Sam, Freddie, Carly e Gibby remavam num pequeno barco pelo lago, quando a loira sentiu um aperto no peito.

– Está tudo bem, amor? - perguntou Freddie, percebendo que ela empalideceu.

– Um mau pressentimento. Preciso ligar para o Spencer agora, saber se está tudo bem com as crianças... o Eddie – respondeu Sam.

– Ligamos hoje cedo Sam, estava tudo bem – falou Carly.

– Muitas coisas podem acontecer em fração de segundos. Meu coração de mãe não me engana – insistiu Sam, tentando remar no sentido contrário – Vão me ajudar ou eu vou ter que pular do barco e ir nadando até a margem? O celular não está pegando aqui.

Todos concordaram e voltaram para a margem.

Enquanto isso, como Eddie não melhorava, Spencer levou o menino ao médico.

O telefone tocou na casa de Spencer e Audrey, Isabelle foi atender.

– Belinha, está tudo bem? - perguntou Sam, preocupada – Spencer e Audrey não atendem o celular.

– A Audrey tá fazendo o almoço e o dindo foi levar o Eddie no hospital.

– Hospital?! - indagou Sam, assustada – O que aconteceu com o seu irmão? Eu sabia, eu senti!

– Ele passou mal da intolerância de novo.

– Estou indo pra aí, chego o mais rápido possível. Peça para o Spencer me ligar assim que voltar com o Eddie, entendeu?

– Sim, mamãe.

Assim que desligou o celular, Sam avisou a todos que voltariam imediatamente.

Quando Spencer voltou para casa com Eddie dormindo e medicado, após o médico confirmar que se tratava de mais uma crise de intolerância ao leite. Audrey o abordou:

– Spencer, como pôde se descuidar desse jeito?

– Eu não me descuidei.

– Então como explica a crise do garoto? Ainda acha que pode ser pai desse jeito? Como posso sair para trabalhar e estudar sabendo que meu filho não estará bem cuidado?

– Eu sei cuidar bem de uma criança! - Spencer elevou a voz, fazendo Eddie acordar assustado.

– Estou vendo – falou Audrey, pegando o garoto do colo de Spencer.

Spencer sentou-se na sala, triste. Isabelle viu e foi falar com ele:

– Não fica assim dindo, não foi sua culpa.

– Foi sim. Audrey tem razão, não posso ser pai. Fique longe de mim, posso te fazer mal também, como quando te deixei brincar com tintas tóxicas.

– Eu nem lembro disso.

– Mas eu me lembro – falou Spencer levantando-se e indo para o seu quarto.

Audrey chamou todos para o almoço. Quando Spencer entrou na cozinha, Audrey pediu que ele ajudasse a tirar a carne do forno.

– Não, isso parece arriscado demais para um crianção como eu.

– Também não precisa fazer drama Spencer. Se quer ser um adulto, aja como um adulto e aceite críticas, aceite que errou...

Isabelle aproximou-se do casal:

– Audrey, o dindo não teve culpa de nada. Eu vi o Eddie roubando os bombons que você deixou em cima da mesa do seu escritório.

O casal se surpreendeu.

– O quê? - perguntou Audrey.

– Você tem mania de deixar bombons em cima da mesa. Diz que isso diminui a sua ansiedade enquanto faz seus trabalhos do Doutorado. Eu escondi todos os meus doces antes das crianças virem para cá, já você... - foi a vez de Spencer, recriminá-la.

– Eu nem sei o que dizer, não me dei conta. Sempre sou tão cuidadosa com crianças, afinal, sou professora da educação infantil, faço isso por amor.

– Errar é humano, não se sinta mal por isso. Não precisamos ser perfeitos – disse Spencer, com ironia, passando a mão no ombro dela.

– Eu sinto muito – desculpou-se Audrey.

Sam chegou desesperada, acompanhada de Freddie, Carly e Gibby, mas encontrou Eddie rindo e brincando de bola com as outras crianças no quintal.

– Mamãe! - gritou Eddie assim que viu Sam, saindo da brincadeira e correndo para o colo dela – Senti saudade.

– Eu também, meu príncipe, muita saudade – disse Sam, abraçando-o e beijando-o na face – Está tudo bem? Você se sente bem? Doi alguma coisa?

– Não doi nada mamãe. Você tá tão linda! - elogiou o garoto, passando as mãos nos cabelos dela.

– Lindo é você meu amor.

Isabelle e Nick já estavam no colo de Freddie. Cris e Carly abraçavam-se.

