Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 119
Escassos momentos românticos


Notas iniciais do capítulo

Agradeço à Mariah pela sua recomendação. Eu adorei!
Também gostaria de agradecer aos leitores pelos seus comentários que estão me deixando super hiper ultra mega feliz :)
A pedido de Dany Quintão e Wiley PB coloco uma foto atualizada dos gêmeos, que estão com quase 4 anos.



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– Oi Carly. Eu já estou de saída – disse Melanie, sem graça, soltando Gibby, pegando a bolsa e se levantando.

– Não precisa sair por minha causa, fica a vontade, eu posso sair pra deixar vocês dois mais a vontade.

– Surtou Carly? Essa é a sua casa – falou Gibby.

– Eu tenho mesmo que ir. Amanhã já é terça e tenho que voltar cedo para Cambridge, já perdi um dia de aula e estágio. Hoje vou dormir na casa da minha mãe – explicou Melanie, caminhando até a porta.

– Você volta no próximo final de semana? - perguntou Gibby.

– Talvez, vou fazer o possível.

– Ouviu o que a psicóloga da Mabel falou. É importante que nós dois estejamos perto dela dando proteção para que ela supere esse momento – lembrou Gibby.

– Pode deixar, não vou me esquecer disso. Tchau – saindo.

Carly olhava furiosa para Gibby, perguntando:

– Agora a Melanie vai passar todos os finais de semana aqui? Na verdade, até um pouco mais, porque hoje já é segunda!

– É pelo bem da Mabel.

– Entendi. Eu que tô sobrando nessa história – disse Carly, saindo do apartamento.

– Aonde vai? - gritou Gibby, sem resposta, ouvindo apenas o bater da porta.

Enquanto isso no apartamento 13-B:

– Tão bom ficar assim juntinho com você bebê, só conseguimos isso depois que as crianças dormem e você chega da faculdade – disse Sam, sentada no sofá com a cabeça recostada no ombro de Freddie, que fazia carinho na cabeça dela.

– Nada melhor que chegar em casa, tomar uma taça de vinho, assistir a um romance e ter você comigo em baixo de um cobertor numa noite fria – observou Freddie.

Os dois iam se beijar, quando a campainha tocou.

– Eu não acredito! Quem é o sem noção que toca a campainha dos outros a essa hora? - perguntou Sam, indignada.

Freddie levantou-se:

– Pode ser a minha mãe.

– É a cara dela fazer isso.

Quando o moreno abriu a porta se surpreendeu:

– Carly?! Aconteceu alguma coisa?

– Sim, preciso desabafar com os meus melhores amigos – falou a morena entrando e se sentando no sofá ao lado de Sam.

– Oba! Vinho! Tô precisando – disse Carly, virando a taça de Sam – Espera aí, vocês estavam num momento romântico?

– O que você acha Carlynha? - perguntou Sam – Seria interessante se você voltasse pra desabafar amanhã.

– Sam! - repreendeu Freddie.

– Só lamento se eu atrapalhei, vocês sempre vão me importunar em todos os momentos quando têm problemas, chegou a minha vez. Eu acho que o Gibby vai querer voltar pra Melanie daqui a pouco – contou Carly, nervosa.

– Você só tomou uma taça de vinho e já tá bêbada? - perguntou Sam.

– O Gibby sempre foi completamente apaixonado por você Carly, desde antes de se casar com a Melanie. Eu sei disso porque ele é o meu melhor amigo – contou Freddie.

– Mas ele pode estar arrependido de ter se separado dela. Agora Mabel precisa deles e eles parecem aquelas famílias felizes de comercial de margarina quando estão juntos, daí eu acabo sobrando, eu sou a madrasta que não deveria estar ali.

– Quanto drama Carly! Eles só estão tentando ser um casal civilizado que têm uma filha pra criar – observou Sam.

– A Melanie vive enfiada na minha casa e os dois estão cada vez mais próximos. Hoje peguei os dois abraçados quando cheguei da pós.

– Um abraço pode não querer dizer nada Carly. Nós nos abraçamos às vezes e somos só amigos – falou Freddie.

– Não acredito que está com ciúme do Gibby. Amiga, você tem que se olhar no espelho. Tão linda e tão insegura! Com ciúme daquele filhote de orca – disse Sam, rindo.

– Eu amo o Gibby, Sam. E já pedi para não falar dele desse jeito – falou Carly, indignada.

– Tá bom, desculpa. Não precisa se ofender. Já que gosta tanto daquilo, controle-se, porque acessos de ciúme só vai te afastar dele. Por que não procura ter momentos românticos com ele em vez de brigar por coisas da sua cabeça? - indagou Sam.

– É, você tem razão. Quando ficou sensata Sam?

– Quando ficou insensata Carly? - Sam devolveu a pergunta.

