Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 91
O aniversário de Mabel


Notas iniciais do capítulo

Momentos Cibby...



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O dia amanheceu ensolarado em Seattle, apesar do frio. Era um final de semana. Mabel acordou e reparou que Isabelle não estava mais na cama, o que era estranho, porque a prima sempre dormia até tarde quando podia. Levantou-se e foi ao banheiro, depois tomou o rumo da cozinha, onde encontrou um bolo de chocolate com uma vela de 4 anos em cima.

– Feliz Aniversário Bel! - falaram Sam, Freddie, Isabelle, Eddie e Nick.

Todos a abraçaram e desejaram coisas boas, mas a menina não esboçou reação.

– Tá tudo bem Bel? Você não gostou do bolo? - perguntou Sam.

– Eu gostei tia. Só que é o primeiro aniversário que passo longe dos meus pais.

– Sua mãe mandou mensagem hoje cedo, dizendo que está a caminho e seu pai também virá mais tarde – disse Sam.

– Verdade?

– Claro que sim.

Mabel abriu um sorriso e quis comer um pedaço de bolo, logo após soprar sua velinha.

Freddie puxou Sam para a sala:

– Por que mentiu para a menina desse jeito? É cruel!

– Eu não menti. Só acho que é bem provável que a Mel esteja num avião vindo para Seattle nesse momento e que o Gibby pare de viadagem e levante aquele traseiro gordo da cama para vir dar parabéns pra filha dele. Se ele não fizer isso eu mesma vou até lá e o trago no tapa.

– Mabel vai ficar muito decepcionada se eles não aparecerem. Aí quero ver o que vai dizer pra ela.

– “Aí quero ver o que vai dizer pra ela” - repetiu Sam com uma voz engraçada – Não torra a minha paciência logo cedo nerd!

Logo depois do almoço, Sam e Freddie avisaram às crianças que iriam ao “Funk e Festers” para comemorar o dia de Mabel.

– Valeu, mas eu não quero ir. Vocês podem ir se quiserem, eu não me importo – disse Mabel, triste.

– Mas se vamos para comemorar seu dia, não tem como ir sem você – falou Freddie.

– Quero ficar aqui esperando minha mãe e meu pai. Se eu sair eles podem não me encontrar – justificou Mabel.

– Eles podem ligar, mandar mensagem. Além disso, não vão chegar antes de anoitecer – falou Sam.

– Como sabe? - questionou Mabel.

– É, como sabe Sam? - indagou Freddie com um olhar de reprovação.

– Porque eles me contaram, ora! Chega de conversa, muita diversão nos espera nessa tarde. Quem tá dentro toca aqui – falou Sam abrindo a palma da mão, permitindo que Isabelle, Eddie e Nick batessem – Acho que tá faltando alguém – olhando para a sobrinha.

– Está bem – concordou Mabel, batendo na palma da mão da tia.

Quando chegaram à portaria, encontraram Carly e Cris, que já os aguardava.

– Espero que você não tenha avisado ao Spencer aonde vamos – comentou Sam com a morena.

– Claro que não! Ele não ia deixar as crianças brincarem – falou Carly, rindo.

Isabelle se aproximou de Cris:

– Eu não acredito que você também vai!

– Também estou feliz em te ver Belinha – ironizou Cris.

– Eu estou feliz em te ver Cris – falou Mabel, aproximando-se.

– Que bom que alguém fica feliz em me ver – disse Cris, olhando para Isabelle – Parabéns Bel! Aqui tá o seu presente. A mamãe que escolheu, porque eu não sei escolher bonecas.

– Como você é mané! Contou o que era o presente antes da Bel abrir – recriminou Isabelle.

– Eu não me importo – disse Mabel – Valeu Cris, mesmo não tendo escolhido.

Sam, Freddie e Carly passaram a tarde assistindo as crianças brincar. Os pequenos se divertiram muito. Já estava escurecendo quando voltaram para casa. Carly foi embora mais cedo, porque Cris começou a apresentar os primeiros sintomas de uma gripe.

No caminho de volta ao Bushwell Plaza, no carro, Mabel estava impaciente:

– Tio, vamos logo! Tá ficando noite, meus pais vão chegar!

