Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Sam colocou os filhos para dormir. Foi para a sala, desligou a televisão, catou os brinquedos espalhados pelo chão, apagou a luz e se dirigia para o seu quarto quando ouviu os gritos de Isabelle.
– Mamãe, socorro!
Sam correu para o quarto, nervosa:
– O que aconteceu? - ascendendo a luz.
– Eu tô muito doente! - respondeu a menina, segurando a barriga e chorando sem parar.
– Doi a sua barriga? O que comeu? Aposto que são aquelas coisas verdes que sua avó te dá, aquilo faz mal pras pessoas...
– Eu não sei mamãe, mas eu acho que vou morrer!
– Eu vou te levar pro hospital agora!
– Não quero ir para o hospital, quero o meu pai!
– Seu pai não é médico, é nerd.
– Eu acho que não é minha barriga que tá doendo, é o meu coração – disse a menina, colocando as mãos mais para cima, pra segurar o peito – E doi de saudade do papai.
– Agora eu entendi tudo. Tá fazendo esse escandâlo só porque quer o seu pai. Podia ter economizado no show Isabelle, bastava me dizer que eu deixava você ir dormir com ele.
– Mas eu não quero dormir só com ele, quero dormir com você também. Me abraça mamãe, eu tô carente – pediu a menina, com lágrimas nos olhos.
– Drama não funciona comigo Isabelle. Agora dorme de uma vez e me deixa em paz, porque eu tô cansada e tenho que acordar cedo amanhã.
A loira saiu do quarto e a menina ficou contrariada.
No dia seguinte, Freddie foi buscar as crianças para passar o final de semana com ele. Isabelle pegou o pai pela mão e o puxou para dentro:
– Vem papai, assiste desenho comigo – sentando-se no sofá.
– Eu te convidei pra entrar Freddorento? - perguntou Sam.
– Eu convidei o papai pra entrar mamãe. Aqui também é minha casa, certo? - indagou Isabelle.
– Tanto faz – respondeu Sam, indo para o seu quarto.
Freddie falou à filha:
– Eu te disse que não seria tão fácil dobrar sua mãe.
Isabelle pegou o celular do bolso da camisa do pai e disse:
– Toma, pede frango frito pra ela.
– Isso pode ao menos amenizar o mau humor dela.
Sam ouvia música no celular no seu quarto quando Freddie entrou com um balde de frango frito. Ela tirou os fones de ouvido e perguntou:
– Pra que isso?
– Pra você.
Sam pegou o balde das mãos dele:
– Tá, valeu. Mas, não pensa que vai me comprar com tão pouco.
– Quer também uma peça de presunto? Bacon boliviano? Pizza de pepperoni?
– Todas as alternativas.
Naquela noite, Freddie foi ao apartamento de Sam cheio de comida e com a pizza quentinha.
– Valeu nerd, agora vaza – disse Sam, tentando colocá-lo porta a fora.
– Está sendo má. O papai comprou tudo isso e não vai poder nem provar? - perguntou Isabelle, indignada.
– Ele comprou porque quis.
– O papai vai ficar aqui e comer conosco – determinou Isabelle, autoritária, puxando o pai para a mesa da cozinha.
Durante o jantar, Sam e Freddie sentiram uma nostalgia dos tempos em que faziam a refeição em família.
Eddie reclamou:
– Por que não posso comer o queijo da pizza como todo mundo?
– Porque te faz mal meu amor. Você não quer passar mal não é mesmo? - indagou ao filho.
– Não mamãe.
– Eu posso comer o queijo e você não – cantarolou Nick.
– Pare com isso Nick – determinou Sam.
– Eddie é bobão – cantarolou Nick.
Eddie pegou um pedaço de pizza e esfregou o molho na cara do irmão. Nick começou a chorar, mas pegou a azeitona e jogou no olho de Eddie, que começou a chorar também. Belinha gostou da bagunça e começou a atirar katchup nos irmãos. Os pequenos revidaram com a maionese. Eles pararam de brigar entre eles e passaram a atacar a irmã. Os pais foram intervir e acabaram levando banhos de katchup, mostarda e maionese também. Mas, conseguiram arrancar os molhos das mãos das crianças.
Sam olhou para Freddie todo sujo e começou a rir, Freddie fez o mesmo ao olhar pra ela. Ela aproveitou a oportunidade para jogar katchup no cabelo dele.
– Agora você vai ver Puckett – ameaçou Freddie, começando a correr atrás dela com a mostarda, sujando os cabelos dela.
Os dois escorregaram no chão sujo da cozinha e acabaram caindo. Sam em cima de Freddie. Começaram a rir muito.
– Você tá linda com essa cara toda lambuzada – elogiou Freddie.
Sam parou de rir. Fitou o rosto lambuzado dele e era incrível como era lindo mesmo assim. O olhar dos dois se cruzou. Ele estava prestes a beijá-la quando ela empurrou as costelas dele para dar impulso e se levantar.
– Melhor dar banho nas crianças logo – disse ela, pegando os gêmeos no colo para levá-los pro chuveiro – Dá banho na Belinha – determinou a Freddie.
Isabelle ajudou o pai a se levantar do chão:
– Tinha que ser mais rápido papai e beijado logo ela.
– Eu fiquei nervoso.
– Papai, está muito velho para ter medo de garotas.
