Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 146
Amor nas alturas


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, gostaria de agradecer aos muitos comentários dos leitores no último capítulo (espero que continuem assim) e também às recomendações de Sra Gama e Bela B, eu adorei!
Advertência: O capítulo contém sexo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578641/chapter/146

– O que faz aqui Benson? Onde deixou as crianças? - perguntou Sam ao marido.

– Estão com a Carly. Minha mãe não quer mais as crianças dormindo no apartamento dela desde que Nick colocou fogo.

– Por que veio atrás de mim?

– Ainda me pergunta? Você viajou sem me dar explicações.

– Eu expliquei, Cat está precisando da minha ajuda...

Nona apareceu com Samantha no colo:

– Sam, você viu a mamadeira da Samantinha? - ela viu Freddie – Ah! Oi Freddie! Como vai?

– Vou bem. Pensei que a senhora tinha ido viajar com a turma da terceira idade.

– Não, só vou fazer essa viagem no final do ano. Cat está precisando da minha ajuda com as meninas – contou Nona.

– Que interessante... - disse Freddie, fitando Sam.

– Tenho que levar a Valentina por colégio, ela não pode se atrasar – falou Sam, pegando a afilhada pela mão e passando por Freddie que estava parado na porta com os braços cruzados.

– Você quer entrar rapaz? - perguntou Nona ao moreno.

– Claro. Vou entrar e ficar esperando a Sam voltar! - falou Freddie, alto, para a loira que se afastava dali ouvir.

Sam voltou algum tempo depois e Nona comentou:

– Você tem muita sorte Sam. Seu marido é um rapaz adorável e muito bem apessoado também.

– A senhora não acha que já passou da idade? - perguntou Sam.

– Só foi um elogio inocente. Vou para o quarto com a Samantinha. Acho que vocês precisam conversar – falou Nona, levantando-se do sofá, no qual estava ao lado de Freddie, com a bisneta no colo.

– Está com fome? - perguntou Sam ao marido.

– Não. Sam, senta aqui – chamou Freddie mostrando o espaço no sofá ao seu lado.

Sam sentou-se e ele prosseguiu na fala:

– Seja lá o que tenha rolado nessa festa que te deixou tão estranha, eu quero saber. Prometo que não vou brigar com você.

– Pode não brigar, mas vai ficar decepcionado.

– Vou ficar mais decepcionado se você não me contar. Sam, eu te amo e acho que você também me ama...

– Você ainda só acha?

– Não, eu tenho certeza. Por isso, você me deve uma explicação do que tá rolando.

– Tá bom, você tem razão. Estou me sentindo culpada e preciso me livrar desse peso. Eu fiz tudo errado e arruinei uma boa oportunidade de emprego pra você. Pronto, falei!

– Como assim?

– A Wendy queria arrumar uma vaga pra você no setor dela, num cargo de nível médio. Ela tava falando com alguém ao telefone. Mas eu interpretei tudo errado. Do jeito que ela tava falando parecia que ela tava querendo te pegar...

– Sam, o que você fez? - perguntou Freddie, pressentindo que foi algo grave.

– Eu enfiei a cara dela na privada.

– Ah Sam!

– Sabia que ia ficar decepcionado.

– Não estou decepcionado, só com pena da Wendy.

– O que?

– Sinto em te decepcionar – falou Freddie, rindo – Não foi legal o que fez, mas não me prejudicou como você imagina.

– Seja claro nerd.

– Um cargo de nível médio numa área que não é a minha não me daria futuro. Posso ganhar menos agora, sendo estagiário, mas estou atuando na área de computação e com grandes chances de ser contratado com um grande salário quando me formar.

– Mas você disse que queria ir à festa para conseguir uma oportunidade de emprego.

– Pois é. E eu consegui muitos contatos. Fui visto. Quem é visto, é lembrado. Certamente não vão se esquecer de mim quando eu tiver meu diploma nas mãos, o que não falta muito.

– Da próxima vez seja mais claro nerd – reclamou Sam, dando tapas no braço do marido.

Freddie apenas riu, segurou os braços dela e a beijou. Ela logo correspondeu. Quando cessaram o beijo, ele disse:

– Eu vim atrás de você, porque não aguentava mais de saudade. Volta pra Seattle comigo, amor.

– Vamos nessa, bebê.

Naquela noite, em Seattle. Todos dormiam no apartamento 8C, exceto Isabelle.

Ela dividia a cama com a prima Mabel. Verificou se a menina estava bem ferrada no sono, então levantou-se sem fazer barulho e saiu do quarto.

Cris dormia tranquilamente no seu quarto. Isabelle entrou com um batom vermelho nas mãos. Aproximou-se do garoto com cuidado. Abriu o batom e começou a fazer pintinhas no rosto dele. O menino mexeu-se e ela saiu rapidamente do quarto.

