Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 113
O choque da pequena nerd


Notas iniciais do capítulo

O capítulo tem momentos de Cris e Isabelle. Falando nisso... gostaria de saber a opinião de vocês quanto ao shipper deles. Poderia ser Isaris, Crelle, Beris ou Bris? Mais alguma ideia?



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Isabelle tentou abrir a porta da frente do apartamento da madrinha, sem sucesso, pois estava trancada. Resolveu tentar a porta dos fundos e deu sorte, pois haviam a esquecido aberta.

A menina caminhou sem fazer barulho e sem ascender a luz, até o quarto de Cris. O menino dormia tranquilamente na sua cama.

– Cris – chamou a menina, num sussurro.

O menino sentou-se na cama assustado e começou a gritar, mas a menina tampou sua boca, dizendo:

– Sou eu seu bocó! Não precisa ter medo.

– Acho que preciso sim, ainda mais por ser você Belinha. Veio aqui me bater no meio da noite?

– Até parece. Isso eu posso fazer a qualquer hora do dia.

– Então o que quer? Eu nem sou mais seu melhor amigo.

– Justamente sobre isso que eu vim falar. Cris...

– Já sei, vai dizer que eu ouvi mal. Eu ouvi muito bem, limpo os os ouvidos todos os dias.

– Não era isso que eu ia dizer. Você ouviu certo, mas eu menti, porque estava com raiva de você. Não gosto de ser ignorada por você desse jeito. Poxa, eu fiz aquilo pra te defender e você fica com raiva de mim só porque aqueles garotos bobocas ficam te zoando.

– Eu fui ao seu apartamento justamente porque minha mãe falou que não era certo eu te tratar mal só porque garotos bobocas me zoam, que se você me defendeu é porque gosta de mim. Mas, quando eu cheguei lá ouvi que agora Alison é sua melhor amiga.

– Mas você é meu melhor amigo, isso nunca vai mudar, ainda que eu tenha uma melhor amiga. Já disse que menti por raiva, então me desculpa.

– Tá bom. Eu também tenho que te pedir desculpa por ter te tratado mal nos últimos dias – falou Cris, abraçando Isabelle.

– Agora chega – disse Isabelle, empurrando o menino – Muito perto. Melhor eu voltar pra casa antes que meus pais percebam que eu saí.

– Espera Belinha. Tem desenhos muito legais passando na TV a cabo essa hora

– Temos aula amanhã cedo.

– Olha só, a garotinha que adora quebrar as regras está mudada.

– Cris, estou sendo uma má influência pra você... mas eu não ligo. Vamos ver desenho, só um pouquinho não faz mal a ninguém.

Isabelle sentou-se na cama ao lado de Cris e o menino ligou a TV em volume baixo, para não acordar Carly e Gibby.

Na manhã seguinte, Sam foi acordar a filha e tomou um susto. Correu para a cozinha, onde a família já tomava café da manhã, pálida:

– Belinha sumiu de novo!

– De novo! Será que foi outra fuga no meio da madrugada? Qual o motivo dessa vez? - perguntou Freddie, nervoso.

– Eu não sei! Juro que vou começar a amarrar essa menina na cama – falou Sam, agitada.

O celular de Sam tocou no seu bolso:

– Mensagem da Carly. Ufa, Belinha está lá – disse Sam, respirando aliviada – Ela é teimosa! Queria falar com o Cris, e eu disse para esperar até hoje de manhã.

– Menos mal. Ela está segura. Vamos até lá – falou Freddie, puxando Eddie e Nick pelas mãos.

Carly abriu a porta:

– Venham comigo. Vocês precisam ver uma cena muito fofa.

Gibby tomava café da manhã com Mabel na mesa da cozinha e apenas acenou para os amigos.

Isabelle e Cris dormiam abraçados.

– Vejam que amor – falou Carly para os amigos.

– Isso é fofo, mas Belinha me desobedeceu de novo, essa menina está passando de todos os limites. Ela está bem e protegida na sua casa, mas poderia ter ido pra outro lugar. Isso não pode se repetir – expôs Sam.

– Eu concordo! Isso não pode se repetir! Ela é só uma garotinha, a minha garotinha! - disse Freddie, nervoso, olhando para a filha junto ao garoto.

– Acorda Isabelle Benson! - gritou Sam, fazendo a menina acordar assustada e se sentar na cama num pulo.

– Bom dia – cumprimentou a menina sem graça.

– Quem será que me desobedeceu, saiu no meio da noite, e vai ficar de castigo? - perguntou Sam.

Isabelle abaixou a cabeça e Sam prosseguiu:

– Não tem final de semana na casa da Alison. A partir de agora a chave da porta vai ficar no meu quarto durante a noite. Tem noção do quanto é perigoso uma garotinha, sozinha, zanzando por aí no meio da noite?

– Desculpa mamãe, não vai se repetir.

– Não vai mesmo!

Na aula, Alison foi falar com Isabelle, animada:

– Já tô preparando tudo pra sua visita a minha casa no sábado. Se o tempo estiver bom podemos tomar banho de piscina. Minha casa tem muito espaço, então podemos andar de roller e de bicicleta. Eu tenho toda a coleção da Barbie, sei que você não gosta muito de brincar, mas pode ver, pelo menos. Também tenho vários jogos de video-game e jogos de tabuleiro. Minha mãe disse que vai encomendar um lanche bem gostoso pra gente. Vai ser demais!

– Desculpa Alison, não vou poder ir a sua casa. Aprontei e minha mãe me colocou de castigo.