– Acho que foi na mesma época que eu fiquei mais anormal e você mais normal Sam – brincou Freddie.

Os três rirarm.

– É incrível o que o tempo faz com as pessoas – comentou Carly.

– É incrível mesmo. Há 10 anos eu achei que estava louca por estar apaixonada por esse nerd e hoje não sei mais viver sem ele e entendo que me casar com ele foi a coisa mais sensata que fiz na vida – confessou Sam.

– Oh que lindo, amorzinho. Há 10 anos eu tinha medo da diaba loira e hoje a amo mais que a minha vida – beijando-a.

– Eu ainda estou aqui, gente – disse Carly, interrompendo.

– Já tá na hora de ir beijar o seu gordinho e nós deixar em paz – falou Sam.

– Até que não é má ideia. Tchau pra vocês.

Sam e Freddie já não estavam mais prestando atenção quando Carly se despediu, pois tinham voltado a se beijar.

Carly voltou para o apartamento e Gibby ainda a esperava na sala.

– O que foi aquilo Carly? Para onde foi? Por que ficou brava comigo? - perguntou Gibby, sem entender a situação.

– Esquece – disse Carly, beijando-o com paixão.

– Nossa! Depois disso, não me lembro nem do meu nome.

Carly soltou-se dele e correu para cima, Gibby correu atrás dela, até o quarto.

Na manhã seguinte, Freddie ainda dormia, quando ouviu Sam gritar:

– Levanta logo seu preguiçoso! Vai se atrasar para o trabalho! - dando um tapa no seu ombro.

– Ai! Isso é jeito de me acordar? Onde foi parar toda aquele amor de ontem a noite? Da próxima vez prefiro que me acorde com um beijinho que com um tapa.

– Não temos tempo para romance nerd. Temos que deixar os gêmeos com a sua mãe, levar a Belinha pro colégio e ir para o trabalho.

– Eu ainda tenho que passar na academia.

– Mais um motivo para não se atrasar.

Os dois se levantaram apressados.

Quando saiam do apartamento de Marissa, com Isabelle, encontraram Carly e Gibby no corredor.

– Só mais um mozinho – dizia Gibby para a morena, enquanto a abraçava pela cintura, em tom meloso.

– Só mais um, se não não saio daqui hoje, não posso me atrasar – dando mais um beijo nele.

– Pelo visto a noite de vocês foi boa – comentou Sam, sorrindo.

– E a de vocês também deve ter sido considerando a empolgação que estavam quando sai de lá – falou Carly.

– A nossa noite foi muito boa, mas a Sam não foi tão amorosa comigo pela manhã – reclamou Freddie.

– Já expliquei, não podiamos nos atrasar. Por falar nisso, melhor corrermos, a aula da Belinha.

– Cris! - chamou Carly, fazendo o menino sair correndo do apartamento com a mochila nas costas – Vai com eles querido, boa aula – dando um beijo na cabeça do menino.

– Tá bom mamãe, até mais – disse Cris, acompanhando Sam, Freddie e Isabelle.

A semana passou rápido. Era domingo. Sam e Isabelle brincavam no video-game de dança da menina na sala, enquanto Freddie ainda estava no quarto. Ele havia acabado de acordar. Aproveitava o final de semana para colocar o sono em dia.

Já estava no banheiro, colocando espuma de barbear no rosto, quando Eddie e Nick apareceram.

– O que é isso papai? - perguntou Eddie, curioso.

– É espuma de barbear, serve para o papai tirar a barba e ficar com o rosto lisinho igual ao de vocês – explicou Freddie.

– Também quero passar – disse Nick, tentando alcançar o produto, mas Freddie foi mais ligeiro, afastando da borda da pia.

– Não pode Nick. Você ainda não tem barba.

– Eu quero – insistiu Nick, começando a chorar.

– Está bem. Acho que mal não faz – falou Freddie, colocando a espuma no rosto do pequeno – Apenas não engula isso.

– Também quero – pediu Eddie, fazendo Freddie repetir o gesto no outro pequeno.

O pai pegou os dois meninos no colo e se olharam no espelho do banheiro:

– Vejam só, estamos iguaizinhos.

– Parecemos o papai-noel – observou Eddie, rindo.

– Ho-ho-ho – falou Freddie, arrancando risadas dos meninos, que imitaram a risada.

Pouco depois, Eddie e Nick foram para a sala e interromperam a mãe no video-game.

– Ah meninos! Eu perdi pra Belinha! Vocês tiraram a minha concentração – reclamou Sam.

– Mentira! Perdeu porque eu sou melhor – comemorou Isabelle.

– Olha para nós mamãe – pediu Eddie.

– Nós fizemos a barba que nem o papai e agora temos um topete igual ao dele – contou Nick, passando a mão no cabelo.

