Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 153
Paixões antigas


Notas iniciais do capítulo

O que acharam da capa nova?



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– Vocês dois não têm vergonha do que fizeram à minha mãe? - perguntou Isabelle a Carly e Freddie.

– O que nós fizemos? - quis saber Freddie, sem entender.

– Belinha, nós amamos a sua mãe – falou Carly.

– Mentira! Vocês dois namoraram quando meu pai era casado com a minha mãe.

– De onde tirou isso Isabelle? - perguntou Sam.

– Tia Melanie contou tudo.

Melanie engasgou com a comida e Pamela começou a bater nas costas da filha.

– Mordeu essa sua língua comprida Melanie? - indagou Sam para a irmã, que não respondeu.

Coronel Shay perguntou:

– Isso é verdade Carlotta?

– Não me chama assim pai, eu detesto – pediu Carly chorosa.

– Não respondeu a minha pergunta.

– Não foi do jeito que a Belinha tá falando.

– É verdade que a Carly e o Freddie ficaram juntos – contou Spencer.

– Conta a história inteira Spencer, incluindo a parte que no mesmo período você estava namorando a Sam – falou Carly.

– Você e a Sam já namoraram? - perguntou Audrey ao marido, surpresa.

– Foi por pouco tempo – respondeu Spencer.

Melanie recuperou-se da tosse e falou:

– Me perdoa Sam, a Belinha entendeu mal.

– Eu devia usar essa faca para cortar a sua língua fora – ameaçou Sam à irmã.

– Só passando por cima de mim você vai machucar a sua irmã Samantha – defendeu Pamela.

– Por isso não.

– Chega! - gritou Coronel Shay – Alguém me explica essa história direito. Eu não criei filhos para serem amantes de pessoas casadas. Se fizeram isso, é a maior decepção da minha vida – segurando o peito.

– Está passando mal Steven? - pergunto Pamela, preocupada – Ai meu Deus! Eu sou muito azarada mesmo. Quando acho um homem que preste, ele infarta!

Audrey interveio:

– Acalme-se Coronel Shay, respire. Alguém traz um copo de água com açúcar pra ele.

Cris correu para pegar a água para o avô.

Sam tomou a palavra:

– Essa história toda interessa a mim, já que eu fui citada como a corna do meu marido com a minha melhor amiga e como amante do Spencer ao mesmo tempo, mas tudo isso não é real. O que aconteceu foi que eu e Freddie tivemos uma briga motivada pela minha querida sogrinha – com ironia – que gerou o nosso rompimento. Freddie foi chorar no ombro da Carly e os dois acabaram se envolvendo, pra me vingar eu comecei a sair com o Spencer...

– Quer dizer que só me usou para se vingar do Freddie, nunca gostou de mim, nem um pouquinho? - perguntou Spencer, indignado.

– O que isso importa? Eu sou sua mulher e estou aqui, esqueceu? - perguntou Audrey, enciumada.

– Eu te amo Audrey, mas era só curiosidade...

– Continuando – falou Sam – Eu não achei legal a Carly namorar o Freddie depois que eu dei um pé na bunda dele...

– Não precisa usar esses termos Sam – disse Freddie.

– Mas, isso já faz muito tempo, eu já enterrei essa história e não guardo mais mágoas. Por isso, que fique claro, eu e Freddie estávamos separados e não houve qualquer traição.

– Eu fico mais aliviado de saber disso – declarou Coronel Shay, tirando a mão do peito.

– Agora, Isabelle, peça desculpas a todos aqui pela confusão que você arrumou, especialmente para o seu pai e a sua madrinha – determinou Sam.

– Eu vou pedir desculpa, mas não é porque você tá mandando. Se tivesse me contado toda a história quando eu perguntei, isso não teria acontecido – falou Isabelle.

– Se não ficasse bisbilhotando o que não lhe diz respeito, nada disso teria acontecido – retrucou Sam.

– Se não guardassem segredos, eu não ficaria bisbilhotando.

– Acho que já chega de confusão por hoje – interveio Freddie na discussão das duas.

– Você tá certo papai. Desculpa. E desculpa também dinda – disse Isabelle, sem graça.

– Tá desculpada Belinha. Melhor esquecermos isso – falou Freddie.

– Concordo. Quem quer sobremesa? - perguntou Carly, tetando mudar o clima.

Depois do almoço, Gibby perguntou à Carly:

– Você já foi apaixonada pelo Freddie?

– Que pergunta é essa?

– Depois da conversa do almoço, é normal que eu tenha essa curiosidade, não acha?

