Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 165
O fantasma de Gibby


Notas iniciais do capítulo

Fiquei contente com o montão de comentários no último capítulo! Valeu pessoal!



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– Ele quem? - perguntou Sam a Freddie.

– O Gibby! - respondeu Freddie, nervoso.

– Eu não tô vendo ninguém – falou Sam, olhando na direção que Freddie fitava.

– Ele tava ali, mas depois sumiu.

– Nerd, esse calor tá fritando os seus miolos. Gibby morreu! De duas umas: você endoidou de vez ou virou medium e tá vendo fantasma.

– Será? Preciso me benzer! - disse Freddie, fazendo o sinal da cruz.

– É só o cansaço da viagem bebê, eu também já estou prestes a ter alucinações, tô quase vendo um hamburguer se materializar na minha frente. Posso até sentir o cheiro...

– Vem da praça de alimentação mamãe e eu também quero – comentou Isabelle, apontando para o local.

A família resolveu ir fazer um lanche.

No mesmo dia, arrumaram as malas para voltar para Seattle. No aeroporto foram informados de que o vôo estava atrasado.

– Ninguém merece! Vamos tomar um chá de cadeira na sala de embarque – recamou Sam.

– Ainda temos a nossa tecnologia mamãe – disse Eddie pegando seu Ipad – O tempo passa mais rápido com essas belezinhas.

– Pra mim o tempo passa mais rápido comendo. Vou procurar comida por aqui – falou Sam, levantando-se.

Freddie disse aos filhos:

– Também estou com fome, não saíam daqui, está bem? Isabelle, posso confiar em você para ficar de olho nos seus irmãos?

– Eu não sou babá desses pirralhos.

– Faz isso pelo papai, por favor.

– Tá bom – concordou Isabelle, contrariada.

Sam ainda procurava por comida quando esbarrou com Freddie:

– O que quer nerd? Também está com fome?

– Talvez – falou ele, puxando-a para dentro do banheiro.

– Tá louco? Deve ter câmeras por aqui.

– Não dentro do banheiro. Estamos prestes a ir embora do Brasil e eu não quero fazer isso sem antes colocarmos na nossa lista mais um lugar diferente no qual fizemos amor.

– Você deveria se tratar Freddinardo.

– Vai dizer que você também não gosta?

– Cala a boca e vamos logo com isso, antes que alguém apareça.

Os dois se trancaram numa cabine e deixaram a luxúria falar mais alto. Quando voltaram para perto dos filhos, Isabelle observou:

– Demoraram! E cadê a comida?

– Comida? - perguntou Freddie.

– Claro, a comida – disse Sam, dando uma cotovelada no marido – Nós não encontramos.

– E por que demoraram tanto? - foi a vez de Nick perguntar.

– Estávamos procurando – disfarçou Freddie – O que estão vendo no Ipad do Eddie? - indagou para mudar de assunto.

Assim que chegaram a Seattle foram recepcionados em um almoço no apartamento de Carly, oportunidade que aproveitaram para distribuir os presentes.

Isabelle entregou o presente para Cris e o menino começou a abrir, desconfiado:

– Você garante que não vou me machucar se eu abrir essa caixa Belinha?

– O que você pensa que eu sou? Uma terrorista?

– Preciso mesmo responder?

– Não, precisa abrir logo esse presente, caso contrário vai mesmo se machucar pra aprender a não pensar mal da sua melhor amiga.

– Tá, desculpa. Já tô abrindo – tirando de dentro da caixa um ursinho de pelúcia – Sério? Me deu um presente fofo?

– Você também me deu um presente fofo quando foi pra Yákima, eu só quis retribuir. Por que você não o abraça? Ele é muito fofo, eu mesma testei na hora de comprar.

– Tá bom – concordou Cris, abraçando o ursinho que, imediatamente, fez um barulho alto de pum, de modo que todos os olhares se voltaram para Cris.

– Gente, o garoto aqui tá com uns problemas intestinais – zombou Isabelle, rindo e arrancando risadas dos demais.

Cris foi para o seu quarto, envergonhado e a consciência de Isabelle pesou, indo atrás:

– Cris, desculpa, pela milésima vez, pela brincadeira sem graça...

– Você não se cansa mesmo né?

– De te zoar? Não, é divertido. Mas, você não precisa ficar com o ursinho se não quiser...

– Eu quero ficar com ele.

– Pra pregar peça em outro desavisado? Deixa eu participar?

– Não, eu vou deixar ele bem aqui – colocando o ursinho numa prateleira do quarto – Assim eu posso sempre olhar pra ele e me lembrar da minha futura namorada.

– Quem iria querer namorar você? - perguntou Isabelle, rindo.

– Quem me deu o ursinho.

– Pirou garoto! Eu prefiro lamber sabão que te beijar! Eu já tenho um namorado e o nome dele é Richard!

– E ele mora em Los Angeles e nem se lembra que você existe. Fala com você pela internet só porque você o procura e olha todos os dias, várias vezes ao dia, só pra ver quando ele fica online.

– Você não tem nada com isso.

– Sei que sou importante pra você, porque se eu não fosse você não se importaria em me dar um presente tão único, só pra tirar uma onda comigo. Você passa muito tempo pensando numa forma de me incomodar e quando faz isso, pensa em mim.

– De onde tirou tanta doideira?

– Minha mãe que me falou e eu acredito nela.

– O que andou falando pra sua mãe?

– Nada que ela já não soubesse.

– Esse papo tá estranho demais pra mim, vou pra sala comer que eu ganho mais – disse Isabelle, saindo do quarto do garoto.

