Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 166
A terceira ponta de um triângulo




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Carly estava longe, sua mente divagava, pensava em todos os momentos que viveu com Gibby, até a traição e o final trágico que ele tivera, sentiu uma dor lacinante em seu peito, sentia como se fosse desmaiar. Chegou à conclusão de que já não suportava mais tanta dor em sua vida e que queria, ou melhor, que precisava virar essa página e seguir adiante, então, de forma impulsiva respondeu ao Padre:

– Sim, eu aceito!

Griffin respirou aliviado, bem como todos os convidados, os quais ja prendiam a respiração na expetativa da resposta da noiva.

A cerimônio religiosa terminou e todos foram empolgados para a festa num salão próximo dali.

Isabelle passou a festa brincando com Richard e Cris olhava para a cena magoado, sentindo-se deixado de lado. Mabel percebeu e não perdeu a oportunidae de se aproximar:

– Vamos brincar de alguma coisa Cris?

– Eu não tô com muita vontade Bel.

– Por que você não gosta de mim?

– Eu amo você Bel, sempre será minha irmã, sabe disso.

A menina suspirou resignada, mas não desistiu:

– Então brinca comigo, eu sinto sua falta Cris.

– Eu também sinto a sua Bel – abraçando a menina.

Os dois deram as mãos e saíram correndo pelo salão.

Melanie conversava com Sam:

– Minha carreira não para de crescer! Tenho cada vez mais clientes e meu nome já é conhecido em Cambridge. Hoje vejo que todo o meu sacrifício valeu a pena, porque posso dar tudo do bom e do melhor para a minha filha. Nunca imaginei que pudesse ser tão feliz!

– Para de fazer charme Mel! Você sempre sonhou com isso. Sempre foi a CDF que sonhava com o sucesso profissional. Parabéns mana, você conseguiu!

– Valeu Sam.

– Mas, você não sente falta do amor?

– Eu já me decepcionei demais Sam. Hoje, só penso no meu trabalho e na minha filha. Até aparecem uns caras, eu saío com eles, mas eu não quero que fique sério, não coloco mais homem dentro da minha casa com a filha linda que eu tenho, conheço a safadeza deles.

– Eu entendo que ficou traumatizada, mas não devia julgar um por todos.

– Estou bem assim, de verdade.

A festa ainda nem tinha terminado quando Carly e Griffin fugiram para a lua de mel. Os dois passaram a noite de núpcias na suíte de um hotel 5 estrelas e partiram para Paris no dia seguinte.

Cris e Sophie ficaram sob os cuidados de Sam e Freddie.

Isabelle gostava de cuidar de Sophie. Enxergava a menina como uma boneca. Apesar da diferença de idade, já demonstravam que seriam tão amigas quanto Sam e Carly.

Sophie foi dormir com Isabelle e pediu:

– Conta uma "históia" "Beinha"?

– Claro bonequinha – envolvendo Sophie num abraço enquanto fazia cafuné na cabeça da pequena – Era uma vez uma princesa que tinha os cabelos negros como o ébano, a pele branca como a neve os lábios vermelhos como o sangue, muito linda, assim como você...

Na manhã seguinte, Cris e Isabelle já discutiam no café da manhã.

– Que inferno! - falou Sam, sem paciência – Qual é a de vocês agora?

– O Cris comeu o meu cereal! - respondeu Isabelle, indignada, enquanto acertava o garoto com o caixa de cereal vazia.

– Eu não sabia que não podia comer! - defendeu-se o garoto.

Isabelle pegou a tigela de Cris com leite e cereal e virou na cabeça do menino. Os gêmeos começaram a rir sem parar. Isabelle olhava para Cris com ar triunfante. Sam segurava o riso e Freddie se compadecia do menino.

– Agora você vai aprender a não comer a minha comida! - disse Isabelle a Cris.

– Belinha, isso não é jeito de tratar um hóspede – falou Freddie para a filha em tom de repreensão.

– Fica calmo garoto, é só leite – disse Sam.

