Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 17
Cumprindo a promessa




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3 meses se passaram desde a ameaça da Sra. Benson. Sam e Freddie estavam felizes. Isabelle crescia cheia de saúde e de amor.

Cat foi visitar Sam e família um mês após a mudança para Seattle. Permaneceu na cidade por uma semana, passeando e matando a saudade da amiga.

Carly incentivou Sam a voltar a estudar, então a loira resolver fazer aulas do último ano do ensino médio à noite, deixando Freddie com Isabelle.

Freddie aproveitava a oportunidade para ir com Isabelle à casa de Marissa. Aos poucos, os encantos da pequena foram quebrando a barreira da avó.

Certa noite, depois do jantar, Isabelle puxou a toalha da mesa, jogando tudo no chão.

– Foi sem querer mãe, não briga com ela – falou Freddie, nervoso.

– Pobrezinha da neném da vovó! Se machucou? – perguntou Marissa, pegando a neta no colo e examinando a menina assustada com atenção.

Costela e Freddie se olharam, perplexos.

– Ora rapazes, arrumem essa bagunça. Ela levou um susto! A vovó vai levar a bebê pra assistir desenho e se distrair um pouco. Passou pequenina – disse Marissa, embalando a menina em seus braços e a levando para o seu quarto.

Ao saber da aproximação de Isabelle com Marissa, Sam quis proibir Freddie de levar a filha ao apartamento da avó todas as noites, mas a menina pedia para ver a avó e Sam não queria mais confusões com Freddie, então acabou cedendo.

Sam estava colocando Isabelle para dormir, quando perguntou à filha:

– Belinha, a vovó Marissa é legal com você? Ela te trata bem? Você gosta dela?

– Beinha ama a oó Maíssa – contou a menina, sorrindo.

– Bom, isso responde a todas as minhas perguntas.

Depois disso, Sam começou a admitir que Marissa frequentasse seu apartamento para ver a neta.

Carly convidou Sam, Freddie e Isabelle para jantar no seu apartamento. Marissa estava presente quando do convite e foi junto. Todos se surpreenderam com a forma como Marissa estava tratando Sam.

– Samantha, querida, pode me passar o prato de salada? – pediu Marissa, com toda a educação.

– Sim, claro – respondeu Sam, passando o prato, desconfiada.

– Você deveria se alimentar melhor Sam, afinal, a menina ainda mama, não é? Tudo o que você come vai pra ela – aconselhou Marissa.

– Ela só mama pra dormir, estou tentando tirá-la do peito – disse Sam.

– O leite materno é muito bom pra saúde do bebê, eu amamentei o meu Freddie até...

– Mãe! – interrompeu Freddie – As pessoas não precisam saber disso.

– Claro querido, tem razão. Bom Sam, você sabe o que é melhor para a sua filha. Ninguém melhor que a mãe para saber disso.

Sam olhava perplexa.

– Senhora Benson, está tudo bem? – perguntou Carly, desconfiada.

– Tudo ótimo querida. Como seu cabelo está bonito hoje Carly! Fez hidratação?

– Fiz, a senhora percebeu?

– Claro que sim.

– Percebeu o quanto meus cabelos são sedosos também? É de família! – falou Spencer com seu jeito crianção de sempre.

– Ah sim, a família de vocês tem muito boa genética mesmo.

Depois do jantar, Marissa sentou-se no sofá com Isabelle no colo e a fez dormir cantarolando.

– Que bicho mordeu a Sra. Benson? – perguntou Carly para Sam, enquanto as duas tiravam a mesa.

– Não sei, mas tô com muito mais medo dessa Sra. Benson do que da antiga.

– Eu também Sam.

Na manhã seguinte, Marissa estava saindo do prédio quando viu Lewbert em cima de uma escada, trocando a lâmpada da portaria.

– Bom dia – cumprimentou ela.

– Péssimo dia! Essa droga de lâmpada queimou! Por que diabos as lâmpadas queimam? Só pra me dar trabalho de trocar. Eu já tô de saco cheio desses problemas da portaria. E a senhora sai logo daqui que tá me atrapalhando – esbravejou Lewbert com o mau humor de sempre, mas quando se virou fazendo sinal com as mãos para que Marissa saísse acabou se despencando do alto da escada.

– Oh meu Deus, Lewbert! – exclamou Marissa, correndo para acudi-lo.

Lewbert se sentou:

– Viu o que a senhora fez? Eu poderia ter morrido por causa da senhora!

– Oh, eu sinto muito.

– Sente é. Então coloca a lâmpada pra mim, porque agora tô todo doído.

– Pode deixar – falou ela, convicta, pegando a lâmpada e subindo a escada.

Quando levantou o pé para alcançar o último degrau, sentiu seu salto grudar e se desequilibrou, tombando no chão.

