A Nova Uzumaki escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 10
especial 1 - Hatsumoude


Notas iniciais do capítulo

Gente!!!!
Em primeiro lugar, mil perdões por não ter postado ontem, não deu! Passei o dia na casa dos meus tios e voltei pra casa só ás dez da noite! Consegui responder os comentários quando ninguém estava olhando, mas não deu pra escrever.

desculpem mesmo. Boa leitura ^^"



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Mais um dia começava em Konoha. O último dia do ano, para ser mais exata. E como mandava o "protocólo", todas as famílias preparavam suas casas para receber o novo ano que chegava. Inclusive a família Uzumaki. Naquele momeno, Hinata limpava a cozinha enquanto Boruto, Himawari e Niji arrumavam seus respectivos quartos.

— Hinata, já acabei com as caixas do sotão. Precisa de ajuda? - Perguntou Naruto, chegando na cozinha com um pano - tipo aqueles para proteger do sol - na cabeça. Pois é, nem o Hokage escapou da faxina de ano novo.

— Não, está tudo bem, Naruto-kun. - Hinata respondeu, parando um momento de arrumar o armário de panelas para pensar. - Mas você poderia ir dar uma olhada nas crianças? Elas estão tão quietas.

Naruto assentiu e foi ver o que seus filhos estavam aprontando. Virou a esquerda, indo primeiro ao quarto de Boruto. Todavia, antes que ele pudesse abrir a porta, o próprio Bolt o fez.

— Hehe - O garoto sorriu travesso, ajeitando um saco de lixo em suas costas. - Belo paninho, Hokage.

E saiu, deixando o pai estático ao olhar para dentro do cômodo. Não era a toa que o saco de lixo estava cheio, Boruto limpou direitinho aquele chiqueiro que chamava de quarto! Dava até para ver o chão agora.

Mas o que chamou a atenção de Naruto também foi o comentário do filho de 14 anos sobre o pano em sua cabeça. Afogado em nostalgia, ele se lembrou de seu primeiro ano novo como Hokage. Enquanto estava distraído, Boruto tirou uma foto sua e gritou.

— O HOKAGE TÁ FAZENDO FAXINA!! TODA A VILA PRECISA VER ISSO-TTEBASA!!

Só Deus sabe a perseguição que houve, com Naruto tentando pegar o filho antes que ele enviasse a foto e acabasse com sua imagem.

O Uzumaki riu com aquela lembrança. Boruto podia continuar rebelde com ele, mas pelo menos deixou um pouco os escâdalos de lado.

— Okay... então com o Boruto está tudo certo. - O loiro voltou para a realidade, lembrando-se de sua "missão".

Ele foi para o próximo quarto, o de Himawari. Abriu a porta e viu a filha de 12 anos separando seus brinquedos e roupas para doar.

— Está tudo bem por aqui? - Perguntou Naruto.

— Está sim, otou-chan. - Himawari respondeu, sorrindo rapidamente para o pai e logo voltando-se para o que estava fazendo.

Naruto sorriu com aquela cena. Não faziam muitos anos que a filha ainda precisava que Hinata ficasse lá no quarto para convencê-la a doar algumas coisas. Himawari não fazia aquela birra por egoísmo, claro, e sim porque não entendia a necessidade de dar suas coisas para estranhos. Já hoje, a Uzumaki entendia a situação e era uma pessoa das mais solidárias.

Não querendo atrapalhá-la, o loiro fechou a porta e partiu para o terceiro e último quarto: O de Niji. Naruto abriu uma fresta mínima e viu a filha mais nova. A pequena - nem mais tão pequena assim - andava de um lado para o outro do cômodo, ajeitando suas coisas com devido cuidado e de modo bem feito.

Mais uma vez, a nostalgia atingiu o loiro em cheio. Lembrou-se do primeiro ano em que Niji começou a ajudar nos preparativos. Ela era tão pequenininha, nos seus quatro anos de idade e não sabia o que fazer ou onde guardar o que, de modo que ele teve de auxilia-la o tempo todo. E olhe só agora! Ela estava indo tão bem que se ele fosse até lá, só a atrapalharia.

