Vamos, Hinata. - Abraçou-a mais forte contra seu corpo. - Uns cinco minutos de atraso não vão fazer mal.

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"É isso aí, Niji. Você consegue. Você é uma Uzumaki!" - Pensava a garota consigo mesma.

Ela estava de frente para a entrada da academia, parada. Himawari já havia entrado. Até perguntou se a ruiva queria ajuda para achar sua sala, mas ela negou. Niji estava segura de si, estava pronta. Tudo o que faltava era um empurrãozinho.

— NIJI!! - Ela ouviu duas vozes gritarem, contudo, antes que pudesse se virar, se sentiu ser empurrada e caiu de cara no chão.

— Ai... não era pra ser literalmente um empurrão. - Murmurou.

— Você está legal? - Perguntou alguém, pela voz era um menino, lhe estendendo a mão.

Erguendo o olhar e vendo quem era, a Uzumaki sentiu as bochehas quentes, porém sorriu.

— Itachi! - Exclamou, aceitando a mão do amigo.

— Desculpe por isso, eu avisei para elas não correrem. - Falou o Uchiha, olhando acusador para Saori e Reiko.

— Niji, por favor, desculpa. - Pediu Saori, parecendo aflita.

— É, a gente só queria te dar um susto, não era para te empurrar. - Reiko explicou.

— Tudo bem, meninas. - Niji respondeu, batendo a terra de suas roupas e sorrindo. - Eu estou bem, sério.

— Ótimo, então já podemos ir para a aula? - Itachi questionou, fazendo pouco caso do estado da amiga.

Mas isso não significava que ele não se preocupou ao vê-la caída.

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Depois das primeiras aulas - que foram apenas a apresentação do sensei e dos alunos -, Niji agora estava no recreio, junto de seus amigos. Ela, Saori e Reiko conversavam animadamente; Kentaro e Hiro, que também estavam ali, debatiam sobre alguma coisa no mínimo boba para o resto do mundo, mas interessante para eles; enquanto Itachi, sentado na outra ponta do banco para fingir que não estava com eles, comia seu lanche em silêncio.

— Ei, Niji. - Hiro interrompeu de repente seu debate com Kentaro para chamar a ruiva. Essa prontamente se virou. - Tem um garoto te encarando.

— Um garoto?! - Saori se empolgou, já levantando do banco e olhando pra todos os lados. - Como, quando, onde??

Hiro não respondeu, mas apontou para um outro banco à sombra de uma árvore, onde estava um menino que rapidamente voltou os olhos para o lanche, ao ver que o tinham descoberto.

— Espera aí. - Niji, mesmo com o rosto em brasas, fez questão de focar os olhos naquele menino. Ela reconhecia aqueles cabelos castanhos, curtos e levemente bagunçado de algum lugar. E quando o garoto ergueu os olho mais uma vez, algo pareceu se iluminar em sua mente. - Eu conheço ele! - Declarou. Nem esperou algum dos amigos abrir a boca, já foi a passos rápidos na direção do garoto.

— Ela... conhece outro garoto...? - Itachi se questionou, estupefato por ver Niji chegar com tanta naturalidade assim em alguém que deveria ser um estranho.

— O que foi, maninho, pensou que você fosse o único na vida da Niji? - Saori provocou, dando uma gargalhada junto com Reiko.

Itachi apenas estreitou os olhos para a irmã antes de voltar as atenções para seu lanche, fingindo indiferença. Contudo, discretamente, observava direitinho a conversa da Uzumaki com aquelezinho.

—Oi! - Niji cumprimentou, parando em frente ao garoto.

— Olá. - Ele respondeu, devolvendo o sorriso que a garota lhe oferecia. - Há quanto tempo, heim?

— É, já faz bastante tempo mesmo, não é, Iniko-kun?

Niji nunca se esqueceu do garotinho que conhecera naquele dia no clã Hyuuga. O menino tão forte e habilidoso, mesmo com cinco anos apenas. Mas anos já tinha se passado, quatro para ser mais exato, e assim como ela já tinha deixado aquela garotinha de três anos para trás, ele também não era o mesmo.

— Com certeza, Niji-sama. Ah! - Exclamou de repente, tirando algo de seu bolço. A Uzumaki quase não acreditou quando viu. - Acho que isso é seu. - E entregou a ela o mesmo lenço verde que ela havia lhe emprestado anos atrás.

— Você guardou... - Niji murmurou, pegando o lenço para ver se era mesmo real.

— Bem, claro. Não cometeria a grosseira de jogar algo seu fora, Niji-sama! - Declarou firme.

A ruiva apenas sorriu docemente, desviando os olhos dos dele. Enfiou as mãos nos bolsos, tanto para guardar o lenço quanto para controlar o impulso de brincar com os dedos das mãos. Seu pai achava aquele gesto fofo, mas ela não gostava dessa mania.

Infelizmente, não houve tempo para conversas, pois o sinal da academia soou, indicando o fim do intervalo.

— Ah, já temos que entrar. - Iniko falou.

