A Nova Uzumaki escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 7
Daddy's Little Girl


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AQUI, É IMPORTANTE!!!
E aí, meu povo? Antes de começarmos, tenho um comunicado importante para dar. Para quem viu o cap. passado, esperava que esse fosse uma continuação, mas não será. Meu note quebrou e mais da metade do capítulo estava pronta lá.
Talvez, quando a fic avançar mais um pouco, eu coloque esse final como um cap. bonus. Ok?

Eu já disse isso, mas vou dizer mais uma vez: Obrigada à Mariline Nacarate Crolman pela recomendação ^-^

Para quem gostou do papai Naruto, espero que goste desse capítulo. Eu adorei escrever ♥

Aproveitem e boa leitura ^^



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Mais uma manhã de um rigoroso inverno se iniciava em Konoha. Todas as ruas estavam cobertas de neve e a temperatura extremamente baixa quase afugentava as pessoas para o aconchego de suas casas. E essa necessidade de aconchego e calor era justamente o motivo de dois certos Uzumaki estarem de birra naquela manhã.

— Qual é, mãe, nós precisamos ir mesmo? - Boruto questionava pelo que devia ser a vigésima vez.

— É, está muito frio hoje. - Himawari apoiava. E olha que, diferente do irmão mais velho, ela adorava ir à academia.

— Desculpem, mas a resposta vai continuar sendo não. - Hinata respondeu simplesmente, antes de tomar um gole de seu café com leite.

— Se vocês querem mesmo ser ninjas, terão que aprender a não se incomodarem com o clima. - Falou Naruto.

— Tá! Você diz isso porque vai ficar aqui em casa o dia todo. - Boruto reclamou.

— Eu só vou ficar em casa porque hoje é meu dia de folga. - Respondeu o Uzumaki mais velho. Depois disso, um silêncio, incomum naquela casa, pairou no ar. Isso até Himawari reparar na falta de alguém ali.

— Mamãe, cadê a Niji?

— Ela ainda não acordou? - Indagou Naruto.

— Eu a chamei, mas até agora ela não desceu. - Respondeu Hinata, também estranhando agora.

— Eu vou lá ver ela. - Boruto se prontificou, já descendo da mesa. Assim que chegou no andar de cima, ele bateu na porta do quarto da irmã.

— Niji, já é hora de levantar. - Chamou, mas estranhou quando não houve resposta. - Niji? - Foi abrindo a porta devagar. Viu a silhueta da irmã na cama e quando adentrou um pouco o quarto, ouviu um leve gemido incomodado. Agora, preocupado, ele entrou logo de uma vez. Chegou perto da cama da irmã e quando ela se virou para ele, viu o rosto da menina completamente vermelho.

— Nii-chan... - Niji começou, sua voz tremendo. - Eu tô com frio.

Boruto arregalou os olhos com aquela frase. Tudo bem que estava frio mesmo, mas a ruiva estava com três cobertores grossos. Realmente preocupado agora, ele pôs a mão na testa da irmã e confirmou o que já suspeitava:

— Você está queimando! Mãe, pai! - O loiro saiu correndo, chamando pelos pais.

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— Hum... 38.4 - Hinata analisou a temperatura indicada no termômetro. Suspirando, ela se sentou na cama de Niji, para acariciar os cabelos da menina. E assim ficou até depois que a ruivinha adormeceu. A Uzumaki só desviou os olhos de sua filha quando ouviu uma batida na porta.

— Oi. - Naruto cumprimentou, num tom de voz incrívelmente baixo para ele, adentrando o quarto. - Como ela está?

— Como imaginávamos, a febre está alta - Respondeu Hinata, cabisbaixa. Ela odiava ver qualquer um de seus filhos doente.

— Eu trouxe o remédio que você pediu - Informou o loiro, mostrando a sacolinha da farmácia.

— Ótimo. Pode pegar uma colher e um copo de aguá, por favor? - Pediu, e Naruto não demorou nem meio minuto e já estava de volta. Entregou o que a esposa pediu e se afastou um pouco, observando-a acordar Niji gentilmente para que ela tomasse o remédio na colher.

Depois de um leve assesso de toces da menina e de alguma resistência desta para tomar a água (provavelmente pensado que seria mais remédio), Hinata finalmente pôde deixa-la se deitar e voltar para o mundo dos sonhos.

— Agora é só esperar um pouco antes de leva-la para o hospital - Falou a morena. Por um segundo, ela fitou o relógio de ursinho da filha e seu olhar se tornou preocupado. E Naruto entendeu aquele gesto.

— Hinata, você já está bem atrasada. - Avisou - E embora eu fosse adorar ter você aqui pra mim o dia todo, sei que é melhor não irritar aqueles velhos. - Se referiu ao concelho do clã Hyuuga.

— Eu sei que não, mas como eu faço com a Niji?

O Uzumaki ergueu uma sobrancelha, como se perguntasse para a esposa se aquilo era uma piada.