Sem mais o que fazer ali, Naruto desceu as escadas novamente e foi até Hinata, que agora estava na sala de estar.

— Então, como eles estão se saindo? - Hinata perguntou.

— Estão indo bem, até de mais. - O Uzumaki respondeu, divagando um pouco. - E sem a nossa ajuda.

Se antes Hinata ficou confusa com a frase do marido, ao ver a expressão em seu rosto tudo pareceu fazer centido. Se aproximou de Naruto, olhando naqueles orbes azuis feito o oceano e acariciou-lhe o rosto. O Uzumaki correspondeu o carinho, puxando a esposa para um terno abraço.

— Eu sei que é duro. As vezes também me pergunto para onde foram aquelas criançinhas que corriam pela casa. - Contou a morena. - Mas eles estão crescendo... Não duvido nada que logo teremos vários netinhos correndo por aqui. - Comentou, sorrindo com a possibilidade.

— É... - Aquilo foi mais um resmungo que uma concordância por parte de Naruto. - Mas eles virão só do Boruto, não é?

— Ora, Naruto-kun. - Hinata se desencostou do marido, para poder encará-lo. - Tudo bem que elas são novas demais para pensar nisso ainda, mas duvido muito que Himawari e Niji não gostariam de ser mães algum dia.

— E elas podem ser. - Retrucou. - Já ouviu falar num novo método que está sendo criado, chamado inseminação artificial?

— Naruto! - Repreendeu-o a ex-Hyuuga.

— Tem razão, me desculpe. - O loiro ergueu as mãos, como que se rendendo. A falta do sufíxo em seu nome deixava bem claro que havia conseguido irritar a esposa. - Eu exagerei.

— Bom. - Hinata voltou a sorrir. - Agora voltando ao trabalho. - Continuou a passar o pano na janela. - Temos que estar prontos para o Hatsumoude hoje a noite.

— Hai, Hinata-taichou. - Naruto bateu continência, antes de sair procurando algo para fazer.

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Já era de noite, faltavam minutos para o esperado fim de ano. Os Uzumaki fizeram como em todos os anos: Pegaram o maior calendário que tinham na casa e foram para a varanda, esperar tanto o novo ano quanto a queima de fogos começar.

— Falta quanto tempo, papai? - Perguntou Niji, esfregando os olhos de cansaço.

— Faltam... - Naruto olhou em seu relógio e sorriu. - Quinze... quatorze... treze... - Começou a contagem regreciva.

— Doze... onze... - O resto da família continuou em conjunto. - Dez... nove... oito... sete... seis... - Eles puderam ouvir pessoas emoutras casas. Toda a aldeia fazia a mesma contagem - Cinco... quatro... três... dois... UM!!!

O grito de euforia que rondava a aldeia só não era mais alto que o som dos fogos de artifício, sendo soltos de cima do Monte Hokage. E Himawari, a sortuda que estava com o calendário naquele ano, não esperou nem mais um segundo para atirá-lo da varanda, bem dentro de uma lata de lixo.

Depois de minutos ali, vendo os fogos desenharem nos céus, a família finalmente entrou. Afinal, assim como todos em Konoha, eles precisavam se preparar para o Hatsumoude.

Para que vocês entendam, irei explicar: o hatsumoude é um evento que acontesse no primeiro dia do ano novo, onde todas as pessoas vestem um kimono de frio - geralmente, né? Porque lá no Japão faz frio no ano novo - e, sem exceções por cargos importantes ou posições sociais, andam até um templo para agradecer e fazer seus desejos e promesas para o ano novo.

Agora, enquanto Boruto e Naruto esperavam na sala - eles sempre eram os primeiros a ficarem prontos -, Hinata terminava de ajeitar Niji. A garota até tentou amarrar o obi do kimono sozinha, mas não deu muito certo. E quanto a Himawari, ela simplesmente não estava conseguindo arrumar seu longo cabelo em um coque bem feito.

