Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 157
Cuidado com a bebedeira


Notas iniciais do capítulo

Imagino que esse capítulo vai render risadas aos leitores



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– Nada amor – respondeu Freddie, fechando rapidamente o notebook.

– Pensa que eu sou cega né? - perguntou Sam, puxando bruscamente o notebook das mãos do marido e abrindo-o.

– Tem senha né? - cochichou Gibby para Freddie.

– Sam ama frango frito – disse Sam, digitando a senha – Muito óbvia. Entrou! Muito bonito, fotos da Tasha pelada.

– Droga! - falaram Freddie e Gibby ao mesmo tempo.

– Nós encontramos essas fotos sem querer – explicou Freddie.

– É verdade – confirmou Gibby.

– Pensam que sou otária?! - jogando o notebook contra Freddie, batendo na barriga dele e fazendo-o soltar um gemido de dor.

Sam agarrou Freddie pela gola e disse:

– Se não está satisfeito com o que tem em casa, pode ir procurar outra na rua e não volte mais – empurrando-o para fora do quarto.

– Eu tô muito satisfeito com o que tenho em casa. Sam, deixe-me explicar – implorou Freddie.

A loira abriu a porta, depois arrastou Freddie para fora e fechou a porta na cara dele, sob protestos do moreno.

Gibby ficou parado na sala, assustado e Sam falou:

– Saia também ou quer que eu te coloque pra fora como fiz com Freddie? Bem que você tá merecendo pelo o que fez pra minha amiga.

– Gibby! - disse o rapaz, correndo para fora.

As crianças assistiram à cena assustadas. Isabelle se manifestou:

– Por que fez isso com o meu pai? Tadinho dele. Você é má!

– Não se meta Isabelle! Eu tive os meus motivos – disse Sam, ainda raivosa, indo para o seu quarto, onde pegou um taco de beisebol no armário e começou a destruir o notebook de Freddie para descontar a raiva.

No dia seguinte, Sam e Carly conversavam no apartamento 8C, sentadas no sofá, quando começaram a ouvir uma cantoria vinda da janela.

Freddie e Gibby cantavam, um pouco desafinados e dessincronizados, em cima de um andaime:

"Não tive intenção de te fazer triste

às vezes também erro

Peço desculpas

Mas todo mundo faz besteira

Eu sou apenas mais um

Que está tentando melhorar

Não sou perfeito

Nos últimos minutos

Só penso em me redimir

Mas não dói

Não custa nada

Um dia a gente ainda vai se entender

Se você me perdoar"

Sam correu para a cozinha e Carly foi atrás.

– O que vai fazer? - perguntou a morena.

– Pega esse balde amiga, o outro é meu, vamos encher.

As duas voltaram com os baldes cheios, abriram a janela e jogaram água em Freddie e Gibby.

Molhados, ainda cantaram:

"Pedindo perdão

Eu vou continuar

Nem que eu tenha que chorar

Chorar

Chorar

Chorar"

Freddie e Gibby continuaram a executar o plano para o perdão. Compraram flores e enviaram às esposas.

Isabelle recebeu o buquê enviado pelo pai e foi levar para a mãe no quarto dela:

– Olha que flores lindas o papai mandou pra você! Rosas vermelhas! A cor da paixão.

– Ele pensa que eu sou defunta pra mandar flor? Joga fora.

– Mas mamãe...

– Mas nada! Joga fora!

Isabelle saiu contrariada.

No apartamento 8C, Cris recebeu as flores e levou para Carly na cozinha:

– O papai mandou isso pra você mamãe – mostrando o buquê de rosas vermelhas.

– Eu tenho alergia a flores, jogue fora.

– Mas eu posso colocar num vaso e...

– Jogue fora! - gritou Carly.

Cris obedeceu rapidamente.

Freddie soube por Isabelle da reação de Sam e Gibby soube da reação de Carly por Cris.

Freddie e Gibby foram para o bar.

– É, não adianta cara... elas não querem mais saber da gente – observou Gibby.

– Nem me fale. Eu sei que a Sam é ciumenta, mas ela exagerou – falou Freddie.

Gibby começou a cantarolar:

– "E pra matar a tristeza só mesa de bar, quero tomar todas vou me embriagar, e se eu pegar no sono, me deite no chão" – virando um copo de cachaça.

Freddie também virou seu copo e não demorou muito para começar a cantar:

– "Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer aquela ingrata que eu amava e que me abandonou".

Duas moças sentaram-se à mesa.

– Os rapazes querem companhia? - perguntou uma loira.

– Parecem tão sozinhos – disse uma morena.

– Sam! - disse Freddie sorrindo em direção à loira, que só via embaçada.

– Carly! - falou Gibby olhando para a morena com a visão turva.

– Você é muito gato – elogiou a loira, passando a mão no rosto de Freddie e sentindo os pelos grossos da barba curta dele.

Freddie pegou a mão dela e a beijou, depois aproximou-se do pescoço da moça com a intenção de dar um beijo, mas desconfiou:

– Você não é a Sam! É uma impostora! Você não tem o cheiro dela!

– Quem é Sam? - perguntou a loira sem entender.

– O amor da minha vida – respondeu Freddie, levantando-se cambaleante e puxando Gibby – Vamos amigo, são impostoras, não são as nossas garotas.

Os dois foram caminhando para o Bushwell apoiando-se um no outro. Bateram à porta de Carly, onde Sam também estava. Eles entraram cantarolando:

"Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir

Tenho muito pra contar, dizer que aprendi

E na vida a gente tem que entender

Que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri

Mas quem sofre sempre tem que procurar

Pelo menos vir achar razão para viver

Ver na vida algum motivo pra sonhar

Ter um sonho todo azul

Azul da cor do mar".

