Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 156
O fim de Cibby?




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– Carly, eu e o Gibby nos beijamos! - contou Tasha, fazendo todos os presentes soltarem exclamações de surpresa.

– Isso é verdade Gibby? - perguntou Carly, ao marido, com um olhar assassino.

– Eee-uu pos-so explicar – respondeu Gibby, nervoso.

Foi a vez de Jonah entrar em ação:

– Isso deve ser mais uma armação sua Tasha. Você é a rainha das armações!

Sam perguntou:

– Vocês se conhecem?

– Sim – respondeu Jonah – Fui casado com essa golpista.

– Golpista é você, que levou todo o meu dinheiro! - defendeu-se Tasha.

– Aquele dinheiro era meu. Fui eu que consegui pra você fazer aquele ensaio fotográfico sem roupa e você prometeu me dar a metade.

– Quem fez o ensaio fui eu, não tinha que te dar nada.

Um dos policiais se aproximou:

– A senhora está presa – algemando Tasha.

– Tirar foto pelada agora é crime? - indagou Sam.

– Ela está sendo presa pelo crime de ameaça contra o senhor Jonah – explicou o policial.

– Essa vaca tava me perseguindo com mensagens intimidadoras – contou Jonah.

– Eu também tenho uma queixa contra ele, por furto! - gritou Tasha, enquanto o policial a arrastava para fora.

Jonah foi atrás, rindo da situação.

Gibby disse à Carly:

– Foi tudo armação da Tasha...

– Não fala mais comigo! - disse Carly, afastando-se.

As crianças voltaram a brincar, mas os adultos não paravam de comentar o ocorrido.

Júnior foi até a mesa de Spencer e Audrey, vindo da piscina de bolinhas:

– Quero fazer pipi.

– Por que está sem camisa? Vai pegar um resfriado – observou Audrey.

– Aqui dentro tá quente – respondeu o garoto.

– Tá parecendo o seu padrinho que adorava ficar sem camisa quando era mais jovem. Por falar nele, acho que é hoje que a Carly o mata – comentou Spencer.

– Deixa a fofoca pra depois, leva seu filho ao banheiro – mandou Audrey.

– Claro, amor – concordou Spencer, levando o filho pela mão.

– E acha a camisa dele! - gritou Audrey, tendo Spencer feito sinal afimativo com a mão.

A festa terminou. Gibby tentou falar com Carly mais algumas vezes, sendo ignorado em todas as tentativas. Ele permaneceu no restaurante arrumando tudo.

Carly voltou para o Bushwell e levou as crianças para o apartamento de Sam e Freddie.

– Preciso que cuidem deles um pouco, tenho algo a resolver – explicou Carly, enquanto entregava Sophie para Sam.

– Amiga, eu entendo sua raiva, mas melhor respirar e ficar calma, homicídio ainda é crime – falou Sam, ajeitando a afilhada em seus braços.

– Você entende a minha raiva, mas não me contou nada. Você sabia de tudo né Sam? Por isso perguntou se eu realmente confiava no Gibby. Como soube? Por que não me contou? Pensei que fosse a minha melhor amiga.

– Quem descobriu foi o Freddie – respondeu Sam, apontando para o marido.

– Carly, eu não queria te ver magoada, como está agora – justificou o moreno.

– Não sou tão frágil quanto vocês pensam – disse Carly, com um olhar tenebroso, deixando o local.

Cris, Isabelle e Mabel assistiam a um filme no quarto da menina. Isabelle percebeu o abatimento do amigo e indagou:

– Comeu comida estragada na festa Cris?

– Me deixa em paz Belinha, hoje eu não tô de boa pra essas suas brincadeiras sem graça.

– Será que vocês podem ficar quietos ou ir brigar em outro lugar? Eu quero ver o filme – pediu Mabel.

– Tá, desculpa Bel – falou Cris – Vou à cozinha perguntar pra sua mãe se tem pipoca Belinha.

– Claro que tem, isso nunca falta aqui em casa. Vou com você.

Na cozinha, Cris falou:

– Quer mesmo saber por que estou triste?

– Não me interessa nem um pouco, mas se quiser contar, posso fazer um sacrifício e te ouvir, embora eu não me importe com você.

– Acho que meus pais vão se separar.

– Você acha? Eu tenho certeza. Ouvi o que aquela piriguete falou na festa da sua irmã. Seu pai a beijou.

