Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
Parabéns para a Belinha!
Sam e Carly assistiam televisão deitadas no antigo sofá do apartamento dos Shay.
– Mandar as crianças fazerem o dever de casa juntas foi mesmo uma boa ideia, assim eles se ajudam, se entendem e nos dão sossego – falou Carly contente.
Ouviram o grito de Cris:
– Para Belinha!!!
– Ou não! Melhor irmos lá antes que a minha filha mate o seu filho – disse Sam, levantando-se rapidamente do sofá.
No estúdio de ICarly, Isabelle estava sentada em cima de Cris, deitado no chão, debatendo-se em vão, enquanto a menina lia o caderno dele.
– O que está acontecendo aqui? - perguntou Carly.
– Mamãe, me salva – pediu Cris.
Sam se adiantou e tirou Isabelle de cima de Cris, indagando:
– O que está fazendo com o garoto Isabelle Benson?
– Eu perguntei pra ele se queria por bem ou por mal, mas ele preferiu por mal – explicou a menina.
– Ela não quis fazer o dever mamãe e ficou esperando eu fazer pra copiar tudo, enquanto eu me esforçava ela jogava o seu video-game de violino – contou Cris, abraçando-se à Carly.
– Por que duas pessoas precisam fazer o mesmo dever? É tão mais fácil você fazer por nós dois. Se me desse o seu caderno espontaneamente nem teria apanhado – falou Isabelle.
Sam abaixou-se para ficar da altura da filha:
– Belinha, olha só...
– Já sei, vai me dizer que é importante fazer o dever de casa e que eu devo pedir desculpas ao Cris – antecipou-se a pequena.
– Na verdade eu ia dizer que fazer dever de casa é um saco e que o Cris poderia ser menos egoísta.
– Sam! - disse Carly, indignada.
– Mas, apesar de o dever de casa ser chato é um mal necessário, como aquelas vacinas doloridas que te livram das doenças e que apesar de o gesto do Cris ter sido egoísta, ele fez isso para o seu bem, porque se ele deixar você copiar o dever dele nunca vai aprender – expôs Sam à Isabelle.
– Tá, eu entendi mamãe.
– Agora que tal irmos para casa? Eu te ajudo no dever.
– Está bem.
Mais tarde, na mesa da cozinha Sam elogiou Isabelle:
– Parabéns mini Benson! Você é muito nerd. Sabe toda a lição, nem precisava ter batido no Cris pra pegar o caderno dele.
– Mamãe, vou contar uma coisa: eu acho muito divertido bater no Cris. Você consegue entender isso?
– Você não imagina o quanto eu te entendo.
Freddie entrou na cozinha:
– Amor, não consigo fazer o Eddie dormir, ele colocou na cabeça que tem um monstro em baixo da cama.
– De novo com essa história?
– De novo.
Sam foi ver o filho e Freddie sentou-se com a filha:
– E você não vai dormir princesa?
– Estou sem sono, quero ficar acordada até meia-noite pra vocês me darem parabéns. Amanhã eu faço 7 anos, lembra? E não tem essa de fingirem que esqueceram que nem no ano passado, não caio mais nessa, amanhã quero muitos parabéns, beijos, abraços, comidas gostosas e uma festona só pra mim.
– Sinto informar que não terá uma festa.
– Por que não? Só porque eu bati no Cris hoje? E ontem e antes de ontem?
Freddie riu:
– Não é por isso querida, embora não seja legal bater no seu amiguinho. As pessoas sentem dor, sabia?
– Sabia e isso é divertido.
– Você é bem filha da sua mãe mesmo. Enfim, pobre Cris. O fato é que eu e sua mãe preparamos uma surpresa muito melhor que uma festa para você e os seus irmãos amanhã.
– Que surpresa?
– Se é surpresa só saberá na hora certa.
– Ah não papai! Assim vai me matar de curiosidade, nem vou conseguir dormir.
