Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 131
Mandy volta a atacar


Notas iniciais do capítulo

O capítulo contém sugestão de "LudmilaKarol" no sentido de que Mandy dá em cima de Freddie e este conta para Sam.



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As batidas na porta finalmente cessaram e a família Puckett Benson pode voltar a comer em paz.

Enquanto isso, no apartamento 8-C, Carly e Gibby estavam prestes a sair. A morena levaria Cris e Isabelle para o colégio, partindo para o seu trabalho em seguida, enquanto Gibby deixaria Mabel na casa da avó Charlotte e partiria para o restaurante. A campainha tocou.

– Deve ser a Sam trazendo a Belinha – disse Carly à família, indo abrir a porta – Você? - surpreendeu-se ela ao ver Mandy parada a sua frente com um sorriso enorme.

– Aahhh Carly! Você ficou ainda mais bonita com o tempo! - elogiou Mandy, abraçando a morena.

– Valeu, você também – falou Carly, enquanto soltava-se do abraço.

– Quem é você? - perguntou Gibby.

– Vai dizer que já se esqueceu de mim? Sou eu, a super-fã do ICarly: Mandy!

– Ah, lembrei! A pirada que imitava pato.

– Não faço mais isso. Mas, você ainda fala Gibeehhh né?

– Só em ocasiões especiais.

– Agora é uma ocasião especial. Faz pra mim? Por favor, por favor, por favor...

– Está bem. Gibeehhh!

– Isso é tão legal! - disse Mandy, abraçando Gibby sem querer soltá-lo.

– Já tá bom né Mandy? - indagou Carly, puxando-o.

– Desculpa Carly, eu me empolguei. Mas juro que foi um abraço respeitoso. Na verdade, eu amo Cibby! Nunca imaginei que um dia poderiam ficar juntos e se casar, mas eu achei muito fofo!

Cris se manifestou:

– Vamos mamãe? Eu não posso me atrasar para a aula.

Gibby já pegava Mabel no colo, até então quase dormindo sentada no sofá.

– Oh! A filha do Gibby e o filho da Carly são muito lindos! Mas quando vão fazer um bebê Cibby, heim? - perguntou Mandy.

Carly ressentiu-se com a pergunta e disse, irritada:

– Já chega Mandy! Temos mais o que fazer! Estávamos de saída caso não tenha percebido!

– Ok. Então eu volto em outra hora, quando estiverem com mais tempo. Eu adoraria saber como é o cotidiano Cibby – falou Mandy.

– Vai ficar querendo! - disse Carly, empurrando Mandy porta a fora e a fechando.

Gibby olhava assustado para Carly, indagando:

– O que foi isso amorzinho?

– Ela é insuportável! Insuportável! Agora, vamos logo – puxando Cris pela mão em direção ao elevador.

– Mas e a Belinha mamãe? - perguntou Cris.

– Eu mando uma mensagem pra Sam nos encontrar na portaria.

No corredor, Sam saiu do elevador com Isabelle e deu de cara com Mandy.

– Oi Sam! - cumprimentou Mandy, animada, abraçando a loira, que logo a empurrou – Eu fui mais cedo no seu apartamento. Não escutaram a campainha?

– Só se fóssemos surdos – comentou Isabelle, rindo, recebendo um beliscão da mãe – Ai!

– Nós somos praticamente surdos – disse Sam.

– Como assim? Surdos? Essa é nova pra mim – falou Mandy.

– O que você disse? - perguntou Sam.

– Que eu nunca soube que eram surdos.

– Ahn? Fala mais alto!

– Eu disse que...

Sam já caminhava de volta ao elevador e foi rápida ao entrar, junto com Isabelle, e fechar a porta, deixando Mandy no oitavo andar, falando sozinha.

Na portaria, Carly, Gibby e as crianças já esperavam Sam e Isabelle, ansiosos.

– Aquela louca da Mandy foi bater no meu apartamento logo cedo! - contou Carly, nervosa, assim que viu a amiga e a afilhada.

– Eu sei, acabei de ter o desprazer de esbarrar com ela – falou Sam.

– O que faremos? Ela vai começar a nos perseguir de novo!

– Eu posso usar minha meia de manteiga. Ela tá parada há muito tempo e louca para entrar em ação.

– Tudo você quer resolver com violência Sam.

Isabelle interveio:

– Já que não vai usar, bem que você poderia me dar a sua meia de manteiga mamãe.

– Pra quê? - quis saber Sam.

– Deve ser divertido bater nas pessoas com isso. Eu poderia começar testando no Cris – respondeu Isabelle olhando para o amigo com um olhar ameaçador.

Carly se manifestou:

– Você não vai dar sua meia de manteiga pra sua filha bater no meu filho, Sam!

– Não, minha meia de manteiga é de estimação. Arranje outro meio de bater no seu amigo – disse Sam à filha.

– Sam!!! - falou Carly, indignada.

Isabelle olhou para Cris e disse:

– Meios não me faltam.

– Eu não tenho medo de você – falou Cris.

– Pois deveria.