Na manhã seguinte, Sam e Freddie despediram de Cat, Robbie e Nona, e embarcaram para Seattle.

No apartamento 8C, Carly, Gibby, Isabelle, Eddie, NIck e Mabel tomavam café da manhã.

Gibby reclamava de sono por ter levantando várias vezes para cuidar de Sophie com cólica.

Carly comentou:

– Será que o Cris perdeu a hora hoje? Vou lá chamá-lo.

Antes que ela se levantasse da mesa, ouviram o grito do garoto:

– Aaahhhh! Socorro!

O menino apareceu na cozinha em prantos:

– Eu tô muito doente! O que eu tenho mamãe? Olha essas pintas na minha cara! Eu vou morrer?

Carly aproximou-se dele, nervosa, tentando examinar o rosto do filho.

Gibby abraçou Mabel, dizendo:

– Fique longe, pode ser contagioso.

Isabelle começou a ter uma crise de riso. Nick também começou a rir.

Eddie aproximou-se de Cris e constatou:

– Isso é batom. Até parece com um que a minha mãe usa.

Todos olharam para Isabelle, que ainda ria descontroladamente.

– Você é muito mané Cris – disse a menina, com lágrimas saindo dos olhos, de tanto rir.

– Por que fez isso Belinha? - perguntou Cris, irritado.

– Eu disse que você iria se arrepender por ter me jogado na psicina na minha festa.

Carly começou:

– Isabelle, essa brincadeira não foi legal... - parando de falar ao ouvir o choro de Sophie pela babá eletrônica, correndo para o andar de cima.

Sophie chorava no berço. Carly pegou a filha e começou a niná-la, dizendo:

– Acho que você puxou a sua madrinha, porque é muito esfomeada – brincou, pouco antes de se sentar na cama, abrir a blusa e colocar a filha para mamar – Como você consegue ser tão linda? - indagou, enquanto fazia carinho nos cabelos castanhos escuros da menina – Você é ainda mais bonita do que eu imaginei em meus sonhos. Eu te amo tanto que chega a doer meu coração.

Como se Sophie pudesse entender as palavras da mãe esboçou um sorriso, enquanto sugava o leite materno com voracidade.

No vôo que saiu de Los Angeles com destino a Seattle, Sam falou ao marido:

– Vou ao banheiro.

– Mas essas cabines são tão apertadas e o avião fica balançando, daí você tem que ficar se equilibrando...

– Eu sei, mas tô apertada. Além disso, até que é emocionante.

– Emocionante?

Sam foi ao banheiro. Quando ela abriu a porta da cabine deu de cara com Freddie:

– Também quer usar o banheiro? - perguntou a loira.

Freddie a empurrou para dentro, entrou na cabine apertada e trancou a porta.

– O que é isso nerd?

– Eu fiquei pensando sobre o que me disse sobre algo emocionante.

– Fazer xixi nas alturas com o avião balançando numa cabine apertada e barulhenta?

– Tem algo ainda mais emocionante pra se fazer nas alturas. Já parou para pensar que nunca fizemos sexo no ar?

– Agora eu tô entendendo, seu safado!

– Vai dizer que você não quer? - tomando os lábios dela num beijo cheio de desejo.

– Eu quero tudo! Serviço completo nerd! Capricha!

– Pode deixar, Rainha Benson – começando a beijar o pescoço dela, enquanto apertava as nádegas da esposa por cima da calça jeans.

Entre beijos vorazes e carícias, foram arrancando as vestes um do outro com um pouco de dificuldade devido ao espaço apertado. Freddie pegou Sam no colo, encaixando-a sobre o seu quadril e a penetrou. Ele a estocava sustentando o corpo dela junto ao seu, encostando-a à parede da cabine. Os dois gemiam. Sam atingiu o ápice e Freddie se liberou, chegando o seu limite do prazer.

Sam voltou para o chão sentindo suas pernas bambas. Os dois estavam ofegantes e suados. Freddie a abraçou e sussurrou no ouvido dela:

– Isso foi incrível – mordiscando a orelha dela, que se arrepiou.

Ouviram batidas na porta:

– O que está acontecendo aí? Tem gente querendo usar o banheiro – disse uma voz feminina.

Sam e Freddie riram e apressaram-se a se vestir. Quando abriram a porta viram uma comissária de bordo com um olhar acusador:

– Por que entraram os dois juntos aí e demoraram tanto? Essa conduta não é tolerada dentro de um vôo...

– Perdão senhora, acontece que minha esposa tá enjoando muito – disfarçou Freddie.

– Nossa, vomitei demais – mentiu Sam.

– Tive medo que ela passasse mal sozinha dentro dessa cabine e entrei para cuidar dela.

– Eu enjoo demais em avião.

