West River High School - INTERATIVA escrita por Lola


Capítulo 5
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oioi, gente! Então, cá estou eu postando mais um capítulo. Pretendo postar uma ou duas vezes por semana, ok? Críticas, sugestões, são sempre bem vindas. O que estão achando? E qual dos personagens chamou mais sua atenção até agora? De quem não gostaram? Deixem a opinião de vocês. Boa leitura!



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Caleb’s POV

Poucos dias para o retorno das aulas, o colégio recebeu mais alunos do que o normal esse ano, mas o centro de treinamento ainda era o melhor lugar para ficar durantes as férias. Não necessariamente para lutar, mas para ler, por exemplo, mas hoje marquei com o Zac para treinarmos imobilizações. Pelo tempo de atraso, desistiu, ok que ele prefere treinar sozinho, mas poderia ter avisado antes que não iria. Zac é um dos poucos amigos que fiz desde que cheguei, na verdade, é o único amigo mesmo. No inicio foi difícil deixar se aproximar, mas depois, acabei vendo que ele era confiável, não é um cara estupido igual à maioria dos garotos aqui. Não que isso faça diferença, mas é sempre bom ter alguém que eu posso contar por perto. Ele também é um lobisomem, mas nunca disputamos nada, como é de costume da maioria, querer ser o alfa, não precisávamos disso.

Esperei por cerca de duas horas, o saco de pancadas já estava cansado de apanhar. Uma garota entrou no centro jogando as coisas no chão e fazendo barulho, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

― E ai, tá afim de treinar? ― perguntou prendendo o cabelo e tirando o casaco, mostrando suas milhões de tatuagens pelo corpo.

― Estou. Super. Afim. ― eu disse entre murros e chutes no saco, sem a olhar.

― Então vamos.

A garota se aproximou e parou ao meu lado.

― Não com você. ― falei vestindo a camisa, pegando minhas coisas e saindo de lá.

― Imbecil. ― cochichou.

― Eu ouvi.

― Ótimo! ― berrou.

Caleb’s POV OFF

Uma hora depois

A ruiva estava estática encarando o enorme lobo que tinha no mínimo o triplo do seu tamanho. O dono de olhos azuis hipnotizantes a olhava de forma intensa, mas não parecia querer machucá-la.

― Seus olhos são... Lindos. ― falou em baixo tom.

Não era só um lobo e sim um lobisomem. Ele abaixou a cabeça demonstrando confiança à garota que chegou mais perto acariciando o topo de sua cabeça. Ela estava encantada com a aparente doçura da fera.

― Vicky! ― gritou uma voz feminina se aproximando do local.

A garota olhou ao redor e viu Lua chegando à sua esquerda. O lobo encarou-a e em seguida correu, saindo do local.

― Wow! Uma caçadora, um lobo mau e a chapeuzinho vermelho no mesmo lugar? Interessante. ― brincou a morena fazendo Vicky rir.

― Não acho que ele seja mau... Até porque estou viva.

― Quer dizer pela metade, né?

― Ahaha! ― forçou uma riso ― Muito engraçada.

Voltaram ao quarto conversando e fazendo piadinhas uma da outra. Lua contou para Vicky como foi o treino e comentou de um garoto “marrento” que ela encontrou por lá.

Era aproximadamente nove da noite e a morena deu a ideia de sair do colégio e ir à cidade fazer algo interessante. No inicio a colega não concordou, mas depois de muita insistência e uma barra de chocolate, foi bem fácil.

― Que roupa vai usar? ― Victória perguntou.

― Esse vestido azul.

O vestido batia pouco acima do joelho, não tinha decote na frente, mas atrás era transparente até o quadril. Não era arrumado demais, mas não deixava de ser muito bonito. Lua foi em direção à gaveta de roupas de Vicky que se sentou na cama esperando uma boa escolha. Uma saia jeans de lavagem em tons de azul claro e escuro mesclados, uma blusa branca do Linkin Park, de ombro caído, mostrando o colo.

Pegaram um táxi na porta do colégio e seguiram até um barzinho. Lua já havia ido lá, já sabia mais ou menos onde era mais confortável de ficar. O bar era grande, mas bem aconchegante, na parte interna, tinha uma bancada grande com homens e mulheres servindo bebida. Nas laterais, sofás enormes foram espalhados e vários casais estavam aproveitando o espaço. No centro, uma pista de dança. Na área externa, atrás do bar, era um local mais calmo. Algumas mesas, cerca de três garçons atendendo pedidos e o som da música de dentro. Era um local mais arejado e foi onde as garotas escolheram ficar... Bom, pelo menos uma delas.