– Se não dormir vai ficar com sono e não vai aproveitar a surpresa. Agora vem aqui – colocando Isabelle sentada sobre os seus ombros.
– Vai cavalinho!
– Pocotó, pocotó, pocotó – disse Freddie, pulando com a filha em seus ombros e caminhando para o quarto da pequena.
Freddie leu um conto de fadas para Isabelle e a menina já bocejava, brigando contra o sono.
– Dorme meu amorzinho, amanhã é o seu dia.
– Mas ainda não terminou a história.
– Então o princípe se casou com a princesa e viveram felizes para sempre.
– Sabe como eu imagino os princípes dessas histórias papai?
– Como?
– Muito bonitos e legais, assim iguaizinhos a você.
– Oh minha linda! E nenhuma princesa das histórias será tão linda quanto você – beijando a testa dela – Agora dorme, papai te ama muito.
– Também te amo muito papai – falou a menina, já fechando os olhos e finalmente cedendo ao sono.
Mais tarde, ele entrou no quarto e encontrou Eddie abraçado à Sam.
– Não teve jeito, tá com medo, só quer dormir comigo – explicou a loira.
– Mas é a terceira vez essa semana – observou Freddie.
– Já tentei colocá-lo na cama cinco vezes, mas ele levanta, corre pra cá e me abraça até quase me sufocar.
– Vem com o papai campeão. Você já é um homenzinho com quase 3 anos, tem que dormir no seu quarto, nem quando era bebê fazia isso – disse Freddie, tentando puxar o filho em vão, que se grudava ainda mais à mãe.
– Não! O monstro vai me comer – falou Eddie.
– Seu irmão está dormindo lá e o monstro não pegou ele, simplesmente porque não existe monstro nenhum – disse o pai.
– O monstro não quer comer o Nick, porque ele é esperto, só quer comer a mim, porque sabe que eu tenho medo – contou o pequeno.
– Então não tenha medo – concluiu Freddie.
– Eu não consigo, eu quero ficar com a mamãe, ela me protege porque é forte que nem a mulher maravilha – disse Eddie.
– Taí, gostei da comparação meu príncipe – beijando a cabeça do pequeno - Deixa ele amor, é fase – observou Sam para Freddie.
Na manhã seguinte, Freddie estava todo dolorido no café da manhã.
– Deixa de corpo mole Benson, me ajuda a arrumar a mesa bem bonita para a nossa princesinha – pediu Sam.
– Eddie me chutou as costas a noite toda – reclamou Freddie.
– Ele tem sono agitado. Você pode ir dormir na sala para não ser chutado.
– Ou a gente pode levar o Eddie num psicólogo e resolver esse problema.
– Bebê, tá com ciúme do seu próprio filho? Só por que agora tem outro carinha que adora dormir abraçado a mim?
As crianças entraram na cozinha e os pais falaram:
– Parabéns! - abraçando Isabelle.
Eddie e Nick também abraçaram a irmã. Todos começaram a cantar parabéns e como de costume Isabelle apagou a velinha (de 7 anos) em cima de uma saborosa torta da loja do falecido Galini.
– Agora vem o presente da minha princesa – anunciou Freddie, mostrando um envelope para a filha.
– Da nossa princesa e dos nossos príncipes também, afinal, será o presente de aniversário para os três – completou Sam.
Isabelle puxou o envelope da mão do pai, ansiosa:
– Eu não acredito! Vou conhecer a Disney World de Orlando! Aaahhhh!!!! - correndo e pulando pela casa.
– Eu acho que ela gostou – observou Freddie, sorrindo.
– Eu diria que ela mais que gostou – falou Sam, contente.
– Vocês são os melhores pais do mundo! Eu amo vocês! - declarou a menina, abraçando Freddie e Sam.
– Sério? E onde é que foi parar aquele “sua bruxa”? - perguntou Sam, referindo-se ao modo como Isabelle se refere a ela quando brava.
