Bringing Hope (interativa) escrita por Abbey


Capítulo 2
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Presentinho de ano novo. Ficou um pouco mais longo que o anterior, porém ainda acho que está curto! Eu sempre reviso os capítulo, mas às vezes eu não percebo um errinho ou outro. Caso encontre algum, me avise por mensagem privada ou nos comentários, ficarei agradecida! Boa leitura.



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Finalmente, com um único movimento, certeiro e rápido, Junior abriu a porta, deparando-se com três silhuetas para as quais pediu que entrassem com extrema gentileza.

A primeira; uma senhora, não tão jovem, contudo não tão velha – provavelmente fora ela quem tocara a campainha. A segunda; uma mocinha magra de estatura média que aparentava ter quatorze anos, possuidora de longos cabelos castanhos e lisos, belos olhos verdes, além de uma pele branca como leite. E finalmente a terceira; uma garotinha baixa de aproximadamente onze anos, dona de uma cascata de cabelos ruivos encaracolados que lhe alcançava os ombros.

– Sejam bem-vindas, meninas! – disseram todos em uníssono.

A ruiva sorriu em sinal de agradecimento enquanto a garota de olhos verdes respondeu timidamente “Obrigada”. Já a senhora – que era assistente social – sorriu e cumprimentou Sofia, quem já conhecia há alguns anos.

– É um prazer vê-la novamente, Marcela. – comentou tia Sofia ao abraçá-la. – Quem são essas moças bonitas? – completou dirigindo-se às meninas.

– Eu sou Larissa. – respondeu a menina de cabelos castanhos, notavelmente animada. – Larissa Costa, mas podem me chamar de Lari.

– Meu nome é Maria Clara Albuquerque. – a ruiva possuía um sorriso tímido. – Mas todos me chamam de Clara.

– Permitam-me lhes mostrar o quarto meninas, para que possam deixar suas coisas lá. – ofereceu tia Sofia, gesticulando com a mão para que as meninas a seguissem.

Assim fizeram. Tia Sofia fazia perguntas que as meninas respondiam alegremente enquanto subiam as escadas, notava-se que elas estavam felizes por terem a chance de recomeçar.

Marcela se aproximou de José Ricardo e cumprimentou-o. Fez o mesmo com Carmen, Chico e Ernestina, logo com Beto e Clarita. Ao cumprimentar Carol e Junior, felicitou-os pelo orfanato e pediu para que cuidassem bem das meninas.

– Marcela! – chamou Carol. – Poderíamos conversar? Em um lugar mais apropriado?

– Claro. – respondeu a mulher.

Carol conduziu-a até a diretoria, onde ambas sentaram-se. Marcela entregou à Carol uma pasta. A moça franziu o cenho ao tenta identificar o conteúdo desta.

– Documentos das meninas. – antecipou Marcela. – Suponho que queira saber mais sobre a vida das meninas, não é?

– Exatamente.

– Bem... Larissa perdeu os pais muito quando pequena, em um acidente de carro. Sua avó, Bárbara, cuidou dela até a garota completar doze anos, mas infelizmente faleceu de câncer. – fez uma pausa. – Por conta da morte da avó, Larissa teve depressão, demorando um bom tempo para se recuperar... Logo após a morte da avó, a menina foi morar com uma amiga de sua falecida mãe, e permaneceu lá durante um ano. Porém, por condições financeiras, a moça teve que leva-la para um orfanato. Ela não se adaptou ao orfanato, então decidiram transferi-la para cá.

– Inacreditável... – comentou Carol fitando os próprios pés.

– É. A menina sofreu muito... Só precisa de um pouco de carinho e afeto.

– Nada que o amor não cure... E Maria Clara? O que aconteceu para ela estar aqui?

– Algo ainda pior. – suspirou. – Os pais dela já tinham um filho, e queriam mais um. Quando souberam que estavam esperando gêmeas, decidiram abandonar uma das meninas. Clara foi parar em um orfanato, mas fugiu aos oito anos. Morou nas ruas até poucos dias atrás, quando a encontrei por acaso na rua. Ela, descobrindo que eu era assistente social, pediu-me um lugar para morar. Passou alguns dias em casa, e agora morará aqui.

Carol estava perplexa. Tentou dizer algo, mas foi impossível. Pousou a mão sobre a boca, abafando um soluço. Como poderiam crianças tão pequenas terem sofrido tanto?

Quando a moça finalmente ia dizer algo, seu marido, Junior, abriu a porta e, com um sorriso maroto, brincou:

– Ei, moças, a festa mudou de cômodo e eu não fiquei sabendo? – riu. – Estamos esperando vocês!

Na sala, todos comiam e se divertiam muito. As meninas conversavam com Chico animadamente enquanto Carmen sussurrava algo para José Ricardo, Beto tentava roubar alguns brigadeiros e tia Sofia ria com os comentários de Clarita.

O resto da tarde foi animado. Quando a noite chegou, todos se despediram. Tia Sofia e Chico mostraram o orfanato para as meninas. Ernê ajudou as meninas a arrumarem suas coisas, além de explicar alguma regras – estabelecidas pela própria Ernestina – que deveriam ser obedecidas.

**

Os ponteiros do relógio marcavam quatro horas da manhã, tia Sofia levantou-se para tomar um copo d’água. Ao passar pela sala, deparou-se com Larissa sentada no sofá fitando as mãos. Aproximou-se e pousou delicadamente a mão sobre o ombro da garota.

– Lari? – questionou. – Você está bem?

– Sim. – murmurou a menina sem deixar de fitar as mãos. – Só não consigo dormir.

Sofia sentou-se ao lado da menina. Poucos minutos depois avistaram Clara descendo as escadas. Ela se aproximou e sentou-se ao lado de Larissa.

– Vocês também não conseguem dormir? – questionou a menina.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Comentários? Críticas construtivas? Elogios? Seja o que for, comentem para que eu possa melhorar cada vez mais a fic. A opinião de vocês é extremamente importante.
Acho que não vou postar mais nenhum capítulo até ano que vem (noooossa, que longe hã?), portanto, desejo a todos vocês um feliz ano novo! Não se esqueçam, há sempre uma chance para recomeçar!
Enfim, chega de filosofar e vamos ao que interessa: A fic é de vocês, portanto participem!



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