Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 90
O primeiro dia de aula de Cris


Notas iniciais do capítulo

Ontem a fanfic completou 4 meses! Eu não pude postar porque o dia foi muito corrido, mas não posso deixar de comemorar a data e agradecer àqueles que prestigiam minha história de alguma forma. Em tão pouco tempo já são mais de 31 mil acessos! Nem 1% dos leitores comentam, mas sou muito grata aos que conseguem dedicar uns minutinhos para registrar suas impressões do capítulo.



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Carly chegava ao colégio de Charles com Cris, era o primeiro dia de aula do garoto. Avistou Sam e Freddie com as crianças e foi falar com eles.

– E aí Carly? Como você tá amiga? - perguntou Sam, preocupada.

– Eu estou ótima! Levando uma vida muito feliz com o meu filho – respondeu Carly, puxando o garoto para si e fazendo carinho na sua cabeça.

– Que bom Carly. Ficamos muito preocupados com você depois do seu término com o Brad – disse Freddie.

– Pra ser sincera, meu casamento já tinha morrido há muito tempo, só faltava enterrar.

– E já tem algum gatinho em vista? - perguntou Sam com malícia.

– Tem sim, está bem aqui na minha frente. Meu gatinho Cristopher Shay. O homem da vida da mamãe – falou Carly, beijando a face do garoto.

– Também não precisa ser tão radical né Carly?! Entendo que você precise de um tempo pra superar o divórcio, mas também não pode desistir de encontrar o homem da sua vida – aconselhou Sam.

– Então digamos que eu estou fechada para balanço por tempo indeterminado.

– Você está feliz assim Carly? - indagou Freddie.

– É claro!

– Então é isso que importa – concluiu o moreno.

– Agora vá para a sala de aula Cris. Sabia que você vai estudar com a Belinha? - perguntou Carly ao filho.

– E isso é uma coisa boa? - perguntou o menino visivelmente assustado, fitando a loirinha que lhe lançou um olhar intimidador.

– Tenho certeza de que ela será boazinha com você, não é mesmo? - questionou Carly à afilhada.

– Eu não prometo nada dinda – respondeu Isabelle.

– Não quero ficar na escola mamãe! - disse Cris, agarrando-se à cintura de Carly.

– Não seja bobo Cristopher, a Belinha só tá brincando. Vá com ela para a sua sala como um rapaizinho – ordenou Carly.

– Não! - falou o menino, ainda grudado à mãe.

Mabel se manifestou, estendendo a mão ao garoto:

– Vem Cris, eu vou com você até a sua sala de aula.

Cristopher olhou desconfiado para a garota. Carly o incentivou:

– Vai com a Bel querido. Vocês não vão estudar na mesma sala, mas ela estará na sala ao lado.

Cris deu a mão para Mabel e os pequenos foram caminhando até as salas de aula.

– Hora de entrar também mocinha – falou Sam para Isabelle.

– Ah não! Ir pra aula é muito chato, ainda mais com esse mané estudando comigo agora – queixou-se Isabelle.

– Belinha, sabia que o Cris gosta muito de você? - perguntou Carly à afilhada.

– Só ele for maluco e gostar de apanhar – disse a menina.

– Ele espera ansiosamente o final de semana pra brincar com você na pracinha, mesmo você o atropelando com o balanço quase sempre – contou Carly – Então, dê uma chance a ele.

– Está bem, eu vou fazer um esforço – concordou Isabelle, dando um beijo nos pais e depois na madrinha e seguindo para a sala de aula.

Sam e Freddie foram levar Eddie e Nick para a sala de aula e Carly saiu do colégio rumo ao seu trabalho.

Sam comentou com Freddie:

– Nunca imaginei que um dia eu ouviria a Carly dizer que não se interessa mais por gatinhos.

– É esquisito mesmo. Ela ainda deve estar muito magoada pelo o que houve com o Brad, mas tenho certeza de que isso passa. Carly só precisa de um tempo.

– Assim espero. Certamente ela não está no seu juízo perfeito. Lembra no tempo da escola quando ela não podia ver um gatinho passando na frente dela?

– Claro que me lembro. Mas, eu acho que a Carly passou por muita coisa ultimamente e amadureceu, não é mais aquela menina que conhecemos. Talvez ela seja mais criteriosa agora ao escolher um namorado, não se guiando tanto pela beleza física. Além disso, hoje ela tem um emprego, um filho, uma casa pra dar conta, logo, gatinhos não tem mais um espaço significativo nisso tudo.

– É, faz sentido.

Chegaram à sala dos gêmeos e eles logo quiseram entrar, Sam os chamou:

– Cadê o beijo da mamãe?

Eddie e Nick voltaram, beijaram a face da mãe, um de cada lado, e correram para a sala do maternal.

Na sala de aula da Pré-escola, a professora começou a passar a atividade, dizendo que poderia ser feita em dupla. Nessas ocasiões Isabelle sempre fazia sozinha, porque não tinha dificuldade em qualquer assunto e porque tinha poucos amigos devido à fama de encrenqueira.

