A Nova Uzumaki escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 8
Byakugan!


Notas iniciais do capítulo

Voltei, meu povo!! Nem tenho o que falar hoje, então...

aproveitem o capítulo e boa leitura ^^



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Era uma segunda-feira ensolarada em Konoha. Os passaros cantavam, o tempo estava refrescante e tudo parecia estar na mais perfeita calmaria. Quer dizer, para o resto da população de Konoha podeia estar assim. Mas para Uzumaki Niji, seu dia estava tudo, menos calmo.

A Uzumaki, já com seus seis anos, esperava em seu quarto sileniosamente. "Esperava o que?", vocês se perguntam. E eu respondo: por qualquer ruído que indicasse que Hinata começava a preparar o almoço. Niji precisava sair de fininho de casa e saber que a mãe estava em um lugar específico da casa tornaria isso um pouco mais simples. Ouvindo a pia da cozinha ser aberta, ela se preparou.

Niji abriu a porta de seu quarto com cuidado e andou de pé ante pé até descer as escadas. E então, parou. Como se fosse uma espiã, ela encostou o corpo todo na parede e olhou com a ponta do olho para dentro da cozinha. Hinata estava na pia, como a menina suspeitou, lavando os legumes e de costas para ela.

"Perfeito."— Pensou Niji.

Com os passos mais silenciosos que conseguiu, ela começou a atravessar o grande espaço na parede que possibilitava a passajem do corredor principal para a cozinha. Estava indo bem, Hinata não a tinha notado e a ruiva estava quase com a mão na maçaneta quando:

— Aonde pensa que vai, Niji?

Aquela voz a fez congelar. Bem atrás dela, Hinata a fitava com seu costumeiro sorriso, esperando uma resposta. Mas Niji suava frio. Se sua mãe descobrisse agora o que estava fazendo, seria adeus surpresa.

— Niji? - Hinata chamou de novo.

— A-ah... bem, mamãe, eu... - O que responder? Ela nunca teve motivos para esconder algo de sua mãe, então não sabia mentir muito bem (só o pouquinho que tinha aprendido com Boruto). - E-eu combinei com... a... Saori! Da gente brincar hoje. - Foi no que conseguiu pensar.

— Se é só isso por que não me avisou?

— É-é... porque... - Abaixou a cabeça um pouco. - Nós planejamos ontem e eu... me esqueci.

Uns segundos se passaram, mas na percepção de Niji, ela havia passado vários minutos sobre os olhos atentos da mãe.

— Muito bem, então. - Niji quase pulou de susto quando Hinata finalmente se pronuniou. - Pode ir. Não quer deixar sua amiga esperando, quer?

A Uzumaki não acreditou, Hinata tinha caído mesmo? Era muito provável que não e só estivesse deixando passar, mas ela não estava em posição de ignorar essa oportunidade. Abrindo um sorriso e dando um abraço na mãe, Niji saiu correndo pela porta.

Tinha de passar em um outro lugar antes de ir onde realmente precisava.

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Na varanda da casa dos Uchiha, Saori aproveitava aquela manhã de clima fresco, lendo um livro que Sarada havia lhe emprestado. Estava tão envolvida na história que tomou o maior susto quando ouviu alguém chamar - berrar - seu nome.

— Saori! - Niji gritou, assim que chegou perto da amiga. Ela estava ofegante, afinal sua casa ficava quase do outro lado da vila.

— Niji? - Saori estranhou ver a amiga ali. - Eu pensei que você fosse...

— E eu vou. - A Uzumaki nem deixou-a completar. - Mas preciso te pedir um favor... - Puxou o ar antes de continuar. - Se minha mãe ou qualquer um que não saiba o que estou fazendo, aparecer aqui... Eu passei o dia todo aqui com você, tá?

— Ah. - Saori finalmente entendeu o que acontecia e deu uma risadinha. - Está bem. A nee-san está em missão e meus pais não estão em casa mesmo, e o Itachi é facinho de convencer.

— Obrigada, você é a melhor amiga do mundo! - Agradeceu a ruiva, já se distanciando.

— Eu sei! Ei, e quando é que você vai me mostrar o...? - Saori começou, mas Niji não a deixou completar.

— Mais tarde!

E a Uzumaki correu para longe, sem nem reparar que uma figura a seguia nas sombras.

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Ofegante, com as pernas tremendo e completamente suada. Foi assim que Niji chegou ao seu verdadeiro destino: Um campo perto do clã Hyuuga, bem aberto e escondido por densas árvores. Perfeito para um treinamento secreto.

— Está atrasada. - Falou ninguém menos que Hiashi, repreendendo a neta assim que ela se apoiou em uma árvore para tomar fôlego.

