Unbreakable escrita por Lost star


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, cupcakes.
Espero que gostem do capítulo.



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Meu cachorro parece muito feliz em me ver, considerando o quanto ele tenta se soltar de Andrew e correr em minha direção. Na verdade, Poseidon era o bulldog inglês de meu pai, mas, sem ele por perto, eu decidi ficar com ele. Meu pai amava esse cachorro, e, apesar de eu ser uma garota que gosta de gatos, eu amava Poseidon também.

–Olá, princesa.- Andrew me saúda, quando meu cachorro finalmente se solta e se joga em meus pés, pulando de um lado para o outro com um completo maluco.- Acho que ele sentiu sua falta.

Sorrio para Andrew e me abaixo para acariciar o cachorro louco.

–Hei, Pops, senti sua falta, também.- Eu o puxo para meu colo e ele finalmente se acalma.- Ele não lhe deu muito trabalho, deu, Andrew?

Ele nega com a cabeça.

–Exceto pelo fato de pesar uns trinta quilos e ter que carregá-lo quase o tempo todo, ele se comportou.- Ele se abaixa e toca minha bochecha.- Vai ser um longo ano sem você, princesa, espero que você volte logo para nós.

(...)

Quando os carregadores finalmente vão embora e minha mãe supera o choque de ter um cachorro em sua casa imaculada, as perguntas sobre Andrew finalmente começam.

–Okay, quem era aquele loiro fantástico que te chamou de princesa?- Sarah pergunta, como se me conhecesse há anos e não há apenas alguns minutos.

–Ah, por favor, não nos conte- EJ resmunga, mas eu ignoro seu pedido quando minha mãe lhe dá um tapa no braço e me olha com expectativa.

Estamos na cozinha novamente, finalmente comendo alguma coisa. Eu dobro meu guardanapo sobre meu colo e encaro minha irmã.

–Ele...hum...trabalha para o meu pai- Respondo.- Bem, trabalhava, agora ele trabalha para Paolo.- Eu balanço a cabeça.- O que é quase a mesma, coisa, acho. Ele era um ajudante pessoal ou algo do tipo, eu realmente não sei como eles chamam o tipo de trabalho que ele faz.

Minha mãe toma um pouco de seu suco antes de exclamar:

–Ele claramente gosta de você.

Faço uma careta. Sim, Andrew gosta de mim.

–Sim, ele gosta.- Murmuro.- Como assessor do meu pai, nós passávamos muito tempo juntos e, como você pode ver, ele é apenas cinco anos mais velho do que eu.- Dou de ombros.- Mas apesar de tudo, somos apenas amigos, eu não sou o tipo de garota que ele quer.

–Mas ele te chama de princesa!- Minha irmã protesta.

Sinto minha mãe enrijecer ao meu lado.

–Bem, ele deveria.- Ela responde. Três pares de olhos se viram para nós quando minha mãe continua.- Claramente, a villa de seu pai pode não ser reconhecida internacionalmente, mas vocês descendem da antiga realeza italiana, e Andrew sabe disso. De qualquer forma, eu acredito que a terminologia esteja errada, considerando que agora você é a rainha do império que seu pai construiu.

–Mãe- A censuro, calma, porém firme. Ela se desestabiliza, fitando-me em choque.- Nós não falaremos sobre a villa ou a empresa enquanto eu estiver aqui. Paolo está cuidando de tudo, e mesmo quando voltar para a Itália, serei apenas uma estudante, e não uma rainha, independente do meu sangue ou meu saldo bancário.

Dito isso, baixo meus olhos e volto a comer. Não estou irritada com ela, entendo seu ponto de vista e suas crenças de que eu logo assumiria o que é meu por direito, mas Paolo e eu concordamos há muito tempo que não estou pronta. Apesar de ter sido educada a vida toda para administrar o império de meu pai, eu ainda precisaria de muito estudo e ajuda. Minha mãe acredita que meu pai era dono de uma grande empresa e, bem, ela está errada. Meu pai era literalmente dono de um império, com multinacionais espalhadas por todo o mundo, mas não é algo que eu possa compartilhar com minha mãe e irmãos.

