Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 126
Bebê Spencer


Notas iniciais do capítulo

Bom final de semana!
Boa leitura!



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Mais uma manhã nublada em Seattle. As nuvens cinzas anunciavam chuva iminente. Sam e Freddie tinham muitos compromissos, mas algo era mais importante que qualquer coisa. Foram para a maternidade.

Audrey segurava orgulhosa o seu bebê nos braços, enquanto Spencer os admirava com um sorriso bobo. Sam, Freddie, Isabelle, Eddie e Nick entraram ansiosos.

No quarto já se encontravam Carly, Gibby, Cris e Mabel.

A família Puckett Benson aproximou-se para ver o bebê.

Spencer disse orgulhoso:

– Vejam como é lindo o meu garotão!

– Ele é muito bonito mesmo, parabéns Spencer e Audrey – cumprimentou Sam.

– Já escolheram o nome? - perguntou Freddie.

– Carly, repita o que disse quando viu o seu sobrinho – pediu Spencer à irmã.

– Que ele se parece muito com as suas fotos de bebê – falou Carly.

– Quer dizer que o bebê Spencer realmente existe – brincou Sam.

– Tanto existe que vai ter o meu nome. Estão olhando para Spencer Shay Júnior – declarou Spencer.

– Esse garoto vai ter crise de identidade. Não poderia escolher um nome que pertencesse só a ele não? - indagou Sam.

– Vamos chamá-lo só de Júnior, Sam – informou Audrey.

Cris aproximou-se e o bebê virou-se para ele.

– Viram? O meu priminho já me adora!

– Ele deve é estar assustado. Acabou de nascer e já vê uma cara tão feia na frente dele. Você vai traumatizá-lo Cris – provocou Isabelle.

– Olha aqui Isabelle, eu já tô de saco cheio de você.

– Ui, nem me chamou pelo apelido, ficou bravo pra valer foi? - indagou a menina com ironia.

– O dia que eu ficar bravo pra valer você vai ver.

– Nossa, tô morrendo de medo – debochou a menina.

Carly interveio:

– Parem os dois. Estão numa maternidade, não é lugar para brigas.

A porta do quarto se abriu e Coronel Shay entrou.

– Pai?! - falaram Spencer e Carly ao mesmo tempo, surpresos.

– Pensaram que eu não daria um jeito de vir conhecer o meu primeiro neto?

Carly ficou ofendida:

– Ele não é o seu primeiro neto pai.

– Claro que não. Foi um lapso. Como vai Cris? - cumprimentou ele ao garoto.

– Eu vou bem – respondeu Cris, sem graça.

Coronel Shay voltou-se para o bebê e pediu à nora para segurar o pequeno:

– Olha só, é a cara do Spencer quando nasceu. Espero que você tenha mais juízo que o seu papai – fitando o neto com carinho.

– Eu tenho juízo pai – defendeu-se Spencer.

– Assim espero, afinal, agora é pai. Já passou da hora de crescer e assumir responsabilidade. É um pai de família.

– Apesar de sempre me julgar tão irresponsável confiou a Carly a mim né? - rebateu Spencer.

O clima ficou pesado no quarto.

– O que tem pra comer? - perguntou Sam, de repente, fazendo todos os olhares se voltarem para ela – Ué? Não vão me dizer que não preparam nada para receber as visitas?

– Sam! - falou Freddie em tom de repreensão.

– Eu estou com fome – explicou Sam.

– Você sempre está, tomamos café da manhã antes de sair de casa – observou Freddie.

– E daí nerd?

Antes que a discussão iniciasse, Spencer interveio:

– Tem uma lanchonete virando o corredor à direita.

Júnior começou a chorar e Coronel Shay devolveu o bebê para Audrey.

– Ele está com fome – constatou ela.

Todos entenderam que o bebê precisava mamar e saíram do quarto.

Na lanchonete, Sam percebeu o jeito triste de Carly, enquanto devorava um sanduíche duplo de presunto.

– Não fica chateada amiga – disse a loira.

– Quem disse que estou chateada?

– Está escrito na sua testa. Eu acho que seu pai não falou por mal, foi só um lapso, como ele disse.

– Eu adotei o Cris há 2 anos e meu pai nunca o aceitou como neto realmente.

– Por que diz isso?

– Ele nunca sentou para conversar com o meu filho, nesse tempo todo, nas visitas que fez, nunca pergunta por ele quando liga, nunca comprou um presente de natal ou de aniversário para ele e vive me perguntando por que eu não tento novamente um procedimento de inseminação artificial para dar um neto a ele.

– E você não tem vontade?

– Não. Já fiz isso uma vez e foi aquele sofrimento que você deve se lembrar, porque era a única comigo naquele momento.

– O Brad não era o melhor dos maridos, muito pelo contrário. Eu acho que foi até bom você ter perdido aquele bebê, se não hoje teria um filho de um presidiário e um elo com ele pro resto da vida. Já o Gibby, bom... é o Gibby. Não teria nenhum mal se você tivesse um filho dele.

– Eu já tenho uma família muito feliz com o Gibby, Sam. Nós nos amamos e temos um casal de filhos lindos: o Cris e a Mabel.

– Se está feliz assim, não ligue para o que seu pai diz, manda ele se fu...

