Bringing Hope (interativa) escrita por Abbey


Capítulo 23
Capítulo Vinte e Três


Notas iniciais do capítulo

Heey meus princesos, tuuuuudo bem? Aqui estou eu, com mais um capítulo pra vocês, hasuauhs :3 Simplesmente ameeeeeei escrever esse capítulo, mucho mucho! Espero que gostem tanto de lê-lo quanto eu amei escrevê-lo!
Leiam as notas finais, pois tratarei de assuntos importantes... Agora, sem encher mais o saco de vocês, booooa leitura :3



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Gabriela pousou sua mala no chão e virou-se para encarar os colegas. Era sábado, haviam acabado de tomar o café da manhã e ela realmente não queria esperar mais. Suspirou pesadamente ao sentir a mão de Junior sobre seu ombro.

– Ainda há tempo para você mudar de ideia, Gabriela.

– Eu não quero mudar de ideia, Junior! – a garota respondeu sem sequer virar-se para o rapaz.

– Está bem. – Junior encolheu os ombros, soltando um suspiro.

Os olhos de Gabriela encontraram os de Lucas por um breve momento, mas o garoto desviou-os em seguida.

– Vou sentir saudade de vocês, pessoal. – Gabriela limitou-se a dizer, não queria despedidas longas e dolorosas. Em seguida, aproximou-se de Lucas e tocou-lhe o braço. – Desculpe Lucas.

– Não precisa se desculpar – o garoto respondeu friamente, soltando uma gargalhada rouca. –, sei que ficará extremamente feliz ao cruzar esse portão!

– Ah é? Então pense o que quiser! – indignada, Gabriela agarrou suas malas e abriu a porta do orfanato bruscamente. Era tão difícil para Lucas compreender?

– Estarei de volta em pouco tempo pessoal! – Junior sorriu, acenando ao deixar o orfanato.

Marina aproximou-se de Lucas, abraçando-o ternamente.

– Eu estou bem, Má! – ele se afastou gentilmente. Suas pálpebras pesavam-lhe. – Com licença... – abafando um soluço, subiu as escadas apressadamente.

As garotas se aproximaram de Marina. Larissa e Emma se entreolharam.

– Ele vai superar Má! – Clara afirmou.

– Eu sei – Marina suspirou –, mas me indigna que ele tenha que passar por isso! – agarrou uma almofada e atirou-a o mais longe possível, sentando-se no chão. – O Lucas não merece isso, ninguém aqui merece!

– Que bom que ela foi embora, assim não causará mais problemas! – Larissa bufou.

– Se você está se referindo ao incidente com o caderno Lari – Guilherme encarou a amiga –, eu não acho que tenha sido ela!

– Que incidente? – Cassie questionou.

– Nada importante. – Marina cortou.

– Guilherme, vamos esquecer esse tema, está bem? – Emma encarou o amigo com uma expressão séria.

– Está bem, Emma!

**

– Sua vez Cadu! – Anie exclamou após mover uma torre no tabuleiro, estavam jogando xadrez.

– Eu sei... – apoiando o queixo numa das mãos, Cadu analisava as possibilidades. – Ei Anie, o que você achou da Gabriela pedir para ser transferida? – questionou, iniciando uma conversa que lhe daria mais tempo.

– Na verdade, não achei nada. – ela encolheu os ombros. – Se ela quis sair, o que poderíamos fazer? Além disso, para mim ela estando ou não no orfanato é indiferente, nós mal conversávamos!

– Pois é. Eu me senti mal pelo Lucas, ele a conhecia há bastante tempo. Mas para mim também é indiferente. – o garoto moveu seu bispo em diagonal.

– Que péssima jogada Cadu, – Anie riu, tirando o rei de Cadu do tabuleiro.

O garoto suspirou longamente.

– Xeque-mate, de novo! É chato jogar xadrez com você, sabia? A senhorita sempre ganha! – cruzou os braços, possuía uma expressão séria e chateada. – Onde aprendeu a jogar assim? – fitou-a curioso.

– Minha mãe me ensinou quando eu tinha quatro anos, venho praticando desde então. Eu e meu pai jogávamos todos os dias! – Anie respondeu, guardando as peças e o tabuleiro.

– Sua mãe? – Cadu, surpreendido descruzou os braços. – Eu achei que ela havia morrido logo depois que você nasceu.

– Não... Por que você pensou isso?

– É que você nunca falou dela – passou a mão esquerda pelos cabelos pretos. –, então eu havia concluído que você não a conheceu. – observando-a negar com a cabeça, coçou o queixo. – E quando ela morreu?

Os olhos de ambos se encontraram.

– Ela não morreu. – murmurou. – Aliás, eu espero que ela não tenha morrido!

– Mas se ela não morreu... – Cadu encarou-a confuso. – Onde ela está? Ela sabe que você está aqui?

– Eu não sei onde ela está e suponho que não saiba que eu estou aqui. – a loira respondera calmamente, mas estava claro que aquilo a afetara. – E, se você não se importar, podemos mudar de assunto?