― Vicky, você não acha melhor a gente ficar lá dentro? Você sabe... Tem mais gente e tals...

― Pode ir, se quiser, lá o barulho está muito alto, vou acabar enlouquecendo.

― Chata... Ei ei ei ei, para tudo, agora quero ficar aqui mesmo. ― a morena avistou um homem extremamente sexy na mesa à diagonal.

― Posso olhar agora?

― Não, ele está olhando em sua direção.

― Bom... Mas você pode olhar pra trás agora. ― ironizou a ruiva ao ver um garoto loiro e todo tatuado chegando ao local.

― Sabe o que eu acho? Se eu sair daqui nós duas podemos nos dar bem, concorda? ― Lua se levantou e pegou um copo de gin tônica da bandeja do primeiro garçom que viu.

― Volta aqui! Droga...

É, Vicky estava sozinha na mesa o bar com um homem a encarando ao lado e Lua foi para parte interna se divertir na pista de dança... Talvez acompanhada. A ruiva se serviu com um copo de whisky puro com um pouco de gelo e olhou para o lado rapidamente. Aquele homem parecia familiar para ela. Ele se levantou de sua mesa e sentou-se em frente à mulher que o olhava com uma certa dúvida.

― O que uma bela mulher faz sozinha na mesa de um bar?

― Tomando um bom copo de whisky e se perguntando porque a amiga a trocou por um cara loiro e gato.

― Whisky puro... Gosto não muito comum entre mulheres, mas muito bom. ― fez uma pausa ― Sua amiga só está querendo se divertir um pouco.

Vicky observava cada canto do rosto do homem tentando lembrar-se de onde o conhecia.

― A gente se conhece? ― ele perguntou ao perceber o que a ruiva estava fazendo.

Alguns momentos aleatórios começaram a aparecer em sua cabeça. Sua mãe a ensinando a nadar e seu pai sentado do lado de fora da piscina conversado com um homem, o homem que estava sentado à sua frente. E enfim, ela lembrou seu nome.

― Gabriel. É o seu nome, certo?

― Sim, é, mas isso é realmente estranho...Tenho certeza que jamais esqueceria esse belo rosto.

― Não se lembra de mim? Garotinha implicante de quatro anos que não sabia nadar...

― Victória? Nossa, como você cresceu.

― Nesses quatorze anos não mudei muito na verdade, só fiquei mais alta e aprendi a falar melhor.

― Tem o mesmo senso de humor da mãe. Como estão Ivan e Dianna?

― Meu pai está bem, voltou pra Rússia para resolver uns problemas e... Bem, minha mãe morreu há três anos.

― Meus pêsames. Mas então, o que faz por aqui?

― Estou estudando no colégio da cidade e...

Lua apareceu na mesa e logo cumprimentou o homem.

― Boa noite, o que faz aqui sentado com a minha querida amiga? Bom... Não me interessa, eu sei. Sou Lua.

― Oi, Lua, sou Gabriel.

O vampiro pegou a mão da garota e deu um leve beijo. Sem querer, ela derrubou seu terceiro copo de gin na roupa de Vicky.

― Isso está muito frio! ― disse levantando-se da cadeira e tirando um pedaço de gelo de dentro da blusa.

― Foi mal, ruivinha! ― Lua pegou alguns guardanapos para tentar ajudar e a blusa uma vez branca, estava agora transparente.

― Eu vou voltar pro colégio, fica aí se divertindo, pego um táxi. Tem problema?

― Não, por mim tudo bem... ― respondeu a morena.

― Tenho uma ideia melhor. Se o limão entrou em contato com sua pele, é bom que se lave logo. Meu apartamento é aqui perto, você pode ir lá, tomar banho, colocar uma blusa minha e eu te levo para o colégio. O que acha?

― Vicky, eu concordo com o Gabriel, deveria ir ao apartamento dele tomar banho. ― ironizou.

As garotas se olharam por alguns segundos e logo em seguida, Vicky concordou em ir com Gabriel. No caminho, vários homens olhavam para a dampira, ou melhor, para sua blusa transparente que mostrava seu sutiã vermelho.

― Isso não te incomoda? ― perguntou Gabriel se referindo aos olhares.