O tempo passou. Chegou o dia do oitavo aniversário de Isabelle.

Como sempre, a menina foi acordada pelos pais, ganhou um belo café da manhã, ouviu muitos parabéns na escola e saiu para comer pizza com Sam, Freddie, Eddie, Nick, Carly, Gibby, Cris, Mabel, Alisson, Marissa, Charles e Pam.

De repente, um garçom apareceu segurando uma pizza com uma vela em cima. Todos começaram a cantar parabéns, ao final, Isabelle apagou a vela e Alisson começou:

– Com quem será, com quem será que a Belinha vai casar... - sendo acompanhada pelos demais – Vai depender, vai depender, vai depender se o Cris vai querer...

– Chega! Isso não tem graça! - gritou Isabelle, furiosa – Eu tenho namorado e o nome dele é Richard.

Freddie até se engasgou ao último comentário da filha. Recebendo tapas nas costas de Sam.

– Você é minha melhor amiga ou o quê Ali? - indagou Isabelle à menina.

– Calma Belinha, só foi uma brincadeira. No meu aniversário você fez as pessoas cantarem que eu ia me casar com o Grégory – lembrou-se Alisson, indignada.

– Quem quer pizza de calabresa? Perguntou Carly, para quebrar o clima.

Mais tarde, Sam colocava a filha para dormir:

– Quer dizer que você e o Rick estão namorando...

– Mais ou menos.

– Como assim?

– Digamos que ele ainda não saiba disso.

– Entendi – falou Sam, rindo – Cuidado ao falar esse tipo de coisa na frente do seu pai, ele pode sofrer um infarto. Boa noite querida – dando um beijo na testa da menina, logo após cobri-la.

Enquanto isso, no apartamento 8C, Carly foi colocar Cris para dormir, mas quando entrou no quarto viu o garoto chorando.

– O que aconteceu querido? - sentando-se na cama ao lado dele.

– Nada, mamãe.

– Quem nada é peixe.

– É bobagem.

– Se é bobagem, não precisa chorar. O que houve? Foi por causa da brincadeira da amiga da Belinha?

Cris não respondeu nada, apenas abaixou a cabeça.

– Cris, você gosta da Belinha, acertei?

– Eu a detesto. Aquela garota transforma a minha vida num inferno, não me dá paz um único dia.

– Mas você não passa um único dia longe dela. Nem nos finais de semana, quando não precisam ir à escola. Quando ela não vem aqui é você que vai atrás dela. Ficou magoado por que ela disse que namora o Rick e brigou com a Alisson por ela ter insinuado que vocês iriam se casar?

– Eu prefiro me atirar da ponte a me casar com aquela garota maluca. Eu estaria maluco se quisesse ficar com ela.

– Onde eu já vi essa história antes? Deixa pra lá. O tempo dirá o que vai acontecer, não sofra por antecipação, meu amor. Durma com os anjos – beijando-o na face e cobrindo-o.

Naquela noite, Cris acordou ao ouvir passos:

– Quem é? - perguntou o menino assustado.

– Sou eu – respondeu Mabel, deitando-se na cama ao lado do garoto – Estou com medo. A porta do quarto do meu pai e da sua mãe está trancada. Posso dormir aqui?

– Claro, eu te protejo – respondeu Cris, abraçando a menina.

– Que nem os super-heróis?

– Claro, eu sou o super-irmãos mais velho.

– Eu prefiro só “super-Cris”.

– Tá bom, pode ser isso também. Boa noite – beijando a cabeça da menina.

No dia seguinte, foi aniversário de Eddie e Nick, os dois completaram 4 anos. O dia terminou com a família no parquinho do shopping.

A festa das 3 crianças (Isabelle, Eddie e Nick) aconteceu no final de semana, no salão de festas do Bushwell. O tema foi “Minions”. Os gêmeos estavam a caráter. Isabelle falou que não colocaria uma roupa brega daquelas de jeito nenhum, optando por um vestido amarelo rodado, presente da madrinha.

Cat, Robbie, Nona e Valentina vieram para a festa. Valentina estava com dois anos.

Eddie e Nick chamaram a pequena para brincar assim que a viram. As três crianças se davam muito bem.

– Que saudade garota, quase não nos vemos mais – cumprimentou Sam, abraçando Cat.

– Ando muito ocupada. Finalmente tenho um papel de protagonista de musical.

– Parabéns! Muito merecido. Eu quero te ver. Quando será sua próxima apresentação?