– Fica calma querida, tem trânsito. Mas logo estaremos lá – disse Freddie.

– Eu vou mandar uma mensagem pra eles explicando que estamos presos no trânsito, fica tranquila – falou Sam, pegando o celular e fingindo que escrevia uma mensagem.

– Já pedi pra parar com isso Sam! - disse Freddie, irritado.

– Com isso o que? - perguntou Sam, fazendo-se de desentendida.

– Você sabe muito bem! Pra que ficar iludindo a menina?

– O que é iludindo? - perguntou Mabel.

– Quer dizer enganando. O papai tá dizendo que a mamãe tá te engando e que seus pais não vão aparecer – explicou Isabelle.

– Belinha!!! - falaram Sam e Freddie ao mesmo tempo, recriminando a filha.

Mabel começou a chorar. Freddie se manifestou:

– Viu só Sam?! Isso poderia ter sido evitado!

– Ela tá chorando por causa da sua boca grande! É sua culpa e não minha!

– Se você não tivesse inventado essa história de Melanie e Gibby a caminho ela não estaria chorando agora!

– E o grande nerd tinha uma ideia melhor de como tornar o dia de uma garotinha mais feliz sem os pais?

– A mentira nunca é a melhos solução!

– Então me diga qual é!

– Papai, olha o carro!!! - gritou Isabelle.

Um carro parou bruscamente na frente e Freddie teve que frear, mas bateu de leve na traseira dele.

– Olha o que você me fez fazer Sam! - reclamou Freddie.

– Você estava dirigindo e não eu! Não tenho culpa se não olha pra frente! - defendeu-se Sam.

– Vou ver se o prejuízo foi grande – disse Freddie, nervoso, descendo do carro.

Sam desceu também, pedindo aos pequenos que permanecessem quietos e não saíssem do veículo.

Para surpresa de Sam e Freddie o motorista do veículo atingido era...

– Gibby?! - falou o casal ao mesmo tempo.

– Bom, esse costumava ser o meu grito de guerra naquele web show que fazíamos em algum lugar do passado – respondeu Gibby, com um ar tristonho.

– Que eu saiba ainda é o seu nome, ou melhor, apelido – observou Sam.

– Já nem sei mais quem sou.

Mabel viu o pai e desceu do carro:

– Papai! - chamou a menina correndo para ele.

De repente, uma moto passou e jogou a menina no chão. Ela chorava copiosamente segurando o braço direito.

– Minha filhinha! - disse Gibby, desesperado, correndo até a menina e começando a tirá-la do chão, mas Mabel gritou de dor.

– Não mexa nela seu mané! A Bel pode ter quebrado alguma coisa. Temos que chamar uma ambulância – disse Sam, pegando o seu celular e tentando conter o próprio nervosismo.

– Minha culpa, tudo minha culpa! Passei o dia observando a Mabel de longe sem coragem de me aproximar e quando apareço causo essa mal para a minha menina! Eu sou um péssimo pai, o pior do mundo! - lamentou Gibby, entre soluços.

– Fica calmo cara. Não adianta ficar se culpando agora. Tem que se manter firme pra ajudar sua filha – aconselhou Freddie.

A ambulância não demorou a chegar e levou a menina para o hospital. Pouco tempo depois, Carly chegou ao local preocupada com Mabel, depois de deixar Cris, gripado, sob os cuidados de Spencer.

– Como está a Bel? Como isso foi acontecer? - questionou a morena, assim que viu Sam e Freddie.

Ela ouviu uma voz familiar nas suas costas, chamando-a:

– Carly!

A morena se virou e viu quem era:

– Gibby! Ah Gibby! - disse ela, abraçando-a – Eu sinto muito pelo o que aconteceu com a sua filha.

– Eu também – falou ele sem conter as lágrimas.

– Não chora, vai ficar tudo bem – falou Carly, ainda abraçando-o.

O momento foi interrompido ao ouvirem uma voz feminina alterada:

– Cadê a minha filha?

Era Melanie acompanhada de Charlotte e Guppy.

– A nossa meninha foi atropelada Melanie – contou Gibby, chorando – Eu sinto muito, me desculpa.