— É. Até mais! - Niji se despediu. Entretanto, antes de ir, acrescentou: - Foi ótimo te ver, Iniko-kun.

E correu para junto dos amigos, cada um deles tinha uma expressão diferente. Hiro e Kentaro continuavam meio absortos, já Itachi... bom, seu olhar era indecifrável. Mas os de Saori e Reiko diziam claramente: Você vai nos contar tudinho depois.

Apesar da vergonha, Niji não conseguia acalmar a felicidade que batia em seu peito por ter visto Iniko novamente.

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Na saída da academia, Himawari já rumava a caminho de sua casa quando um agente da AMBU a parou.

— O que o meu pai quer? - Perguntou direta e reta. Já estava acostumada a ser chamada por agentes quando Naruto precisava dela ou queria lhe mostrar alguma coisa, mas não podia sair do escritório.

— O Hokage-sama disse que ele mesmo falaria. Ele pede que vá ao escritório dele. - E num piscar de olhos, o ANBU sumiu.

Sem outra alternativa, Himawari mudou sua rota e foi até o escritório de seu pai. Chegando lá, foi aconselhada por Shizune a se sentar, pois Naruto ainda estava em reunião. Meio emburrada, ela o fez. Oras, por que ele a chamou se ainda não tinha saído?!

— Himawari? - Ouviu alguém a chamar.

Olhou para cima e lá estava: Um garoto que deveria ter a idade dela - 12 anos -, de curtos cabelos ruivos e olhos de um tom castanho incrivelmente belo. Ele lhe sorriu, um sorriso grande, que a assustou um pouco.

— É você mesma? Eu não acredito, quanto tempo! - O garoto começou a se aproximar dela, agora sim assustando-a.

— Opa, espera! - A Uzumaki se levantou, se distanciando o mesmo espaço que ele havia avançado. - Desculpe, mas acho que você está me confundindo com alguém.

— Tá! Como se fosse possível existir outra Uzumaki Himawari de cabelos azuis. - O garoto debochou.

É, ele tinha um ponto. Himawari o olhou de novo, o rosto dele não lhe era estranho, mas mesmo assim ela não conseguia lembrar se (muito menos de onde) o conhecia.

— Você não lembra mesmo de mim? - O garoto murchou seu sorriso. Mas pelo bico que ele fez, a Uzumaki podia dizer que ele não estava tão ofendido. - Assim você me magoa, não acredito que se esqueceu de mim tão fácil, Hime-chan.

Hime-chan. Aquela simples palavra abalou completamente as estruturas de Himawari. Uma enxurrada de memórias tomou sua mente, vários momentos em toda a sua vida que passara ao lado de um menininho ruivo. Seu melhor amigo.

— TENSHI!! - Himawari literalmente se jogou nos braços do amigo de infância, quase fazendo-o cair com ela junto.

— Agora você se lembra, né, sua danada? - Tenshi ria, correspondendo ao abraço.

— E como não iria me lembrar? Ninguém nunca me chamou de Hime-chan, nem meu pai, só você fazia isso.

— É, eu tive que começar a te chamar só de Hime-chan, porque de outro jeito você ficava brava. Não é, Uzumaki-Hime? - Ele provocou. Himawari, assim que ouviu o antigo apelido, se afastou do amigo com brusquidão.

— Olha, você não me provoque! - Ela rosnou, e Tenshi apenas riu.

— Ah, vejo que já se encontraram. - Uma voz falou de repente.

Quando os dois olharam, viram o Hokage e o Kazekage vindo na direção deles.

— E aí, pai, a reunião já acabou? - Tenshi perguntou para Gaara.

— A de hoje, sim. - O ruivo mais velho respondeu. - Mas não sei porque você tem tanta pressa, Tenshi. Ficaremos duas semanas por aqui, no mínimo.

— Duas semanas? - Himawari repetiu. - O que está acontecendo para terem que ficar tanto tempo?

— Ué, você não tá sabendo? - Perguntou Tenshi.

— Na verdade, eu a chamei agora para contar. - Quem respondeu foi Naruto. - Himawari, você vai ver tanto gennins de Suna quanto de outras aldeias por aqui esses dias, porque vamos fazer o Exame Chuunin.

Exame Chuunin... aquelas duas palavras eram mágicas para Himawari quando criança, pois significavam que, de um jeito ou de outro, o Hokage e o Kazekage teriam de se encontrar. E sendo assim, ela e Tenshi também se encontrariam.

— Que legal! Você vai participar? - Perguntou para o amigo.

— Ah, não, eu não sou um ninja ainda. - O Sabaku respondeu, coçando a nunca meio sem jeito.

 — Ahn, com licença, Hokage-sama. - Shizune interrompeu a conversa. - Mas o senhor precisa revisar as fichas de inscrição que vieram da vila da grama.

— Ah, claro, eu já vou. - Naruto respondeu. - Bem, até de noite no jantar lá em casa, Gaara, Tenshi. - Se despediu.

— A gente já vai precisar voltar pro hotel, pai? - Tenchi reclamou.