Bolinha pulou em cima de Cris e começou a lambê-lo, então Sam soltou a gargalhada, acompanhada das crianças que já riam. Freddie tirou o cachorro de cima do menino e disse:

– Vem Cris, você precisa de um banho – conduzindo-o ao banheiro.

Depois de uma semana, Carly e Griffin voltaram da lua de mel. Sophie e Cris foram correndo abraçar a mãe assim que a viram.

Carly sorria e se dizia feliz, mas Sam não deixou de perceber uma sombra nos olhos da amiga.

O tempo passou e mais um ano letivo estava prestes a se iniciar em Seattle. Como sempre Isabelle acordou sem nenhuma disposição de ir para a escola.

No Ridgeway, Cris estava animado e Isabelle logo se irritou:

– Como consegue acordar parecendo chefe de excursão?

– Como consegue acordar sempre de mau humor?

Alison aproximou-se:

– Bom dia galera! Eu juro que senti saudade das discussões de vocês durante minhas férias no Caribe.

– Suas férias deveriam estar ótimas mesmo, nem se lembrou de ligar para a sua melhor amiga – observou Isabelle.

– Para de drama Belinha, a gente se falou por mensagem. Vocês não sabem o que aconteceu... - começou a falar Alison, empolgada.

– Se você não contar, nunca vamos saber – falou Isabelle.

– Ela tá mais azeda que de costume hoje Ali, pode continuar – pediu Cris.

– Eu dei o meu primeiro beijo!

– O que? - falaram Isabelle e Cris ao mesmo tempo.

– Como assim? - quis saber Isabelle.

– Eu beijei, beijando, assim – disse Alison, imitando beijo enquanto fazia biquinho – Foi com um nativo de lá, o maior gatinho. É provável que a gente nunca mais se veja, mas foi bom, vou guardar pra sempre no meu coração – com um olhar apaixonado.

O sinal bateu e Alison começou a subir as escadas:

– Vocês não vêm?

– Já vamos – responderam Isabelle e Cris ao mesmo tempo.

Isabelle e Cris se encararam por um momento.

– Todo mundo já tá beijando – começou a dizer Cris.

– Eu tô vendo, até a nossa melhor amiga.

– E nós nada...

– Pois é

– Você não tem vontade?

– Vai acontecer, na hora certa.

– A gente podia... fazer uma experiência... pra aprender a beijar... juntos.

– Sonha, bobalhão! Por mim você vai morrer boca virgem! Eu sou linda e loura! Não faltam garotos para querer me beijar. Já você, duvido que apareça uma louca – disse Isabelle, subindo para a sala de aula, deixando Cris magoado para trás.

Quando Isabelle voltou para casa acompanhada de Freddie, depararam-se com Jade, Beck, Richard e Sarah na sala, conversando com Sam.

Freddie os cumprimentou:

– Olá pessoal! É bom vê-los por aqui. O que os traz a Seattle?

– Por mim eu mudava pra cá, adoro esse céu cinza, mas não vai ser dessa vez – disse Jade.

– Nós não vamos nos mudar, mas nossos filhos sim, por um tempo – explicou Beck.

Sam esclareceu:

– Eles têm um filme para rodar na África por uns meses e acham mais seguro deixar as crianças na América enquanto isso.

– Vão ficar com a minha mãe. Ela se casou de novo com um magnata e tá vivendo aqui em Seattle, mas eu não confio muito na coroa, então, vim pedir a vocês uma ajuda com as crianças – falou Jade.

– Ficaríamos muito gratos se pudessem ficar de olho e ajudar minha sogra no que for preciso – pediu Beck.

– Podemos fazer isso, sem problema – disse Freddie.

– Já falei isso pra eles – concordou Sam.

Isabelle não parava de fitar Richard.

A menina mal acreditava no que havia acabado de ouvir. Finalmente teria Richard perto de si. Em seu íntimo, brotou uma certeza: "meu primeiro beijo não demora a acontecer".


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Notas finais do capítulo

Nesse capítulo atualizei a foto do Richard, no próximo colocarei a foto atualizada do Cris.