— Fala sério, como mulher demora! - Boruto reclamou. Mas claro, só depois de não ter mais o que fuçar no celular.

— Se prepare. - Riu Naruto. - Daqui uns anos você pode passar por isso com as sua esposa e filhas.

— Nem me fale uma coisa dessas! - O loiro mais brigou. - Eu nunca vou me casar!

— Mas se você quer saber, nii-chan - A voz de Himawari foi ouvida. Ela chegou ao lado do pai e do imão vestindo um lindo Kimono amarelo berrante. E sua cara não era muito boa. - Não é nada fácil arrumar um cabelo como o meu. Meu plano era prender, mas teve que ficar solto mesmo.

— Isso porque você quis deixar ele crescer, gênia.

A garota não respondeu, mas fuzilou o irmão com os olhos. Ele até tinha razão, a escolha de deixar o cabelo crescer fora dela, mas não se arrependia. Gostava de suas madeixas azuis bem longas, achava que a deixavam mais parecida com a mãe.

— Uau, a nee-chan tá linda. - Um murmurinho foi ouvido.

Os olhos de Himawari brilharam, empenhados em encontrar o ser maravilhoso que disse aquilo. E seu olhar parou em Niji.

— Nyah! Obrigada minha irmãzinha querida! - Himawari correu até a ruiva, abraçando-a como se fosse um cachorrinho fofo. - Você também está linda, viu? - Olhou bem para a irmã. Niji vestia um kimono branco com singelos detalhes em violeta, o cabelo enfeitado com uma simples fita branca.

— Obrigada. - A menina agradeceu, um pouco corada.

— Então, agora que as moças chegaram, podemos ir? - Questionou Boruto, já sem muita paciência, se levantando sofá e mostrando o Yakuta azul escuro que vestia.

E a caminhada começou. Todos de Konoha estavam pelas ruas, cobertas de neve fofa e branca, até o templo mais próximo. Eram muitas pessoas diferentes, muitas cabeças, mas Naruto só conhecia duas pessoas com aquele cabelo rosa - e elas com certeza estariam juntas.

— Ei, olha lá a Sakura-chan!

Boruto olhou para onde o pai indicava e também reconheceu os óculos vermelhos de sua amiga.

— Hey! Sarada! - Ele chamou a Uchiha, que virou em sua direção.

Sarada pareceu falar algo para Sakura, que logo também olhou para eles. E antes que desse pra notar como, as duas mais os gêmeos já os tinham alcançado.

— Akemashite, minna. - Sakura desejou.

— Feliz ano novo para vocês também. - Naruto sorriu.

As duas famílias continuaram juntas o caminho até o templo. Sakura papeava com Hinata e quase deixavam Naruto de lado; Boruto e Sarada foram conversando, no sentido literal da palavra, já que não era uma discução cheia de xingamentos; e Saori falava feito uma matraca enquanto Niji apenas a ouvia com um sorriso e Itachi a ignorava como sempre.

— Tá, e só porque o menino riu de você, precisava mandar ele pro hospital? - Boruto questionou normalmente. Como se saber que sua melhor amiga mandou um garoto pro hospital fosse a coisa mais costumeira do mundo. Bom, quando se tratava de uma filha de Haruno Sakura, era mesmo.

— Eu já disse que não foi só pela risada. Ele me provocou - Sarada se defendeu. O Uzumaki apenas revirou os olhos.

— Sarada, se alguém olha para os seus óculos está te provocando.

— E se alguém come rámen na sua frente e não te oferece está te provocando. - A morena rebateu.

Aquela era a parte chata de tentar irritar Sarada. Ela era rápida no gatilho, rebatia bem demais e quando acontecia de ela se irritar mesmo, ele queria era distância dela. Por isso que preferia mexer com Issa. Embora ficasse brava, era muito mais divertido para ele ver aqueles olhos azuis parecendo dois mares em uma tempestade do que ver as Ônix de Sarada ficando vermelhas de raiva.

