Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 167
O décimo terceiro aniversário


Notas iniciais do capítulo

Belinha completa 13 anos e a fic está perto do fim! Espero que curtam os capítulos finais com as ideias que ainda me restam depois de mais de dez meses escrevendo rs.



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Richard começou a estudar no Ridgeway e a sofer bulliyng pelo seu jeito calado. Isabelle saía em defesa do garoto muitas vezes, embora nem sempre estivesse presente, já que Richard era um ano mais novo e não pertencia à mesma classe da menina.

Cris também se compadeceu de Richard e não demorou muito para que ambos ficassem amigos. Cris estava gostando de ter a companhia de um menino, já que vivia cercado de meninas. Os dois passavam muito tempo juntos e Isabelle já se sentia excluída.

– Daqui a pouco Richard e Cris vão se casar e esquecer que eu existo – reclamou Isabelle para Alison.

– Você tá com ciúme, só porque os dois cansaram de te disputar e são BFF agora – zombou Alison.

– Isso só pode ser plano daquele mané do Cris pra me afastar do Richard, mas não vai funcionar...

Isabelle se aproximou de Cris e Richard, que conversavam animadamente:

– Rick, preciso que você me ajude no dever de matemática, você é tão inteligente...

– Qual é Belinha? Rick nem tá na nossa classe, ainda nem aprendeu o nosso conteúdo. Além disso, você é nerd e nunca precisou da ajuda de ninguém pra estudar. Eu e Rick já temos planos para mais tarde: torneio de video-game na minha casa – explicou Cris.

– Foi mal Belinha, mas não vai dar mesmo – desculpou-se Richard.

Isabelle voltou furiosa para perto de Alison, dizendo:

– Desse jeito nunca vou perder o BV.

– O que disse?

– Nada.

– Sei que quer beijar o Richard. Confesso que acho ele bem gatinho, mas o Cris também não é de se jogar fora. Mas, respeito totalmente seus pretendentes Belinha. Quando você descartar um deles, eu posso dar um beijinho?

– Alison, bebeu água da privada? Você anda beijoqueira demais pro meu gosto.

– Tá, parei. Desculpa.

– Eu acho que você deveria ir beijar o Grégory que vive atrás de você.

– Nunca vou me esquecer do que ele fez comigo quando éramos crianças. Ele foi racista, isso não tem perdão.

– Se ele foi racista, não é mais, acho até que tá apaixonado por você.

– Vamos mudar de assunto? Eu aposto com você que não consegue beijar o Richard até o seu aniversário de 13 anos.

– E eu aposto que consigo. O limite final vai ser a meia-noite do dia que completo 13 anos. Meu avô Charles vai dar uma festa na mansão dele e dessa noite não passa.

– Fechado – disse Alison apertando a mão de Isabelle – E se você perder vai ter que fazer o meu dever de casa por um mês.

– Eu vou ganhar e você vai fazer o meu dever. Eu detesto dever de casa!

Durante o jantar no lar dos Puckett Benson, Sam comia quieta e contrariada pelo fato de Freddie não ter vindo mais uma vez para o jantar.

– Tá chateada mamãe? - perguntou Eddie.

– Fale menos e coma mais – pediu Sam.

– Mamãe tá de mau humor porque papai não veio jantar de novo – respondeu Isabelle – Agora que ele tem um trabalho importante, nem se importa mais com a gente.

– Isso não é verdade Belinha. Seu pai tem um cargo importante na Microsoft e mal tem tempo pra comer, mas não significa que não se importe conosco, apenas que quer dar o seu melhor para que não nos falte nada do bom e do melhor – explicou Sam.

– Mas tá faltando o principal: o papai – observou Nicolas com o semblante triste.

– É só uma fase, daqui a pouco as coisas aliviam lá na empresa. Quem quer mais panqueca? - indagou Sam aos filhos, que logo se animaram.

Ao final do jantar, Isabelle foi ajudar a mãe a tirar a mesa e a lavar a louça e perguntou:

– Mamãe, uma menina pode tomar a iniciativa de beijar um menino?

– Se ela gosta do menino, por que não?

– Eu já ouvi que meninas devem jogar charme, ser femininas e esperar o menino chegar. Mas, por que não podemos demonstrar o que queremos?

– Essa ideia vem de um machismo ultrapassado pelo qual nunca poderíamos escolher, mas sempre deveríamos esperar ser escolhidas.

– Você já tomou a iniciativa de um beijo?

– Já.

– E o que aconteceu?

– Não demorou muito para o seu pai me pedir em namoro com um outro beijo num sanatório.

– Sanatório?

– Longa história. Quem você quer beijar? O Cris?

– Credo! Não, de jeito nenhum! Era só curiosidade.

