Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
A insônia gerou um capítulo novinho, espero que gostem.
Registro que a "Estrela" acertou nos comentários qual seria o destino da viagem da família Puckett Benson.
Agradeço pelos comentários, os quais já passaram dos mil!!! Fiquei bem contente!
Sam e Freddie terminavam de arrumar suas malas na suíte do casal quando Marissa entrou ventando:
– Não acredito que vocês vão mesmo para aquele lugar de aborígenes! Pra aquela selva cheia de cobra e outros bichos! Falam que tem todo tipo de mosquitos que transmitem doenças e para alguns nem tem vacinas! Sem contar a violência! E tudo isso pra quê? Pra ver o tal do futebol e as mulatas se requebrando no tal do carnaval? Não vêem que é um País de terceiro mundo nada civilizado!
– Mãe, a senhora está exagerando. Violência e doença tem em todo lugar. É verdade que no Brasil tem índios, mas são a minoria e não atacam ninguém. Lá existem grandes e lindas cidades. Eu pesquisei a respeito. O Brasil tem uma cultura muito rica... - explicou Freddie.
– Aposto que foi ideia dessa aí viajar para o terceiro mundo – falou Marissa, apontando para Sam.
– Tava demorando... Eu já tava com saudade das suas ofensas e acusações sogrinha. Prossiga, por favor – ironizou Sam.
– Eu e a Sam decidimos isso juntos mãe. Na época do ICarly tínhamos muitos fãs do Brasil e eles sempre foram muito legais e carinhosos. Acabamos ficando com vontade de conhecer esse País cujo povo é tão simpático e receptivo – expôs Freddie.
– Se querem se matar naquele fim de mundo, vão em frente! Mas, não vou permitir que exponham meus netos a tudo isso! Vou proteger meus pobres anjinhos de pais irresponsáveis! As crianças não saem de Seattle! - decretou Marissa.
– Não! - falaram Isabelle, Eddie e Nick ao mesmo tempo, saindo de trás da porta de onde ouviam a conversa dos adultos.
– Quantas vezes vou ter que repetir que é feio ouvir conversa atrás da porta?! - perguntou Freddie aos pequenos.
– Vai dizer que você também não fazia isso quando pequeno? - perguntou Sam ao marido, rindo.
– Sam! - ralhou Freddie.
– Eu quero ir pro Brasil vovó! Não fico em Seattle de jeito nenhum! - falou Isabelle, decidida.
– É muito perigoso querida, não quero que adoeça ou seja devorada por um índio ou por um jacaré ou morta por uma bala perdida! - dramatizou Marissa enquanto abraçava a neta com força.
– Para vovó, tá me sufocando – falou Isabelle, desvencilhando-se do abraço.
– Mãe, eu garanto que é seguro. É pra ser uma viagem em família, não teria a menor graça sem as crianças e eu jamais iria expôr meus filhos a um risco – explicou Freddie.
– Eba! Nós vamos! - comemoraram Eddie e Nick, batendo as mãos.
– Não se preocupe sogrinha, eu posso trazer de presente pra senhora uma cobra brasileira, acho que seria o bichinho de estimação perfeito – falou Sam com um sorriso cínico.
– O que está insinuando sua moleca? - indagou Marissa indignada.
– Nada não. Eu só estava com saudade da nossa troca de provocações e já que a senhora começou...
– Chega vocês duas! - pediu Freddie, enfático – Não vou começar com essa guerra de novo! Que inferno!
– Está bem! Se querem ir, problema de vocês! Depois não digam que eu não avisei! - falou Marissa, indignada, saindo do local.
A família Puckett Benson passou no apartamento de Carly para deixar Bolinha sob os cuidados dela e já estava na portaria a espera do táxi que rumaria para o aeroporto quando ouviram os gritos de Marissa:
– Esperem! Não podem ir sem vacinas, sem kit de primeiros socorros, sem repelente, sem protetor solar, falaram que faz um calor dos infernos lá...