— Ora, Hinata, acho que posso cuidar da nossa filha sozinho.

— Mas, Naruto-kun, é seu dia de folga! - Fez questão de lembra-lo. Sabia o quanto o marido andava cansado ultimamente e foi muita sorte ninguém ligar dele pedir uma folga depois do último Exame Chuunin.

— E é exatamente por ser a minha folga que eu posso ficar cuidando da Niji. - Naruto rebateu. - Anda, pode ir tranquila.

— Hum... - Hinata ainda reseou por um momento. Não que não confiasse no marido, claro que não era isso, mas deixar um filho doente em casa não é algo muito gratificante para uma mãe. - Está bem, Naruto-kun, eu a deixo em suas mãos. - Disse por fim, dando-o um beijo de despedida.

Quando a esposa saiu, Naruto voltou os olhos para a adormecida Niji. Ele ficou ali ao lado dela por sabe-se lá quanto tempo, pensando no quanto o mundo dava voltas. Ele, que sempre foi sozinho na infância, despresado por todos, tinha hoje uma esposa linda e incrível e três crianças maravilhosas. Tá aí outro pensamento que o fez rir, afinal quem poderia imaginar que o Ninja número 1 e Cabeça Oca um dia teria filhos? Nem ele próprio pensava nisso na época, tudo o que tinha na cabeça era comer ramen e fazer missões legais.

— Espero que você pense em mais coisas do que isso, Niji. - Falou com a pequena.

Pequena... Ela era sua pequena menina e Naruto adorava a sensação de cuidar dela. Não que não sentisse isso com Himawari ou com Boruto, mas o primogênito era um garoto, oras; e a filha mais velha podia ser sua menininha também, porém ela era mais espivetada e mostrava que podia se cuidar. Já Niji... ah, ela era tão miúda, tão frágil, quase como Hinata quando tinha a idade dela. E tão fofinha quanto.

— Hu-hum... - Ouviu Niji murmurar e começar a se expreguiçar. - ... Tou-chan?

— Oi, meu arco-íris. - Naruto falou, pousando a mão na testa da filha. - Está melhor? - Indagou, e viu-a assentir. - Que bom. Então que tal irmos visitar a tia Sakura?

 

Sim, eu sei, Naruto deveria ter dito a Niji que eles iriam ao hospital, mas acontesse que ela, tanto quanto os irmãos, odiava ir ao médico. Ele e Hinata não sabiam o que acontecia, apenas sabiam que só falar de hospital para qualquer um dos três filhos, que eles fugiam correndo que nem o diabo da cruz.

Sorte que Niji sabia que Sakura trabalhava no hospital, então até eles chegarem à sala da rosada, a menina não desconfiou de nada.

— Naruto? que está fazendo aqui? - Sakura indagou, estranhando ver o amigo em sua sala. E estranhou mais ainda quando o Uzumaki fechou a porta antes de responder.

— Tem um minuto, Sakura-chan? - Perguntou, e ela assentiu, fechando um caderno de registros. - Você poderia dar uma olhada na Niji? Ela acordou com febre hoje.

Niji arregalou os olhos para o pai. Como assim? Eles não iriam só fazer uma visita?

— E você a trouxe para cá? - Sakura perguntou, sem realmente acreditar. - Olha, quem diria, Naruto. Com um terceiro filho você finalmente ganhou mais juizo.

— Etto... na verdade, foi a Hinata que disse para trazer ela. - O loiro coçou a bochecha, meio envergonhado.

— Eu já devia ter imaginado. - A Haruno revirou os olhos. - Bom, quem sabe com o quarto. - Divagou consigo mesma. - Muito bem, vamos sentar lá na maca, Niji? - Indagou para a menina, tentando ser o mais gentil possível. Sabia que os filhos de Naruto (e muitas outras crianças também) tinham medo de hospital, então tentava passar tranquilidade para elas.

Mas mesmo sabendo que a tia de consideração nunca lhe machucaria, Niji ainda fitou o pai com os olhinhos chorosos antes de se deixar ser levada para a maca.

"É para o bem dela. É para o bem dela. É para o bem dela!" - Naruto repetia mentalmente. Tinha que manter isso na cabeça, porque ver os olhos da filha de outro jeito que não fosse brilhando de alegria, lhe apertava o coração.

— Ei, Niji - Sakura chamou a menina para distraí-la do instrumento em seu ouvido. - O que você acha de, mais tarde, eu levar a Saori para te visitar?

— Ah, sim! - Respondeu a ruiva, abrindo um sorriso.

— Desde que o Itachi não vá junto. - Naruto resmungou, recebendo um olhar repreendedor da rosada.

— Até quando você vai agir assim?

— Até o dia em que ele admitir que é homossexual!

O tique de Sakura começou de novo, ela sentia o canto do olho tremer. E com certeza teria batido no ex-colega de time, se não estivesse com as mãos ocupadas na consulta.

— Aff, você e o Sasuke...

