Meu nome e Red, sim, vermelho, mas não me importo, e a minha cor, embora eu não goste nenhum pouco dela... mas, com o cabelo vermelho e olhos vermelhos, ninguém tem escolha, principalmente eu. Quando isso aconteceu eu devia ter uns 16 anos, hoje em dia tenho 73, foi assim que eu e minha irmã, Blu, nos tornamos Proxys de um dos Creepykillers mais temido, The Rake.

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— Blu, você não acha que está meio tarde para sair não? – Pergunto, olhando preocupada para o relógio, que marcava 11 da noite.

— Você tem que se preocupar menos Red, podemos fazer o que quisermos, aliás é meu aniversário! –Blu estava fazendo 17 anos naquele dia.

  Ela me olha de lado com um enorme sorriso no rosto, ela tinha ganhado um carro dos nossos pais, que nunca estavam em casa para ver a gente, eles viviam viajando por causa da empresa deles, para compensar a falta deles eles viviam nos mandando coisas caras e inúteis, na maioria das vezes.

— Okay, mas o papai disse que estava vindo para cá, não quer esperar? – Ela me pega pelo braço e me arrasta até o carro novo, e uma camionete vermelha, por alguma ironia do destino, minha cor favorita era o azul, e a cor favorita da minha da minha irmã, o vermelho, mesmo tendo um cabelo azul lindo e lindos olhos azuis marinhos.

— Calma, viva um pouco Red! Você com esse corpo e esses olhos lindos já devia ter um namorado! Só não tem porque vive dentro de casa com aqueles livros.

  Rio da explosão dela e ela também ri comigo, entramos no carro e vamos até a casa da amiga dela, ela havia organizado uma festa para a Blu, quando chegamos na casa eu apenas vou para a biblioteca e fico por lá até a Blu decidir ir embora, eu havia lido 4 livros de 400 páginas em três horas, voltando para casa, eu vi que o carro dos nossos pais estava estacionado em frente à casa, mas havia algo errado, nenhuma luz da casa estava ligada, e era apenas 2 da madrugada, a essa hora as luzes deviam estar ligadas, a Blu não percebe isso e entra em casa sem se importar com o perigo. Sinto algo acertar a minha nuca assim que entro na casa, e vejo a Blu ser acertada por um vulto também, desmaio. Um tempo depois eu acordo na minha biblioteca, estou amarrada com a minha irmã.

— B-Blu, e-eu não estou mu-muito bem... – Digo nervosa, desde pequena tinha esse problema de gagueira, só atacava quando eu estava muito nervosa ou com medo, hoje em dia ele ataca a qualquer hora, mas isso não é um problema para mim.

— Calma Red, vai tudo ficar bem.

  Vejo alguém entrar na biblioteca, atrás dessa pessoa entram mais duas, a primeira pessoa a entrar usa uma cartola cheia de engrenagens e cartas coladas, um sobretudo colorido, cheio de retalhos, e manchas de sangue, por de baixo do sobretudo vejo uma calça jeans e uma blusa vermelha e azul, igual a mim e a minha irmã, uma das pessoas atrás dela e muito curvada, usa uma roupa completamente branca, com várias manchas de sangue, nas mãos, um tipo de manopla, que estava ligada no osso do braço, toda a vez que aquela coisa mexia o braço, a manopla mexia também, me interessei na hora naquela arma que a coisa levava, a terceira pessoa era um palhaço listrado preto e branco, com braços enormes e um nariz pontudo, os olhos dele são lindos, um tom de verde muito vivo.

— Vocês têm duas opções, - A pessoa com a cartola diz – vocês podem morrer aqui, ou vir com a gente, para aprenderem a serem assassinas sem escrúpulos.

  Minha irmã se remexe inquieta do meu lado e eu apenas sorrio.

— One, parece que a vermelha gostou da ideia. – O palhaço diz para a pessoa de cartola.

— Rake, elas são suas. – A One, parece que esse e o nome dela, diz para a criatura com a manopla.

  A criatura nos solta e eu vou em direção a uma estante de livros, onde só tinha coisas de terror e assassinato, tiro um livro chamado The creepykillers.

— Me mostre como e matar uma pessoa. – Digo para a criatura sem gaguejar.

— Querem que eu treine vocês? – Eu faço que sim com a cabeça, minha irmã concorda também. – Então matem seus pais. – Ele dá uma faca para cada um e nos guia para a sala, onde nossos pais estavam amarrados e espancados.

  Blu não espera e vai para cima do nosso pai, ela faz um corte no pescoço dele e vê ele agonizar, vou até a nossa mãe e esfaqueio ela várias vezes na barriga, fico observando ela engasgar como próprio sangue. Depois disso me lembro de estar em uma mansão, cheia de várias pessoas de jeitos diferentes.

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  Foi assim que eu me tornei uma Creepykiller, eu e a minha irmã, agora nós não envelhecemos mais, permanecemos com a mesma aparência que tínhamos quando fomos recrutadas, raramente falo, me sinto muito bem comigo mesma, mesmo sabendo que eu matei a minha mãe, mas se eu não tivesse feito isso, eu não estaria aqui, sendo uma assassina e fazendo o que eu sei fazer de melhor, matar.