Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 132
O nono aniversário


Notas iniciais do capítulo

Isabelle completa nove anos, Eddie e Nick completam 5 anos.



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Quando Sam abriu a porta do seu apartamento deu de cara com Mandy.

– Não acredito que teve a audácia de vir até aqui buscar o Freddie para o encontro! - falou Sam, muito irritada, acertando a meia de manteiga nas nádegas de Mandy, fazendo a moça gritar, tentando correr em vão, já que a loira já a imobilizava.

Freddie ouviu os gritos e correu para lá.

– Para com isso Sam, lesão corporal é crime, não vale a pena se ferrrar por causa da Mandy – puxando a esposa e conseguindo fazê-la soltar Mandy.

As crianças já assistiam à cena.

– Briga, briga, briga! - incentivava Isabelle.

– Solta a mamãe, deixa ela dar uma surra nessa mané, papai – pediu Nick - Vai mamãe!

– Bater nas pessoas não é legal – falou Eddie.

Freddie falou à esposa:

– Eddie tem razão. Sam, respira, olha os nossos filhos.

A loira parou de se debater nos braços do marido e Mandy falou, chorando:

– Eu sinto muito. Eu só vim aqui para pedir perdão e dizer ao Freddie que não precisava mais ir ao encontro. Estou envergonhada da minha conduta. Eu amo Seddie e estava prestes a destruir o amor de vocês por uma criancisse. Confesso que quando vi o Freddie tão bonito, tão diferente do que ele era na adolescência, aflorou uma paixãozinha, então, depois que meu namorado me deixou, pensei que Freddie seria capaz de me devolver a alegria. Fui estúpida! Quando estava me arrumando para o encontro, fiquei me sentindo a pior pessoa do mundo, porque eu acabaria com meus ídolos. Espero que possam me perdoar.

– Não podemos não, melhor sumir daqui – disse Sam.

– Sam! - ralhou Freddie.

– Não precisam se preocupar, não vou incomodá-los nunca mais. Vou mudar de cidade, para voltar a morar com meus pais. Nada mais me prende a Seattle. Não tenho mais namorado, minha sociedade na clínica veterinária foi desfeita e eu quase arruinei a vida dos meus maiores ídolos.

– Já vai tarde – falou Sam.

– Tem razão. Desejo, de coração, que sejam muitos felizes. Seddie é a história de amor mais linda que eu já conheci. Vocês mostram como os opostos se atraem e como é possível construir uma família e uma vida feliz juntos, apesar de todas as diferenças. É fácil amar o semelhante, mas precisa de muita paciência e de muito amor para conviver com alguém tão diferente de nós. Meus parabéns. Um dia quero viver um amor tão forte quanto o de vocês.

Mandy foi embora, Sam e Freddie entreolharam-se.

– Eu até fiquei com pena dela – comentou o moreno.

– Eu estou é aliviada que ela foi embora e eu espero, sinceramente, que para sempre. Você tem coração muito mole bebê.

– E você é muito dura lindinha – disse Freddie, puxando-a pela cintura para si – Numa coisa nós dois temos que concordar que ela tem razão. Somos os opostos, mas nós amamos acima de tudo.

Os dois se beijaram. Era um beijo calmo, saboreando os lábios um do outro.

As mãos de Sam passeavam pela nuca e cabelos do marido, enquanto ele apertava a cintura dela e subiu uma das mãos para acariciar as suas costas. Foram intensificando o beijo quando ele pediu passagem para a sua língua.

As crianças voltaram para os seus quartos, assim que viram os pais começarem a se beijar, onde estavam distraídos com computadores e video-games.

No dia seguinte, Sam e Freddie ainda dormiam de conchinha, quando o celular de Sam começou a tocar, acordando o casal.

A loira sentou-se na cama:

– Que inferno! Esqueci de desligar ontem a noite!

– É que você estava muito ocupada com os meus beijos e os meus carinhos – falou Freddie, dando um beijo no pescoço dela, fazendo-a se arrepiar.

– Nerd convencido! Deixa eu ver quem é o inconveniente que liga às 6h – disse Sam, pegando o celular no criado-mudo – Só podia ser a Cat. Essas minhas melhores amigas sempre escolhem o pior momento para falar comigo.

Sam atendeu e ouviu a voz fina de Cat, empolgada do outro lado da linha:

– Sam, eu estou grávida! Não é incrível?!