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Depois da consulta com Sakura (com um veredicto da rosada de que a Uzumaki só precisaria descansar e tomar sete gotas de novalgina após o almoço), Niji e Naruto agora passeavam pela vila, a caminho do Ichiraku.

— Ei, Naruto, há quanto tempo! - Cumprimentou o velho Teuchi. Ele já não era mais o jovem adulto que foi quando o loiro vinha com frequência, mas fazia questão de manter o restaurante, principalmente com seu neto mais velho dizendo que gostaria de herdá-lo algum dia.

— E aí, grande chefe? - Falou o Uzumaki.

— E hoje é a Niji que veio com você. - Sorriu para a menina.

— Bom dia. - Cumprimentou ela, meio corada.

— E então, o que vai ser?

— O de sempre pra mim. - Falou Naruto.

— E um de porco no capricho pra mim! - Toda a timidez de Niji pareceu sumir apenas por sentir o cheirinho do lámen.

Naruto riu com aquilo. A ruiva poderia ser bem parecida com Hinata, mas não negava ser filha dele.

— É, você é mesmo filha do Naruto. - Teuchi também riu antes de voltar para o fogão.

Rapidinho, os ramens ficaram prontos e pai e filha começaram a comer. De pouco em pouco, Naruto voltava os olhos para a sua menininha. Ela estava tão bonitinha segurando os hashis... ele não conseguia se segurar, era um pai babão demais!

— Obrigada pela comida! - Niji agradeceu, acabando sua tigela pequena, enquanto Naruto terminava sua segunda grande.

— Já está cheia? - Ele perguntou.

— Sim, mas... papai... - As bochechas da Uzumaki voltaram a ficar vermelhar. Ela fez um sinal para o pai se aproximar e sussurrou em seu ouvido.

— Ahh. - Naruto sorriu meio encabulado. - É lá atrás. - Apontou para uma porta escrito "banheiro".

— Sabe, vendo você e ela, eu me pergunto se eu era assim com a Ayame também. - Teuchi comentou de repente.

— Heim? - Naruto estranhou.

— O jeito que você olha para a Niji. - O velho explicou. - Ela é bastante parecida com a Hinata, não é? Ayame também era parecida com a mãe, e mesmo quando ainda tínhamos ela por perto, eu tratava Ayame como se fosse meu bem mais precioso.

— E a Niji é o meu. - Falou Naruto, divagando um pouco.

— Ela é a sua menininha, não é? - Teuchi perguntou, mas já sabia a resposta, principalmente pelo sorriso bobo de Naruto.

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Ainda naquele dia, como Sakura havia prometido, Saori fora visitar a amiga doente; que nem estava mais tão doente assim. Para o desgosto de Naruto, Itachi também fora e se não fosse por Sakura lhe dar uns belos puxões de orelha, ele teria ficado atrás da porta, atento a qualquer centímetro mais perto que aquele Uchiha chegasse de sua filha. No final da tarde, a febre de Niji pareceu voltar um pouco, então Sakura pegou os filhos e os levou embora para que a menina pudesse descansar.

Para poder aproveitar o resto de seu dia de folga e cuidar da filha ao mesmo tempo, Naruto ligou a TV e colocou em um programa que ambos gostavam: Lutadores Ninja! (Esperem só Hinata saber que ele ainda deixa ela ver isso...)

Apesar de ser tímida e doce, Niji não era a típica garotinha que assistia filmes da Barbie e sonhava ser uma princesa. Ela queria ser uma ninja, isso sim! E outra coisa é que ela tinha uma antipatia incomum pela cor rosa (menos pelo cabelo de sua tia, claro). Coisas fofas, ela adorava com certeza!, desde que não fosse rosa e purpurinado.

Mas voltando ao presente:

— Papai. - Niji chamou de repente, depois de uns dez minutos de episódio.

— fala.

— Posso pegar um cobertor?

Essa era uma pergunta que ele queria evitar. Se ainda fosse em outro dia de muito frio, tudo bem, mas Sakura lhe deixou bem claro antes de sair que, para que Niji não passasse frio demais, ela poderia por um casaco e só.

— Você ouviu a tia Sakura, eu não posso te deixar fazer isso. - Respondeu sem olhá-la.

— Mas eu estou com muito frio. - Ela argumentou. E dessa vez, Naruto a olhou. Oh, erro! Aqueles olhinhos pidões eram de mais pra ele.

— Ahm... - Ele realmente são sabia como responder e por impulso apertou a barra do casaco que usava. Espera, é isso! - Por que não deita aqui? - Abriu o casaco, dando espaço para a filha se encolher ali. Niji, com um sorriso no rosto, pulou para o colo do pai.

Naruto sentiu quando a filha pegou no sono, e por um momento (durante os comerciais) olhou para o rostinho adormecido da menina. E sorriu. Teuchi tinha razão, ela era a sua menininha, e nunca deixaria ninguém machucá-la.

Nunca.


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