Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
O que acharam da capa nova?
– Vocês dois não têm vergonha do que fizeram à minha mãe? - perguntou Isabelle a Carly e Freddie.
– O que nós fizemos? - quis saber Freddie, sem entender.
– Belinha, nós amamos a sua mãe – falou Carly.
– Mentira! Vocês dois namoraram quando meu pai era casado com a minha mãe.
– De onde tirou isso Isabelle? - perguntou Sam.
– Tia Melanie contou tudo.
Melanie engasgou com a comida e Pamela começou a bater nas costas da filha.
– Mordeu essa sua língua comprida Melanie? - indagou Sam para a irmã, que não respondeu.
Coronel Shay perguntou:
– Isso é verdade Carlotta?
– Não me chama assim pai, eu detesto – pediu Carly chorosa.
– Não respondeu a minha pergunta.
– Não foi do jeito que a Belinha tá falando.
– É verdade que a Carly e o Freddie ficaram juntos – contou Spencer.
– Conta a história inteira Spencer, incluindo a parte que no mesmo período você estava namorando a Sam – falou Carly.
– Você e a Sam já namoraram? - perguntou Audrey ao marido, surpresa.
– Foi por pouco tempo – respondeu Spencer.
Melanie recuperou-se da tosse e falou:
– Me perdoa Sam, a Belinha entendeu mal.
– Eu devia usar essa faca para cortar a sua língua fora – ameaçou Sam à irmã.
– Só passando por cima de mim você vai machucar a sua irmã Samantha – defendeu Pamela.
– Por isso não.
– Chega! - gritou Coronel Shay – Alguém me explica essa história direito. Eu não criei filhos para serem amantes de pessoas casadas. Se fizeram isso, é a maior decepção da minha vida – segurando o peito.
– Está passando mal Steven? - pergunto Pamela, preocupada – Ai meu Deus! Eu sou muito azarada mesmo. Quando acho um homem que preste, ele infarta!
Audrey interveio:
– Acalme-se Coronel Shay, respire. Alguém traz um copo de água com açúcar pra ele.
Cris correu para pegar a água para o avô.
Sam tomou a palavra:
– Essa história toda interessa a mim, já que eu fui citada como a corna do meu marido com a minha melhor amiga e como amante do Spencer ao mesmo tempo, mas tudo isso não é real. O que aconteceu foi que eu e Freddie tivemos uma briga motivada pela minha querida sogrinha – com ironia – que gerou o nosso rompimento. Freddie foi chorar no ombro da Carly e os dois acabaram se envolvendo, pra me vingar eu comecei a sair com o Spencer...
– Quer dizer que só me usou para se vingar do Freddie, nunca gostou de mim, nem um pouquinho? - perguntou Spencer, indignado.
– O que isso importa? Eu sou sua mulher e estou aqui, esqueceu? - perguntou Audrey, enciumada.
– Eu te amo Audrey, mas era só curiosidade...
– Continuando – falou Sam – Eu não achei legal a Carly namorar o Freddie depois que eu dei um pé na bunda dele...
– Não precisa usar esses termos Sam – disse Freddie.
– Mas, isso já faz muito tempo, eu já enterrei essa história e não guardo mais mágoas. Por isso, que fique claro, eu e Freddie estávamos separados e não houve qualquer traição.
– Eu fico mais aliviado de saber disso – declarou Coronel Shay, tirando a mão do peito.
– Agora, Isabelle, peça desculpas a todos aqui pela confusão que você arrumou, especialmente para o seu pai e a sua madrinha – determinou Sam.
– Eu vou pedir desculpa, mas não é porque você tá mandando. Se tivesse me contado toda a história quando eu perguntei, isso não teria acontecido – falou Isabelle.
– Se não ficasse bisbilhotando o que não lhe diz respeito, nada disso teria acontecido – retrucou Sam.
– Se não guardassem segredos, eu não ficaria bisbilhotando.
– Acho que já chega de confusão por hoje – interveio Freddie na discussão das duas.
– Você tá certo papai. Desculpa. E desculpa também dinda – disse Isabelle, sem graça.
– Tá desculpada Belinha. Melhor esquecermos isso – falou Freddie.
– Concordo. Quem quer sobremesa? - perguntou Carly, tetando mudar o clima.
Depois do almoço, Gibby perguntou à Carly:
– Você já foi apaixonada pelo Freddie?
– Que pergunta é essa?
– Depois da conversa do almoço, é normal que eu tenha essa curiosidade, não acha?