– Tenho medo de que a nossa famíia acabe. Não sei como vai ser se meu pai e a Mabel forem embora. Não falei isso lá no quarto na frente dela, porque não quero que ela também fiquei triste. Mabel é sensível como uma boneca de porcelana, que se quebra se você deixar cair no chão. Quando eu estou por perto posso protegê-la.

– Puxa, você gosta mesmo da Mabel – observou Isabelle.

– Muito.

– Vamos fazer a pipoca de uma vez – disse Isabelle, pegando o pacote no armário e colocando no microondas.

Gibby terminou de arrumar tudo no restaurante e se preparou para voltar pra casa, sabia que estava na hora de enfrentar a fúria de Carly. Sentia-se suando assim que entrou no elevador do Bushwell. Abriu a porta do apartamento 8C esperando algo ser arremessado na sua direção, mas nada veio.

Carly estava sentada no sofá, olhando para a televisão desligada.

– Acho que precisa ligar a televisão para assistir, amorzinho – disse Gibby, lembrando-se de algo que Carly lhe disse em certa ocasião.

– Suas malas estão prontas. Pode pegar e ir embora, para sempre – falou Carly, sem fitá-lo, apontando para malas ao lado da mesa de centro.

– Não faça isso Carly. Eu te amo. Foi o seu amor que me deu forças pra recomeçar a minha vida depois que a Melanie me deixou. Foi com você que eu descobri o que é ser feliz de verdade.

– Vá procurar a Tasha na cadeia. Ela pode te fazer feliz agora que eu tô te deixando. Você já queria estar com ela mesmo.

– Não, eu nunca quis estar com a Tasha. Na verdade eu quis sim, quando eu era adolescente, mas isso já faz muito tempo. A única mulher com a qual eu quero estar agora é você!

– Vocês se beijaram! Ela disse isso com todas as letras pra quem quisesse ouvir, no meio da festa de um ano da nossa filha. Como acha que eu me senti? Agora toda a nossa família e todos os nossos amigos sabem que eu sou uma corna!

– Você não é. Foi a Tasha que me beijou!

– E você correspondeu?

– Eu fiquei sem reação, foi de repente.

– Chega Gibby! Eu não sou idiota. Pega suas coisas e some da minha vida.

– Está sendo injusta Carly – falou Gibby, pegando suas malas e abrindo a porta, olhando mais uma vez para Carly, que não o fitava.

Carly caiu em prantos assim que ele fechou a porta. Coronel Shay chegava com Pamela e foi abraçar a filha:

– Não fica assim xereta, isso corta o meu coração. Não chore por quem não merece. Traidores não merecem que uma lágrima sequer seja derramada por eles. É uma pena quando levamos uma vida inteira pra entender isso.

– Chora não menina! - disse Pamela – Você é jovem, bonitona. Sacode a poeira, aumenta o decote e vai à luta que você arruma coisa bem melhor que o gordinho num estalar de dedos.

– Eu tô muito cansada pra isso – respondeu Carly, subindo para o seu quarto.

Já era noite. Coronel Shay e Pamela foram jantar fora. Convidaram Carly, mas ela não quis ir. Spencer havia ligado várias vezes para saber da irmã e perguntando se queria a sua companhia, mas Carly afirmou querer ficar sozinha.

A campainha tocou, mas Carly não quis abrir. Estava deprimida demais e sem vontade de levantar da cama. Sam não teve dificuldade de abrir a porta com um grampo e em pouco tempo estava diante da amiga com Sophie no colo.

– Sei que está deprimida, mas sua filha precisa de você. Sophie quer mamar – entregando a pequena para a mãe.

Carly sentou-se na cama, abriu a blusa e amamentou a filha, comentando:

– Ela ainda não dorme sem mamar.

– E você nem se lembrou disso, porque estava ocupada demais sofrendo pelo gordinho traidor.

– Você conhece essa dor né Sam? Já passou por isso. E eu fui a pior amiga do mundo, porque em vez de eu te ajudar, fiquei com o seu marido. Eu mereço mesmo tudo isso que estou passando. Eu fui uma traidora, eu te fiz sofrer e agora tô pagando por isso.