Freddie entrava na sala:

– Não Nick! Não mexa, se não vai bagunçar, espera que eu arrumo de novo – disse Freddie, colocando para cima o topete do filho.

– Um Freddie Benson incomoda muita gente, três Freddies Bensons incomodam muito mais – cantarolou Sam.

– Eu ficaria ofendido se não soubesse que fala isso da boca pra fora. Você me ama, Rainha Benson – falou Freddie, puxando-a pela cintura e a beijando.

– Pelo visto não vou ter mais companhia pro video-game – observou Isabelle, fechando o jogo com o controle.

Eddie e Nick foram se sentar no chão para brincar com seus cubos.

– Posso brincar com vocês? - perguntou Isabelle, setando-se ao lado dos irmãos.

– Não! - responderam os dois ao mesmo tempo.

– Eu não queria mesmo brincar com os bebês bobões – falou Isabelle, mostrando a língua para os pequenos – Tô indo na casa da dinda – avisou a menina aos pais.

Mais tarde, como Isabelle não voltava, Sam e Freddie, com os gêmeos, foram buscá-la no apartamento de Carly. Spencer e Audrey também estavam lá.

– Esperem só eu terminar essa partida, vou vencer o Cris pela décima vez no Uno – falou Isabelle aos pais, assim que os viu entrando.

– Mentira. Eu só perdi 8 vezes – defendeu-se Cris.

– Essa disputa de vocês é boba – falou Mabel, enquanto brincava com sua casinha de boneca no chão.

Sam e Freddie sentaram-se no sofá da sala, cada um com um dos meninos no colo.

– Eu estive pensando em como andamos tão atarefados que nem conseguimos ter muitos momentos românticos de casal, e tive uma grande ideia – contou Carly, empolgada.

– Já sei, vamos dar as crianças em adoção e nos mudar para uma ilha deserta? - perguntou Sam em tom de zombaria.

– Não precisamos chegar a tanto Sam – disse Carly.

– O Meião tem um sítio – expôs Spencer.

– E daí? - perguntou Sam.

– Vocês poderiam passar o feriadão da próxima semana lá.

– Mas e as crianças? - perguntou Sam.

– Acho que minha mãe e seu pai podem ficar com elas, afinal, sempre passam o final de semana juntos – observou Freddie para Sam.

– E a Mabel vai ficar com a Melanie, que vem para Seattle de novo – informou Gibby.

– Spencer não se importa de ficar com o Cris né? - perguntou Carly.

– Nem um pouco. E digo mais, eu poderia cuidar de todas as crianças – falou Spencer.

– Como assim amor? - perguntou Audrey.

– Você vive dizendo que não sou maduro o suficiente para cuidar de um filho. Nesses 3 dias de feriadão posso provar pra você que consigo cuidar das crianças muito bem.

– Isso não tá me parecendo uma boa ideia – disse Sam.

– Por favor Sam, me dá uma chance, juro que nada de ruim vai acontecer com seus filhos – implorou Spencer, juntando as mãos.

– Eu estarei de olho Sam – garantiu Audrey.

– Se é assim, tudo bem – cedeu Sam.

– Eba! - comemorou Spencer – Vou provar a todos o quanto posso ser um bom pai. Depois disso você me dará um filho não é Audrey?

– Talvez.

– Qual é? Eu já vou fazer 40 anos. Desse jeito morrerei sem ter tido um filho, plantado uma árvore e escrito um livro, então que marca deixarei nessa Terra?

– Está bem, se conseguir dar conta das 4 crianças por 3 dias inteiros, eu vou te dar um filho.

– Eu te amo! - falou Spencer, empolgado, beijando-a.

A semana passou rápido e chegou o feriadão. Sam, Freddie, Carly e Gibby foram deixar as crianças na casa de Audrey e Spencer.

– Preparem-se para muita diversão com Spencer Shay, miúdos – disse Spencer, empolgado, vestindo uma fantasia de palhaço, quando abriu a porta.

– Palhaço! - choramingou Eddie, abraçando-se ao pescoço de Sam, no seu colo.

– Ele tem medo de palhaço, Spencer – informou Sam, enquanto consolova o filho.

– Palhaço mau! - xingou Nick, dando um chute na canela de Spencer, que gritava de dor.

– Chega! Já estou tirando o nariz de palhaço e a peruca. Agora entrem de uma vez – pediu Spencer, nervoso.

– Eu sabia que não seria boa ideia – falou Sam.

– Não diga isso. Eu prometo que as crianças não irão mais chorar enquanto estiverem comigo. Vocês merecem esse descanso de casais. Vai ficar tudo bem. Veja só, ele já está no meu colo – pegando Eddie do colo de Sam - E sem chorar. Entrem crianças, e adultos podem ir andando.

Os pequenos entraram, carregando suas mochilas, os adultos despediram-se desconfiados.


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