– No próximo final de semana.

– Farei o possível, vou dar um jeito.

– Promete?

– Claro. Palavra de Sam Puckett Benson.

– É Puckell.

– Você faz isso de propósito né cabeça de fósforo?

Cat apenas riu.

Jade, Beck e Richard chegaram. Isabelle sentiu seu coração bater mais forte ao ver o menino e foi falar com ele.

– Rick, oi!

– Oi Belinha, pra você – entregando um presente.

A menina abriu e disse:

– Um ursinho de pelúcia? É fofo! Eu adorei.

– Fui eu que escolhi. Adoro ursinhos de pelúcia, desde que perdi meu Teddy procuro outro que eu goste, mas não consigo encontrar, eu sinto falta do meu Teddy.

Isabelle sentiu peso na consciência e disse, simplesmente:

– Pode ser que você ainda o encontre.

– Acho que não.

Spencer e Audrey sentaram-se numa das mesas e o garçom perguntou se aceitavam cerveja.

– Eu vou querer, você também amor? - perguntou ele.

– Não posso, obrigada – agradeceu ela.

– Por que não? - perguntou Spencer.

– Álcool pode fazer mal para o bebê.

– Bebê? Que bebê?

– O nosso bebê – explicou Audrey, colocando as mãos na barriga e sorrindo.

– Eu não acredito! Eu vou ser pai! - gritou Spencer, chamando atenção de todos os presentes, que aplaudiram.

– Menos amor – pediu Audrey.

– Menos não! Mais! - disse ele, ajoelhando-se perante ela e segurando sua mão – Audrey, aceita se casar comigo?

– Já somos casados Spencer.

– Eu digo no papel, na igreja, como manda o figurino. Quero que nosso filho tenha uma família registrada.

– Digamos que igreja pode nos trazer más recordações. Você largou sua noiva no altar e depois me sequestrou. Então, não me sinto muito bem voltando a uma.

– Pelo menos no cartório. Quero que tenha o meu sobrenome.

– Está bem, se é importante para você.

Os dois se beijaram.

No meio da festa, Isabelle foi ao apartamento e pegou o urso Teddy, pouco antes de entrar no salão, foi abordada por Richard.

– O que faz com o meu ursinho? - perguntou ele.

– Desculpa Rick. Eu quis ficar com ele para ter uma lembrança sua. Não sabia que ia sentir tanta falta dele – entregando o brinquedo.

– Você não tinha o direito de fazer isso! Teddy é o meu favorito.

– Eu fiz isso, porque gosto de você Rick. Eu queria ser a sua namorada.

– Mas eu não quero ser o seu namorado – falou Richard, saindo abraçado ao ursinho.

Isabelle começou a chorar e Cris se aproximou:

– Não fica assim Belinha.

– Some daqui moleque! Com a raiva que eu estou, vou te arrebentar!

– Se bater em mim vai te fazer se sentir melhor, eu não me importo, pode bater, só não quero te ver tão triste.

– Bater com a sua permissão não tem graça – disse Isabelle, secando as lágrimas, e voltando para o salão.

Alisson atacava brigadeiros sobre a mesa quando viu Isabelle passar e se sentar tristonha em uma das mesas, pegou mais alguns brigadeiros e levou para a amiga.

– Olha o que eu tenho aqui – colocando os doces na frente da loirinha.

Isabelle os devorou:

– Por isso você é a minha melhor amiga.

– Por que ficou triste de repente? A festa tá maneira.

– Acabei de levar o primeiro fora da minha vida, isso dói. Já aconteceu com você?

– Não.

– Sorte a sua.

Alguns dias depois, Sam decidiu ir para Los Angeles ver o musical de Cat. Freddie, Eddie e Nick foram junto, mas Isabelle insistiu que ficaria em Seattle. Então, foi para o apartamento de Carly.

Na volta, Sam chamou Isabelle no seu quarto e disse:

– Tenho algo que alguém mandou para você.

– É de comer?

– Não, mas acho que você vai gostar mesmo assim – disse Sam, tirando o Teddy de dentro da mala – Rick pediu para eu te entregar.

– Por que?

– Eu não sei, ele só pediu.Também perguntou de você, queria saber por que não foi a Los Angeles.

– Eu não consigo entender o Rick, ele me deu um fora na festa e depois me manda o ursinho preferido dele. Quer saber? Eu não quero isso, pode dar para os meus irmãos, eles vão gostar.

Algum tempo depois... tudo pronto para o casamento de Spencer e Audrey.