― O que?

― Todos esses homens te olhando.

― Homens me olhando? Onde? Tem certeza que é pra mim?

Desligada, como de costume, ela não percebeu nada de estranho. O homem riu e a levou para seu apartamento.

Ele morava em um loft, as cores do lugar variavam entre tons de marrom e bege, o que dava um ar sofisticado. Tinham três sofás na sala e uma cozinha americana. O quarto era no andar de cima.

― Fique a vontade, o banheiro é logo ali.

― Obrigada, mas... Você poderia me emprestar uma toalha?

― Claro, pode entrar no banho que eu já desço com uma toalha, deixe a porta entreaberta, ok?

Vicky afirmou com a cabeça e deu um sorriso gentil logo em seguida. A garota entrou no banheiro e se despiu rapidamente, entrando no box e fechando-o em seguida. Gabriel pegou uma toalha no armário e desceu parando na porta do banheiro. Ele abriu a posta bem devagar e observou a garota pela sombra do box. Ele olhava com desejo cada parte do seu corpo pela sombra. Suas roupas estavam sobre a pia e o moreno olhou de forma curiosa.

― Gabriel?

― Onde coloco a sua toalha?

― Já acabei, pode me entregar.

Ela abriu um pouco do box e estendeu a mão para pegar a toalha. Gabriel a olhava tentando se conter. Sua perna molhada aparecia um pouco, seu coque bagunçado, alguns fios presos em sua pele molhada, cada detalhe, lhe chamava atenção.

― Por que está me olhando desse jeito? ― perguntou ingênua e esperou uma resposta, a qual não veio ― Hm... Preciso colocar minha calcinha e a saia, me dá licença, por favor? ― sorriu.

― Eu não me importo de te ver fazendo isso.

― Você é engraçado, não lembrava deve teu lado.

Ela levou o comentário como uma brincadeira e fechou a porta do banheiro. Vestiu sua calcinha e saia e logo abriu a porta, já com o cabelo solto e a toalha cobrindo os seios, pois suas vestimentas de cima estavam molhadas de gin. Gabriel a levou para o quarto e pediu que ela escolhesse alguma blusa para usar. Obviamente, qualquer uma que ela escolhesse iria ficar bem maior.

A escolhida foi uma blusa quadriculada predominantemente vermelha e com listras brancas. Victória fez um sinal para que Gabriel olhasse para o outro lado e ele a obedeceu. A garota jogou a toalha na cama, o vampiro a olhava o tempo inteiro pelo reflexo da TV sem que ela percebesse. Depois de vestida, avisou que ele poderia virar agora.

― E ai, o que achou? ― Vicky fez uma cara engraçada e começou a desfilar no quarto.

― Perfeita.

Gabriel se aproximou da garota e abriu dois botões da blusa. Ela ficou sem jeito ao olhar nos olhos do vampiro. E era impossível não ficar, seu olhar era de desejo, mas cuidadoso ao mesmo tempo.

Ele levou uma de suas mãos ao rosto da ruiva e acariciou sua bochecha, descendo até os lábios. A música que o celular de Vicky tocou, interrompeu os planos do moreno.

― Deve ser a Lua... Preciso voltar pro colégio.

― Tudo bem, vamos pro carro.

Quase o caminho inteiro não se ouvia se quer uma palavra. Os dois se olhavam às vezes, mas não falavam absolutamente nada. Gabriel avistou o colégio e decidiu então, quebrar o silencio:

― Bom... Caso você tenha problemas no colégio, me avisa e... Você é bem vinda no meu apartamento, a hora que você quiser. ― colocou sua mão que não estava no volante na coxa esquerda da ruiva que o olhou, respirou fundo e colocou sua delicada mão por cima da dele.

― Agradeço a gentileza.

O carro parou em frente à entrada do colégio e ela foi se despedir. Soltou-se do cinto de segurança e se inclinou para depositar um beijo na bochecha do homem. Ele retribuiu, levou sua mão à nuca da garota e a deu um beijo na bochecha bem demorado, fazendo-a se arrepiar.

― Te cuida, ruivinha... ― falou com sua voz rouca e a boca estava ao pé do ouvido dela.

Vicky o encarou por alguns segundos e quando Gabriel começou a se aproximar, ela abriu a porta do carro rapidamente e entrou no colégio com a imaginação nas nuvens.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Beijundas e adios!