O silêncio cai sobre a mesa e terminamos o almoço em silêncio. Meu irmãos se levantam e vão fazer suas próprias atividades, dou uma última olhada em minha mãe antes de subir para meu quarto. Ela ainda parece uma criança, mas não está feliz. Mamãe sabe que cometeu um erro, pois nem mesmo na frente de seus filhos ela tem autorização para falar sobre meu pai.

Subo para meu quarto a fim de arrumar tudo, mas percebo que os carregadores já colocaram tudo em seu devido lugar. Observando meu assento de janela, percebo que a cama de Poseidon já está no chão, cuidadosamente colocada próxima à janela . Sorrio e digito uma mensagem de agradecimento e meu celular e envio para Andrew.

Deito-me na cama, finalmente sentindo o cansaço da viagem me atingir e adormeço.

(...)

Acordo na manhã seguinte com os gritos de minha mãe, ela parece distante a princípio, mas quando abro meus olhos, ela está do lado da minha cama. Dou um salto para trás com o susto, caindo da cama e batendo minha cabeça no processo.

–Por que você não está pronta?- Pergunta, e então, vendo a forma como aperto minha cabeça, se aproxima de mim.- Ah, querida, sinto muito. Você está bem?

Assinto positivamente, ainda me perguntando o que ela está fazendo aqui às sete da manhã. Quando percebe que está tudo bem, me empurra em direção ao banheiro.

–Ande, tome um banho e coloque uma roupa legal- Diz, deixando-me no banheiro enquanto se apressa em direção ao pequeno closet.- Jeans e camiseta deve servir, apesar de eu preferir que você se vestisse um pouquinho melhor. Vou pegar seus materiais e coloca-los na sala, você tem meia hora.

Ela está quase saindo pela porta quando minha voz a faz parar.

–Mãe, que materiais?- Tenho certeza que eu pareço uma bagunça, mas o fato de estar completamente atordoada parece piorar a situação.- Eu não sei do que você está falando.

Ela sorri.

–Ué, será que eu esqueci de te contar?- Ela faz uma careta, mas não parece arrependida.- Eu te matriculei na mesma escola dos seus irmãos.- Mesmo sua boca se curvando num sorriso doce, ela parece meio diabólica para mim.- Agora se arrume, você está indo para o ensino médio.

(...)

Tudo bem, não como se eu não estivesse em uma escola na Itália ou fosse uma péssima aluna, mas eu já havia terminado o ensino médio, ano passado, tenho certeza de que Paolo deixou isso bem claro para minha mãe. Percebendo que não tinha escola, me enfiei no chuveiro e tomei um banho rápido, depois corri para o closet e me vesti rapidamente. Dei uma última olhada em meu quarto e Poseidon ergueu a cabeça preguiçosamente antes de me ver sair pela porta.

Descendo as escadas rapidamente, encontrei minha mãe e seu marido na cozinha. Não fui apresentada à ele ontem, mas ele abriu um sorriso largo ao me ver. Largando sua xícara, ele se aproximou de mim e me abraçou.

–Olá, querida, sou Jacob.- Ele era alto e forte, e eu me senti ainda mais pequena enquanto ele me abraçava.- É bom ter você aqui, está fazendo bem à Nessie.

Levei um tempo para perceber que ele se referia à minha mãe, mas assenti de qualquer forma.

–É bom conhecer você.- Respondi, sorrindo.

Minha mãe apareceu na cozinha um segundo mais tarde, segurando uma gravata azul marinho em uma das mãos e o que imaginei ser minha bolsa na outra.

–Aqui, querida.- Entregou-me a bolsa e então correu para os braços de seu marido, eu encarei a parede, constrangida enquanto eles se beijavam como dois adolescente com tesão.- Eu te amo, tenha uma boa reunião. E não se esqueça do jogo de Anthony amanhã, ele está muito ansioso para isso.

Ele a beijou novamente.

–Como se você me deixasse esquecer- Suas palavras foram provocativas, mas havia tanto carinho nelas que eu me senti envergonhada por estar ali.

