West River High School - INTERATIVA escrita por Lola
Notas iniciais do capítulo
Oioi, gente! Então, cá estou eu postando mais um capítulo. Pretendo postar uma ou duas vezes por semana, ok? Críticas, sugestões, são sempre bem vindas. O que estão achando? E qual dos personagens chamou mais sua atenção até agora? De quem não gostaram? Deixem a opinião de vocês. Boa leitura!
Caleb’s POV
Poucos dias para o retorno das aulas, o colégio recebeu mais alunos do que o normal esse ano, mas o centro de treinamento ainda era o melhor lugar para ficar durantes as férias. Não necessariamente para lutar, mas para ler, por exemplo, mas hoje marquei com o Zac para treinarmos imobilizações. Pelo tempo de atraso, desistiu, ok que ele prefere treinar sozinho, mas poderia ter avisado antes que não iria. Zac é um dos poucos amigos que fiz desde que cheguei, na verdade, é o único amigo mesmo. No inicio foi difícil deixar se aproximar, mas depois, acabei vendo que ele era confiável, não é um cara estupido igual à maioria dos garotos aqui. Não que isso faça diferença, mas é sempre bom ter alguém que eu posso contar por perto. Ele também é um lobisomem, mas nunca disputamos nada, como é de costume da maioria, querer ser o alfa, não precisávamos disso.
Esperei por cerca de duas horas, o saco de pancadas já estava cansado de apanhar. Uma garota entrou no centro jogando as coisas no chão e fazendo barulho, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
― E ai, tá afim de treinar? ― perguntou prendendo o cabelo e tirando o casaco, mostrando suas milhões de tatuagens pelo corpo.
― Estou. Super. Afim. ― eu disse entre murros e chutes no saco, sem a olhar.
― Então vamos.
A garota se aproximou e parou ao meu lado.
― Não com você. ― falei vestindo a camisa, pegando minhas coisas e saindo de lá.
― Imbecil. ― cochichou.
― Eu ouvi.
― Ótimo! ― berrou.
Caleb’s POV OFF
Uma hora depois
A ruiva estava estática encarando o enorme lobo que tinha no mínimo o triplo do seu tamanho. O dono de olhos azuis hipnotizantes a olhava de forma intensa, mas não parecia querer machucá-la.
― Seus olhos são... Lindos. ― falou em baixo tom.
Não era só um lobo e sim um lobisomem. Ele abaixou a cabeça demonstrando confiança à garota que chegou mais perto acariciando o topo de sua cabeça. Ela estava encantada com a aparente doçura da fera.
― Vicky! ― gritou uma voz feminina se aproximando do local.
A garota olhou ao redor e viu Lua chegando à sua esquerda. O lobo encarou-a e em seguida correu, saindo do local.
― Wow! Uma caçadora, um lobo mau e a chapeuzinho vermelho no mesmo lugar? Interessante. ― brincou a morena fazendo Vicky rir.
― Não acho que ele seja mau... Até porque estou viva.
― Quer dizer pela metade, né?
― Ahaha! ― forçou uma riso ― Muito engraçada.
Voltaram ao quarto conversando e fazendo piadinhas uma da outra. Lua contou para Vicky como foi o treino e comentou de um garoto “marrento” que ela encontrou por lá.
Era aproximadamente nove da noite e a morena deu a ideia de sair do colégio e ir à cidade fazer algo interessante. No inicio a colega não concordou, mas depois de muita insistência e uma barra de chocolate, foi bem fácil.
― Que roupa vai usar? ― Victória perguntou.
― Esse vestido azul.
O vestido batia pouco acima do joelho, não tinha decote na frente, mas atrás era transparente até o quadril. Não era arrumado demais, mas não deixava de ser muito bonito. Lua foi em direção à gaveta de roupas de Vicky que se sentou na cama esperando uma boa escolha. Uma saia jeans de lavagem em tons de azul claro e escuro mesclados, uma blusa branca do Linkin Park, de ombro caído, mostrando o colo.
Pegaram um táxi na porta do colégio e seguiram até um barzinho. Lua já havia ido lá, já sabia mais ou menos onde era mais confortável de ficar. O bar era grande, mas bem aconchegante, na parte interna, tinha uma bancada grande com homens e mulheres servindo bebida. Nas laterais, sofás enormes foram espalhados e vários casais estavam aproveitando o espaço. No centro, uma pista de dança. Na área externa, atrás do bar, era um local mais calmo. Algumas mesas, cerca de três garçons atendendo pedidos e o som da música de dentro. Era um local mais arejado e foi onde as garotas escolheram ficar... Bom, pelo menos uma delas.