— Hum... por que vocês dois não vão passear um pouco. - Gaara sugeriu, e Naruto estancou no lugar.

Está certo que Tenchi era filho de Gaara, melhor amigo de Himawari, seu afilhado e se não tinha receio de deixar sua filha com algum garoto, era com ele. Mas nem por isso eles precisavam sair por aí sozinhos!

— Grande ideia! Vamos, Tenshi! - Himawari agarrou o amigo pelo braço e puxou-o para fora do prédio.

— Deixe eles, Naruto. - Gaara segurou o loiro pelo ombro antes que ele corresse atrás dos dois. - Eles não se veem a tempos, é normal quererem passar um tempo juntos.

— Por que você está falando como se eles fossem namorados? - Naruto questionou, olhando o amigo acusadoramente. Gaara nem respondeu, só deu de ombros e começou a andar até a saída. - Ei, não me ignora, não! O que você quis dizer com aquilo?! Volta aqui e me explica, Gaara!! - E correu atrás do ruivo, ainda gritando.

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— Aquele velhote, tonto idiota... - Boruto reclamava para o nada, desviando das pessoas na rua enquanto se dirigia, a passos rápidos, para o prédio Hokage. Um papel meio amassado - por ele mesmo - em sua mão direita. - Por meses foram missões idiotas atrás de mais missões idiotas e agora a gente está no nível para o Exame Chuunin?! 

Por causa do Exame, parecia que as ruas estavam mais lotadas. Juntando isso, a raiva e mais a distração já natural de Boruto, não foi surpresa quando ele acabou esbarrando em alguém.

— Ai! - a garota exclamou por cair sentada no chão.

— Me desculpe. - Boruto pediu.

— Ah, não tem problema. - A garota nem sequer o olhou, parecia estar mais preocupada em recolher seus livros do chão.

Mas mesmo com ela abaixada e sem ver seu rosto direito, o Uzumaki a reconheceu. Só sabia de uma pessoa com aqueles cabelos longos em tom laranja.

Ela parecia procurar por alguma coisa e ele logo viu essa coisa no chão. Com um sorriso maroto, Boruto pegou a folha de inscrição para o Exame Chuunin que estava caída.

— Ca-ham. - Chamou a atenção dela com um pigarro. Quando a garota o olhou, seus olhos azuis escuros, antes pacíficos, pareceram ficar prontos para uma batalha.

— Então era você, Uzumaki. - Ela se apressou em levantar, encarando-o e cruzou os braços. - É uma grosseria bem típica sua, derrubar uma dama e nem oferecer ajuda.

— Em primeiro lugar: Nós dois sabemos que você não é nenhuma dama, Inuzuka Issa. - Provocou, vendo-a rosnar em resposta. - E em segundo lugar: Quem disse que eu não te ajudei? - Mostrou a folha de inscrição.

— Grrr... me devolve logo isso!! - Issa praticamente arrancou o papel das mãos dele. Porém, depois que o fez, não se afastou, ficando cara a cara com Boruto.

O Uzumaki aproveitava a visão daqueles olhos revoltosos, parecia acontecer uma tempestade neles; e as bochechar, rubras pela raiva, quase camuflavam as marcas vermelhas do clã Inuzuka. Era muito divertido para ele irritar Issa, mais até do que Sarada, então o loiro sempre fazia questão de deixá-la fula nas poucas vezes que se viam.

Poucas vezes... antigamente não era assim. Por Issa ser filha de Kiba, Boruto via a menina de cabelos alaranjados com muito mais frequência. Eles costumavam se divertir juntos. Não eram melhores amigos, como ele e Sarada, mas bons amigos. Então um dia, de repente, ela começou a dizer que o odiava e que nunca mais queria vê-lo, nem pintado de ouro.

Desde então, Boruto perdeu uma grande amiga. E ele nunca soube o porquê.

— Oe, tem alguém dentro dessa cabeça oca? - O Uzumaki só voltou para a realidade quando Issa bateu de leve em sua cabeça. - O que foi que deu em você?

— Nada, por que? - Ele voltou a ficar brincalhão e debochado. - Ficou preocupadinha comigo?

— Argh, eu não sei porque ainda perco meu tempo com você! - A Inuzuka gritou, para depois apertar a testa. E virou-se, decidida de deixar o loiro sozinho.

— Ei, você vai se inscrever no Exame? - Boruto perguntou enquanto ela ainda podia ouvi-lo.

— Vou, sim. Só pra tentar a sorte e ter uma chance de arrebentar essa sua cara!

E depois dessa resposta, sumiu entre a multidão. Boruto ainda ficou parado no meio da rua por uns instantes, com um sorriso debochado no rosto. Aquela garota era mesmo um osso duro de roer, um verdadeiro desafio.

— Pfh, que seja. - O loiro enfim deu de ombros, pronto para retomar seu caminho.

Mas... o que ele ia fazer mesmo?


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Notas finais do capítulo

Momento propaganda; outras fics minhas:
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http://fanfiction.com.br/historia/507116/Porque_eu_te_amo_Hinata/