– Sua mãe sempre me assustou e me hipnotizou...
Depois de dar banho nos gêmeos, Sam tomou banho e foi para a sala, secando os cabelos com uma toalha. Encontrou Freddie saindo do banho no banheiro do corredor, apenas com uma toalha na cintura.
– Você não pode ficar andando na minha casa dese jeito. Vista-se logo nerd – disse Sam, irritada.
– Qual o problema? Você já cansou de me ver assim e até com bem menos que isso.
– Acontece que você não é mais nada meu.
– Acontece que eu não tenho roupas limpas pra vestir.
– Tá, eu vou pegar aquela sua mala daquele dia... - disse Sam, indo para o quarto.
Freddie foi atrás. Ela abriu o armário para procurar e Freddie a abraçou por trás, beijando o seu pescoço. Sam virou-se para tentar impedir, mas ele a beijou de supetão e ela correspondeu. O momento foi interrompido por Nick:
– Mamãe, eu quero fazer pipi.
Sam e Freddie soltaram-se contrangidos.
– Encontre suas roupas aí dentro, vista-se e suma daqui – falou Sam, autoritária.
Ela pegou o filho no colo e o levou ao banheiro.
Na porta, quando Freddie estava prestes a ir embora, Isabelle perguntou:
– E aí? Avanços?
– Nos beijamos e ela me expulsou.
– Não deixa de ser alguma coisa.
No dia seguinte, Isabelle pediu à Sam para fazerem um lanche no Vitamina da Hora, quando chegaram lá encontraram Freddie.
Sam disse à filha, de forma irônica:
– Que coincidência seu pai estar aqui.
Freddie se aproximou:
– Bom te ver Sam.
– Eu não posso dizer o mesmo.
Freddie foi com as crianças pegar as vitaminas e Sam ficou sentada na mesa, quando alguém se aproximou:
– Sam, você por aqui.. quanto tempo!
Ela olhou para trás:
– Pete! Quanto tempo garoto! - cumprimentou ela, levantando-se e apertando a mão dele.
– Você tá bonita – elogiou ele.
– Você também não tá nada mal.
Freddie voltou para a mesa com os filhos.
– Olá Freddie – cumprimentou Pete, apertando a mão dele – Lembra de mim né?
– Sim, claro – respondeu Freddie, secamente.
– Eu soube que vocês se casaram. Os fãs Seddie ficaram enlouquecidos com isso, vivem fazendo comentários a respeito na internet, vocês têm muitos seguidores nas redes sociais – explicou Pete.
– Casamos e já nos descasamos – apressou-se em dizer Sam.
– Ah, que pena.
– Quem é você? - perguntou Isabelle.
– Eu sou um amigo da sua mãe da época da adolescência – respondeu Pete.
– Digamos que um pouco mais que isso – falou Sam, encarando o olhar de ciúme de Freddie.
– Poderíamos ter sido mais, mas você não quis – disse Pete.
– Sempre há tempo pra consertar más escolhas – falou ela, jogando indireta para Freddie – Por que não pega meu telefone e me liga qualquer dia desses?
– Sam, você não tá me vendo aqui? - perguntou Freddie.
– Você eu estou vendo, só não tô vendo aquela sua namoradinha que devia estar te fazendo companhia – respondeu ela, levantando-se e aproximando-se de Pete para dar o seu telefone.
Quando ela voltou pra mesa, Freddie garantiu:
– Eu praticamente nem saio mais com Rebeca, pra mim nem foi um namoro realmente, mas amanhã vou terminar tudo, definitivamente, com ela.
– Problema seu, não me interessa o que faz da sua vida.
O celular de Sam apitou e ela disse empolgada:
– Olha só, o Pete já me mandou uma mensagem dizendo que me adicionou aos seus contatos.
Freddie apertou o copo de vitamina, fazendo-a derramar.
No final de semana seguinte, Sam estava se arrumando para sair com Pete. Carly iria ficar cuidando das crianças.
Isabelle jogava video-game com Cris e o menino comemorou:
– Ganhei de você! Finalmente! Belinha é muito ruim! - fazendo a dança da vitória.
– Eu deixei você ganhar, porque não estou me sentindo bem e não quero mais jogar.
– Mentirosa! Não sabe perder! Admita que eu sou o melhor.
– Admito que você é um babaca! Só não te dou umas pancadas agora pra calar a sua boca, porque me sinto fraca.
– Você não vai me bater? É realmente grave. O que sente? - perguntou Cris, preocupado, colocando a mão na testa dela – Nossa! Você tá quente.
– Eu vou falar pra minha mãe – disse Isabelle, indo até o quarto de Sam.
Sam calçava suas sandálias de salto alto quando Isabelle entrou no quarto:
– Mamãe, estou doente.
– Não vem com essa pra cima de mim de novo. Sei que não quer que eu saia com o Pete. Entende uma coisa Isabelle: eu e seu pai estamos separados. Ele tem uma namorada e sua mãe também pode ter um namorado.
– Dessa vez é verdade mamãe, estou com febre, não me sinto bem.
Sam já havia calçado as sandálias, conferiu o visual mais uma vez no espelho.
– Comporte-se, procure não atormentar tanto a sua madrinha – falou Sam à filha, saindo sem olhar para trás.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Pete aparece no episódio "Transformando a Sam" da segunda temporada de ICarly.