– Azul da cor dos seus olhos Sam! Eu te amo – disse Freddie praticamente se despencando em cima de Sam.

Ela o colocou praticamente desmaiado no sofá.

– Carly, você precisa me perdoar e acreditar que eu te amo. Eu não sei viver sem você. Me aceita de volta – pediu Gibby, com a língua pesada, abraçando Carly.

– Sai pra lá com esse bafo de cachaça! - falou Carly, empurrando-o, fazendo Gibby cair sentado no chão, onde ele encostou-se no sofá, no qual Freddie já dormia, e adormeceu também.

Sam levantou Gibby do chão e o acamodou no sofá ao lado de Freddie.

– Por que tirou ele do chão? Deveria ter deixado ele lá que é o lugar dele! - falou Carly.

– Eu tive uma ideia. Me ajuda. Tira a roupa do Gibby – falou Sam, começando a tirar a roupa de Freddie.

– Por que? O que está fazendo?

– Confia em mim, vai ser engraçado.

As duas despiram Gibby e Freddie, deixando-os apenas de cueca dormindo juntos sobre o sofá.

– Sam, você não presta – observou Carly, enquanto subia as escadas na companhia da amiga, que apenas riu da travessura.

Na manhã seguinte, os raios de sol começaram a iluminar a sala do apartamento 8C.

Freddie e Gibby acordaram, olharam um para o outro e gritaram:

– Aaahhh!!!!

Sam e Carly desceram correndo, já rindo.

– O que aconteceu? Vocês passaram a noite juntos? - perguntou Sam, segurando o riso.

– Claro que não! - falaram os dois ao mesmo tempo.

– E por que estão sem roupas? - peguntou Carly, entrando na onda de Sam.

– Nós bebemos muito e... - começou a se justificar Freddie.

– E descobriram que são gays – completou Sam.

– Não!!! - gritaram Freddie e Gibby ao mesmo tempo, em pânico.

– Não fizemos nada, só dormimos assim, bêbados, né Freddie? - perguntou Gibby.

– Eu não me lembro Gibby, mas tenho certeza de que só dormimos. Não tenho dúvidas da minhas masculinidade.

– Nem eu!

– Eu não teria tanta certeza. Como é que diz aquele ditado sobre alguma coisa de bêbado que não tem dono? - ironizou Sam.

– Não aconteceu nada! - falou Freddie, categórico – Cadê as minhas roupas?

– Jogadas atrás do sofá – respondeu Carly, recolhendo uma calça jeans.

– Devem ter atirado tudo no calor do momento – provocou Sam – Mas, não fiquem envergonhados. Vocês não têm mais nada comigo e com a Carly, desejamos felicidades ao novo casal, né Carly?

– Com certeza, não temos o menor preconceito.

Os dois apressavam-se a se vestir.

– Não somos um casal! - defendeu-se Freddie.

– Não mesmo – concordou Gibby.

– O novo casal de Icarly: Fribby – disse Sam, rindo.

– Também pode ser Giddie – propôs Carly, também rindo.

– Podemos fazer uma votação no site do Icarly, o que acham rapazes? - perguntou Sam.

– Nem pense nisso Sam! Pense que sou o pai dos seus filhos antes de me ridicularizar na internet – falou Freddie.

– E eu dos seus, Carly – disse Gibby.

– Qual é pessoal? Século XXI, abram essa cabeça. Aceitem-se de uma vez, saiam do armário e sejam felizes – falou Sam.

Os dois saíram vermelhos de vergonha e de raiva. Sam e Carly sentaram-se no sofá, rindo de doer a barriga e sair lágrimas dos olhos.

– Sam, sua vingança foi demais! Parabéns! - elogiou Carly.

– Estamos vingadas, bate aqui amiga.

As duas bateram as mãos em gesto de comemoração.

Freddie e Gibby pararam de insistir com Sam e Carly, até mesmo deixaram de se falar entre eles. Todas as noites antes de dormir pensavam se realmente poderia ter acontecido algo naquela noite da bebedeira, mas afastavam esse pensamento reafirmando mentalmente que não eram gays e que não fariam isso.

Os dois foram levar as crianças para passear no final de semana. Gibby tinha deixado até mesmo Mabel com Carly, a pedido da menina. Mas, mal falaram com Sam e Carly, pois se sentiam envergonhados.

Freddie voltou tarde com as crianças sonolentas. Colocou os pequenos na cama e estava de saída quando viu Sam cochilando no sofá. Aproximou-se dela, aspirou seu perfume, encostando o nariz no pescoço dela.

– Sai fora Benson! Gibby vai ficar com ciúme – falou Sam, sentando-se no sofá.

– Para com isso Sam! Eu não sou gay! Eu sinto desejo por mulher, por uma mulher que me enlouquece em todos os sentidos e que está bem aqui na minha frente – tomando os lábios dela num beijo cheio de desejo.

Enquanto isso no apartamento 8C, Gibby entregou Sophie adormecida para Carly, deu beijo de boa noite em Cris e em Mabel e informou à Carly:

– Eu tomei uma decisão Carly, vou sair definitivamente da sua vida. Embarco para Los Angeles amanhã às 8h. Tenho amigos lá que podem me ajudar a começar uma vida longe de você. Já entendi que não me quer de volta e eu preciso me afastar, porque te ver sempre e não poder te ter comigo doi demais.

– Faça o que quiser Gibby, eu não tô nem aí.

– Triste que nossa história tenha acabado assim.

– Por que você quis.

Gibby suspirou, fitou mais uma vez aqueles olhos castanhos que tanto amava, mas que o fitavam de volta cheios de ódio, e saiu.




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