Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 145
O décimo aniversário


Notas iniciais do capítulo

Na véspera do meu aniversário, vou pedir um presente: muitos comentários!
Aproveitem o capítulo. Espero que gostem.



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No dia seguinte, durante o café da manhã, Freddie indagou à Sam:

– Não tem nada que você queira me dizer?

– Sim, você ainda me deve frango frito, pode trazer pra mim quando voltar pra casa depois do trabalho.

– Só isso?

– Não, traga também hambúrguer.

– Não era comida a que eu estava me referindo.

– Então seja claro.

Quando Freddie ia falar, Isabelle, Eddie e Nick entraram tagarelando.

– Mamãe, acredita que dormimos numa barraca? - perguntou Eddie, empolgado.

– Eddie ficou com medo – zombou Nick.

– Fiquei nada.

– Então por que dormiu abraçado à Belinha?

– Porque eu estava com medo – mentiu Isabelle, defendendo o irmão – O que tem pra comer? - perguntou aos pais.

– Paquecas, senta aí – respondeu Sam à filha, enquanto pegava um prato e servia a menina – Sentem-se vocês também meninos – determinou aos filhos.

– Já comemos na casa da tia Carly – informou Eddie.

– Mas eu ainda estou com fome – falou Isabelle.

– Eu também – concordou Nick, sentando-se à mesa e esperando a mãe lhe servir.

– Eddie, quer ver o novo tablet do papai? Ganhei da Microsoft, última versão – perguntou Freddie ao filho.

– Eu quero! - falou o menino empolgado.

Freddie e Eddie foram à suíte. Sam falou à Isabelle:

– Tô pensando em passar um tempo com a Cat em Los Angeles.

– Não pode ir agora, falta uma semana para o meu aniversário e também dos pirralhos – observou Isabelle.

– Não vou antes disso, não se preocupem.

Durante a semana que passou Freddie jogava indiretas à Sam e ela sempre se fazia de desentendida.

Durante um jantar em família, Freddie falou:

– Os vizinhos do 15E se separaram.

– Agora deu pra gostar de fofoca nerd? - indagou Sam.

– Não. Mas, isso me fez pensar: nenhum casamento se sustenta sem confiança e honestidade. Uma relação não pode dar certo quando um dos dois esconde alguma coisa, principalmente quando essa coisa diz respeito à outra parte da relação, você não acha Sam?

– Sei lá, nem conheço direito o casal do 15E, como posso dar opinião? Agora me passa o prato de almôndegas.

Chegou o dia da comemoração do aniversário de 10 anos de Isabelle e dos 6 anos de Eddie e Nick.

Isabelle estava emburrada. Freddie indagou à filha:

– Minha princesinha está tão linda, mas por que essa carinha fechada?

– Eu vou ter que comemorar meu aniversário com o tema de “Tarzan”.

– E qual o problema?

– Não sou mais criança. Meus colegas vão rir de mim.

– Eles não teriam coragem.

– Vão rir pelas minhas costas.

– Não deveria se importar tanto com a opinião dos outros.

Freddie sentou-se no sofá e colocou a filha no colo, dizendo:

– E mais uma coisa, não tenha pressa de crescer. Eu vou sentir muita saudade da minha garotinha – falou Freddie, dando um beijo na bochecha da filha.

A festa foi feita na mansão de Charles. Estava animada, com crianças correndo pelo Jardim numa noite estrelada.

Cris chamou Isabelle:

– Vem cá Belinha, quero te mostrar uma coisa.

A menina acompanhou o menino e ele foi até próximo da piscina, ambos pulando a grade de proteção.

– Tem algo estranho no fundo da piscina.

– Você pensa que eu sou besta pra cair nessa né? Sei o que vai fazer.

– Você pensa que eu sou louco? Sei que acabaria comigo. Estou falando sério. Mas, se não quer olhar, tudo bem. Isso é muito estranho – disse o menino fitando o fundo da piscina com os olhos arregalados.

Isabelle não conteve a curiosidade e se aproximou. Cris empurrou a menina, mas ela teve tempo de puxá-lo pelo braço e os dois caíram dentro da água.

– Eu vou te matar Cristopher! - gritou Isabelle, pulando em cima do garoto e empurrando-o para baixo da água, mas ele subermegiu e fez o mesmo com ela.

Os dois ficaram nessa guerra até que começaram a rir, vendo que a brincadeira estava divertida.

– Seu sorriso é tão bonito Belinha – elogiou Cris, fitando a boca da menina.