– Na verdade, faz parte da natureza Cat, não é um fenômeno tão incrível assim.

– Você entendeu o que eu quis dizer Sam!

– Claro que entendi, só estou brincando com você cabeça de fósforo. Meus parabéns! Estou muito feliz por você e pelo Robbie. Mas, bem que você poderia ter esperado mais algumas horas para me dar a notícia.

– Eu não ia aguentar a ansiedade.

– Tenho certeza disso, garota.

– Eu tô feliz, mas tô com medo também.

– Medo de quê? Você já tem uma filha. Os que vêm depois não têm mais mistério.

– É que eu amo tanto a Valentina. Não sei se vou conseguir amar tanto o meu segundo filho ou filha.

– Isso é bobagem. O amor pelos filhos só se multiplica com a chegada de mais um, ou de mais dois, como foi o meu caso.

– Vou acreditar em você.

– Faça isso. Agora me deixa dormir Cat.

– Tá bom. Quando eu descobrir o sexo do bebê ligo pra te contar.

– Não faça isso muito cedo ou muito tarde.

– Você é engraçada Sam – disse Cat, rindo e desligando o telefone.

Freddie perguntou ao ver Sam desligar o celular:

– Cat está grávida?

– Sim. E vai me ligar no momento mais inoportuno, de novo, quando descobrir o sexo do bebê. Se eu me esquecer de desligar o celular por sua causa de novo, você vai apanhar – dando um tapa no braço dele.

Freddie a imobilizou na cama, ficando por cima dela.

– Bate agora – segurando os braços dela para cima.

– Não me provocada Freddinardo! - disse Sam, dando uma mordida no braço do marido.

– Ai Sam! Aprendeu isso com o Bolinha?

– Ele é um bom professor – zombou a loira.

– Eu também sei morder – disse Freddie, dando uma mordida leve na orelha dela, depois no pescoço, chupando o local.

– Mais um roxo pra esconder com o cabelo – reclamou ela, aproveitando a distração dele, que afroxou o aperto nos braços dela, virando-se sobre ele – Minha vez bebê – mordiscando o pescoço dele e descendo para o abdomên.

– Já se divertiu bastante Samantha – virando-se sobre ela.

Os dois começaram um beijo quente e logo estavam se amando, aproveitando que haviam acordado uma hora antes.

Mais tarde, no café da manhã, Isabelle reparou na mordida no braço do pai, questionando:

– Bolinha te mordeu, papai?

– Pois é, o Bolinha... - disse Freddie, olhando para Sam, que riu com deboche.

Bolinha deu uma latida, como que se insurgindo por ser acusado de algo que não fez.

Isabelle pegou um pedaço de panqueca e queria dar ao cachorro, imaginando que estava com fome.

– Não Isabelle! - gritou Sam – Lembra-se que ele quase morreu por comer o que não devia? Dê essa maçã a ele – falou atirando a fruta para a filha, que a pegou no ar.

– Tá bom, vou tomar mais cuidado – prometeu Isabelle, enquanto cortava a fruta.

– Sam, deveria ter cortado a maçã, é perigoso a Belinha mexer com faca – observou Freddie.

– Ela tem quase 9 anos. Vai fazer que nem a sua mãe, que não te deixava mexer em objetos pontiagudos aos 15 anos?

Isabelle interveio:

– Antes que vocês comecem a discutir como sempre. Tenho algo importante a dizer.

– Nós temos né Belinha? - falou Nick.

– Tá, que seja. O fato é que o meu aniversário e o dos bebês bobões está chegando...

– Ei! Mais respeito – insurgiu-se Eddie.

– Cresça e apareça carinha. Enfim...

– Nós queremos uma festa do pijama – adiantou-se Nick, cortando a irmã.

– Eu estava falando, mané – disse Isabelle, dando um peteleco na orelha do irmão.

Nick começou a puxar os cabelos longos de Isabelle, que puxou o topete do irmão em retribuição.

– Parem agora! Se não ninguém vai ganhar festa de aniversário – determinou Sam autoritária, fazendo as crianças cessarem as agressões mútuas.

– Festa do pijama é realmente divertida – observou Freddie.

– Mas não temos espaço aqui para um bando de crianças de pijama fazendo bagunça a noite inteira, porque ninguém dorme numa festa de pijama. Então, sem chance – decidiu Sam

– Ah mamãe! Deixa, por favor – pediu Eddie, abraçando Sam com seu jeito carinhoso.