– Por que a senhora não vai ver se estamos na esquina? - perguntou Sam, interrompendo a sogra.
– Você deveria me agradecer por eu me preocupar com vocês, sua mal agradecida – respondeu Marissa.
– Não tem necessidade de tudo isso mãe, já providenciamos todo o necessário, não se preocupe – falou Freddie.
– Mas Freddinho... - começou Marissa.
– O táxi chegou – anunciou Isabelle.
A família correu apressada para fora do prédio deixando Marissa, indignada, na portaria.
Muitas horas depois... Isabelle olhava encantada pela janela do avião e chamou a atenção dos irmãos e dos pais:
– Chegamos no Rio de Junho!
Freddie riu e corrigiu a filha:
– É Rio de Janeiro princesa.
– Belinha é burra – zombou Nick.
Isabelle deu um peteleco no braço do irmão e se defendeu:
– Eu só errei o mês do Rio, acontece.
– De quem é aquela estátua de braços abertos lá embaixo? - perguntou Eddie, interessado, enquanto debruçava-se sobre a irmã para ver a vista da janela.
– É o Cristo Redentor, filho. Ele é o símbolo do Rio de Janeiro e uma das sete maravilhas do mundo moderno.
– E quais são as outras seis? - quis saber Eddie.
– Muralha da China, Petra na Jordânia, Coliseu na Itália, Pirâmide de Kukulcán no México, Machu Pichu no Peru e Taj Mahal na Índia.
– Esse papo de nerd tá atrapalhando meu sono – reclamou Sam esfregando os olhos.
– Já tá na hora de acordar dorminhoca. Estamos prestes a aterrizar no Brasil – falou Freddie, animado.
O piloto anunciou:
– Atenção senhores passageiros, apertem os cintos, preparar para a aterrisagem.
No desembarque, Sam comentou:
– Numa coisa sua mãe tinha razão Freddonho, faz um calor dos infernos aqui.
– 40ºC amorzinho – falou Freddie mostrando a tela do celular para a esposa.
– Nós vamos passear de canoa, balançar nos cipós e fazer a dança da chuva com os índios que nem nos filmes? - perguntou Nick, animado.
– Claro que não filho. Isso é só fantasia de filme. O Rio de Janeiro é uma cidade civilizada e muito bonita – explicou Freddie.
– Mas aqui tem samba né? Eu tô doida pra sambar! - falou Isabelle, empolgada, tentando sambar de uma forma totalmente desajeitada – Um dia vou desfilar numa escola de samba.
– E que escola é que vai te aceitar? - perguntou Nick.
– Só por que eu sou loira? Isso é preconceito racial.
– Não, só porque você é desajeitada – respondeu Nick, rindo.
– Eu vou te matar moleque! - ameaçou Isabelle, correndo atrás de Nick, que saiu em disparada.
– Voltem aqui agora mesmo! - determinou Sam, zangada, indo atrás dos filhos e os pegando pelos braços – Querem se perder por aqui? Eu juro que volto pra Seattle e vocês vão pra adoção numa família indígena.
– E aí eu vou ser filho único! Viva! - comemorou Eddie, colocando os braços pra cima e sendo fuzilado pelos irmãos com olhares.
– Não precisamos chegar aqui arrumando confusão e chamando a atenção – alertou Freddie.
– Vocês são do Icarly! - disse uma moça empolgada, aparentando algo em torno de 30 anos.
– Tarde demais – comentou Sam.
Em pouco tempo, fãs de ICarly cercavam Sam e Freddie e pediam fotos, alguns repetiam: Seddie! Muitos falavam coisas em português que o casal não entendia, mas sorria em retribuição.
A família pegou um táxi e Freddie foi filmando a cidade. Todos estavam encantados com o que viam.
– Aqui tem tanto sol, é diferente de Seattle que tá sempre nublado – observou Isabelle.
– Chegamos ao hotel – anunciou Freddie, fitando o Copacabana Palace.
