Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
Momentos Cibby...
O dia amanheceu ensolarado em Seattle, apesar do frio. Era um final de semana. Mabel acordou e reparou que Isabelle não estava mais na cama, o que era estranho, porque a prima sempre dormia até tarde quando podia. Levantou-se e foi ao banheiro, depois tomou o rumo da cozinha, onde encontrou um bolo de chocolate com uma vela de 4 anos em cima.
– Feliz Aniversário Bel! - falaram Sam, Freddie, Isabelle, Eddie e Nick.
Todos a abraçaram e desejaram coisas boas, mas a menina não esboçou reação.
– Tá tudo bem Bel? Você não gostou do bolo? - perguntou Sam.
– Eu gostei tia. Só que é o primeiro aniversário que passo longe dos meus pais.
– Sua mãe mandou mensagem hoje cedo, dizendo que está a caminho e seu pai também virá mais tarde – disse Sam.
– Verdade?
– Claro que sim.
Mabel abriu um sorriso e quis comer um pedaço de bolo, logo após soprar sua velinha.
Freddie puxou Sam para a sala:
– Por que mentiu para a menina desse jeito? É cruel!
– Eu não menti. Só acho que é bem provável que a Mel esteja num avião vindo para Seattle nesse momento e que o Gibby pare de viadagem e levante aquele traseiro gordo da cama para vir dar parabéns pra filha dele. Se ele não fizer isso eu mesma vou até lá e o trago no tapa.
– Mabel vai ficar muito decepcionada se eles não aparecerem. Aí quero ver o que vai dizer pra ela.
– “Aí quero ver o que vai dizer pra ela” - repetiu Sam com uma voz engraçada – Não torra a minha paciência logo cedo nerd!
Logo depois do almoço, Sam e Freddie avisaram às crianças que iriam ao “Funk e Festers” para comemorar o dia de Mabel.
– Valeu, mas eu não quero ir. Vocês podem ir se quiserem, eu não me importo – disse Mabel, triste.
– Mas se vamos para comemorar seu dia, não tem como ir sem você – falou Freddie.
– Quero ficar aqui esperando minha mãe e meu pai. Se eu sair eles podem não me encontrar – justificou Mabel.
– Eles podem ligar, mandar mensagem. Além disso, não vão chegar antes de anoitecer – falou Sam.
– Como sabe? - questionou Mabel.
– É, como sabe Sam? - indagou Freddie com um olhar de reprovação.
– Porque eles me contaram, ora! Chega de conversa, muita diversão nos espera nessa tarde. Quem tá dentro toca aqui – falou Sam abrindo a palma da mão, permitindo que Isabelle, Eddie e Nick batessem – Acho que tá faltando alguém – olhando para a sobrinha.
– Está bem – concordou Mabel, batendo na palma da mão da tia.
Quando chegaram à portaria, encontraram Carly e Cris, que já os aguardava.
– Espero que você não tenha avisado ao Spencer aonde vamos – comentou Sam com a morena.
– Claro que não! Ele não ia deixar as crianças brincarem – falou Carly, rindo.
Isabelle se aproximou de Cris:
– Eu não acredito que você também vai!
– Também estou feliz em te ver Belinha – ironizou Cris.
– Eu estou feliz em te ver Cris – falou Mabel, aproximando-se.
– Que bom que alguém fica feliz em me ver – disse Cris, olhando para Isabelle – Parabéns Bel! Aqui tá o seu presente. A mamãe que escolheu, porque eu não sei escolher bonecas.
– Como você é mané! Contou o que era o presente antes da Bel abrir – recriminou Isabelle.
– Eu não me importo – disse Mabel – Valeu Cris, mesmo não tendo escolhido.
Sam, Freddie e Carly passaram a tarde assistindo as crianças brincar. Os pequenos se divertiram muito. Já estava escurecendo quando voltaram para casa. Carly foi embora mais cedo, porque Cris começou a apresentar os primeiros sintomas de uma gripe.
No caminho de volta ao Bushwell Plaza, no carro, Mabel estava impaciente:
– Tio, vamos logo! Tá ficando noite, meus pais vão chegar!