— Me desculpe, vovô. - Niji pediu, fazendo uma breve reverência. - A mamãe me pegou antes de sair.

— Seja como for. Já perdemos tempo demais, então vamos começar. - O ancião ficou em posição e ativou seu doujutsu. - Quando estiver pronta.

Niji fechou os olhos, se concentrando bem. Fez alguns selos rápidos e...

— Byakugan! - Ativou seu doujutsu. Era evidente pelas veias saltadas ao lado dos olhos.

— Meu Deus! - Aquela exclamação repentina pegou Niji de surpresa.

A menina se virou e em cima de uma árvore, ela conseguiu ver alguém que reconheceu na hora.

— Mamãe?

— Vamos, desça logo, Hinata - Chamou Hiashi. - Aposto que está curiosa.

Obedecendo ao pai, a Uzumaki desceu da árvore, sem desviar os olhos da filha por um momento.

— Niji! - Hinata correu até a menina, lhe dando um abraço terno. - Ah, minha filha... desde quando?

— Eu o ativei a quase três meses. - Niji respondeu.

— Minha Nossa... deixe-me ver bem isso. - Pediu Hinata, desfazendo o abraço para ver com deslumbre os olhos filha. - E eu pensando que você estivesse me escondendo alguma coisa ruim.

— Ela só queria lhe fazer uma surpresa. - Hiashi contou. - Niji me procurou no mesmo dia em que ativou o Byakugan e me pediu para treiná-la, para fazer direito quando fosse te contar.

— Mas então vocês já estão vindo aqui há quase três meses para treinar?

— Bom, Niji queria manter isso em segredo.

— Os únicos que sabiam além do vovô eram a Saori e o Itachi. - Acrescentou a Uzumaki

— E como você fica direto no clã, precisávamos arranjar outro lugar.

Agora tudo fazia sentido na cabeça de Hinata. Era por isso que Hiashi andava saindo do clã todos os dias e por isso Niji não estava mais ligando de ficar em casa sozinha.

— Geralmente só treinamos nos dias de semana, para nem você, o tou-chan ou a nee-chan e o nii-chan estarem em casa. - Niji continuou a explicar. - Mas hoje não deu tempo de desmarcar o treino, porque eu só soube que você ficaria em casa hoje de manhã.

Hinata cobriu a boca com a mão em espanto e um pouco de culpa. Estragara a surpresa da filha e do pai porque simplesmente adiantou bastante seu trabalho ontem, ficando assim livre para passar a manhã em casa.

— E quando você pretendia me contar sobre isso? - Perguntou para a filha.

— Daqui a um mês, quando eu entrasse para a academia. - Respondeu Niji, emburrando um pouco a cara. Provavelmente pensando o mesmo que a mãe: faltou tão pouco.

— Puxa, me desculpem, eu não queria descobrir antes da hora.

— Tudo bem, mamãe. - Sorriu a ruiva. - Mas já que o plano não deu certo, quer ver o treinamento? Eu melhorei bastante desde que comecei!

Hinata não conseguiu impedir um sorriso nostálgico ao ver a o orgulho próprio e o ânimo da menina. Por mais que fosse parecida consigo e seu estilo se parecesse mais com os do Hyuuga, Niji não negava ser filha de Naruto.

— Eu iria adorar.

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De noite, na hora do jantar na casa Uzumaki, Hinata (com a permissão de Niji) resolveu soltar a bomba para o marido e os filhos mais velhos.

— Byakugan? - Boruto foi o primeiro a falar. - Então você conseguiu ativar os olhos! Parabéns, baixinha! - E bagunçou os cabelos da irmã.

— Meus parabéns, Niji! - Himawari foi outra a parabenizar.

— Você está crescendo mesmo! Daqui a pouco estará forte como a sua mãe. - Falou Naruto, com o maior dos sorrisos.

— E por falar em crescer, você vai começar na academia no próximo mês, não é? - Comentou Himawari. - E seu aniversário também está chegando.

— Vamos comemorar tudo de uma vez! - Boruto se animou.

E enquanto os filhos faziam planos, Naruto se perdia em pensamentos. O tempo tinha passado tão rápido... Boruto já era um ninja e formava uma equipe com Sarada e um outro garoto. Himawari também não estava longe de se tornar uma Kunoichi (e ele faria questão de colocar duas outras garotas na equipe dela!). E Niji já tinha quase sete anos, estava entrando para a academia e juntamente a isso, começaria os treinamentos no clã Hyuuga.

"Daqui a pouco vão estar saindo de casa." - Pensou o loiro por fim, antes de soltar um suspiro cansado, ainda que feliz.

Mais do que em qualquer momento em sua vida, Naruto estava entendendo o conceito da frase: O tempo voa.


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