– O que importa? Isso já faz muito tempo. Eu te amo Gibby, você ainda tem dúvida disso? - colocando os braços em volta dos ombros dele.
– Mas o Freddie já foi especial pra você?
– A Tasha já foi especial pra você? A Melanie já foi especial pra você?
– Você tem razão. Deixa pra lá.
Os dois deram um beijinho.
Alguns dias depois, Gibby voltava da pracinha com Sophie, quando encontrou uma velha conhecida no elevador do Bushwell:
– Tasha?!
– Gibby! Como você está? - cumprimento Tasha sorridente.
– Bem. Você pelo visto também tá muito bem – fitando a moça que havia ficado ainda mais bonita com o tempo, com corpo curvilíneo de decote vertiginoso.
– Obrigada. Quem é essa gracinha no seu colo?
– Minha filha Sophie.
– Ela é muito linda.
– Obrigado. O que faz aqui?
– Eu estou me mudando pra cá hoje, comprei um apartamento no 15º andar, de um casal que se separou há pouco.
– Sei. Bom... chegou ao meu andar. Tchau Tasha, bom te ver.
– Bom te ver também Gibby.
Carly assistia a um filme infantil com Cris e Mabel, quando Gibby chegou, perguntando:
– Como foi na pracinha, amorzão?
– Tranquilo. Sophie começou a ficar enjoadinha, com sono e voltei.
– Algum conhecido por lá?
– Por lá não, só Tasha no elevador.
– Tasha? Sua ex-namorada?
– Essa mesma.
– O que ela tá fazendo aqui?
– Ela mora aqui agora, no 15º.
– Como ela está? Imagino que muito bonita, ela já era quando adolescente.
– Não prestei muita atenção amorzinho. O que tem pra comer?
– Sei lá, abra a geladeira.
Gibby entregou Sophie para Carly e foi para a cozinha.
Pouco depois, Carly viu Gibby dormir no sofá, após fazer um lanche e aproveitou a oportunidade.
– Cris, cuida da sua irmãzinha um pouquinho pra mim? - entregando Sophie ao filho.
– Claro mamãe, aonde vai? - perguntou Cris, acomodando a irmã em seus braços.
– Eu já volto.
Carly tocou a campainha do 15A e Tasha logo abriu. Ela se surpreendeu com o mulherão a sua frente em roupas vulgares.
– Oi Carly, quanto tempo! - cumprimentou Tasha, simpática.
– Oi! Quanto tempo mesmo! Tudo bem? - perguntou Carly, dando um beijo no rosto dela, com simpatia – Soube que havia se mudado e vim dar as boas-vindas.
– Ah tá! Agora me lembrei. Vi na internet que você e Gibby se casaram.
– Pois é. E você se casou?
– Sim, já me casei e já me separei. O safado ainda levou tudo o que eu tinha. É a vida.
– Mas, você é muito bonita, tenho certeza que deve ter uma fila de homens solteiros e totalmente disponíveis atrás de você.
– Antes fosse.
– Eu preciso ir agora. Se precisar de alguma coisa, só chamar. Bem-vinda vizinha.
– Obrigada Carly.
No final daquela tarde, Freddie chegou em casa do estágio e contou à Sam:
– Você não vai advinhar quem é o novo estagiário da Microsoft, meu novo colega de trabalho, para o qual estou tendo que ensinar tudo.
– Nug Nug de Guerra nas Galáxias – zoou Sam.
– Seria muito legal se fosse, mas não. É aquele seu amigo do colégio, o Jonah.
– Aquele safado do meu ex-namorado?
– Ele não pode ser considerado seu ex-namorado.
– Ciúme bebê?
– Claro que não. Mas, vocês nem se beijavam.
– Éramos muito jovens.
– Só sei que ele continua irritante até hoje e vou ter que suportá-lo por um bom tempo.
Freddie foi para o banho e Isabelle surgiu na sala, afobada:
– Mamãe, preciso de uma fantasia de bruxa urgente.
– Mas você já está fantasiada – provocou Nicolas, rindo.
Isabelle deu um beliscão no irmão, fazendo-o gritar.
– Parem os dois – mandou Sam – Pra que precisa dessa fantasia Belinha?
– No próximo final de semana é a festa de aniversário de 11 anos da Alison, e será no Haloween, vai ser esse o tema da festa.
– Seu pai tinha uma fantasia muito legal de menino bruxo. Veja com a sua avó Marissa se ela guarda.
– Mas eu sou uma menina bruxa.
– Sua avó pode arrumar pra você.
– Eu quero uma nova.