– A culpa foi minha – disse Cris, entrando na conversa – Você queria voltar pra sua casa, mas eu dei a ideia de assistir o desenho até tarde. Eu posso falar com a sua mãe se você quiser.

– Não iria adiantar, mas valeu mesmo assim.

O sinal bateu e eles foram para a sala.

Enquanto isso, no Gibby's, Sam picava temperos na cozinha, quando sentiu alguém a abraçar pela cintura, por trás.

– Afaste-se! - disse ela, desvencilhando-se e apontando a faca.

– Não me mate, amor – pediu Freddie, colocando as mãos para cima e rindo.

– Enlouqueceu Benson? Nunca me aborde desse jeito quando eu estiver distraída e com uma faca na mão.

– Foi mal. Eu não resisti, você fica muito sexy com esse avental – abraçando-a e a beijando.

O beijo foi se aprofundando e logo a língua dele pedia passagem. A mão dele já passeava pelo corpo dela.

– Chega! - falou Sam, empurrando-o – Aqui não é hora nem lugar pra isso – tentando voltar a respirar normalmente e contendo as batidas aceleradas de seu coração.

– Foi mal. Não resisti.

– Você não deveria estar trabalhando?

– Pedi folga hoje de manhã. Natalie não poderia me negar, tenho feito muitas horas extras ultimamente. Aproveitei pra isso – contou ele, estendendo um papel para ela.

Sam abriu o papel e leu:

– Que maravilha, meu amor! Você pediu o reingresso no seu curso de engenharia da computação.

– Sim, começo hoje a noite.

– Parabéns! - disse Sam, pulando no colo dele, colocando as pernas em volta de sua cintura e o beijando – Estou muito feliz por você.

– Eu precisava te agradecer. Você é a minha força, minha princesa – acariciando o rosto dela - Tenho certeza de que agora vou conseguir terminar esse curso, com o seu apoio.

– Você vai sim. Eu e seus filhos estaremos lá no dia da sua formatura, cheios de orgulho.

– Orgulho eu tenho de você, por ser uma mulher tão maravilhosa.

Os dois voltaram a se beijar. Gibby entrou na cozinha e começou a cantarolar:

– Amar você, é a minha coisa preferida a fazer...

Os dois pararam o beijo, constrangidos.

Naquela noite, Freddie chegou do trabalho ansioso, pegou seu lap top e já corria para chegar à aula a tempo.

– Não vai comer nada, amor? - perguntou Sam, preocupada.

– Não dá tempo, amorzinho. Mas eu já fiz um lanche na Pera Store, não se preocupe.

– Não vai desmaiar por aí.

– Como alguma coisa no intervalo da aula. Te amo – falou ele, despedindo-se dela com um beijinho.

– Também te amo.

– Tchau crianças – despediu-se ele dos filhos que assistiam televisão.

– Eu vou me ferrar na prova de matemática, agora que o papai não pode me ajudar a estudar. A prova é amanhã e é a primeira do ano. Droga! - lamentou Isabelle.

– Eu posso te ajudar.

– Mamãe, você repetiu matemática no seu curso online.

– Quem te contou isso?

– Tia Cat.

– Aquela “cabeça de fósforo” linguaruda.

– Eu vou pro meu quarto estudar – dsse Isabelle, saindo da sala.

Enquanto isso, no apartamento da família Shay Gibson, todos jantavam:

– Mamãe, pode me ajudar a estudar pra prova de matemática de amanhã? - perguntou Cris a Carly.

– Claro que sim. Bom, vou aproveitar que estão todos aqui pra dar essa notícia: eu fui promovida no trabalho!

– Verdade? Que coisa boa mozinho – falou Gibby, beijando-a.

– Agora eu vou ser a garota do tempo. Vou apareceu no jornal da televisão! - contou Carly, empolgada.

– Que legal! E o que aconteceu com a outra garota do tempo? - perguntou Mabel.

– Ela morreu. Um raio caiu na cabeça dela enquanto apresentava a previsão do tempo num lugar cheio de árvores.

Todos se arrepiaram.

– Não quero ficar viúvo – falou Gibby, preocupado.

– Deixa de ser bobo. Acho que agora eles entenderam que não é seguro mandar a garota do tempo para falar de raios durante uma tempestade num lugar aberto e cheio de árvores. O fato é que vou ter que fazer uma pós-gradução, pra me especializar em metereologia. Apostaram em mim, porque sou muito simpática...

– E linda – elogiou Gibby.

– Enfim, não tenho a qualificação necessária, mas me comprometi a tê-la em breve. Vou começar a pós-gradução. Gibby, preciso contar com você pra cuidar das crianças.

– É claro que pode contar comigo, sempre.

Carly o beijou em agradecimento.

Na manhã seguinte, Isabelle estava nervosa. Sam disse à filha assim que a deixou na escola:

– Fica “tranqui” Belinha, você é nerd igual ao seu pai, tenho certeza de que vai se sair muito bem na prova.

– Vou tentar – disse ela, dando um beijo na mãe e seguindo para a sala de aula, acompanhada por Cris e Alison.

Alguns dias depois, a professora entregava as provas.

Cris comemorou:

– Oba! Eu tirei 10!

Alison disse:

– Parabéns Cris, só consegui 9,5.

A professora chamou todos os nomes, menos o de Isabelle.

– Professora, eu acho que a senhora esqueceu a minha prova – disse Isabelle para Srta. Flich.

– Eu não esqueci não. Deixei de entregar de propósito. Senhorita Benson, tem alguma justificativa para ter tirado essa nota? - entregando a prova para a menina.

Isabelle pegou a prova e começou a chorar:

– Eu tirei zero? Não é possível!


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