– O que foi que você fez com ela? - indagou Melanie, furiosa.

Carly saiu em defesa de Gibby:

– Eu sei que está nervosa Mel, mas não precisa falar assim com ele. Gibby está sofrendo tanto quanto você.

– Você o defende só por que está de chamego com ele. Parabéns Gibby! Finalmente conseguiu ficar com a Carly como sempre sonhou – ironizou Melanie – Você é ligeira né Carly? Mal largou o marido e já caiu matando em cima do Gibby.

– Você largou o Brad, Carly? - perguntou Gibby.

Carly não respondeu a pergunta de Gibby, mas se virou para Melanie e disse:

– Você está enganada, não estamos de chamego! Gibby é meu amigo, por isso o defendo.

– Eu vi os dois abraçados no maior clima quando cheguei. Mas, não me interessa. Pode ficar com ele se quiser. Agora só quero saber da minha filha!

Carly ia começar a se explicar quando o médico apareceu:

– Quem são os pais de Mabel Puckett Gibson?

Melanie e Gibby se apresentaram.

– Vocês podem entrar para vê-la. Não foi nada grave. A menina apenas quebrou o braço direito, mas é bom que passe a noite aqui em osbervação – explicou o médico.

Os pais entraram e Mabel sorriu assim que os viu.

– Como está a minha bonequinha? - perguntou Melanie sentando-se na cama ao lado da filha e a beijando na face.

– Ainda sente dor princesinha? - indagou Gibby sentando-se do outro lado da menina na cama.

– Dói um pouquinho, mas eu não ligo. Nem me importo de ter sido atropelada. Hoje é um dia muito feliz, porque vocês estão aqui comigo – expôs a menina, sorrindo.

Os pais abraçaram a pequena.

Na manhã seguinte Mabel teve alta. Gibby e Charlotte queriam levá-la para casa, mas a menina insistiu para voltar pra casa dos tios. Melanie e Gibby passaram o dia no Bushwell Plaza cuidando da filha. A mãe ficou para dormir com a pequena. Isabelle foi dormir com os pais para dar espaço à tia. Gibby despediu-se da filha afirmando que voltaria no dia seguinte.

Gibby pegou o elevador e ele parou no oitavo andar. Carly entrou:

– Gibby! Ainda por aqui? - perguntou a morena, com a simpatia habitual.

– Sim, não quero mais ficar longe da minha filha. Mabel não quer voltar pra casa comigo, mas eu entendo. Não tenho sido o melhor pai do mundo para ela. Eu errei muito com a Melanie e com a Mabel. Estou muito arrependido, mas o tempo não pode voltar não é mesmo? Vou tentar ser uma pessoa melhor daqui pra frente.

– É muito bom ouvir isso Gibby. Eu fico realmente feliz por você. Pode contar comigo pro que precisar pra recomeçar sua vida.

– Valeu Carly.

De repente a luz apagou e o elevador parou:

– Aahhh! - começou a gritar Carly.

– Calma Carly! A luz acabou.

– Você acha que eu não percebi?!

– Não acho isso, só que...

– Eu tenho pânico de ficar em lugar fechado, ainda mais no escuro. Gibby, eu vou morrer!

– Vai ficar tudo bem Carlynha, Gibby tá aqui. Respira – pediu ele a abraçando no escuro.

Carly começou a tentar controlar a sua respiração, sentindo-se segura no abraço dele. Por um momento, sentiram a respiração um do outro muito próxima e acabaram se beijando.

O beijo começou calmo, mas foi ficando intenso. Gibby pediu passagem para a sua língua e Carly abriu mais a boca. Já estavam ficando sem ar quando a luz voltou e os dois se soltaram constrangidos.

– Carly, isso foi maravilhoso – disse Gibby com um sorriso bobo – Melhor do que eu sonhei.

Ela estava vermelha e sem graça, conseguindo dizer apenas:

– Eu tenho que comprar o remédio do Cris – saindo desajeitada do elevador, tropeçando e, em seguida, correndo para a rua.

– Será que esse tal de Cris é o novo namorado dela? - perguntou-se Gibby, preocupado.


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