Assim que entraram, Sam percebeu todo o luxo e comentou:
– Não acredito que o mão de vaca resolveu abrir a mão e bancar esse hotel chique.
– Minha família merece e agora o papai tá montado na grana – falou Freddie, orgulhoso.
Depois de se acomodarem numa suíte com um quarto conjugado para as crianças, a família saiu para conhecer a cidade e visitar os principais pontos turísticos.
No Pão de Açúcar, Isabelle ficou decepcionada:
– Pensei que fosse de comer, mas é só um morro.
– Está com fome princesa? - perguntou Freddie.
– Eu sempre estou.
– Eu também – falou Sam.
– Está bem, vamos resolver o problema das minhas esfomeadas e depois continuamos o passeio.
Nos dias que passaram no Rio de Janeiro conheceram o Corcovado, o Teatro Municipal, o morro da Urca, o Jardim Botânico, o Arpoador, o Maracanã, as praias de Ipanema, Copacabana e Leblon e o Palácio do Catete.
No último dia na cidade, Freddie acordou Sam, muito animado:
– Bom dia amorzinho! Nosso último dia na cidade maravilhosa, temos que aproveitar...
– Fica quieto nerd, me deixa dormir. Não aguento mais bater perna nessa cidade, tô exausta. Pensei que férias fosse pra descansar e não para se cansar.
– Hoje podemos ficar na cama até mais tarde, o que acha?
– A ideia mais brilhante que você já teve.
– Mas, não precisamos dormir – falou o moreno beijando o pescoço da loira.
Sam o empurrou, dizendo:
– Que parte do eu quero dormir você não entendeu?
– Não faz assim Rainha Benson. Pensei que você gostasse de fazer amor em lugares diferentes tanto quanto eu.
– Eu gosto.
– Então... Ainda não fizemos amor no Brasil e já vamos embora hoje... vamos perder essa oportunidade?
– Mas e as crianças?
– Estão no quarto ao lado, com a porta fechada, ferradas no sono. É só não fazermos muito barulho.
– Não sei não...
Freddie tomou os lábios de Sam e logo os amassos começaram. Quando ele estava abaixando a alça da camisola dela e concentrado nos chupões no pescoço, ambos ouviram um grito.
– Aahhh! Que horror! - era Isabelle, tampando os olhos – Eu vou ficar traumatizada pro resto da vida! Nenhum filho merece ver os pais fazendo isso.
– Ainda não estávamos fazendo nada, íamos fazer, mas você atrapalhou – disse Sam.
– Sam! - ralhou Freddie, envergonhado, puxando um travesseiro para esconder a sua animação, enquanto tentava se recompor perante a filha.
– O que você quer? Por que não está dormindo? - perguntou Sam, sem paciência.
– Eu quero comprar presentes antes de voltarmos para Seattle.
– Pra quem? - perguntou Sam.
– Para as minhas avós, para a minha madrinha, para a Alison e para o Cris.
– Ah, para o Cris – disse Sam, entendendo o espírito da coisa.
– Quando ele viajou com a dinda pra Yákima ele me trouxe um ursinho de pelúcia e eu não quero ficar devendo nada pra ele – desculpou-se Isabelle.
– Sei – falou Sam, desconfiada.
– Podemos ver isso depois do almoço, está bem princesa? - perguntou Freddie.
– Tá bom. Eu vou voltar para o meu quarto, mas já aviso: estou acordada, então comportem-se.
– Que língua afiada que tem essa menina – observou Sam.
– Será que ela puxou a mamãe? - perguntou Freddie, rindo e recebendo um tapa da esposa no braço.
A família almoçou no restaurante do hotel e partiu para o shopping. Olhavam vitrines, enquanto caminhavam pelos corredores quando Freddie empalideceu e Sam percebeu:
– O que você tem bebê? Está passando mal? Deve ser esse calor!
– Sam, eu vi, é ele... - respondeu Freddie olhando fixamente em direção à saída do banheiro masculino.
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