― Vicky, você não acha melhor a gente ficar lá dentro? Você sabe... Tem mais gente e tals...
― Pode ir, se quiser, lá o barulho está muito alto, vou acabar enlouquecendo.
― Chata... Ei ei ei ei, para tudo, agora quero ficar aqui mesmo. ― a morena avistou um homem extremamente sexy na mesa à diagonal.
― Posso olhar agora?
― Não, ele está olhando em sua direção.
― Bom... Mas você pode olhar pra trás agora. ― ironizou a ruiva ao ver um garoto loiro e todo tatuado chegando ao local.
― Sabe o que eu acho? Se eu sair daqui nós duas podemos nos dar bem, concorda? ― Lua se levantou e pegou um copo de gin tônica da bandeja do primeiro garçom que viu.
― Volta aqui! Droga...
É, Vicky estava sozinha na mesa o bar com um homem a encarando ao lado e Lua foi para parte interna se divertir na pista de dança... Talvez acompanhada. A ruiva se serviu com um copo de whisky puro com um pouco de gelo e olhou para o lado rapidamente. Aquele homem parecia familiar para ela. Ele se levantou de sua mesa e sentou-se em frente à mulher que o olhava com uma certa dúvida.
― O que uma bela mulher faz sozinha na mesa de um bar?
― Tomando um bom copo de whisky e se perguntando porque a amiga a trocou por um cara loiro e gato.
― Whisky puro... Gosto não muito comum entre mulheres, mas muito bom. ― fez uma pausa ― Sua amiga só está querendo se divertir um pouco.
Vicky observava cada canto do rosto do homem tentando lembrar-se de onde o conhecia.
― A gente se conhece? ― ele perguntou ao perceber o que a ruiva estava fazendo.
Alguns momentos aleatórios começaram a aparecer em sua cabeça. Sua mãe a ensinando a nadar e seu pai sentado do lado de fora da piscina conversado com um homem, o homem que estava sentado à sua frente. E enfim, ela lembrou seu nome.
― Gabriel. É o seu nome, certo?
― Sim, é, mas isso é realmente estranho...Tenho certeza que jamais esqueceria esse belo rosto.
― Não se lembra de mim? Garotinha implicante de quatro anos que não sabia nadar...
― Victória? Nossa, como você cresceu.
― Nesses quatorze anos não mudei muito na verdade, só fiquei mais alta e aprendi a falar melhor.
― Tem o mesmo senso de humor da mãe. Como estão Ivan e Dianna?
― Meu pai está bem, voltou pra Rússia para resolver uns problemas e... Bem, minha mãe morreu há três anos.
― Meus pêsames. Mas então, o que faz por aqui?
― Estou estudando no colégio da cidade e...
Lua apareceu na mesa e logo cumprimentou o homem.
― Boa noite, o que faz aqui sentado com a minha querida amiga? Bom... Não me interessa, eu sei. Sou Lua.
― Oi, Lua, sou Gabriel.
O vampiro pegou a mão da garota e deu um leve beijo. Sem querer, ela derrubou seu terceiro copo de gin na roupa de Vicky.
― Isso está muito frio! ― disse levantando-se da cadeira e tirando um pedaço de gelo de dentro da blusa.
― Foi mal, ruivinha! ― Lua pegou alguns guardanapos para tentar ajudar e a blusa uma vez branca, estava agora transparente.
― Eu vou voltar pro colégio, fica aí se divertindo, pego um táxi. Tem problema?
― Não, por mim tudo bem... ― respondeu a morena.
― Tenho uma ideia melhor. Se o limão entrou em contato com sua pele, é bom que se lave logo. Meu apartamento é aqui perto, você pode ir lá, tomar banho, colocar uma blusa minha e eu te levo para o colégio. O que acha?
― Vicky, eu concordo com o Gabriel, deveria ir ao apartamento dele tomar banho. ― ironizou.
As garotas se olharam por alguns segundos e logo em seguida, Vicky concordou em ir com Gabriel. No caminho, vários homens olhavam para a dampira, ou melhor, para sua blusa transparente que mostrava seu sutiã vermelho.
― Isso não te incomoda? ― perguntou Gabriel se referindo aos olhares.
