Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 158
Viúva?




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Sam correspondeu ao beijo de Freddie e logo estava praticamente pulando no colo dele e deixando-se levar para a suíte do casal nos braços fortes do moreno.

Freddie a jogou na cama e logo estava por cima dela, recomeçando um beijo cheio de paixão, que passou da boca para o pescoço e foi descendo a cada botão que ele abria da camisa dela para tocar o corpo alvo e quente de Sam. Ela interrompeu o que ele fazia, inverteu as posições e logo saiu da cama, permanecendo parada diante de Freddie, dizendo:

– Você quer ver mulher pelada? Então olha pra cá – começando a tirar a blusa lentamente, girando-a no ar e atirando em cima de Freddie, que pegou a peça de roupa e cheirou.

– Muy bien, sigue siendo mi hermosa.

– Si te gusta eso? - perguntou Sam, tirando a calça jeans de forma sensual, requebrando os quadris e deslizando a peça nas suas pernas bem torneadas, empurrando Freddie na cama com um chute.

Freddie segurou a perna de Sam e começou a beijar, mas ela empurrou com força:

– Dejé que me tocas?

– No seas mala.

– Así que ser un buen chico.

Sam continuou sua brincadeira, soltando o sutiã.

– Tira! Tira! - pediu Freddie.

Sam fechou novamente o sutiã.

– Você tá sendo uma menina muito má Sam – reclamou Freddie.

Sam deu um sorriso que pareceu muito sensual a Freddie e tirou o sutiã de uma vez, atirando em cima dele.

– Agora já chega sua diabinha, você já me deixou louco – puxando a esposa para si sobre a cama, beijando-a e invertendo as posições para estar no comando, recomçando uma trilha de beijos.

Logo Freddie se livrou da última peça de roupa dela e todas as suas próprias roupas e consumou o ato de amor.

Amanheceu em Seattle, Freddie acordou primeiro e ficou observando Sam dormir. Ela parecia um anjo devido a sua expressão serena, seus cabelos loiros espalhados no travesseiro e sua pela rosada. Então ele pensou: "Quando ela acordar vai virar uma diaba de novo e é capaz de acordar querendo me bater, dizendo que eu me aproveitei dela como da outra vez".

Sam despertou e abriu os olhos. Freddie instintivamente protegeu-se com as mãos e ela riu:

– O que é isso bebê? Teve pesadelo de que alguém tava te atacando.

– Só me dê um minuto para eu recolher as minhas roupas e eu já estou de saída.

– Tem compromisso hoje cedo? Pensei que ia querer tomar café da manhã comigo e com os nossos filhos.

– Você tá falando sério? Não vai me bater, nem me expulsar?

– Não.

– Isso quer dizer que a gente voltou?

– Como você é lerdo nerd. Será que vou ter que desenhar?

– Isso é bom demais! - falou Freddie, envolvendo Sam num abraço em comemoração.

– Mas, espero que tenha aprendido a lição. Quando quiser ver mulher pelada, já sabe onde encontrar.

– Com um mulherão como você eu não tenho motivo nenhum pra olhar pro lado.

– Como você é falso, mas vou fingir que acredito.

Os dois se beijaram.

Pouco tempo depois, Sam preparava o café da manhã na cozinha quando as crianças acordaram e foram até lá.

Isabelle estava sonolenta, como em todas as manhãs. Edward olhava para o seu Ipad concentrado, enquanto Nicolas usava um elástico para provocar Bolinha atirando cereal no cachorro, que, a princípio assustava-se e encolhia a cauda correndo, mas depois acabava por comer o cereal.

Freddie entrou na cozinha e surpreendeu os filhos.

– Papai! - falou Eddie, largando o IPad e correndo para abraçá-lo.

– Você dormiu aqui? Com a mamãe? - perguntou Isabelle empolgada com a ideia de reconciliação.

– Você não vai mais embora? - perguntou Nicolas com medo de que o pai estivesse apenas vistando.

– Eu dormi aqui com a mamãe e não vou mais embora – respondeu Freddie.

– Yey! - comemoraram as três crianças colocando os braços para cima.

– Eu sei um jeito ótimo de comemorar a sua volta amorzinho – disse Sam.

– Lá vem... tá amor, qual é a bomba?

– Hoje a louça é toda sua.

– Faço isso com prazer – respondeu Freddie sentando-a numa cadeira e puxando Sam para o seu colo. Os dois começaram um beijo longo, que fez as crianças saírem de fino da cozinha.