– Aaaiii! – gritou Marissa – Minha perna!

Lewbert se levantou e verificou que a perna dela havia quebrado. Ligou para a ambulância.

No dia seguinte, Marissa já estava em casa com a perna imobilizada. Freddie, Sam e Isabelle foram visita-la.

O celular de Freddie tocou e ele saiu do quarto por um instante.

– Sam, querida, afofe meu travesseiro, por favor? – pediu Marissa.

– Claro – disse Sam, aproximando-se.

Marissa agarrou o braço de Sam e cochichou no ouvido dela:

– Seu tempo está se esgotando. Saia da vida do meu filho.

– A senhora não tem o direito de me pedir isso! – respondeu Sam, sem paciência.

– Tenho sim. E é melhor que me atenda, se não serei obrigada a cumprir a minha promessa e...

– E o que? – desafiou Sam.

Freddie estava voltando pro quarto, Marissa se atirou no chão, gritando:

– Aaiii Sam!!! Por que tanta covardia? Eu sou uma pobre senhora inválida!

– Sam?! O que você fez? – perguntou Freddie, furioso, enquanto levantava a mãe do chão.

– Ela me jogou Freddie, só porque eu pedi pra ela deixar a Belinha mais um pouco comigo. Ela quer me afastar da minha neta, quer me afastar de você. Ela é cruel! Foi covarde, jogando uma pobre senhora no chão, ainda mais nas minhas condições! Você sabe o quanto ela é agressiva! – mentiu Marissa, chorando.

– É mentira! É tudo mentira! Ela tá armando! Meu amor, ela quer nos separar, ela sempre quis. Nunca imaginei que pudesse jogar tão baixo. Acredita em mim, eu te amo. Não sou covarde, eu não faria isso. Sua mãe é uma cobra! – defendeu-se Sam, chorando, enquanto puxava o braço do marido, tentando fazê-lo olhar para ela.

– Não fala assim da minha mãe! Agora você passou de todos os limites Puckett e eu não posso tolerar isso! – disse Freddie com uma raiva no olhar que partiu o coração de Sam.

– O quer dizer?

– Acabou. Não posso viver com uma mulher sem coração, que ataca a minha mãe no seu momento mais frágil. Eu sempre soube da sua implicância com ela, mas nunca imaginei que pudesse chegar tão baixo.

– Eu comecei a implicar com ela porque ela implicou comigo antes. Ela me odeia desde que eu era uma criança! E esse ódio só aumentou quando ela descobriu que estávamos namorando na adolescência. Ela jurou que ia acabar com o nosso casamento. Ela foi na nossa casa me ameaçar. Bebê, acredita em mim!

– Faz um tempo que minha mãe te trata com todo o respeito e até com carinho, mas você não! Continuava com a implicância! Os fatos me fazem concluir que você ainda sente ódio dela, mas não ela de você! E agora eu vi você jogando ela da cama, com a perna quebrada. Isso não tem desculpa!

– Realmente você não acredita em mim. Pensei que me conhecesse o suficiente, depois de tantos anos, mas me enganei. Também deve duvidar do meu amor por você. Diante disso, não me resta mais nada. Concordo com você, acabou! – falou Sam, tirando a aliança do dedo e atirando em cima de Freddie.

Sam saiu chorando do quarto e encontrou Isabelle brincando com Costela na sala.

– A coisa foi feia lá dentro heim? Deu pra ouvir daqui! Eu fiquei distraindo a menina pra ela não se assustar – falou Costela.

– Valeu – disse Sam, tentando conter o choro e pegando a filha no colo.

No apartamento, Sam foi direto para a sua suíte, colocou a filha na cama, deitou-se e chorou compulsivamente.

– Mamã, não choia – disse Isabelle, aproximando-se da mãe e secando as lágrimas dela com as mãozinhas – Tá tiste?

– A mamãe tá triste, mas vai passar. Vai ficar tudo bem, sabe por quê?

Isabelle balançou a cabeça em sinal negativo e Sam prosseguiu:

– Porque a mamãe te ama muito e vai ser forte por você. Nós duas vamos ficar bem, eu prometo – abraçando a filha, que, mesmo sem compreender as palavras da mãe, instintivamente começou a acariciar os cabelos dela com as pequenas mãos que tinham o mesmo formato das do pai.

– Mamã, eu ti amo.

– Eu sei meu amor. E vou te contar um segredo, você é a pessoa que eu mais amo no mundo. Todos os amores um dia acabam, mas o amor de mãe e filha é pra sempre. Vamos sempre ter uma a outra, viu?

Isabelle assentiu com a cabeça e deitou-se ao lado da mãe, aninhando-se junto dela. As duas adormeceram, abraçadas.


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Notas finais do capítulo

Band-aid para um coração partido.
Será o fim de Seddie???



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