― O que?
― Todos esses homens te olhando.
― Homens me olhando? Onde? Tem certeza que é pra mim?
Desligada, como de costume, ela não percebeu nada de estranho. O homem riu e a levou para seu apartamento.
Ele morava em um loft, as cores do lugar variavam entre tons de marrom e bege, o que dava um ar sofisticado. Tinham três sofás na sala e uma cozinha americana. O quarto era no andar de cima.
― Fique a vontade, o banheiro é logo ali.
― Obrigada, mas... Você poderia me emprestar uma toalha?
― Claro, pode entrar no banho que eu já desço com uma toalha, deixe a porta entreaberta, ok?
Vicky afirmou com a cabeça e deu um sorriso gentil logo em seguida. A garota entrou no banheiro e se despiu rapidamente, entrando no box e fechando-o em seguida. Gabriel pegou uma toalha no armário e desceu parando na porta do banheiro. Ele abriu a posta bem devagar e observou a garota pela sombra do box. Ele olhava com desejo cada parte do seu corpo pela sombra. Suas roupas estavam sobre a pia e o moreno olhou de forma curiosa.
― Gabriel?
― Onde coloco a sua toalha?
― Já acabei, pode me entregar.
Ela abriu um pouco do box e estendeu a mão para pegar a toalha. Gabriel a olhava tentando se conter. Sua perna molhada aparecia um pouco, seu coque bagunçado, alguns fios presos em sua pele molhada, cada detalhe, lhe chamava atenção.
― Por que está me olhando desse jeito? ― perguntou ingênua e esperou uma resposta, a qual não veio ― Hm... Preciso colocar minha calcinha e a saia, me dá licença, por favor? ― sorriu.
― Eu não me importo de te ver fazendo isso.
― Você é engraçado, não lembrava deve teu lado.
Ela levou o comentário como uma brincadeira e fechou a porta do banheiro. Vestiu sua calcinha e saia e logo abriu a porta, já com o cabelo solto e a toalha cobrindo os seios, pois suas vestimentas de cima estavam molhadas de gin. Gabriel a levou para o quarto e pediu que ela escolhesse alguma blusa para usar. Obviamente, qualquer uma que ela escolhesse iria ficar bem maior.
A escolhida foi uma blusa quadriculada predominantemente vermelha e com listras brancas. Victória fez um sinal para que Gabriel olhasse para o outro lado e ele a obedeceu. A garota jogou a toalha na cama, o vampiro a olhava o tempo inteiro pelo reflexo da TV sem que ela percebesse. Depois de vestida, avisou que ele poderia virar agora.
― E ai, o que achou? ― Vicky fez uma cara engraçada e começou a desfilar no quarto.
― Perfeita.
Gabriel se aproximou da garota e abriu dois botões da blusa. Ela ficou sem jeito ao olhar nos olhos do vampiro. E era impossível não ficar, seu olhar era de desejo, mas cuidadoso ao mesmo tempo.
Ele levou uma de suas mãos ao rosto da ruiva e acariciou sua bochecha, descendo até os lábios. A música que o celular de Vicky tocou, interrompeu os planos do moreno.
― Deve ser a Lua... Preciso voltar pro colégio.
― Tudo bem, vamos pro carro.
Quase o caminho inteiro não se ouvia se quer uma palavra. Os dois se olhavam às vezes, mas não falavam absolutamente nada. Gabriel avistou o colégio e decidiu então, quebrar o silencio:
― Bom... Caso você tenha problemas no colégio, me avisa e... Você é bem vinda no meu apartamento, a hora que você quiser. ― colocou sua mão que não estava no volante na coxa esquerda da ruiva que o olhou, respirou fundo e colocou sua delicada mão por cima da dele.
― Agradeço a gentileza.
O carro parou em frente à entrada do colégio e ela foi se despedir. Soltou-se do cinto de segurança e se inclinou para depositar um beijo na bochecha do homem. Ele retribuiu, levou sua mão à nuca da garota e a deu um beijo na bochecha bem demorado, fazendo-a se arrepiar.
― Te cuida, ruivinha... ― falou com sua voz rouca e a boca estava ao pé do ouvido dela.
Vicky o encarou por alguns segundos e quando Gabriel começou a se aproximar, ela abriu a porta do carro rapidamente e entrou no colégio com a imaginação nas nuvens.
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Espero que tenham gostado! Beijundas e adios!