– Fica calma querida, tem trânsito. Mas logo estaremos lá – disse Freddie.
– Eu vou mandar uma mensagem pra eles explicando que estamos presos no trânsito, fica tranquila – falou Sam, pegando o celular e fingindo que escrevia uma mensagem.
– Já pedi pra parar com isso Sam! - disse Freddie, irritado.
– Com isso o que? - perguntou Sam, fazendo-se de desentendida.
– Você sabe muito bem! Pra que ficar iludindo a menina?
– O que é iludindo? - perguntou Mabel.
– Quer dizer enganando. O papai tá dizendo que a mamãe tá te engando e que seus pais não vão aparecer – explicou Isabelle.
– Belinha!!! - falaram Sam e Freddie ao mesmo tempo, recriminando a filha.
Mabel começou a chorar. Freddie se manifestou:
– Viu só Sam?! Isso poderia ter sido evitado!
– Ela tá chorando por causa da sua boca grande! É sua culpa e não minha!
– Se você não tivesse inventado essa história de Melanie e Gibby a caminho ela não estaria chorando agora!
– E o grande nerd tinha uma ideia melhor de como tornar o dia de uma garotinha mais feliz sem os pais?
– A mentira nunca é a melhos solução!
– Então me diga qual é!
– Papai, olha o carro!!! - gritou Isabelle.
Um carro parou bruscamente na frente e Freddie teve que frear, mas bateu de leve na traseira dele.
– Olha o que você me fez fazer Sam! - reclamou Freddie.
– Você estava dirigindo e não eu! Não tenho culpa se não olha pra frente! - defendeu-se Sam.
– Vou ver se o prejuízo foi grande – disse Freddie, nervoso, descendo do carro.
Sam desceu também, pedindo aos pequenos que permanecessem quietos e não saíssem do veículo.
Para surpresa de Sam e Freddie o motorista do veículo atingido era...
– Gibby?! - falou o casal ao mesmo tempo.
– Bom, esse costumava ser o meu grito de guerra naquele web show que fazíamos em algum lugar do passado – respondeu Gibby, com um ar tristonho.
– Que eu saiba ainda é o seu nome, ou melhor, apelido – observou Sam.
– Já nem sei mais quem sou.
Mabel viu o pai e desceu do carro:
– Papai! - chamou a menina correndo para ele.
De repente, uma moto passou e jogou a menina no chão. Ela chorava copiosamente segurando o braço direito.
– Minha filhinha! - disse Gibby, desesperado, correndo até a menina e começando a tirá-la do chão, mas Mabel gritou de dor.
– Não mexa nela seu mané! A Bel pode ter quebrado alguma coisa. Temos que chamar uma ambulância – disse Sam, pegando o seu celular e tentando conter o próprio nervosismo.
– Minha culpa, tudo minha culpa! Passei o dia observando a Mabel de longe sem coragem de me aproximar e quando apareço causo essa mal para a minha menina! Eu sou um péssimo pai, o pior do mundo! - lamentou Gibby, entre soluços.
– Fica calmo cara. Não adianta ficar se culpando agora. Tem que se manter firme pra ajudar sua filha – aconselhou Freddie.
A ambulância não demorou a chegar e levou a menina para o hospital. Pouco tempo depois, Carly chegou ao local preocupada com Mabel, depois de deixar Cris, gripado, sob os cuidados de Spencer.
– Como está a Bel? Como isso foi acontecer? - questionou a morena, assim que viu Sam e Freddie.
Ela ouviu uma voz familiar nas suas costas, chamando-a:
– Carly!
A morena se virou e viu quem era:
– Gibby! Ah Gibby! - disse ela, abraçando-a – Eu sinto muito pelo o que aconteceu com a sua filha.
– Eu também – falou ele sem conter as lágrimas.
– Não chora, vai ficar tudo bem – falou Carly, ainda abraçando-o.
O momento foi interrompido ao ouvirem uma voz feminina alterada:
– Cadê a minha filha?
Era Melanie acompanhada de Charlotte e Guppy.
– A nossa meninha foi atropelada Melanie – contou Gibby, chorando – Eu sinto muito, me desculpa.
