Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
Informo aos leitores que eu dei uma incrementada na fic, colocando fotos e gifs nos primeiros capítulos.
A festa rolava animada, com músicas infantis, muitos doces e salgados e até com show de mágica.
Os colchonetes para as crianças estavam espalhados pela sala, mas ninguém queria dormir.
Sam, Freddie, Carly, Gibby, Marissa e Charles desdobravam-se para manter as crianças em segurança.
Alisson comentou com Isabelle, assim que as duas foram descobertas escondidas em baixo da escada, perdendo o pique-esconde e resolvendo irem pegar refrigerante:
– Sua festa está demais! Sempre quis ter uma festa do pijama, mas meus pais não acham legal - pouco depois de tomar um gole de refrigerante.
– Eu convenci meu avô, daí foi fácil – contou Isabelle, rindo e quase cuspindo o refrigerante que tinha colocado na boca.
– Por que o Bolinha não veio? - perguntou Cris, que também tinha sido encontrado atrás de um grande vaso de plantas.
– Meus pais falaram que não ia dar muito certo um bando de crianças com um cachorro por perto.
Mabel apareceu:
– Belinha, avisa seus pais que o Eddie está pegando doces, ele não pode comer.
– Eu sei! - falou Isabelle, caminhando apressada até o irmão – Eddie, o que está fazendo? - tirando os doces das mãos do garoto – Não pode comer isso! Quer passar mal no meio da sua festa?
– Não vou comer, são para a minha namorada – explicou o garoto.
– Você não tem idade para ter uma namorada.
– Mas eu tenho. Olha como ela é bonita – disse Eddie, apontando para uma menina que aparentava ter 5 anos, morena.
– É bom que ela te trate muito bem, porque ninguém folga com meu irmãozinho – disse Isabelle, devolvendo os doces para Eddie – Entregue a ela, mas não coma nenhum.
O garoto fez o que a irmã disse. Isabelle voltou a conversar com Cris, Alisson e Mabel.
– Por que devolveu os doces pro Eddie? - perguntou Mabel, surpresa.
– Ele não vai comer, são para a namorada dele – respondeu Isabelle.
– Ele já tem namorada? - perguntou Alisson, surpresa.
– Pois é. Já tá melhor que o Cris, que vai ficar pra titio – zombou Isabelle do amigo.
– Quem desdenha quer comprar Belinha – respondeu Cris, saindo dali com um copo de refrigerante na mão e com um sorriso debochado.
– Esse garoto tá tirando com a minha cara? - perguntou Isabelle para Mabel e Alisson.
– O Cris acha que você gosta dele Belinha – respondeu Alisson.
– É um babaca. Eu não gosto do Cris. Ele vai ver só, não perde por esperar...
– O que vai fazer com ele Belinha? - perguntou Mabel, preocupada.
– Vai ver... todos vão ver...
Pouco depois, Isabelle estava no segundo andar da mansão do avô, olhando para a sala no andar de baixo.
– Vai lá Ali – determinou Isabelle à amiga.
– Não quero fazer isso Belinha, tenho pena do Cris.
– Você é minha melhor amiga ou não é?
– Claro que eu sou, mas também sou amiga do Cris.
– Então fica com ele e nunca mais fala comigo. Se não fizer o que estou mandando a nossa amizade acaba aqui.
– Não! Está bem, eu vou fazer isso...
Isabelle viu quando Alisson atraiu Cris para o local indicado e jogou um balde de água em cima dele, fazendo todos os convidados se calarem, assustados ao ver o banho do menino.
– Bem feito Cris! Pra deixar de ser tão metido! - gritou Isabelle, do andar de cima, com o balde nas mãos.
O garoto olhou para cima, abaixou a cabeça e correu para o colo da mãe, que já o esperava de braços abertos.
Carly ficou brava com Sam:
– Eu já vou embora, meu filho está encharcado por causa da sua filha!
– Relaxa Carls, foi só uma brincadeira – disse Sam, rindo.