O garoto foi se aproximando, mas Isabelle o empurrou:

– O que está fazendo? - irritada.

– Nada. Eu só... nada!

– Você ia me beijar?

– Claro que não!

– Ia sim! Perdeu o amor à vida?

– Eu jamais beijaria você Isabelle. Você seria a última garota que eu gostaria de beijar.

– Não foi o que pareceu.

– Acha que eu beijaria sua boca toda engordurada do montão de salgadinhos que comeu até agora?

– Eu que jamais beijaria essa sua boca de esgoto – falou Isabelle, ofendida, saindo da piscina.

Quando Sam viu a filha molhada, indagou:

– O que é isso Isabelle? Resolveu brincar na piscina no meio da sua festa?

– Culpa daquele retardado do Cris, que me jogou na água. Eu odeio aquele garoto! Ele ainda me paga, eu juro!

– Vou ter que te levar pra casa, porque se ficar assim vai acabar pegando um resfriado. Vou viajar e não quero te deixar doente.

– Ainda não desistiu disso mamãe?

– Cat precisa da minha ajuda. São duas meninas pequenas e ela tem que trabalhar. Quando seus irmãos nasceram, ela veio me ajudar, devo essa a ela.

– Pensei que a avó dela ajudasse.

– Ela tá muito ocupada, fazendo viagens da terceira idade. Agora vamos logo, vou pegar a chave do carro com o seu pai.

No carro, Isabelle indagou à mãe:

– Como foi o seu primeiro beijo?

– Não acha que ainda é muito nova para se preocupar com isso? Na sua idade eu me preocupava na próxima arte que eu faria no colégio. Quem você quer beijar?

– Ninguém. Foi só curiosidade.

– O meu primeiro beijo foi com o seu pai, na saída de incêndio do Bushwell, quando tínhamos 14 anos. Também foi o primeiro beijo dele. Apesar da nossa inexperiência, foi bom. Curiosidade satisfeita, agora espere mais alguns anos para se preocupar com isso, certo?

– Certo.

No apartamento 13B Sam mandou Isabelle tomar um banho quente e foi arrumar sua mala. A menina afirmou não querer voltar à festa. Sam também não tinha vontade.

A loira ainda arrumva sua mala para a viagem quando Freddie chegou com os gêmeos, indagando:

– Por que não voltaram?

– Belinha não quis e eu tinha que arrumar minhas coisas, viajo amanhã.

– Sam, pra quê isso?

– Já te expliquei: Cat está precisando de mim.

– Estamos casados há quase dez anos e eu acho que o mínimo que posso esperar de você é sinceridade. Sam, você é adulta. Pensa que vai resolver o problema fugindo de mim?

– Não estou fugindo de você. Nunca tive medo de você nerd.

– Posso ver nos seus olhos que está se sentindo culpada por me esconder algo.

– Não estou te traindo, se isso que está pensando.

– Sei que não faria isso. Mas, nem toda traição vem de uma relação extraconjugal.

– Se acha que eu te trai de alguma forma é mais um motivo pra eu me afastar.

– Sam, eu ouvi o que disse ao Bolinha na noite da festa da empresa. Esperei você abrir a jogo comigo, mas tô vendo que você prefere fugir a fazer isso. O que você fez pra arruinar minha vida?

– Eu me casei com você.

– O que?

– Isso mesmo que ouviu.

– Então essa sua viagem a Los Angeles significa um tempo na nossa relação? Ou pior, significa o fim da nossa relação?

– Significa que eu preciso passar um tempo em Los Angeles com a Cat, todo o resto é apenas suposição sua.

Sam embarcou para Los Angeles na manhã seguinte.

Cat ficou toda contente com a presença da amiga. Jade foi visitá-la assim que soube.

Jade, Sam e Cat conversavam na suíte, enquanto a ruiva amamentava Samantha. Na sala, Robbie conversava com Beck, enquanto Rick brincava com Valentina, ou, pelo menos, a menina tentava brincar com ele.

– Já contou a novidade para Sam, Jade? - indagou Cat à amiga morena.

– Eu mesma ainda estou tentando digerir essa novidade – disse Jade.

– O que aconteceu? - perguntou Sam, interessada.

– Estou grávida – contou Jade.

– Meus parabéns – falou Sam.