– O que importa? Isso já faz muito tempo. Eu te amo Gibby, você ainda tem dúvida disso? - colocando os braços em volta dos ombros dele.

– Mas o Freddie já foi especial pra você?

– A Tasha já foi especial pra você? A Melanie já foi especial pra você?

– Você tem razão. Deixa pra lá.

Os dois deram um beijinho.

Alguns dias depois, Gibby voltava da pracinha com Sophie, quando encontrou uma velha conhecida no elevador do Bushwell:

– Tasha?!

– Gibby! Como você está? - cumprimento Tasha sorridente.

– Bem. Você pelo visto também tá muito bem – fitando a moça que havia ficado ainda mais bonita com o tempo, com corpo curvilíneo de decote vertiginoso.

– Obrigada. Quem é essa gracinha no seu colo?

– Minha filha Sophie.

– Ela é muito linda.

– Obrigado. O que faz aqui?

– Eu estou me mudando pra cá hoje, comprei um apartamento no 15º andar, de um casal que se separou há pouco.

– Sei. Bom... chegou ao meu andar. Tchau Tasha, bom te ver.

– Bom te ver também Gibby.

Carly assistia a um filme infantil com Cris e Mabel, quando Gibby chegou, perguntando:

– Como foi na pracinha, amorzão?

– Tranquilo. Sophie começou a ficar enjoadinha, com sono e voltei.

– Algum conhecido por lá?

– Por lá não, só Tasha no elevador.

– Tasha? Sua ex-namorada?

– Essa mesma.

– O que ela tá fazendo aqui?

– Ela mora aqui agora, no 15º.

– Como ela está? Imagino que muito bonita, ela já era quando adolescente.

– Não prestei muita atenção amorzinho. O que tem pra comer?

– Sei lá, abra a geladeira.

Gibby entregou Sophie para Carly e foi para a cozinha.

Pouco depois, Carly viu Gibby dormir no sofá, após fazer um lanche e aproveitou a oportunidade.

– Cris, cuida da sua irmãzinha um pouquinho pra mim? - entregando Sophie ao filho.

– Claro mamãe, aonde vai? - perguntou Cris, acomodando a irmã em seus braços.

– Eu já volto.

Carly tocou a campainha do 15A e Tasha logo abriu. Ela se surpreendeu com o mulherão a sua frente em roupas vulgares.

– Oi Carly, quanto tempo! - cumprimentou Tasha, simpática.

– Oi! Quanto tempo mesmo! Tudo bem? - perguntou Carly, dando um beijo no rosto dela, com simpatia – Soube que havia se mudado e vim dar as boas-vindas.

– Ah tá! Agora me lembrei. Vi na internet que você e Gibby se casaram.

– Pois é. E você se casou?

– Sim, já me casei e já me separei. O safado ainda levou tudo o que eu tinha. É a vida.

– Mas, você é muito bonita, tenho certeza que deve ter uma fila de homens solteiros e totalmente disponíveis atrás de você.

– Antes fosse.

– Eu preciso ir agora. Se precisar de alguma coisa, só chamar. Bem-vinda vizinha.

– Obrigada Carly.

No final daquela tarde, Freddie chegou em casa do estágio e contou à Sam:

– Você não vai advinhar quem é o novo estagiário da Microsoft, meu novo colega de trabalho, para o qual estou tendo que ensinar tudo.

– Nug Nug de Guerra nas Galáxias – zoou Sam.

– Seria muito legal se fosse, mas não. É aquele seu amigo do colégio, o Jonah.

– Aquele safado do meu ex-namorado?

– Ele não pode ser considerado seu ex-namorado.

– Ciúme bebê?

– Claro que não. Mas, vocês nem se beijavam.

– Éramos muito jovens.

– Só sei que ele continua irritante até hoje e vou ter que suportá-lo por um bom tempo.

Freddie foi para o banho e Isabelle surgiu na sala, afobada:

– Mamãe, preciso de uma fantasia de bruxa urgente.

– Mas você já está fantasiada – provocou Nicolas, rindo.

Isabelle deu um beliscão no irmão, fazendo-o gritar.

– Parem os dois – mandou Sam – Pra que precisa dessa fantasia Belinha?

– No próximo final de semana é a festa de aniversário de 11 anos da Alison, e será no Haloween, vai ser esse o tema da festa.

– Seu pai tinha uma fantasia muito legal de menino bruxo. Veja com a sua avó Marissa se ela guarda.

– Mas eu sou uma menina bruxa.

– Sua avó pode arrumar pra você.

– Eu quero uma nova.