– Não seja tão dramática Carly. Para de ficar revirando o passado ou se atribuindo a culpa da traição do Gibby. Ele foi um safado. Ponto. Ainda vai encontrar um cara legal que mereça a mulher incrível que você é.

– Eu pensei que esse cara legal era o Gibby. Depois de tanto sofrimento com o Brad, ele parecia ser o cara certo. Mas, eu me enganei de novo. Eu não devo merecer ser feliz no amor. Dois casamentos fracassados não é pra qualquer uma. Eu devo ter algo de muito errado.

– Tem mesmo. Você tem mania de se menosprezar. Seus casamentos não deram certo porque casou com os caras errados. Paciência. Acontece. Vá para a terceira tentativa. Não desista nunca de ser feliz.

– Eu não tenho nem trinta anos e já me separei duas vezes. O que vão falar?

– Ninguém tem nada com a sua vida, nem precisa sacrificar sua felicidade por causa dos outros.

– Mas, por enquanto, estou com vergonha. Todos na festa sabem que sou corna.

– Quem nunca levou chifre, pelo menos em pesamento do companheiro, que atire a primeira pedra.

– Ah Sam, só você pra me fazer rir no meio de uma tragédia.

– Não tem que se enevergonhar de nada. Quem fez algo vergonhoso foi o Gibby.

– É, acho que você tem razão.

– A mamãe sempre tem razão. Quer que eu durma aqui com você hoje?

– Só se você fizer brigadeiro.

– Uma panela bem grande, porque você tá precisando.

– E eu tô tão deprimida que nem ligo de ficar gorda.

– Para de besteira Carls. Vive de dieta não sei por que, sempre foi magra – falou Sam, saindo do quarto para ir fazer o brigadeiro.

Freddie tentava manter a ordem com Isabelle, Cris, Mabel, Eddie e Nick brigando e alterando a voz durante um jogo de Uno, quando ouviu a campainha. Era Gibby:

– Será que a gente pode conversar cara?

– Claro – respondeu Freddie sem deixar de reparar no abatimento do amigo – Vamos até o meu quarto.

Gibby e Freddie sentaram-se na beirada da cama de casal e o gordinho começou a falar, chorando:

– A Carly me mandou embora.

– Não é pra menos Gibby. Como pode traí-la com a Tasha?

– Eu não fiz isso.

– Gibby, eu vi vocês se beijando.

– Ela me beijou!

– Mas você parecia estar correspondendo.

– Ela me pegou de surpresa. Tasha é uma mulher bonita. Nunca teve vontade de beijar uma mulher bonita mesmo amando a Sam?

– Não fiz isso enquanto eu tinha compromisso com ela – defendeu-se Freddie.

– Eu me deixei levar pelo beijo nos primeiros segundos, confesso, mas interrompi logo em seguida, talvez você não estivesse mais olhando. Eu expliquei à Tasha que amo a Carly e que não iria traí-la. Nós estávamos discutindo sobre isso, porque Tasha não queria aceitar, quando você entrou dizendo que Carly estava subindo.

– Eu senti mesmo uma tensão no ar.

– Precisa me ajudar a convencer a Carly a me perdoar.

– Nada que eu falar pra ela agora vai resolver. Conheço a Carly desde criança, quando ela se magoa não perdoa fácil. Uma vez ela brigou tão feio com a Sam que as duas tiveram que quase despencar de um andaime para fazer as pazes.

– Tá dizendo que talvez eu devesse subir num andaime pra ela me perdoar?

– Claro que não. Tô dizendo que só se algo muito forte acontecesse poderia fazer a Carly te perdoar.

– Como eu me jogar na frente de um ônibus?

– Não Gibby! - falou Freddie, batendo na testa - Talvez só se ela ouvisse da boca da própria Tasha que ela te beijou e que você não quis nada com ela.

– Mas ela tá presa.

– Podemos descobrir para que cadeia ela foi levada, talvez com uma busca na internet.

Freddie pegou o leptop e perguntou:

– Sabe o nome completo da Tasha?

– É Tasha Smith.

O moreno colocou o nome dela na busca e se surpreendeu, exclamando:

– Uou!

– O que foi?

– Tem várias fotos da Tasha nua na internet – virando o notebook para Gibby.

– Uou mesmo!

– Nada mal!

Os dois estavam vidrados na tela do notebook, que estava virada para a porta, quando Sam entrou:

– O que estão vendo aí?!


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