– Pois é. Beck tá todo feliz, dizendo que agora pode vir uma menina e que vai ser uma boa companhia para o Rick, que vai ajudá-lo a ser mais sociável. Já disse ao Beck que ele vai ter que cuidar do bebê, porque eu tô numa fase ótima do meu trabalho, então ele que desista que algum filme e vá virar dono de casa por um tempo.

– Da mesma forma que Sam fez com Freddie – comentou Cat.

– Como assim? - indagou Sam.

– Você veio pra Los Angeles e deixou o Freddie cuidando das crianças.

– O que rolou Sam? Tá em crise com seu marido? - indagou Jade.

– Não. Vim ajudar a Cat com as meninas, porque ela pediu – disfarçou Sam.

– Eu pedi? - perguntou Cat.

– É claro que pediu!

– Não me lembro disso.

– Sua memória é péssima Cat, mas não tem problema, eu me lembro das coisas por você.

Cat ficou confusa, tentando se lembrar em que momento pediu à Sam que a ajudasse com as filhas. A loira mudou de assunto:

– Que nome dará ao seu bebê Jade?

– Ainda não sei. Nem dá pra saber o sexo, porque tô no segundo mês. Daqui a pouco estarei gorda e pesada. Já tô na fase dos enjoos. Pensei que nunca mais passaria por isso. Vontade de matar o Beck!

Em Seattle, Carly havia acabado de amamentar Sophie. Cris pediu para ajudar a mãe a fazer a pequena arrotar. Carly colocou a menina no colo do irmão e falou:

– Com cuidado, faça massagem nas costas dela, deixe ela nessa posição mais em pé e não a balance muito se não ela pode vomitar.

Cris fez o que mãe disse, segurando a irmã com carinho.

Ouviram batidas na porta e Carly foi abrir. Era Freddie.

– Oi Carly, será que podemos conversar? - perguntou o moreno.

– Claro, entra aí.

Carly e Freddie sentaram-se no sofá e o moreno indagou:

– O que está acontecendo com a Sam?

– Não sei.

– Carly, por favor...

– Não sei mesmo, ela não comentou nada comigo.

– Ela foi pra Los Angeles.

– Isso eu sei, mas ela só me disse que iria ajudar a Cat com as meninas, como a Cat fez quando Eddie e Nick nasceram.

– É mais complicado que isso. Aconteceu alguma coisa naquela festa da empresa. Sam ficou estranha depois. Ouvi ela dizer ao Bolinha que minha mãe tem razão e que ela só sabe arruinar minha vida.

– Por que não perguntou a ela?

– Perguntei, mas ela me deu respostas evasivas. Eu tô com medo que a Sam queira me deixar.

– Isso não vai acontecer. A Sam te ama.

De repente ouviram Cris gritar:

– Eca!

Sophie havia vomitado em cima do garoto.

– Eu avisei Cris! Não pode balançar muito! - disse Carly, pegando a bebê que chorava no colo do irmão.

– Vou tomar banho – disse o menino, correndo para o seu quarto.

Carly disse a Freddie, enquanto tentava acalmar a filha:

– Eu vou ligar para a Sam, não se preocupe.

– Valeu Carly. Quer ajuda? - ofereceu-se Freddie estendendo os braços para pegar a bebê.

– Ela não para de chorar, quem sabe você leva jeito – falou a morena, colocando a filha no colo do padrinho.

– Eu levo muito jeito, já cuidei de 3 bebês – falou ele, embalando Sophie e fazendo com que a menina fosse se acalmando e cessando o choro.

– Você leva jeito mesmo. Ninguém diria isso quando a sua priminha Stephanie não gostava de você.

– Stephanie é esquisita até hoje. Já vai fazer 15 anos.

– Nossa, como o tempo passa rápido!

– Pois é. Olha só, a Sophie gosta do padrinho, até sorri pra mim – constatou Freddie, contente.

Carly tentou falar com Sam, mas ela não abriu o jogo. A loira estava se sentindo culpada e envergonhada da própria conduta.

Freddie não suportava mais o afastamento de Sam sem explicações. Todas as noites, quando ia dormir aspirava o perfume dela no travesseiro e sentia a cama de casal muito grande e fria.

Certo dia, em Los Angeles, Sam estava prestes a sair para levar Valentina ao colégio.

– Eu preparei seu lanche, mas não vejo sua lancheira Tina, cadê? – perguntou a loira à pequena.

– Eu deixei no sofá madrinha – respondeu a ruivinha, correndo para pegar.

A loira foi abrindo a porta e deu de cara com um moreno:

– Freddie?!

– Pensou que ia se livrar de mim fácil Puckett?


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