– Não teve a menor graça. Meu filho pode até ficar gripado! Passou uma vergonha na frente de todo mundo! Você deveria se comportar como uma mãe madura e dar uma bronca na sua filha!
– Você não tem que me ensinar como ser uma boa mãe Carly!
– Ah eu tenho sim, já que você não sabe impor limites à sua filha!
– Você que tem que ensinar o seu filho a levar as coisas mais na esportiva. O garoto não vai morrer por causa de um banho.
– Você continua uma inconsequente Sam, apesar de velha e mãe. Você é o tipo de pessoa que não deveria ter tido filhos.
– O que disse Carly?
– Você ouviu muito bem Sam! Agora vou levar meu filho pra casa, ele precisa trocar de roupa antes que pegue uma pneumonia.
– Eu não tenho culpa das suas frustrações em relação à maternidade Carly!
Carly ignorou Sam e foi embora com Cris, seguida por Gibby e Mabel.
Sam chutou um vaso decorativo longe. Freddie se aproximou da esposa.
– O que foi isso Sam?
– Não vem me atazanar nerd! Já aviso que estou nervosa e vai acabar sobrando pra você. Carly conseguiu me tirar do sério.
– Ela ficou brava por causa do banho do Cris?
– Eu diria que mais que brava, ela passou de todos os limites por causa de uma brincadeira de criança. Ela me insultou.
– Sam, vocês são melhores amigas. Carly estava nervosa, você também. Tenho certeza de que falaram coisas que não pensam de verdade.
– Não sei se ela ainda é a minha melhor amiga.
– Não diga isso.
Sam ia responder, mas viu Nick descendo pelo corrimão da escada, gritando, nervosa:
– Nick, desça daí! Se cair e se quebrar vai apanhar! - correndo para tirar o menino de lá.
A festa terminou ao amanhecer, com pais chegando para levar seus filhos adormecidos em seus braços.
Charles convidou a filha, o genro e os netos para permanecerem ali mais um dia, e eles aceitaram por estarem exaustos.
No dia seguinte, a família Puckett Benson voltou para casa. Encontraram Carly e Cris na portaria do Bushwell. Não se cumprimentaram.
Freddie tentou quebrar o clima:
– Olá Carly e Cris! Tudo bem com vocês?
– Oi Freddie – cumprimentou Carly, séria, saindo com o filho.
Quando entraram no apartamento, Freddie falou com Sam:
– Você tem que ir conversar com a Carly, precisam se entender. São melhores amigas há quase 20 anos.
– Ela que venha falar comigo. Foi ela que começou a me agredir.
– Não importa quem começou. Vocês estão se comportando pior que Belinha e Cris. Vão ficar de mal por causa da briga de duas crianças?
– Ela que foi infantil de vir brigar comigo por causa da briga de duas crianças.
– Ah Sam... Vocês duas são terríveis quando ficam de mal.
Na segunda-feira, Isabelle chegou ao colégio levada por Freddie. Logo, encontraram Carly e Cris.
– Oi mané! - cumprimentou Isabelle, puxando a mochila de Cris, perto dos armários.
– Eu não quero papo com você, Senhorita Benson – respondeu Cris, com frieza.
– Uh! Será que devo te chamar de Senhor Shay – zombou Isabelle.
– Chame como quiser, não somos mais amigos. Não depois do que você fez comigo na sua festa.
Alisson se aproximou:
– Cris, eu sinto muito.
– Sei que ajudou ela, mas não te culpo, sei como ela consegue convencer as pessoas a fazerem o que ela quer.
De repente dois garotos se aproximaram e começaram a rir de Cris:
– Anda chuvendo na sua cabeça Cris?
– Cuidado com a chuva!
Os dois começaram a imitar índios fazendo dança da chuva.
Isabelle deu impulso e pulou em cima de um dos garotos, jogando-o no chão e caindo por cima. O outro tentou segurá-la, mas levou um chute e acabou caindo também.
– Ninguém tira onda com a cara do meu amigo! - disse a loirinha, com o rosto vermelho de raiva.