Enquanto isso, no aeroporto de Seattle, Gibby olhava em volta na esperança de ver Carly, mas nem sinal. Ele ouviu a primeira chamada de seu vôo, mas nem se mexeu, pois queria esperar por ela mais um pouco. Ao ouvir a última chamada do vôo, Gibby levantou-se com a certeza de que era definitivo, Carly não o queria mais. Pegou sua grande mala vermelha de rodinhas e encaminhou-se ao portão de embarque.

No apartamento 8C, Cris perguntou à Carly:

– Por que deixou o papai ir embora?

– Ele me magoou muito.

– Eu sei que ele fez coisa errada, mas você podia perdoar, porque assim seríamos uma família feliz de novo.

– Tem coisas que são imperdoáveis Cris.

Chegou a hora do almoço. Carly e Freddie foram ao Gibby's, no qual Sam encontrava-se bastante atarefada, já que teria que dar conta de tudo sem Gibby. De repente o noticiário começou a anunciar um acidente aéreo de um vôo que havia saído de Seattle com destinho a Los Angeles às 8h daquela manhã. O avião teria caído no mar e não havia notícias de sobreviventes.

Carly gritou:

– Isso não pode ser verdade?! - levantando-se da mesa.

– O que houve Carly? - perguntou Freddie preocupado.

– O Gibby não morreu! Diz pra mim que o Gibby não morreu! Por favor Freddie! - começou a gritar Carly, descontroladamente.

Freddie sacudiu a amiga:

– Para com isso Carly – balançando-a pelos ombros.

Carly começou a chorar e abraçou Freddie:

– Ele tava naquele avião que caiu no mar.

– Ainda nem foi divulgada a lista de passageiros, ele pode ter embarcado em outro.

– Na mesma hora e com o mesmo destino?! Você é lerdo né Freddie?

– Tá bom... vou tentar não levar para o lado pessoal, porque a Sam me disse a mesma coisa hoje cedo...

Sam apareceu e preocupou-se ao ver o desespero da amiga.

– O que aconteceu Carlynha?

– O Gibby morreu! - respondeu Carly, caindo em prantos e abraçando Sam – Por minha culpa. Se eu tivesse aceitado ele de volta como ele queria nada disso teria acontecido.

– Do que está falando? Exagerou no calmantes?

– A Carly acha que o avião em que ele estava caiu no mar – explicou Freddie.

– Eu não acho, ele estava... Shii – disse Carly, pedindo silêncio – vão anunciar a lista de passageiros.

O repórter começou a falar os nomes, já estava quase terminando, quando Freddie falou:

– Viu Carly? O Gibby não estava no avião.

– E Oriental Cornelius Gibson – anunciou o repórter, concluindo a lista.

Carly sentiu as pernas bambas e se sentou, chorando de soluçar:

– Ele se foi pra sempre! Eu tava com raiva, mas eu o amo! E nunca mais vou vê-lo! Isso doi tanto – segurando o peito.

Sam e Freddie abraçaram Carly sem saber o que dizer.

Os dias passaram e poucos corpos foram encontrados no mar, nem sinal do corpo de Gibby.

Carly não quis alarmar as crianças e afirmava que as equipes de resgate iriam encontrar Gibby vivo em algum lugar e que logo ele estaria de volta. Sophie não tinha idade para entender o que acontecia e Mabel acreditava na madrasta, mas Cris sabia que o pai não voltaria.

As buscas foram dadas por encerradas. Carly resolveu fazer uma cerimônia simbólica de despedida para Gibby numa igreja. Ela se vestiu de preto, bem como as crianças e recebeu familiares e amigos.

Durante a missa, Sam ficou ao lado de Carly e a morena apertava a mão da loira, segurando soluços de um choro abafado.

– Sabe o que mais me doi Sam? - perguntou Carly.

– Não amiga.

– Ele ter morrido pensando que eu não o amo. E nem o corpo dele eu pude enterrar, nem pude me despedir dele.

– Você está fazendo isso agora Carlynha – falou Sam, abraçando-a.

Cris levantou-se e saiu da igreja. Isabelle percebeu e foi atrás.

– Eu quero ficar sozinho Belinha – falou Cris, quando percebeu a aproximação da menina.

– Cris, eu sei que você está sofrendo...

– E deve estar se divertindo muito com isso.

– Claro que não.