Naquela noite, Carly chegou da pós-graduação e encontrou Gibby sentado na sala, olhando para a televisão, mas esta estava desligada.

– Boa noite mozão. Acho que se esqueceu de ligar a televisão – comentou a morena, rindo, enquanto se aproximava dele, beijando-o nos lábios.

– Não, foi de propósito. Penso melhor no silêncio. Consigo ouvir a voz aqui dentro da minha cabeça. Senta aqui, amorzinho – pediu ele batendo no sofá.

Carly sentou-se ao lado dele e Gibby segurou as mãos dela, dizendo:

– Eu acho que deveríamos ter um filho.

– Isso é cruel! - disse Carly, indignada, puxando as mãos e levantando-se do sofá – Sabe que eu tenho problema pra engravidar. Pensei que pelo fato de você já ter uma filha não iria ficar me pressionando com isso! Será possível que todos os homens são iguais? - perguntou Carly, com lágrimas escorrendo por sua face.

– Calma amorzinho, você entendeu mal, deixa eu explicar... - falou Gibby, tentando abraçá-la.

– Não me manda ficar calma! - gritou ela, empurrando ele.

– Eu ia propôr tentarmos um tratamento de fertilização artificial. Eu sei que isso é importante pra você. No fundo quer muito ser mãe...

– Eu já sou mãe do Cris!

– Eu sei. Mas, você gostaria de gerar uma criança na sua barriga, não gostaria?

– Não! Eu não gostaria.

– Então por que ficou abalada com o que a Mandy disse?

– A Mandy me deixou abalada porque é um chata desiquilibrada.

– Mas não pareceu que foi só isso...

– Chega Gibby! Hoje você vai dormir na sala por ter me irritado com essa conversa.

– Mas tá frio.

– Problema seu! - falou Carly, subindo as escadas com passos pesados, fazendo ainda mais barulho com seus saltos.

Carly não conseguia dormir, sentia peso na consciência. Olhou para o relógio e viu que já era quase 2h da madrugada. Levantou-se e desceu à procura de Gibby, mas não o encontrou no sofá. Começou a ouvir um choro vindo de trás da sua porta. Abriu e viu Mandy cair para o lado de dentro. Ela estava sentada, encosta à porta do apartamento 8-C, entre soluços.

– O que faz aqui a essa hora? - perguntou Carly, surpresa.

Mandy se levantou, esfregou os olhos, tentando secar as lágrimas que não paravam de cair e disse:

– Desculpe. Eu estou muito triste e me sinto melhor aqui. Perto de tudo que me faz lembrar o ICarly. Já estou de saída.

Carly ficou com pena:

– Mandy, espera. O que aconteceu para você ficar desse jeito?

– Meu namorado terminou comigo e quer desfazer a sociedade também. De repente, vou perder tudo o que tenho.

– Você tem a sua família e os seus amigos.

– Não tenho não. Meus pais não são muito certos da cabeça e mudaram de cidade há alguns anos. Não tenho amigos. Eu tenho um gato, mas nem ele gosta de mim, vive me arranhando, olha só – mostrando o braço cheio de arranhões.

– Nossa! Isso deve doer.

– Arde um pouco, mas já estou acostumada, porque ele é minha única companhia – contou Mandy, voltando a chorar.

– Entra um pouco Mandy. Eu posso fazer um chá pra você se acalmar.

– Valeu – agradeceu Mandy, tentando secar as lágrimas mais uma vez e entrando.

Mandy sentou-se no sofá enquanto Carly fazia o chá.

– Tenta se acalmar Mandy. Eu sei que o fim de um relacionamento é difícil, eu já tive vários... - começou a falar Carly, enquanto entregava o chá à moça.

– Você já namorou o Freddie? Creddie já existiu? - perguntou Mandy, de repente.

– Isso não tem importância, estamos falando de você.

– Vocês nunca oficilizaram um namoro para os fãs, mas muitos acreditam que existiu, inclusive eu. Por favor, me conta.

– Mandy, Freddie é o marido da minha melhor amiga e meu melhor amigo também.

– Mas melhores amigos ficam às vezes. Vocês devem, pelo menos, ter dado uns beijinhos ou até feito outra coisa. Ainda mais que Freddie é um gato, quem resistiria?

– Mandy, acho melhor você dormir. Amanhã vai acordar se sentindo melhor. Vou buscar um travesseiro e uma coberta pra você. Essa noite está fria – disse Carly, desconversando, e subindo as escadas.

Na manhã seguinte, Carly encontrou Gibby no antigo estúdio do ICarly.

– Onde o senhor se meteu? - perguntou a morena, colocando as mãos na cintura.

– Por que quer saber? Não foi a senhora que me expulsou do quarto? Tava frio, sabia?

– Sabia. Por isso que eu me arrependi e fui te chamar na sala, mas não te encontrei. Na verdade, encontrei a Mandy e acabei cedendo o sofá pra ela.

– A Mandy tá aqui?

Nisso, Mandy apareceu:

– Bom dia casal Cibby!