– Carly fez uma festa do pijama uma vez e foi muito divertido. Não se lembra Sam?

– Claro que me lembro. Foi quando Gibby dormiu e eu virei o ponche nas calças dele. Ele acordou pensando que tinha feito xixi – contou Sam, rindo.

– Por isso que eu sempre procurava dormir com um olho aberto e outro fechado quando você estava por perto.

– Então está fazendo isso há quase 9 anos, amor.

– Eu bem que deveria. Por que você continua com a mania chata de me jogar da cama enquanto eu durmo, nos seus ataques.

– É divertido ver a sua cara de pateta acordando no susto quando me irrita – falou Sam, rindo.

– Também queremos nos divertir mamãe. E não precisa ser aqui. O apartamento é realmente pequeno para tantas crianças. Foi por isso que eu falei com o vovô – contou Isabelle.

– E seu avô vai querer um bando de crianças correndo pela mansão a noite toda e destruindo seus móveis chiques e suas obras de arte? - indagou Sam.

– O vovô faz qualquer coisa por mim, ele me ama – gabou-se Isabelle.

– Então, se meu pai vai correr o risco, vão em frente – cedeu Sam.

O dia da festa de aniversário de 9 anos de Isabelle e de 5 anos de Edward e Nicolas chegou.

Isabelle vestiu seu pijama rosa mais bonito e pantufas da mesma cor.

Sam já havia colocado o pijama favorito de Nick, de Guerra nas Galáxias, com várias naves espaciais desenhadas num fundo azul marinho e tentava colocar o pijama de ursinho com fundo azul claro em Eddie, mas ele se recusava.

– Não vou colocar pijama de bebê!

– Mas é o seu preferido, meu filho. O que deu em você. Quer dar defeito como seus irmãos, agora? Pensei que era o único a me dar sossego.

– Eu vou fazer 5 anos, já sou um homem, mamãe.

Sam começou a rir:

– Tá bom meu pequeno grande homem – dando um beijo na bochecha do filho – Agora vista seu pijama e não aborreça a mamãe.

– Estou falando sério mamãe. Não posso colocar pijama de bebê, porque minha namorada não pode me ver assim.

– Namorada?! - perguntou Sam, surpresa.

– Sim, o nome dela é Susan e ela estuda comigo.

– Os dois sempre fazem lanche juntos – contou Nick.

– Você não tem idade para ter uma namorada Edward Puckett Benson! Eu sou a única mulher da sua vida e vou continuar sendo por um bom tempo.

Freddie estava entrando e ouviu a conversa, rindo:

– Que bobagem ter ciúme de um namorinho bobo de criança Sam – ironizou ele – Não era isso que me dizia em relação ao “namoro” - fazendo aspas com as mãos – da Belinha com o Rick?

– Pra mim já deu. Convença seu filho a colocar o pijama, ou vai pelado, pra mim tanto faz – falou Sam, saindo do quarto raivosa.

Freddie abriu o guarda-roupa dos filhos, dizendo:

– Podemos encontrar outro pijama para você Eddie. Vai ficar bonitão para a sua garota. Papai tá orgulhoso – enquanto procurava outro pijama, tirando um que era todo azul, sem desenhos – Esse aqui é mais de homem, filho.

Eddie vestiu o pijama satisfeito.

A família Puckett Benson chegou à mansão de Charles, acompanhada da família Shay Gibson.

Charles e Marissa foram recebê-los.

– Espero que esteja do agrado de vocês – disse Charles, mostrando a decoração da grande sala cheia de motivos infantis que remetiam à sono e pijama, com personagens da Disney dormindo e em trajes de dormir.

– Ficou fantástico! - elogiou Freddie.

– Ficou muito bacana mesmo. Muito obrigada pai, por tudo – agradeceu Sam.

– Samantha você tem que me agradecer, já que não se deu ao trabalho de fazer nada para o aniversário dos próprios filhos – atacou Marissa à nora.

– E a senhora me deu tempo de fazer alguma coisa? - revidou Sam.

– A senhora está realmente de parabéns, a decoração ficou muito linda! - elogiou Carly, para tirar o foco da discussão.

Marissa começou a conversar com Carly, dando sossego à Sam. Gibby foi à cozinha para ver ser os funcionários do restaurante estavam preparando os salgados e doces para servir às crianças na festinha que estava prestes a começar.


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