– Isabelle faz com o novo aluno, Cristopher – determinou a professora, entregando a folha de atividades para a menina e pedindo ao garoto para puxar a carteira e se sentar com a colega.

– Pode fazer – disse Isabelle, de má vontade, jogando a folha de exercício em cima de Cris.

– Mas a professora disse que é pra fazer os dois juntos.

– Eu não ligo – falou a menina, deitando-se sobre a mesa e fechando os olhos.

Cris pegou o lápis e começou a completar as palavras.

– Já terminou? - perguntou Isabelle, puxando a folha da mão de Cris – Garoto, qual o seu problema? Você não sabe escrever?

– Eu sei sim.

– Por que escreveu “gigande” em vez de “gigante” e “gravada” em vez de “gravata”? Não sabe a diferença entre “d” e “t”?

– Eu me confundo às vezes.

– É mesmo um mané – falou Isabelle, pegando a borracha e apagando os erros de Cris para corrigi-los.

– Sabia que você é muito inteligente Belinha?

– Claro que eu sabia, tiro boas notas sem estudar, aprendo tudo bem rápido, basta a professora falar uma vez. Eu puxei ao meu pai. Sabia que ele ganhou prêmios no colégio de tão bom aluno que era?

– Não, deve ser legal ter um pai – comentou Cris com o semblante triste.

– Sabe por que você me irrita?

– Porque você se irrita fácil.

– Não, porque você é um bebê chorão. Não ter um pai não é o fim do mundo.

– Você diz isso porque tem um pai muito legal.

– E você tem uma mãe muito legal, um tio muito legal e amigos muitos legais. Em vez de chorar pelo o que você não tem, devia ficar feliz pelo o que tem.

A professora chamou a atenção:

– Estão de papo por que já terminaram o exercício?

– Sim professora – respondeu Isabelle, entregando a folha à ela.

Quando saiam para o recreio, encontraram Mabel na porta.

– Tá com saudade de mim priminha? - perguntou Isabelle.

– Não, eu te vejo o tempo todo, a gente até dorme junto. Vim avisar ao Cris que você rouba o lanche das outras crianças e bate nelas, pra ele tomar cuidado – explicou Mabel.

– Então tome conta do bebêzão aí que eu vou fazer meu lanche em paz – falou Isabelle, irritada, indo se sentar num banco à sombra de uma árvore do pátio, sozinha, com sua lancheira com sanduíche de presunto, suco de maçã e uma barra de chocolate, preparada por Sam.

– A Belinha vai passar o recreio sozinha? - perguntou Cris para Mabel.

– Ela sempre passa. As outras crianças têm medo de ficar perto dela – explicou Mabel.

Cris começou a caminhar em direção à Isabelle. Mabel gritou:

– Aonde você vai Cris?

A menina viu que ele se sentou com Isabelle para fazer lanche e foi atrás, sentando-se com eles também.

– O que você trouxe de bom Cris? - indagou Isabelle, puxando a lancheira do garoto.

– A mamãe colocou sanduíche natural, suco de laranja e uma maçã – respondeu Cris – Você pode comer se quiser, eu não me importo. Não tenho tanta fome quanto você.

– Tá me chamando de esfomeada? - questionou Isabelle, puxando Cris pela gola.

– Não foi isso o que eu quis dizer.

– Solta ele Belinha – pediu Mabel.

Isabelle soltou Cris e atirou a lancheira em cima dele, dizendo:

– Não quero esse seu lanche natureba!

– Tá bom, amanhã eu peço pra mamãe colocar algo que você goste.

– Não precisa.

O sinal tocou e Isabelle disse:

– Melhor voltarmos para a sala.

Mais tarde, o sinal bateu anunciando o final de mais um dia de aula. Isabelle jogou o material dentro da mochila e saiu correndo.

– Espera Belinha! - gritou Cris, alcançando a menina e a segurando pelo braço.

– Você tá querendo perder a mão garoto! - disse Isabelle, puxando o braço – Por que veio atrás de mim?

– Porque vamos voltar pra casa juntos. Somos vizinhos, lembra?

– Eu tinha me esquecido que agora vamos nos ver o tempo todo. Aff – lamentou Isabelle.

Mabel os alcançou e juntos foram até a saída do colégio, onde Sam e Carly já os esperavam com Eddie e Nick.

Perto dali Gibby observava sua filha de dentro do carro, de longe.

– Desce meu filho – pediu Charlotte – Você não veio até aqui para fazer uma surpresa para a Bel?

– Mas eu não imaginava que a Carly estivesse junto – explicou Gibby.

– E qual o problema?

– Nenhum. Eu só não estou preparado para falar com a Carly e a Sam. Elas vão ficar me enchendo de perguntas e faz pouco tempo que estou conseguindo reagir à depressão.

– Elas vão ficar felizes em te ver, são suas amigas – observou Charlotte.

– Eu não vou descer mãe!

– Pensa no quanto a Mabel vai ficar feliz em te ver.

– Vamos para casa agora mãe, por favor! Eu tento fazer isso outro dia.

Charlotte concordou contrariada. Da janela escura pela película, sentado no banco do passageiro, Gibby fitou o rosto de Carly quando a mãe passou com o carro por ela.


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