– Até que você é uma bruxa legal mamãe – respondeu a menina.
Naquele final de semana, Sam, Freddie, Isabelle, Eddie, Nick, Carly, Gibby, Cris e Mabel embarcaram no avião rumo a Orlando.
Chegaram ao hotel a noite, só tiveram tempo de jantar antes de ir dormir.
Isabelle, Mabel e Cris ficaram num quarto com três camas de solteiro, ao lado ficaram Sam e Freddie com um quarto conjugado com duas pequenas camas para Eddie e Nick, no quarto ao lado estavam Carly e Gibby.
Freddie foi ver se estava tudo bem com Belinha e voltou. A luz estava apagada, ele se deitou e foi abraçar Sam, dizendo:
– Saudade de dormir de conchinha com você amor.
– Sai, papai .
Freddie ascendeu a luz e disse:
– Não acredito que também acha que tem um monstro em baixo da cama do hotel Eddie!
– Esse é o Nick, amor. Pensei que já tinha parado com isso de confundir os gêmeos.
– Mas é o Eddie que tem medo e vai dormir com você.
– Mas é o Nick que fica assustado quando tem que dormir em outra cama que não a dele.
– Entendi, quando não é o Eddie, é o Nick.
– Pode ir dormir na minha cama se quiser, papai – disse Nick.
– Acho que eu sou um pouco grande demais pra sua cama. Dá um espacinho pro papai, só espero que não me chute como seu irmão.
Sam e Freddie acordaram sentindo o colchão molhado.
– Que umidade é essa? - perguntou ele se levantando e ascendendo a luz.
– Você não levou o Nick ao banheiro antes de dormir? - perguntou Sam.
– Pensei que você tivesse levado.
– Tá aí o resultado, ele não segura o xixi.
– Eu não acredito!
Na manhã seguinte, Sam, Freddie e as crianças aguardavam Carly e Gibby para começar o passeio pelos parques.
– A mamãe tá demorando. Estranho ela nunca foi de dormir tanto – comentou Cris.
– Nem o papai – completou Mabel.
– Nós tivemos que levantar de madrugada, molhados, e nem por isso nos atrasamos – observou Freddie.
– Eu vou ver o que está acontecendo. Se bem conheço a Carls deve tá fazendo uma escova pra não ir aos parques com os cabelos bagunçados e o bobo alegre do Gibby, que faz tudo que ela manda, deve estar segurando o secador – disse Sam.
Sam bateu na porta do quarto de Carly e Gibby:
– Vamos logo amiga! As crianças estão ansiosas para o passeio!
Sem resposta. Ela insistiu:
– Carly! Gibby! Morreram aí dentro? Devo arrombar a porta agora?
Ela ouviu um grito da morena:
– Não faz isso Sam!!! Só um minuto!
Carly e Gibby abriram a porta, trajando roupões, ofegantes.
– Nós já vamos Sam, só nos dê um minuto – pediu Carly.
Sam começou a rir e Carly perguntou:
– Qual a graça?
– Também quero saber, qual a graça? - indagou Gibby.
– Eu tô lembrando que você vomitou quando viu o Gibby pelado há alguns anos, ou melhor, quando toda a América viu, e agora se atrasa pro parque porque tá aí se divertindo com o gordinho.
– Ela vomitou de nervoso ao ver o material – gabou-se Gibby, abraçando Carly – Não é mozinho?
– Tá me deixando constrangida mozão – falou Carly, ficando vermelha.
– Credo, que apelidos bregas! Estamos esperando vocês, recomponham-se e venham logo.
Carly e Gibby finalmente apareceram, onde uma pequena van os aguardava, abraçados e sorridentes.
Sam comentou com Freddie:
– Finalmente nossa amiga está feliz.
– Ela merece.
Os dois foram caminhando de mãos dadas até a van, onde as crianças já tinham entrado e iniciado a bagunça. Todos estavam ansiosos para começar a diversão.
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