– Não estamos em condições de gastar dinheiro a toa.
– Que saco.
– Digo o mesmo.
Eddie perguntou:
– E o que nós vamos usar no Halloween – apontando para ele e Nick.
– Eu tenho uma ideia muito boa e econômica. Pegamos duas abóboras, abrimos, tiramos tudo de dentro, fazemos um rosto e vocês usam como chapéus. Serão os garotos abóbora. Que tal?
– Péssima ideia – disse Nick, indignado.
– Credo – concordou Eddie.
Naquela noite, Carly chegou do trabalho e não encontrou Gibby em casa. Cris e Mabel cuidavam de Sophie.
– Cadê o Gibby? - perguntou ela aos pequenos.
– Foi ajudar a vizinha do 15º com uma coisa – respondeu Cris.
Carly foi rapidamente ao 15A. A porta estava aberta. Ela entrou. Encontrou Gibby e Tasha na cozinha. Ele sem camisa e ela o secando com uma toalha, ambos rindo.
– Posso saber o que tá acontecendo aqui? - perguntou ela, furiosa.
– O cano da pia entupiu. Pedi ajuda ao seu marido para arrumar, mas acabou estourando em cima dele – contou Tasha, rindo.
Carly olhou para a moça da cabeça aos pés, vendo que ela trajava apenas um macacão curto e colado de academia, decotado.
– Você não sente frio Tasha?
– Não. Voltei a pouco da academia, ainda estou com o corpo quente.
– Melhor colocar uma roupa que te cubra mais, se não vai acabar doente. Vamos Gibby – puxando o marido pelo braço.
No elevador, encontraram Freddie.
– Deu pra andar sem camisa de novo Gibby? - perguntou o moreno.
– Não, foi um acidente. Acho melhor eu voltar ao apartamento da Tasha e pegar minha camisa – respondeu Gibby.
– Nem a pau – disse Carly, nervosa.
No dia seguinte, a campainha tocou e Gibby foi atender, era Tasha.
– Oi Gibby, você esqueceu isso no meu apartamento – entregando a camisa a ele.
– Ah, valeu.
– Você tem um copo de água? Eu tava correndo agora, estou com sede.
Gibby fitou Tasha usando uma calça leggin justa ao corpo e um top colado com a barriga de fora.
– Água? Claro, tenho água, muita água.
Gibby foi pegar o copo de água para ela e ele mesmo virou um, sentindo a garganta seca. Tasha inclinou-se sobre a mesa para deixar o copo e Gibby não conseguiu desviar os olhos dos seios fartos dela.
– Sabe Gibby, eu me arrependo muito do passado. Você era o cara certo pra mim.
– Você não pensou nisso quando me trocou pelo professor de educação fisica saradão.
– Fui burra. Procurei uma boa aparência e joguei fora uma bela essência – passando a mão no ombro de Gibby.
Carly chegou:
– Tasha, o que faz aqui?
– Só vim devolver a camisa que seu marido esqueceu no meu apartamento e pedi um copo de água, porque tava com a garganta seca. Já estou de saída. Obrigada Gibby.
Carly falou ao marido:
– Eu não estou gostando nada dessa aproximação da Tasha.
– Deixa de ser boba. Tasha é passado.
Enquanto isso, Tasha voltou para o seu apartamento e pegou o gato de estimação no colo:
– Vou te contar um segredo Rabicó, eu vou pegar aquele gordinho de volta pra mim.
Enquanto isso, na Microsoft, Freddie foi verificar uns programas e viu muitos erros que iriam comprometer toda uma sequência de trabalho do setor. Logo descobriu o responsável.
– Jonah, o que você fez no sistema? - indagou o moreno ao estagiário.
– Freddie, foi sem querer. Preciso que assuma a culpa.
– Você só pode estar brincando.
– Minha mãe tá com câncer. Não posso perder esse estágio. Eu a ajudo com o pouco que ganho e ela se orgulha de mim.
– E eu tenho uma família para sustentar.
– Não vão te mandar embora. Já viram o quanto é capaz, vão perdoar seu erro. Já o meu seria imeperdoável, porque é o primeiro trabalho que faço.
– A respota é não. Você tem que assumir seus erros se quiser ser um homem e um profissional digno.
– Talvez a Sam goste de saber da sua proximidade com a coordenadora dos Recursos Humanos. Como é mesmo o nome dela? Taylor!
– Nós somos amigos. Sou fiel à Sam.
– Não é isso que dizem por aí. Sam pode vir aqui e perguntar para qualquer um...
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