Senhorita Briggs foi separar a briga:
– Tinha que ser a filhote da Puckett! A senhorita tá encrencada! Vai passar seu final de semana na detenção. Diretor Franklin não vai aliviar dessa vez – enquanto puxava Isabelle pelo braço em direção à sala do Diretor.
Enquanto isso, do lado de fora do colégio, Freddie tentava convencer Carly a conversar com Sam.
– Não adianta insistir Freddie. Eu não vou falar com a Sam. Ela me magoou muito. Colocou o dedo na minha ferida e isso não se faz – contou Carly.
– Mas você também disse coisas a ela que a machucaram.
– Eu entendo que fique do lado dela, afinal, é a sua esposa.
– Não estou do lado dela, nem do seu. Eu só quero que façam as pazes. Carly, uma amizade de quase 20 anos não se joga no lixo por uma bobagem.
– Acha que o que aconteceu com meu filho foi uma bobagem? Acha que o fato da Sam ter me dito que eu sou frustrada na maternidade também é uma bobagem?
– Não foi isso que eu quis dizer Carly. Só quero dizer que vocês têm uma história, uma amizade longa e muito bonita e não podem ficar de mal por causa de uma situação.
– Quando a Sam admitir o erro dela, também admitirei o meu – concluiu Carly, colocando seus óculos escuros e acionando a chave para abrir seu carro, entrando, dando partida e seguindo para o seu trabalho.
Freddie foi até o seu carro e fez o mesmo.
Mais tarde, no recreio do Ridgeway, Cris aproximou-se de Isabelle.
– Vai brigar comigo de novo por eu ter te defendido? - perguntou a menina.
– Não. Eu vi que é minha amiga de verdade, apesar de ser má comigo às vezes.
– Só eu posso ser má com você Cris.
As duas crianças trocaram um olhar e um sorriso.
Naquele final de tarde. Sam foi buscar Eddie e Nick no colégio.
Eddie saiu da sala de mãos dadas com Susan.
– Já pode soltar o meu filho agora – determinou Sam à garotinha, pegando Eddie no colo.
– Me coloca no chão, mamãe, não sou mais bebê – pediu Eddie, debatendo-se.
Sam atendeu ao pedido do filho. Uma mulher morena, de olhos castanhos e cabelos ondulados, aproximou-se:
– Você deve ser a mãe do Edward.
– E quem é você? - indagou Sam.
– Sou Anne, a mãe da Susan. Os dois são muito amigos. Gostaria de saber se seu filho pode ir brincar com a minha filha no final de semana, lá em casa.
– Não vai dar. Eddie nunca foi sozinho a lugar nenhum.
– Mas eu e meu marido vamos cuidar dele, não estará sozinho.
– Ele não fica muito tempo longe de mim, acaba chorando.
– Fico sim, mamãe. Eu quero ir – manifestou-se Eddie.
– Ele acabou de fazer 5 anos, quem sabe quando crescer mais um pouco – desculpou-se Sam.
– Você pode ir junto com ele. Nós ficamos conversando enquanto as crianças brincam. Eu preparo um bom lanche...
– Você disse lanche?
– Sim.
– Então tá, passa o seu endereço e nos vemos no final de semana.
Na saída do colégio, Sam quase esbarrou em Carly, que havia ido buscar Mabel. As duas trocaram um olhar raivoso e não se cumprimentaram.
Sam chegou em casa com os gêmeos e encontrou Freddie.
– Chegou cedo bebê – observou ela, dando um selinho no marido.
– Hoje o movimento tá fraco na Pera Store e eu tinha um trabalho da faculdade pra fazer, então pedi pra um funcionário cobrir o turno pra mim, depois eu compenso – explicou ele.
– Que bom. Está com fome? - perguntou Sam, enquanto largava as mochilas dos filhos em cima do sofá.
– Já fiz um lanche, obrigado.
– Espera aí, tá faltando um filho. Cadê a Belinha? Ainda no apartamento da sua mãe?
– Tem uma coisa que eu quero que você veja...
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