Na hora do almoço, Carly, ao lado de Griffin indagava aos amigos sobre a vigem. Sam e Freddie contavam sobre tudo o que viram empolgados.

– Pelo visto vocês gostaram mesmo do Brasil! Até me deu vontade de conhecer – falou Carly.

– Podemos ir juntos amorzinho – disse Griffin empolgado.

– Podemos sim – concordou Carly.

– Vale muito a pena mesmo, a única coisa chata é o calor demais – observou Freddie.

– Lá é tão quente que até fritou os miolos do nerd. Acreditam que ele pensou ter visto o Gibby? - perguntou Sam, rindo.

– Isso não é brincadeira! Não é pra ser engraçado! Como ousam tirar onda com isso? É cruel! - falou Carly, indignada, saindo da mesa com um olhar furioso.

Sam foi atrás da morena no quarto dela e a encontrou chorando.

– Carls, me perdoa, eu não tive a intenção...

– De boa intenção o inferno tá cheio!

– Você não superou mesmo o Gibby né?

– Eu fui casada com ele por anos. Nós tivemos a Sophie juntos, ele assumiu a paternidade do Cris. Acha que eu posso simplesmente esquecê-lo?

– Eu não diria esquecer, mas tocar a vida pra frente... ser feliz com o Griffin....

– O Griffin nunca vai substituir o Gibby. Griffin é lindo, eu sei! Mas ele tem um defeito muito grande: ele não é o Gibby!

– Carlynha, eu sei que é difícil, ninguém queria que isso tivesse acontecido, até eu sinto muito a falta dele, ele era um sócio animado, descontraía o ambiente, ajudava muito no restaurante e era um grande amigo também, mas, nós temos que aceitar que o ICarly não está mais completo, que um dos integrantes não vai voltar, nem pro restaurante, nem pro ICarly, nem pra sua vida.

– Como pode ser tão insensível?

– Não estou sendo insensível, só realista. Você não pode passar sua vida como se esperasse a volta de alguém que não pode voltar.

– É, eu acho que você tem razão. Já passou da hora de eu tomar uma atitude – falou Carly, secando as lágrimas e voltando para a sala com passos firmes.

Griffin conversava com Freddie quando Carly o abordou e fez a pergunta:

– Griffin, quer casar comigo?

– Tá falando sério? Nunca pensei que esse dia chegaria...

– Responde logo antes que eu mude de opinião.

– Claro que sim.

Os dois se beijaram sob os aplausos dos presentes.

Sam aproveitou para tirar onda:

– E a lua de mel vai ser na peluciolândia?

– Para Sam – pediu Carly, segurando o riso.

O tempo passou e chegou o dia do casamento de Carly. Ela olhava-se no espelho do seu quarto, vestida de noiva, quando Sam entrou:

– Você tá linda! Vamos logo amiga, seu pai já tá lá sala impaciente.

– Sam, será que eu tô fazendo a coisa certa?

– Claro que sim. Por que da dúvida aos 45 minutos do segundo tempo?

– Que jeito estranho de falar. Onde aprendeu isso?

– No Brasil, eles falam assim por causa do futebol. Assisti a uma partida, é legal.

– Legal. Eu sei que é estranho... mas eu não enterrei o Gibby e parece traição me casar com outro... eu me sinto uma bígama!

– Não é hora pra drama amiga, nem pra se deixar levar pelo fantasma do Gibby. Sei que está emocionada, fica mexida, é normal, vamos descer – puxando Carly para fora do quarto.

Os convidados já aguardavam na igreja. De Los Angeles vieram Cat, Robbie, Valentina, Samantha, Jade, Beck, Richard e Sarah.

Sarah era simpática como Beck e gostava de sorrir, também era morena como o pai.

– Que inferno! Essa menina não para quieta! Eu te falei que não queria outro filho Beck – reclamou Jade com o marido.

– Fica calma, eu vou atrás dela – disse Beck, calmamente, enquanto corria na igreja atrás de Sarah.

Richard permanecia quieto com o olhar fixo no Pear Phone. Jade o abraçou, mas ele logo se desvencilhou, porque continuava não gostando de ser tocado e ainda não encarava ninguém nos olhos, nem mesmo a mãe.

Isabelle foi se sentar ao lado de Richard e começou uma conversa animada com o garoto sobre o jogo que ele jogava no Pear Phone. A menina colocou a mão sobre o ombro do garoto e ele tirou, ela fez novamente para provocá-lo.

– Para Belinha, eu não gosto.

– O meu toque te queima? Isso é divertido! - falou Isabelle, continuando.

Richard começou a revidar, encostando várias vezes em Isabelle também e logo as crianças estavam rindo. Jade mandou se calarem assim que a marcha nupcial começou a tocar.

Carly entrou conduzida por Coronel Shay. À frente dela Cris levava as alianças e segurava a mão de Sophie, de 2 anos, que era a daminha de honra.

O Padre iniciou a cerimônia, até que perguntou:

– Carlotta Shay, aceita Griffin Peterson como seu legítimo esposo?

Carly ficou em silêncio, fitando Griffin sem piscar.

– Eu vou perguntar de novo: Carlotta Shay aceita Griffin Peterson como seu legítimo esposo? - insistiu o Padre.

No altar, ao lado de Coronel Shay, Pamela interveio:

– A menina tá passando mal!

– O que sente minha filha? Parece em estado de choque – perguntou Coronel Shay, preocupado.

Carly olhou para o Padre e disse com jeito de quem estava aérea:

– Pode repetir a pergunta?

– Carlotta Shay aceita Griffin Peterson como seu legítimo esposo?

– Eu...


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