– Sam! Olha as crianças – chamou a atenção Carly.

As crianças devoravam pedaços de bolo, sentadas ali perto, sob a supervisão de Gibby e Freddie.

Algum tempo depois...

Chegou o dia do batizado de Júnior, então com 2 meses. Carly e Gibby foram os padrinhos.

Depois da missa, foram todos para o “Gibby's” almoçar e comemorar.

Cris pediu a Audrey para segurar Júnior. O menino se sentou em uma cadeira e a mãe colocou o bebê no colo dele. Júnior sorriu para o primo.

– Ele tá rindo pra mim. Ele me adora! - comemorou Cris, orgulhoso.

– Você leva jeito querido, vai ser um ótimo pai quando crescer – elogiou Carly.

– Isso se ele encontrar alguma doida que queira se casar com ele – zombou Isabelle.

– Pois eu quero ver é você encontrar um doido, maluco, pirado que queira se casar com você – rebateu Cris.

– Você é um bobão Cris! Só sabe falar besteira!

Sam anunciou a sobremesa e a discussão dos pequenos cessou.

Sam e Carly foram conversar com Audrey, enquanto as três mulheres comiam os doces.

– E aí Audrey? Como meu irmão tem se saído como pai? - perguntou Carly.

– Está indo muito bem, melhor do que eu imaginava – respondeu Audrey, olhando para Spencer que havia acabado de pegar Júnior do colo de Cris após um ensaio de choro do pequeno.

– É sério? - perguntou Sam.

– Sim, ele levanta sempre que o bebê chora e me traz para amamentar, depois coloca pra arrotar, também troca as fraldas e embala quando ele tem cólicas.

– Está mesmo falando do Spencer? - perguntou Sam.

– Dele mesmo. Mas, em compensação, na manhã seguinte, onde ele encosta tá dormindo – contou Audrey, rindo.

Gibby e Freddie conversavam.

– Cara, vai ter um jogo muito bacana de baisebol no final de semana, pensei que poderíamos levar os meninos - disse Gibby.

– Vou ver com a Sam.

– Precisa ser tão pau-mandado cara?

– Já perguntou à Carly se você pode ir Gibby?

– Com certeza – concordou Gibby, tomando um gole de refrigerante.

No final de semana, Sam e Carly resolveram fazer um programa de “meninas” no shopping com Isabelle e Mabel, enquanto Freddie e Gibby levavam Cris, Eddie e Nick ao jogo de beisebol.

Durante o jogo, todos acompanhavam os lances empolgados, com exceção de Eddie, que pegou um mini video-game do bolso e começou a se entreter.

No intervalo, Cris disse a Gibby:

– Pai, isso tá sendo muito legal! Eu tinha vontade de aprender a jogar beisebol.

– Eu posso te ensinar, filho. O que acha que começarmos a praticar no próximo final de semana?

– Eu acho o máximo!

Eddie estava com tédio:

– Papai, que hora isso vai acabar?

– Estamos na metade do tempo filho, mas não está se divertindo?

– Era pra ser divertido?

Nick se manifestou:

– Esse mané não gosta de nada!

– Nick, não fale assim do seu irmão – pediu Freddie – Eddie não precisa gostar de baisebol, pode ser que ele goste de outra coisa, como esgrima, vocês já ouviram falar disso?

Os gêmeos fizeram sinal negativo com a cabeça e o pai prosseguiu:

– É um esporte muito legal, como uma luta com espadas. O papai de vocês aqui é muito bom nisso e tenho certeza de que um dos dois deve ter herdado o meu talento, quando crescerem mais um pouco vou inscrevê-los numas aulas.

– Eu acho que Eddie preferia fazer balé – zombou Nick.

– Freddie já fez balé – contou Gibby.

– Isso é brincadeira do Gibby – falou Freddie, sem graça – Olha, o jogo já vai recomeçar.

Enquanto isso, no shopping, Carly já tinha entrado em várias lojas e olhado muitas vitrines. Sam já estava impaciente:

– Quando a gente vai comer, heim? Por acaso está inspecionando cada uma das lojas do shopping Carls?

– Eu sou a garota do tempo, tenho que estar bem vestida, não posso me descuidar do meu guarda-roupa – justificou Carly.

– Pensei que a emissora tivesse um guarda-roupa pra você.

– Lá não tem nada que preste, sempre uso minhas próprias roupas.

Na sequência, por insistência de Sam e de Isabelle, as quatro foram fazer um lanche. Na Praça de Alimentação, Mabel viu um cartaz e comentou, apontando:

– Olha que lindos aqueles filhotinhos de cachorro da foto!

Isabelle olhou e leu:

– “Feira de Filhotes no estacionamento”. Vamos, por favor! - pediu em tom implorativo para a mãe e para a madrinha.

– É, vamos! - pediu Mabel, no mesmo tom.

Sam olhou o relógio no celular:

– Nossos maridos e filhos ainda vão demorar Carly, deve ter acabado de começar o segundo tempo do jogo, então, acho que podemos passear mais um pouco por aqui.

– Yey! - falaram Isabelle e Mabel, ao mesmo tempo, levantando os braços.

Assim que terminaram o lanche, foram para a Feira de Filhotes.


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