Já era tarde quando Freddie chegou do trabalho. As luzes estavam apagadas. Ele caminhou lentamente até o quarto dos gêmeos e beijou delicadamente a face dos meninos, sem que acordassem, depois foi ao quarto da filha e fez o mesmo. Ele saía do quarto de Isabelle quando deparou-se com Sam parada a sua frente no corredor:

– Até quando vai ver seus filhos só quando estão dormindo?

– Sam, eu já expliquei. São muitas reuniões, mas estamos fechando bons negócios e expandindo pelo mundo cada vez mais. Estou recebendo cada vez mais retorno financeiro. Olhe para nós: temos dois carrões na garagem! Estamos reformando todo o apartamento! Você e as crianças podem comprar o que quiserem e eu não me canso de enchê-los de presentes...

– Mas não se faz presente. Eles sentem sua falta.

– Só eles? - perguntou Freddie, puxando Sam para si.

– Sim, só eles – respondeu Sam, ríspida, desvencilhando-se do marido e voltando para o quarto.

Os dias passaram e chegou o aniversário de Isabelle.

Sam e Freddie fizeram tudo como a menina queria, sem economizar, dando uma verdadeira festa de cinema, com figuras de astros e filmes famosos espalhados pelo local numa bela decoração. A música envolvia a trilha sonora de filmes.

Cris estava sentado no chão brincando com Sophie e Júnior, que corriam em volta dele.

Isabelle aproximou-se:

– Tenho que reconhecer que você é um bom irmão Cris e um bom primo também.

– Eu ouvi direito? A senhorita Isabelle Puckett Benson me elogiando? É hoje que vai chover canivete. Fujam para as montanhas...

– É por causa disso que eu não te elogio com frequência – disse Isabelle, enfiando o brigadeiro na boca do garoto para que se calasse.

Numa das mesas, Marissa criticava Freddie:

– Meu filho, você está esbanjando muito dinheiro para fazer as vontades da sua mulher e dos seus filhos. Desse jeito vai acabar pobre.

– Não tem a menor chance disso acontecer mãe, não se preocupe.

– Dinheiro na mão é vendaval.

– A senhora que o diga, ainda me lembro quando comprou aquela galinha e aquele galo caríssimos e que não podiam cocoricar para ter pintinhos que poderiam ser vendidos por uma boa grana... e perdeu uma grana.

Charles indagou:

– Fez isso docinho?

– Velha história, melhor não falarmos de passado – respondeu Marissa, sorrindo sem graça.

Melanie e Mabel chegaram atrasadas.

– Desculpa Sam, o voo atrasou – explicou Melanie à irmã, sem graça.

– Imagina Mel, entra aí e enche o bucho que o rango tá bom demais – disse Sam, de um jeito divertido, fazendo Melanie rir.

Mabel foi entregar o presente para a prima e perguntou a ela e a Alison:

– O que estão cochichando? Quem cochicha o rabo espicha.

– E quem se importa o rabo entorta – respondeu Isabelle.

– Belinha vai dar o primeiro beijo hoje – contou Alison.

– No Cris? - perguntou Mabel nervosa.

– Eca! Não! No Richard – falou Isabelle.

– Ah tá – disse Mabel, aliviada.

– Aproveita amiga seu alvo tá sozinho, pra variar, lá perto do chafariz. É a sua chance – falou Alison empurrando Isabelle.

Isabelle estava insegura, seu coração batia acelerado e sentia as pernas bambas, mas estava convicta do que iria fazer.

– Oi Rick– cumprimentou ela, sentindo a voz falhar.

– Oi Belinha – respondeu o garoto, ainda fitando a água do chafariz.

– Hoje é meu aniversário...

– Eu sei – respondeu Richard finalmente se virando para Isabelle.

– E gostaria que você me desse um presente – corando.

– Eu já te dei um presente. É uma caixinha de música, mas no lugar da bailarina tem um lutador de esgrima, como você, pensei que ia gostar.

– Eu adorei. Fiquei feliz em ver que você quis me dar um presente especial, mas eu gostaria de um presente mais especial ainda.

– Qual?

– Feche os olhos e fique parado.

– Como é?

– Hoje é meu aniversário, faz isso, tô te pedindo.

– Tá bom – concordou Richard fechando os olhos.

Isabelle foi se aproximando lentamente. Alison e Mabel espiavam a cena perto dali e cruzavam os dedos em apoio.

Sam conversava com Carly quando Freddie se aproximou, perguntando:

– Cadê a Belinha? Tá na hora de cantar parabéns.

– Eu não sei – respondeu Sam.

– A última vez que eu a vi estava no jardim – informou Carly – O Spencer já tá lá perto da mesa roubando doces e estressando a Audrey, se eu fosse vocês apressava o parabéns.

– Tá, eu vou atrás dela – decidiu Freddie caminhando para o jardim.


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Notas finais do capítulo

Aqui está a foto atualizada do Cris (não consegui colar no texto): http://www.tigerbeat.com/wp-content/uploads/gregg.jpg