– Vai fazer mais uma de suas brincadeiras crueis com a minha desgraça?

– Eu jamais faria isso, você acabou de perder seu pai. Acha que eu sou um monstro?

– Quer mesmo que eu te responda?

– Eu só vou tolerar essa sua grosseria porque sei que isso tudo é muito difícil pra você.

– Você não sabe não! Seu pai está vivo! - falou Cris com revolta, já sem segurar as lágrimas.

Isabelle o abraçou e ele conseguiu desabafar:

– Eu não queria chorar na frente da minha mãe e das minhas irmãs. Eu tenho que ser forte agora, porque sou o homem da casa. Eu tenho que cuidar delas, proteger...

– Você é só um garoto Cris e tem todo o direito de sofrer tanto quanto elas, isso não faz de você fraco. Você sempre quer proteger todo mundo, mas se esquece de si próprio.

Cris deixou mais lágrimas rolarem, enquanto era envolvido no abraço de Isabelle, até que ele se distanciou da menina, secou as lágrimas e disse:

– Não conte a ninguém que me viu assim.

– Será o nosso segredinho – concordou Isabelle, estendendo a mão para Cris.

Cris segurou a mão de Isabelle e os dois voltaram juntos para a igreja.

Poucos dias depois, Melanie resolveu levar Mabel consigo para Cambridge. Carly estava deprimida demais para se opor e a própria menina concordou.

Cris ficou abalado com a notícia. Não teve vontade nem mesmo de se despedir da menina. Ele estava calado, no seu quarto, olhando o movimento da rua pela janela, quando Mabel entrou:

– Você não vai me dar tchau Cris?

– Eu não queria ter que fazer isso. Não queria que fosse embora.

– Carly não é a minha mãe e meu pai morreu – falou Mabel olhando para cima como se pudesse encontrar o pai naquela direção.

Não demorou para a menina começar a chorar.

– Não fica assim – disse Cris, abraçando Mabel – Promete que vem sempre me visitar? E que nunca vai me esquecer?

– Eu jamais esqueceria você Cris. Sabe o que eu sonhei uma noite dessas?

– O que?

– Que nós já tínhamos crescido e que eu tava vestida de noiva pra me casar com você.

Cris riu:

– Isso nunca vai aconteceu Mabel. Nós somos irmãos.

– Nós não somos irmãos! - gritou Mabel, contrariada – Adeus Cris! - saindo do quarto.

Algum tempo depois, Carly admirava Sophie que havia começado a andar pouco tempo após completar um ano e que agora já corria pelo apartamento dando risadas. Sophie passou a ser a luz em meio à escuridão para Carly. Mas, a cada evolução da menina, ela sentia vontade de chorar ao se lembrar que Gibby não veria a filha crescer.

A campainha tocou e Cris abriu:

– Oi Belinha, já tá com saudade de mim?

– Sonha mané – respondeu a menina, empurrando o garoto e entrando no apartamento, seguida por Sam.

– Como você tá Carls? - perguntu Sam, sentando-se ao lado da amiga no sofá da sala.

– Repirando – respondeu Carly sem animação.

– Que bom, nunca se esqueça de respirar, é importante – brincou Sam.

– Dinda, vim te convidar para a minha festa de aniversário. Vou fazer 11 anos e vai ser festa a fantasia... - falou Isabelle.

– Não se esqueça de mencionar que também será a festa de comemoração dos 7 anos dos seus irmãos – acrescentou Sam.

– Tá, isso não tem importância. Dinda, você vai fantasiada de que? - indagou Isabelle.

– De viúva negra – respondeu Carly.

– Para com isso Carlotta! Você vai escolher uma fantasia muito bonita, eu vou te ajudar – disse Sam.

– Sam, Belinha, não fiquem chateadas comigo, mas eu não estou boa pra ir numa festa.

– "Eu não estou boa pra ir numa festa" – falou Sam, tentando imitar a voz da amiga – Me poupe Carly! Você vai porque é o aniversário da sua afilhada, e não aceitamos essa desfeita.

– Não aceitamos mesmo – concordou Isabelle.

– Vai me carregar até lá? - perguntou Carly.

– Eu posso fazer isso – respondeu Sam, colocando a amiga sobre os ombros.

– Para sua louca! Me coloca no chão! - pediu Carly, esperneando.

– Então diga que vai à festa dos meus filhos.

– Vou a festa dos seus filhos.

– Ótimo – disse Sam, colocando Carly no sofá.


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