Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 116
O baile




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Sam estava deitada na sua cama, deixando as lágrimas rolarem, quando ouviu a porta se abrir. Era Freddie:

– Sam, eu sinto muito.

Ela atirou um sapato, fazendo-o se abaixar antes que o objeto voador acertasse a sua cabeça.

– Você quer ficar viúva? Isso poderia ter me matado! - reclamou Freddie.

Sam atirou o outro sapato, acertando o ombro dele.

– Ai! - gemeu ele, segurando o ombro – Eu acho que isso quer dizer que sim.

– Talvez eu encontre um marido que não se esqueça do meu aniversário.

– Eu não esqueci o seu aniversário.

– Só chegou com um dia de atraso – disse Sam, com ironia.

– Extamente, acabei me atrasando. Meu carro quebrou no meio da rua, e porque já tava tarde não encontrei táxi ou ônibus, tive que vir caminhando, ainda tomei um tombo no caminho e quase fui atacado por um cão raivoso, olhe o meu estado – mostrando que trajava um terno sujo e amarrotado.

– Tô pouco me lixando pras suas roupas! Olhe para o meu vestido!

– Você está linda meu amor!

– Não quero elogio! Eu me arrumei toda ontem esperando você chegar para sairmos e finalmente comemorarmos o meu aniversário juntos, já que desapareceu o dia todo. No seu aniversário de 26 anos eu dediquei meu dia a fazer o seu mais feliz. Já você não poderia abrir mão dos seus compromissos por mim!

– Sam, eu mudei toda a minha rotina hoje pra preparar algo especial para você.

– Saía daqui agora mesmo Benson! Vai dormir no sofá da sala – atirando o travesseiro e a coberta nele.

– Não! - jogando tudo de volta na cama – Você vem comigo! Eu não tive tanto trabalho pra você não ver o que eu preparei pra você!

– Não estou interessada. Já mandei sair – empurrando-o da cama e o jogando no chão.

Ele se levantou e a empurrou na cama, ficando sobre ela e a imobilizando:

– Nem adianta começar a me beijar. Estou com raiva e vou te morder e cuspir na sua cara se fizer isso!

– Eu não vou te beijar Puckett. Você vai me ouvir: eu sai cedo de casa, porque queria terminar meu trabalho mais cedo na Pera Store e, então, ir para o Ridgway.

– Não tá meio velho para ir à escola?

– Acontece que há anos eu quero convidar uma certa garota para o baile da escola, mas nunca tive coragem. Então, no dia do aniversário dela eu resolvi que a levaria ao baile de qualquer jeito. Conversei com o Diretor Franklin e ele permitiu que usasse a quadra de esportes, onde os bailes costumam ser feitos e, por isso, me atrasei, já que passei o final da tarde até a noite preparando tudo.

– Fez um baile pra mim?

– Pra quem mais seria?

– Pra Carly? Sempre pensei que era ela a garota que sonhava levar ao baile.

– Você é muito burra Sam.

– Quem pensa que é pra me chamar assim? - perguntou ela soltando um dos braços seguros por ele e dando tapas em seu braço.

Freddie a imobilizou novamente:

– Pare agora! Se não...

– Se não vou te ouvir?

– Não, se não vou te beijar – beijando-a com paixão e apertando as coxas dela, levantando o vestido. Ela já enlaçava as pernas na cintura dele.

O momento foi interrompido por Carly:

– Minha nossa! Eu não deveria ter visto isso! - virando o rosto.

– Qual é Carls? Não estamos transando – falou Sam, sentando-se e se recompondo.

– Ainda – completou Freddie, rindo, fazendo Sam corar.

– Desculpa. É que os sons de objetos acertando a parede e de vocês gritando pararam, daí pensei que Freddie poderia estar morto.

– Sempre tão dramática Carlynha. Não o matei nesses anos todos, por que faria agora? - indagou Sam.

– Foi até bom você ter aparecido, afinal, não posso me esquecer de levar a minha garota ao baile.

– Você perguntou se eu aceito? - provocou Sam.

– Vou ter que te pagar por isso? - perguntou Freddie.

– Talvez, mas depois eu te conto de que forma será isso – respondeu Sam com malícia.

– Bom, já vi que tô sobrando. Não se esqueçam que estarei na sala com o Gibby. E vê se arranja um terno descente Freddie – recomendou Carly, saindo.

Freddie trocou de roupa.

Sam calçou outros sapatos, já que os primeiros haviam quebrado o salto ao serem voados na parede e em Freddie, e retocou a maquiagem.

Pouco tempo depois, Sam, Freddie, Carly e Gibby adentravam à quadra de esportes do Ridgway, onde o baile já acontecia animado.

– Nossa! Todos os nossos colegas do colégio estão aqui! - observou Sam, surpresa.