Como se subitamente percebendo minha presença, Jacob se afastou de minha mãe, voltando para trás da bancada e bebericando seu café enquanto lia jornal. Mamãe sorriu bobamente por mais um tempo e então agarrou meu braço e me conduziu para fora de casa. O caminho foi silencioso, apesar de ela constantemente me lembrar que eu estava atrasada. Com breves ordens para que eu procurasse a secretaria, me largou em frente à escola e saiu cantando pneu. Acho que eu não era a única atrasada.

Fazendo meu caminho lentamente através dos corredores da escola, eu me surpreendi por ela parecer tão em boas condições. Parecia ter sido reformada recentemente. Quando finalmente encontrei a secretaria, cinco minutos mais tarde, uma mulher baixinha, gordinha e ruiva rapidamente me conduziu para uma das salas de aula, alegando que eu não poderia perder a segunda aula.

Batendo na porta suavemente, ela me deu um leve empurrão para que eu entrasse. E em menos de um segundo, todos me encaravam. Entreguei minha autorização ao professor, que parecia ter no mínimo uns cinquenta anos.

–Ah, seja bem-vinda, Srta. Marschall.- Disse, e eu me perguntei o motivo de ser chamada pelo meu nome do meio.- Você gostaria de se apresentar para a turma?

Viro-me para a turma prestes a abrir a boca e então avisto meu irmão, que está sorrindo debochadamente para mim, antes que eu possa me preparar para dizer que venho da Itália, e todo tipo de besteira mais que se espera de uma apresentação de aluna nova, EJ me corta.

– Bem, Sr. Mills, ela é minha irmã, acho que isso é tudo que você precisa saber.

A turma solta gargalhadas, e meu professor fica verde de repente, como se fosse vomitar, e então se vira para mim, algo em sua expressão me faz tropeçar dois passos para trás.

–Por favor, me diga que você não é uma desmiolada bagunceira como seu irmão.

Eu sorrio docemente para ele.

–Espero que não, signore Mills.- Sua expressão passa de doente para encantado, e ele sorri de volta para mim. Eu coro, sabendo agora que tenho não apenas a completa atenção de meu professor, mas a de meus colegas também.

Percebendo meu embaraço, EJ levanta em meu socorro, passando seu braço enorme por meus ombros. Lembro então que ele é o quarterback do time da escola...ou seria o kicker?! Realmente não faz diferença. O que importa é que ele estava atraindo a atenção para ele, ao invés de para mim.

–Então, Sr. Mills- Disse, sem perder o sorriso ou seu aperto sobre mim.- Essa é minha irmãzinha, e ela é da itália. Ela veio morar com a gente agora e eu vi um monte de livros no seu quarto, então ela deve gostar de literatura. Isso é tudo.- E então me arrastou pela sala.- É melhor você controlar seu sotaque, irmãzinha, ou eu vou preso antes do final da semana.- Sussurrou antes de me puxar para a carteira ao seu lado.

Uma mão aparece em frente ao meu rosto, e lentamente ergo meus olhos para encontrar seu dono. Dois olhos muito verdes me fitam de volta, e, cara, covinhas nunca ficaram tão bem em um garoto antes. Seu sorriso grande e branco não está ajudando a controlar meus hormônios também. Meu irmão me dá uma cotovelada, e percebo que estava encarando. O sorriso do garoto se torna ainda maior, como se isso fosse realmente possível. Aperto sua mão.

–Posso saber seu nome, Srta. Marschall?- E meu primeiro pensamento foi “Por que todos estão me chamando pelo sobrenome de Paolo?”, quase imediatamente, porém, percebo que ele está esperando uma resposta.

Limpo a garganta.

–Annabelle.- Meus olhos grudados nos seus.- Meu nome é Annabelle.

O sorriso que ele me dá sugere coisas, coisas que fazem meu estômago se apertar em um nó e meu coração acelerar. E eu desejo que meu irmão não estivesse aqui, e que meu professor não estivesse aqui...Inferno, eu desejo que a turma inteira não estivesse aqui. O garoto ainda está segurando minha mão, e eu espero por tudo que é mais sagrado que eu não esteja suando. Com seus olhos brilhando para mim, ele beija minha mão antes de se afastar, voltando para sua cadeira.

–É um prazer te conhecer, Annabelle.- Sua voz soa rouca em meus ouvidos.- Meu nome é Ethan.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Beijos :*



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