Carly virou-se rapidamente ao ouvir a voz dela:

– Já acordou Mandy? Dormiu bem? - perguntou a morena, forçando um sorriso.

– Muito bem. Foi ótimo passar a noite no apartamento que serviu de estúdio ao ICarly! Fazia tanto tempo que eu não vinha ao seu sótão. Estão usando esse espaço pra quê agora?

– Virou depósito – contou Gibby, mostrando várias caixas de papelão empilhadas.

– Sério? Que pena – lamentou Mandy, fazendo uma cara triste.

– Acho que já tá na hora de você ir né Mandy? - indagou Carly.

– Já? Mas eu ainda nem tomei o café da manhã. O que tem pro café da manhã?

– Nada demais, nós não temos muito tempo pra preparar. Melhor você tomar café na padaria da esquina, é ótimo – disse Carly, puxando o braço de Mandy para que ambas descessem as escadas.

Mandy saiu do apartamento e encontrou Freddie no corredor.

– Oi Freddie! - praticamente pendurando-se no pescoço dele.

– Oi Mandy – cumprimentou o moreno, afastando-a.

– Muito bom te encontrar por aqui. Veio falar com a Carly?

– Não. Minha mãe mora aqui na frente. Vim trazer os gêmeos, porque minha mãe cuida deles pela manhã.

– Que legal! Agora me conta: Creddie existiu?

– Ahn?

– Eu perguntei à Carly, mas ela não quis me responder, embora tenha dado muita bandeira de que existiu, porque se não, bastava responder que não. Então me conta: vocês namoraram por quanto tempo?

– Isso já faz muito tempo Mandy e não tem mais importância. Carly é a minha melhor amiga e o que sinto por ela hoje é totalmente fraternal.

– Triste pra ela né? Ninguém quer ser só amiga de uma galã como você. Todas querem te pegar, inclusive eu – colocando os braços em volta do pescoço dele.

Freddie afastou Mandy:

– Para com isso, eu sou casado.

– Eu não sou ciumenta. Juro que não conto para Sam.

– Se ela souber que está fazendo isso ela te mata. Sabe que não deve brincar com ela.

– Um beijo.

– O que?

– Só quero um beijo. Se me der um beijo já posso morrer feliz.

– Nós estamos no corredor entre os apartamentos da minha mãe e dos meus melhores amigos.

– Tem razão, alguém pode ver e contar para a Sam. Podemos nos encontrar mais tarde, num pub.

– Eu não vou fazer isso.

– Por que? Você me acha feia?

– Não é nada disso. O tempo até que te fez muito bem, mas eu sou fiel à Sam.

– Você é o meu sonho Freddie Benson e eu não quero acordar. Ou você se encontra comigo no pub mais tarde ou eu vou falar para a Sam que você tentou me agarrar no corredor, inclusive, posso começar a fazer um escândalo agora mesmo.

– Não, por favor! Está bem, eu me encontro com você mais tarde no pub.

– Eba! - comemorou Mandy, dando um beijo estalado na bochecha de Freddie e saindo.

Mais tarde, no apartamento 13-B, Freddie tentava arrumar suas coisas para a faculdade, mas derrubava tudo no chão, soltando um palavrão.

– O que foi isso bebê? - perguntou Sam, surpresa.

– Nada, o livro caiu no meu pé.

– Tá com a mão furada? Já é o terceiro que derruba.

– É só pressa.

Sam aproximou-se do marido e viu que suas mãos estavam trêmulas.

– Você está nervoso e vai me falar agora o que está acontecendo.

– Tenho uma prova difícil pra fazer – mentiu ele.

– Freddie, olha pra mim – pediu Sam, virando a cabeça dele para ela – Não me esconda nada. Nosso casamento já terminou duas vezes por causa de coisas que deixamos de contar um ao outro, quer que isso aconteça pela terceira vez?

– De jeito nenhum. Sam, eu te amo – disse ele, fazendo carinho no rosto dela.

– Eu também te amo. Mas, um casamento não vive só de amor, também tem que ter confiança.

– Você tem razão. Eu vou te contar tudo, mas prometa que não vai sair por essa porta e matar uma pessoa em seguida.

– Eu não mato ninguém, só mando para o hospital.

– Sam, você é adulta e mãe. Não vá agir sem pensar pra se arrepender depois. Você pode responder na justiça.

– Já vi que a coisa é feia. Esse seu discurso já tá me deixando nervosa. Desembucha logo nerd!

– Mandy quer ter um encontro comigo.

– E você vai? - perguntou Sam, exaltada, acertando um tapa na orelha de Freddie.

– Ai! Desse jeito vou ficar completamente surdo. Eu ia porque ela me ameaçou.

– Ameaçou de que?

– Nos encontramos no corredor mais cedo e ela disse que faria um escândalo ali mesmo, dizendo que eu estava tentando agarrá-la se eu não aceitasse e que ela ia falar isso para você.

– Eu não iria acreditar nela!

– Mas a polícia poderia acreditar.

– A “quá-quá” vai se ver comigo! - disse Sam, nervosa, tirando a meia de manteiga de baixo da cama, onde mantinha escondida.


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