– Não estamos em condições de gastar dinheiro a toa.

– Que saco.

– Digo o mesmo.

Eddie perguntou:

– E o que nós vamos usar no Halloween – apontando para ele e Nick.

– Eu tenho uma ideia muito boa e econômica. Pegamos duas abóboras, abrimos, tiramos tudo de dentro, fazemos um rosto e vocês usam como chapéus. Serão os garotos abóbora. Que tal?

– Péssima ideia – disse Nick, indignado.

– Credo – concordou Eddie.

Naquela noite, Carly chegou do trabalho e não encontrou Gibby em casa. Cris e Mabel cuidavam de Sophie.

– Cadê o Gibby? - perguntou ela aos pequenos.

– Foi ajudar a vizinha do 15º com uma coisa – respondeu Cris.

Carly foi rapidamente ao 15A. A porta estava aberta. Ela entrou. Encontrou Gibby e Tasha na cozinha. Ele sem camisa e ela o secando com uma toalha, ambos rindo.

– Posso saber o que tá acontecendo aqui? - perguntou ela, furiosa.

– O cano da pia entupiu. Pedi ajuda ao seu marido para arrumar, mas acabou estourando em cima dele – contou Tasha, rindo.

Carly olhou para a moça da cabeça aos pés, vendo que ela trajava apenas um macacão curto e colado de academia, decotado.

– Você não sente frio Tasha?

– Não. Voltei a pouco da academia, ainda estou com o corpo quente.

– Melhor colocar uma roupa que te cubra mais, se não vai acabar doente. Vamos Gibby – puxando o marido pelo braço.

No elevador, encontraram Freddie.

– Deu pra andar sem camisa de novo Gibby? - perguntou o moreno.

– Não, foi um acidente. Acho melhor eu voltar ao apartamento da Tasha e pegar minha camisa – respondeu Gibby.

– Nem a pau – disse Carly, nervosa.

No dia seguinte, a campainha tocou e Gibby foi atender, era Tasha.

– Oi Gibby, você esqueceu isso no meu apartamento – entregando a camisa a ele.

– Ah, valeu.

– Você tem um copo de água? Eu tava correndo agora, estou com sede.

Gibby fitou Tasha usando uma calça leggin justa ao corpo e um top colado com a barriga de fora.

– Água? Claro, tenho água, muita água.

Gibby foi pegar o copo de água para ela e ele mesmo virou um, sentindo a garganta seca. Tasha inclinou-se sobre a mesa para deixar o copo e Gibby não conseguiu desviar os olhos dos seios fartos dela.

– Sabe Gibby, eu me arrependo muito do passado. Você era o cara certo pra mim.

– Você não pensou nisso quando me trocou pelo professor de educação fisica saradão.

– Fui burra. Procurei uma boa aparência e joguei fora uma bela essência – passando a mão no ombro de Gibby.

Carly chegou:

– Tasha, o que faz aqui?

– Só vim devolver a camisa que seu marido esqueceu no meu apartamento e pedi um copo de água, porque tava com a garganta seca. Já estou de saída. Obrigada Gibby.

Carly falou ao marido:

– Eu não estou gostando nada dessa aproximação da Tasha.

– Deixa de ser boba. Tasha é passado.

Enquanto isso, Tasha voltou para o seu apartamento e pegou o gato de estimação no colo:

– Vou te contar um segredo Rabicó, eu vou pegar aquele gordinho de volta pra mim.

Enquanto isso, na Microsoft, Freddie foi verificar uns programas e viu muitos erros que iriam comprometer toda uma sequência de trabalho do setor. Logo descobriu o responsável.

– Jonah, o que você fez no sistema? - indagou o moreno ao estagiário.

– Freddie, foi sem querer. Preciso que assuma a culpa.

– Você só pode estar brincando.

– Minha mãe tá com câncer. Não posso perder esse estágio. Eu a ajudo com o pouco que ganho e ela se orgulha de mim.

– E eu tenho uma família para sustentar.

– Não vão te mandar embora. Já viram o quanto é capaz, vão perdoar seu erro. Já o meu seria imeperdoável, porque é o primeiro trabalho que faço.

– A respota é não. Você tem que assumir seus erros se quiser ser um homem e um profissional digno.

– Talvez a Sam goste de saber da sua proximidade com a coordenadora dos Recursos Humanos. Como é mesmo o nome dela? Taylor!

– Nós somos amigos. Sou fiel à Sam.

– Não é isso que dizem por aí. Sam pode vir aqui e perguntar para qualquer um...


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Notas finais do capítulo

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