– Pois é, tive um trabalho esses dias para localizar todos. Eu fazia isso pela internet, por isso estava sempre com o lep top. Eu dizia que eram exercícios pra você não desconfiar – contou Freddie.

– Me sinto uma adolescente no baile do colégio, de novo! É uma sensação tão boa! - disse Carly, animada.

– Mas quando era adolescente não viria ao baile comigo – falou Gibby.

– Engano seu. A Carls queria te convidar pro baile da garota que escolhe, mas eu armei aquele concurso “Leve a Carly ao baile” no ICarly e ela não pôde, então praticamente me obrigou a te convidar – contou Sam.

– Ah! Daquele vez que eu te dei o fora? - perguntou Gibby.

– Se você for ao palco falar isso no microfone vai melhorar seu ego que sempre está abaixo da linha do equador, sua baleia? - provocou Sam.

– Talvez.

Sam agarrou Gibby pelo colarinho.

– Para Sam! Não vai começar uma briga, é pra ser uma noite especial – pediu Freddie, puxando a esposa.

Carly arrumou o colarinho de Gibby.

– Isso não tem mais importância. Vamos dançar – propôs a morena ao marido e aos amigos.

Os quatro foram para a pista de dança. Sam e Freddie, bem como Gibby e Carly dançavam juntinhos uma música romântica de Ed Sheeran.

– Sabe Sam, naquele baile da garota que escolhe, eu tive esperança que você me convidasse, por isso trouxe um saco de bacon pra você, pensando que poderia te conquistar pelo estômago, afinal, é seu ponto fraco – contou ele, rindo.

– Mas você pediu para a Carly te convidar.

– Se eu pedisse para você seria zoado, estou errado?

– Não. Mas, depois bem que você gostou de terminar aquela noite dançando juntinho com a Carly no “Vitamina da Hora”

– Você viu?

– Sim. Eu soube que tinham ido pra lá e tava a fim de terminar minha noite patética com os meus melhores amigos, mas vi a cena e sai sem falar nada. Fechou com chave de ouro a minha noite de merda.

– Eu sinto muito.

– É a segunda vez que me diz isso hoje, melhor mudar o repertório.

– Tem razão – falou Freddie, soltando-a e indo em direção ao palco.

– O que está fazendo? - perguntou Sam, sem resposta.

Freddie pegou o microfone:

– Boa noite a todos! Bem-vindos ao baile do Ridgway! Agradeço a presença de vocês!

Todos aplaudiram. Ele prosseguiu:

– Como todo bom baile, tá na hora de dar a coroa à rainha – disse ele pegando uma coroa numa almofada num canto do palco – Essa aqui só pode ir para uma pessoa: a rainha desse baile e da minha vida! Sam, venha até aqui, meu amor.

Os presentes aplaudiram.

– Vai lá Sam! - incentivou Carly, empurrando a amiga.

– Isso é muito mico – disse Sam, parada.

– Deixa de ser boba, o Freddie tá te fazendo uma homenagem.

Sem graça, com o rosto ruborizado, Sam subiu ao palco. Freddie colocou a coroa na sua cabeça e a beijou, sob mais aplausos.

Foi a vez de Sam pegar o microfone:

– Tá faltando a coroação do rei – indo pegar uma coroa maior no canto do palco e colocando na cabeça de Freddie.

A valsa começou a tocar. O rei e a rainha do baile foram para o centro do salão para dar início a valsa.

– Freddie, eu nunca fiz o tipo “rainha do baile”. Eu sempre fui a valentona e não a líder de torcida perfeita.

– E eu alguma vez fiz o tipo “rei do baile”? Eu sempre fui o nerd e não o capitão do time de futebol. Mas, não importa. Hoje é o seu baile e você é a minha rainha.

– Sabe que pra um nerd você é bem sexy?

– Sei.

– Convencido.

– Eu te amo minha rainha valentona linda.

– E eu te amo meu rei nerd gostoso.

Os dois se beijaram.

Já estava raiando o dia quando Sam e Freddie voltaram para casa, ainda animados pelas músicas do baile e pela bebida. Não estavam bêbados, mas alegres.

Entraram em casa aos beijos e aos amassos.

Spencer apareceu:

– Que bom que chegaram. Acho que posso ir agora né?

Ele não obteve resposta. Freddie pegou Sam no colo, os dois não paravam de rir e de se beijar. Foram para o quarto e bateram a porta.

– Será que eu estou invisível? - perguntou Spencer para si mesmo.

Isabelle entrou na sala:

– Bom dia dindo.

– Belinha, você consegue me ver? - fazendo uma dancinha engraçada.

– Que papo é esse? É claro que eu consigo te ver.

– Que susto. Pensei que tinha morrido sem perceber, porque parece que seus pais não me viram.