Nas horas de rir também, Issa costumava ser uma ótima companhia, era a única que via graça em certas brincadeiras suas e ele se sentia bem ao ver um sorriso na face da Inuzuka. Sem falar que suas conversas sempre fluíam, com alguns comentários ácidos aqui e ali, mas eram raras as vezes que discutiam. Ter Issa por perto era fácil, divertido e agradável.

Ahh, como sentia falta da alaranjada...

"Mas porque, Voldemorts, eu estou pensando nisso?"— Boruto se questionou, ao ver onde seus pensamentos o tinham levado.

Desde o exame chuunin daquele ano - no qual ele passou, só pra constar - que Bolt vinha pensando bastante na antiga amiga. Não era pra menos, afinal, atendendo aos desejos de Issa, eles realmente se enfrentaram e por pouco ela quase o derrotou. Sem falar de uma conversa que tiveram um tempo depois, que acabou mudando uns pontos de vista do Uzumaki.

— Sarada. - Viu-se chamando a amiga.

— O que é? - Perguntou a Uchiha, estranhando o tom meio sério do loiro.

— Você e a Issa... - Pausou um pouco, pensando em como dizer. - Vocês eram amigas, não eram?

— Ohh. - Sarada pareceu entender e não pôde conter um leve sorriso. Mas antes que Boruto visse, o fechou. - Nós ainda somos amigas. Não é só porque ela te odeia que deixamos de nos falar.

— E é exatamente sobre isso que eu quero perguntar. - O tom do Uzumaki era sério. - Já que vocês são tão amigas, você não faria alguma ideia de porque ela começou a me odiar?

A expressão de Sarada fechou. O motivo daquilo estava mais do que na cara! Boruto era realmente tão tapado para não ter percebido?!

— Você é mesmo um idiota! - Gritou enfurecida, para logo depois fechar a cara e se concentrar só no caminho.

Boruto não entendeu nada. Ele só tinha feito uma pergunta, poxa!

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Chegando ao templo, todos foram direto para o campo de orações. Ficaram a frente de um pequeno memorial, fecharam os olhos e começaram a rezar em silêncio pleno.

"Kami-sama" - A primeira foi Sarada. - "Eu sou grata pelo ano que tive. Pesso que, nesse que virá, meus pais e meus irmãos continuem bem, assim como meus amigos e o resto da vila. E meu desejo para esse ano é..." - Pausou, meio constrangida por pedir aquilo. - "que certo garoto do meu time repare mais em mim!"

"E aí, Kami?" - Depois, Boruto. "Obrigada pelo ano passado, foi bem legal e eu consegui me tornar chunnin. Mas tenho um pedido para o ano que vem: Por favor, faça as garotas serem menos complicadas. Principalmente a Issa e a Sarada!"

"Querido Kami-sama." - Himawari. - "Agradeço pelo ano passado, aconteceram coisas muito boas. Meus pedidos para o ano que vem são: Que todos continuem felizes e com saúde. E também que... O Tenshi venha visitar a gente se novo!"

"Kami-sama" - E por fim, Niji. - "Obrigada pelo ano passado e por esse que virá. Tudo o que quero é que todos continuem bem e que eu e meus amigos continuemos a evoluir como Ninjas. Obrigada."

E quanto às orações de Saori e Itachi, bom... só mesmo Deus para conseguir entender a tagarelisse da rosada. E Itachi pediu mais ou menos o mesmo que os outros: continuar evoluindo na academia, que todos ficassem bem... mas quando chegou a hora de fazer um pedido, ele nem pensou, apenas olhou de esguio para uma Niji sorridente e que parecia um anjinho naquele Kimono.

— É, foi legal.- Himawari comentou, enquanto eles saíam do templo. - Mas agora, podemos ir nas barraquinhas? - Ela quase que implorou, olhando para as diferentes barracas que ficavam no pátio do templo.

— Hehe, vão, vão logo. - Naruto autorisou, vendo as crianças correrem até uma barraquinha de dangos.

É, mais um ano começava. E com ele, mais a nova geração de crianças da folha crescia. Muitas coisas estavam para acontecer daqui pra frente.

A verdadeira jornada acabava de começar.


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