– Me desculpe. – abaixando a cabeça, Cadu levantou-se do banco. – Vou buscar um pouco d’água, quer?

– Não, obrigada.

No quarto, Emma lia enquanto Marina desenhava. Ao observar a amiga por alguns segundos, Emma concluiu que ela não estava bem.

– Má, eu sei que está assim pelo Lucas. – Emma levantou-se, apoiando os cotovelos nos joelhos. – Ele ficará bem, você verá!

– Eu sei Emma... – a loira voltou-se para a morena. – Eu só... Só me sinto impotente com essa situação, além de sentir um ciúme enorme pela Gabriela. Mesmo sabendo que não há motivo para isso – fez uma pausa, suspirando pesadamente –, continuo sentindo.

– Isso se chama amor.

– Ou perda das faculdades mentais.

Emma e Marina tiveram uma crise de risos.

– Mas ele é bonitinho, não é? – a inglesa tentava parar de rir.

– Não! – a loira ficou séria. – Cachorros são bonitinhos! O Lucas não é bonitinho, é bonito, sem o inho!

– Ai meu Deus! – Emma ria descontroladamente. – Love is in the air... – cantarolou.

– Para Emma! – Marina jogou um travesseiro na morena, sorrindo.

**

– Eeeeei Cadu, você sabe dar nó de gravata? – Lucas questionou ao ver o amigo entrar no quarto.

Cadu explodiu em risadas ao ver o aspecto do amigo.

– Eu não acredito que você vai sair com uma camisa de manga larga, calça social e gravata Lucas! – disse, alisando as bochechas que doíam pelas risadas. – Está fazendo trinta graus lá fora, sabia? Aliás, onde você arranjou essa gravata?

Lucas fez uma careta, dando uma cotovelada em Cadu.

– É o meu primeiro encontro com a Má, eu preciso me arrumar um pouco mais sabia? Além disso, onde vamos jantar tem ar condicionado! – piscou. – E a gravata, o Junior me emprestou! – percebendo que o amigo não pararia de rir, cruzou os braços. – Você sabe dar nó de gravata ou não?

– Sei, sei. Mas tudo que você conseguirá com essa roupinha será assustá-la! – Cadu aproximou-se para ajudar o amigo, dando um nó na gravata azul e branca que estava em seu pescoço. – Prontinho Ken da Barbie!

– Ken da Barbie é a puta que pariu! – Lucas murmurou.

Cadu apoiou um dos pés em sua cama para amarrar o cadarço de seu tênis e Lucas sentou-se na cama mais próxima, ajeitando os cabelos com um pente.

– Cadu! – chamaram-no na porta.

Ambos reconheceram as vozes como sendo de Guilherme e Clara. Ao virar-se, Cadu sentiu um impacto contra seu peito, a dor o fez cair sobre sua cama.

– Ah! – o garoto exclamou, levando as mãos ao local do impacto para tentar aliviar a dor.

Lucas sentia seu coração bater depressa, tão depressa que parecia pretender explodir em segundos. Seu corpo havia congelado, as pernas formigavam-lhe e deixara o pente cair. Com o canto dos olhos pôde ver Clara e Guilherme fugindo. Ao se voltar para Cadu, o pânico tomou conta de seu corpo.

– Eu... Eu não acredito! – indagou, conseguindo finalmente mover-se. – Cadu, cara! – gritou desesperado, aproximando-se bruscamente para ajudar o amigo.

O garoto de cabelos pretos possuía uma nítida expressão de dor. Ele pressionava a área atingida com ambas as mãos. Ali se espalhava algo vermelho e espesso que Lucas deduziu ser sangue.


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Notas finais do capítulo

Calmaaaaaaaaaaaaaa, não me matem, não ainda. Tudo que tenho a dizer em minha defesa é que eu não resisti, e que ninguém morrerá, claro!
Bem, agora gostaria de esclarecer a saída da Gabi. Muitos, muuuuitos estão achando que eu a tirei por motivos totalmente opostos aos meus reais, portanto decidi dar uma explicação mais clara. Não deveria, porém o farei.
Como já expliquei para alguns, a leitora que criou a Gabriela teve a conta excluída há algum tempo e não me contactou novamente, mas este não é o único motivo. Pensando no futuro a história, me encontrei com um problema; e a Gabriela? Eis a questão, eu não tenho para perguntar "Ei, posso fazer isso com as sua personagem, ou você prefere aquilo?". Justamente por isso, achei que a história seria prejudicada com a presença dela, tendo em conta o fato de que provavelmente haverá novos personagens, juntamente com nova vagas. Simplesmente isso.
Também gostaria de me desculpar, pois provavelmente não postarei no próximo domingo/sábado/segunda, já que estou um tanto enrolada com minha vida pessoal.
Finalmente, agradeço infinitamente por tudo. Pelas ideias, críticas, sugestões, comentários, tudo. Os amo ♥
Até o próximo capítulo minhas coisitas lindas :3