– Meus pais já chegaram? Eba! Vou pedir para a mamãe preparar meu café da manhã – falou Isabelle, tentando ir para o quarto dos pais.

– Melhor não pequenina! - disse Spencer, pegando a afilhada no colo.

– Por que?

– Eles acabaram de chegar, devem estar cansados, com sono, ainda nem dormiram. Deixa que eu preparo o café pra você.

Enquanto isso, no quarto, Freddie abria o feixo do vestido de Sam, distribuindo beijos no seu pescoço e nas suas costas, fazendo-a se arrepiar.

– Você ficou linda com esse vestido amor, mas fica ainda mais linda sem ele – tirando o vestido dela e o jogando sobre uma cadeira – Como consegue ser tão perfeita? - acariciando o corpo dela, subindo as mãos das coxas, aos quadris, nádegas, cintura e seios, pouco antes de abrir o seu sutiã e tirá-lo, abocanhando um dos mamilos dela, fazendo-a soltar um gemido.

Ele se afastou para se livrar do paletó. Ela a ajudou a abrir a camisa e a tirá-la. As mãos dela já abriam o cinto dele, mas o moreno a conteve.

– Com calma amor – empurrando-a na cama e deitando-se sobre ela, iniciando uma trilha de beijos que começou na boca, passou para mordidas na orelha, beijos e chupões no pescoço.

– Vai me deixar marcada bebê – reclamou Sam.

– Seu cabelo é comprido, cobre – voltando aos beijos no pescoço, descendo para os seios fartos dela.

– Ai, mais devagar, isso doi – reclamou Sam.

– Desculpa – disse ele, que havia a mordido na empolgação e passou a acariciar os seios dela com as pontas dos dedos, distribuindo beijos delicados em seguida.

Ele desceu para a barriga.

– Isso faz cócegas – disse ela, rindo, o que o incentivou a continuar, estava gostando de ouvir as gargalhadas dela.

Freddie passou os beijos para a virilha, puxando a calcinha dela com os dentes, até ir descendo pelas pernas dela, tirando-a. Recomeçou a trilha de beijos pelos pés, pernas, subindo para as coxas.

Pouco depois na cozinha, Isabelle falou:

– Parece a mamãe! Ela tá gemendo?

– Claro que não! - disfarçou Spencer – Sua mãe está dormindo. Deve ser a televisão do vizinho. Por que não ligamos a televisão também – disse Spencer pegando o controle remoto.

– Esses gemidos estão muito altos para ser no vizinho.

– Se os vizinhos podem colocar a TV tão alta também podemos – falou Spencer, aumentando o volume.

Já era meio-dia quando Sam acordou. Estava aconchegada nos braços de Freddie, que a envolvia pela cintura e dormia com a cabeça próxima a curva do seu pescoço. Tentou sair, mas sentiu o braço firme dele a deter:

– Aonde pensa que vai minha rainha?

– Pelo visto a coroação dessa noite realmente me fez ser promovida.

– Como assim?

– Antes você me chamava de princesa Puckett.

– Mas agora você é minha rainha Benson.

– Se eu sou uma rainha posso fazer o que eu quiser e quero me levantar agora, porque já tô morrendo de fome, ainda mais depois da canseira que me deu.

– Está bem, seu motivo é justo.

Os dois deram um beijinho e ela se levantou.

Quando os dois foram para a sala, encontraram o apartamento silencioso.

– Ué? Cadê as crianças? - perguntou Sam, preocupada.

– Aqui tem um bilhete – reparou Freddie, pegando o papel em cima da mesa de centro – É do Spencer: “Levei as crianças para o apartamento da Carly, lá é mais silencioso”.

– Ai, que vergonha! Fizemos muito barulho. Culpa sua! - reclamou Sam, dando tapas em Freddie, que só ria.

– Quem estava gritando era você amor – zombou Freddie.

No final da tarde, Carly trouxe as crianças de volta, avisando:

– Vamos viajar para Cambridge. Mabel ligou desesperada para o Gibby, chorando muito, pedindo pra voltar para casa.

– O que será que aconteceu? - perguntou Sam, preocupada.

– Eu falei com a Melanie e ela me disse que a menina ficou com ciúme do namorado dela, diz que pegou implicância.

– Isso é estranho, Mabel não é ciumenta ou implicante – considerou Sam.

– Ela gosta de você, mesmo tendo se casado com o pai dela – observou Freddie.

– Pois é, talvez ela só tenha ciúme da mãe, vai entender.

Quando Carly saiu, Sam comentou com Freddie:

– Eu conheço aquela garotinha, ela não é dramática, tem algo muito errado aí. Se aquele babaca do novo namorado da Melanie fez alguma coisa pra ela vai se ver comigo.


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