– Eu desconfio que seja gravidez – mentiu Freddie – Ela desmaia o tempo todo, tive medo que se machucasse nessa cabine. A senhora compreende a minha preocupação, não é mesmo?

– Sim, claro. A senhora se sente bem? - perguntou a Comissária para Sam.

– Estou melhor agora que coloquei todo o meu café da manhã para fora – mentiu Sam – Só preciso me sentar, porque estou um pouco tonta. Pode me ajudar amorzinho? - indagou ao marido.

– Claro amor, por aqui – disse Freddie, segurando-a e a conduzindo de volta ao assento deles.

Quando se sentaram os dois começaram a rir. Sam comentou:

– Nunca imaginei que um dia pudesse ficar tão anormal nerd. Acho que tenho sido má influência pra você.

– Tem razão, você me leva a fazer loucuras – disse Freddie, rindo.

Alguns meses depois...

Sam acordou esperando uma surpresa de Freddie, afinal estavam completando uma década de casados, mas o marido a cumprimentou com um beijinho de bom dia como em todas as manhãs. Ele deixou Sam no Gibby's com um singelo beijo de despedida e depois levou Isabelle, Mabel e Cris para o colégio.

Freddie disse à filha quando ela desceu do carro no Ridgeway:

– Não se atrase. Esteja aqui na frente me esperando logo após as aulas. Quero que veja a surpresa que vou fazer para a sua mãe.

– Eu não vou papai. Não vá se atrasar demais como fez naquele aniversário dela.

– Não sou nem louco.

Isabelle beijou o pai na bochecha e correu para alcançar Cris e Mabel que já entravam no colégio. Encontrou os dois cercados por um grupo de valentões. O mais alto dizia:

– O que os maricas trouxeram pro lanche? Respondam! O gato comeu a língua de vocês? - puxando Cris pelo colarinho.

– Solta ele! - gritou Mabel.

– Fica quieta bonitinha – disse o valentão com deboche.

– Larga o meu amigo agora ou vai se ver com a meia de pilha – ameaçou Isabelle, tirando a meia de dentro da mochila.

– Nossa! Tô morrendo de medo de uma meia de pilha – zombou o garoto, arrancando risadas dos demais.

Isabelle acertou a meia bem na barriga do valentão, fazendo-o soltar Cris devido à dor. Os demais garotos vieram para cima, mas a menina acertou todos. Um deles aproveitou o descuido da menina e a empurrou no chão. Para a surpresa de Cris a menina não se levantou, levando a mão ao peito, mais para o lado direito.

Foi a vez de Cris pegar a meia e furioso acertar o garoto, que se pôs a correr como os demais amigos já tinham feito.

– Tá tudo bem Belinha? - perguntou Cris, preocupado com a amiga.

– Tá doendo um pouco, mas vai passar.

– Ele bateu com força? - perguntou Mabel.

– Acho que sim. Estou acostumada a brigar, não sei porque doeu mais dessa vez. Melhor irmos andando, a aula já vai começar.

Na hora do intervalo, Isabelle foi ao banheiro, levantou a blusa para verificar se estava muito machucada e constatou que seus seios haviam começado a despontar. O golpe do menino havia doído mais devido à sensibilidade da região que começava a se desenvolver.

Depois das aulas, Freddie foi buscar Isabelle, enquanto Mabel e Cris seguiram para casa com Carly.

A menina perguntou ao pai:

– Podemos ir ao shopping no final de semana?

– É claro que sim princesa. O que quer comprar? Lançaram uma Barbie nova?

– Não sei, quero comprar um sutiã.

– O que? - perguntou Freddie, surpreso.

– Eu preciso de um.

– Não precisa não, ainda é uma criança, terá muito tempo pra usar.

– Tá, deixa pra lá, você não pode mesmo entender disso, vou falar com a mamãe depois.

– Tem certeza que não lançaram uma Barbie nova?

Isabelle simplesmente ignorou a pergunta do pai.

No Gibby's, Sam estava no caixa, quando viu Freddie e Isabelle entrarem acompanhados de um grupo de violinistas tocando “Running away”. O moreno entregou um buquê de rosas vermelhas à loira, que estava sem reação. Ele disse:

– Parabéns para nós! São 10 anos de união e de alegrias! Muito obrigada por ter me dado uma família linda, por ser uma companheira maravilhosa e por fazer meus dias mais felizes.

– Oh bebê, eu que tenho que agradecer por tudo isso.

Os dois se beijaram sob aplausos de todos os presentes (clientes e funcionários).

– Belinha, traga o presente da sua mãe – pediu Freddie à filha.

Isabelle se aproximou e entregou à Sam uma bonita caixa roxa com um laço da mesma cor. Sam pegou a caixa e Freddie já sorria imaginando qual seria a reação da esposa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!