– O que foi que você fez com ela? - indagou Melanie, furiosa.
Carly saiu em defesa de Gibby:
– Eu sei que está nervosa Mel, mas não precisa falar assim com ele. Gibby está sofrendo tanto quanto você.
– Você o defende só por que está de chamego com ele. Parabéns Gibby! Finalmente conseguiu ficar com a Carly como sempre sonhou – ironizou Melanie – Você é ligeira né Carly? Mal largou o marido e já caiu matando em cima do Gibby.
– Você largou o Brad, Carly? - perguntou Gibby.
Carly não respondeu a pergunta de Gibby, mas se virou para Melanie e disse:
– Você está enganada, não estamos de chamego! Gibby é meu amigo, por isso o defendo.
– Eu vi os dois abraçados no maior clima quando cheguei. Mas, não me interessa. Pode ficar com ele se quiser. Agora só quero saber da minha filha!
Carly ia começar a se explicar quando o médico apareceu:
– Quem são os pais de Mabel Puckett Gibson?
Melanie e Gibby se apresentaram.
– Vocês podem entrar para vê-la. Não foi nada grave. A menina apenas quebrou o braço direito, mas é bom que passe a noite aqui em osbervação – explicou o médico.
Os pais entraram e Mabel sorriu assim que os viu.
– Como está a minha bonequinha? - perguntou Melanie sentando-se na cama ao lado da filha e a beijando na face.
– Ainda sente dor princesinha? - indagou Gibby sentando-se do outro lado da menina na cama.
– Dói um pouquinho, mas eu não ligo. Nem me importo de ter sido atropelada. Hoje é um dia muito feliz, porque vocês estão aqui comigo – expôs a menina, sorrindo.
Os pais abraçaram a pequena.
Na manhã seguinte Mabel teve alta. Gibby e Charlotte queriam levá-la para casa, mas a menina insistiu para voltar pra casa dos tios. Melanie e Gibby passaram o dia no Bushwell Plaza cuidando da filha. A mãe ficou para dormir com a pequena. Isabelle foi dormir com os pais para dar espaço à tia. Gibby despediu-se da filha afirmando que voltaria no dia seguinte.
Gibby pegou o elevador e ele parou no oitavo andar. Carly entrou:
– Gibby! Ainda por aqui? - perguntou a morena, com a simpatia habitual.
– Sim, não quero mais ficar longe da minha filha. Mabel não quer voltar pra casa comigo, mas eu entendo. Não tenho sido o melhor pai do mundo para ela. Eu errei muito com a Melanie e com a Mabel. Estou muito arrependido, mas o tempo não pode voltar não é mesmo? Vou tentar ser uma pessoa melhor daqui pra frente.
– É muito bom ouvir isso Gibby. Eu fico realmente feliz por você. Pode contar comigo pro que precisar pra recomeçar sua vida.
– Valeu Carly.
De repente a luz apagou e o elevador parou:
– Aahhh! - começou a gritar Carly.
– Calma Carly! A luz acabou.
– Você acha que eu não percebi?!
– Não acho isso, só que...
– Eu tenho pânico de ficar em lugar fechado, ainda mais no escuro. Gibby, eu vou morrer!
– Vai ficar tudo bem Carlynha, Gibby tá aqui. Respira – pediu ele a abraçando no escuro.
Carly começou a tentar controlar a sua respiração, sentindo-se segura no abraço dele. Por um momento, sentiram a respiração um do outro muito próxima e acabaram se beijando.
O beijo começou calmo, mas foi ficando intenso. Gibby pediu passagem para a sua língua e Carly abriu mais a boca. Já estavam ficando sem ar quando a luz voltou e os dois se soltaram constrangidos.
– Carly, isso foi maravilhoso – disse Gibby com um sorriso bobo – Melhor do que eu sonhei.
Ela estava vermelha e sem graça, conseguindo dizer apenas:
– Eu tenho que comprar o remédio do Cris – saindo desajeitada do elevador, tropeçando e, em seguida, correndo para a rua.
– Será que esse tal de Cris é o novo namorado dela? - perguntou-se Gibby, preocupado.
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