Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 100
O homem nu


Notas iniciais do capítulo

Preparem-se para boas risadas



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Sam acordou sentindo uma dor de cabeça lancinante. Quando se deu conta de onde estava, isto é, nos braços de Freddie, assustou-se:

– Aahhh! - gritou, atirando Freddie da cama num empurrão.

O moreno acordou assustado com a queda.

– Em 5, 4, 3, 2... - disse ele, despertando assustado.

– O que faz aqui nerd? Por que estamos sem roupa? Você se aproveitou de mim? Seu tarado! - falou Sam, acertando tapas nele assim que ele conseguiu se levantar do chão.

– Enlouqueceu Sam? Vai dizer que não se lembra de nada? Você me agarrou e não o contrário! - explicou Freddie, andando pelo quarto e tentando se defender com as mãos dos tapas dela, que caminhava enrolada no lençol.

– Isso é mentira! Eu bebi demais com a Carly ontem, daí eu vim pra casa e você estava aqui e então eu apaguei e você deve ser aproveitado de mim dormindo, eu posso te denunciar por isso Benson! - ameaçou Sam.

– Quem estava prestes a me violentar ontem era você! Disse que iria apagar meu fogo e que era pra eu apagar o seu, não sem antes me dar um beijo desentupidor de pia e um chupão no pescoço – falou Freddie, mostrando o roxo no local.

– Eu não fiz isso!

– Então quem fez?

– Provavelmente aquela sua namoradinha ninfeta.

– Sam, vamos conversar como adultos ok? Nós fizemos amor porque estávamos com saudade um do outro e porque nos amamos. A Rebeca não significa nada pra mim, basta uma palavra sua e eu volto pra você – falou ele, aproximando-se e a beijando em seguida.

A loira o empurrou:

– Nunca mais encoste em mim! Saia daqui agora mesmo Benson! Eu tô me controlando pra não te dar uma surra, porque apesar de babaca você é o pai dos meus filhos!

– Engraçado, porque ontem você queria me agarrar e não me bater.

– Eu estava bêbada e é impossível que você não tenha reparado nisso. Você se aproveitou quando eu estava vulnerável e isso foi golpe baixo.

– Sabe Sam... dizem que quando bebemos demonstramos os nossos sentimentos mais ocultos, logo, não há dúvidas de que você me ama e de que você me quer tanto quanto eu te quero – falou ele lançando um olhar sedutor pra ela.

Sam pegou um vaso decorativo de cima de um móvel do quarto e ameaçou jogar:

– Saia daqui em 5, 4, 3, 2... se não quiser que eu quebre a sua cabeça.

Freddie saiu correndo, fechando a porta do quarto e Sam atirou o objeto na porta.

– Sam! - chamou ele do outro lado da porta.

– Já falei pra ir embora.

– Mas eu tô pelado! Pelo menos passa as minhas roupas.

– Oh! Que pena. Problema seu! - disse ela, passando a chave na porta para impedir a entrada dele.

Pouco depois, Carly saia para ir ao trabalho quando deu de cara com Freddie enrolado em um lençol infantil com bichinhos desenhados.

– Tá tudo bem Freddie? Essa visão é real ou eu ainda estou sob o efeito da bebedeira de ontem? Minha cabeça ainda doi muito – falou ela segurando a cabeça.

– Essa sua visão é culpa da sua bebedeira e da Sam de ontem. Por que deixou aquela loira maluca beber tanto? Ela me agarrou e hoje de manhã ainda teve a cara de pau de dizer que fui eu que me aproveitei dela. Aquela desiquilibrada me colocou pra fora do apartamento pelado! Tive que pegar um lençol das crianças pra não ser preso por atentado ao pudor.

Carly começou a rir sem parar. Freddie ficou indignado:

– Para com isso Carly! Não tem graça!

– Desculpa Freddie, mas tem sim! - falou a morena, ainda gargalhando – Quero só ver a cara da sua mãe quando te vir desse jeito. Isso vai ser o mais engraçado!

– Carly, você precisa me ajudar. Minha mãe não pode me ver assim, se não vai me azucrinar pro resto da vida. Entra lá e pega as minhas roupas, daí eu me troco no seu apartamento.

– Que desculpa vou dar pra sua mãe? Ela vai desconfiar. Desse jeito ela vai pensar que você dormiu foi comigo!

– É... acho que você tem razão. Mas você deve ter alguma roupa masculina no seu apartamento. Talvez do Brad ou do Spencer...

– Acho que eles deixaram algumas peças sim, vem, entra logo antes que mais alguém te veja nesse estado – disse Carly abrindo a porta do seu apartamento e puxando o amigo pra dentro.

Cris estava sentando no sofá da sala assistindo desenho e perguntou curioso:

– Por que o pai da Belinha tá desse jeito?

– Longa história querido. Seu tio Spencer tá atrasado, já mandou mensagem a ele perguntando onde está que ainda não chegou pra ficar com você? - questionou Carly, mudando de assunto.

– Sim, ele falou que está preso no trânsito, mas já está chegando – respondeu Cris.

– Ótimo – disse Carly, empurrando Freddie escada acima.

Carly revirava o armário em busca de algumas roupas que Brad havia deixado quando Spencer entrou no quarto e viu Freddie sentado na cama de Carly envolto no lençol.

– Eu não acredito! De novo! - falou Spencer nervoso – Cara, toda vez que deixa da Sam vem agarrar a minha irmã? - indagou à Freddie, irritado – Não gosto que brinquem com os sentimentos da minha irmãzinha.

Carly falou:

– Calma Spencer, não é nada disso que está pensando.

– Eu não estou pensando, eu estou vendo o Freddie pelado em cima da sua cama.

– Por incrível que pareça isso tem uma explicação e não significa que eu dormi com a sua irmã, eu juro pelos meus filhos. Ela só está me ajudando a encontrar uma roupa – esclareceu Freddie.

– Como é possível alguém perder as roupas? - perguntou Spencer.

– Me responda você que já perdeu as roupas até quando uma criança como o Chuck armou pra você – recordou Freddie.

– O Chuck armou pra você? Pensei que ele tivesse seguido a carreira militar e sumido daqui.

– Muito pior que o Chuck, foi aquela loira endiabrada – respondeu Freddie.

– Resumindo a história: Sam colocou o Freddie pelado para fora do apartamento e a mãe dele não pode vê-lo assim, então estou tentando encontrar alguma peça de roupa que eventualmente o Brad tenha deixado aqui – explicou Carly.

– Eu deixei algumas roupas lá no quarto do Cris, vou pegar, já volto – disse Spencer, descendo rapidamente.

Pouco depois, Freddie, trajando as roupas de Spencer, enormes para ele, considerando a altura superior do outro, tocou a campainha de Marissa.

– Ah, meu filho! Graças a Deus! - disse ela, abraçando o filho emocionada – Onde se meteu? Eu liguei até pra polícia! Pensei que estivesse morto por aí. E que roupas são essas? Pegou de um defunto maior que você?

– Não mãe. Essas roupas são do Spencer e ele está bem vivo.

Isabelle e os gêmeos foram abraçar o pai assim que o viram.

– Onde se meteu papai? Por que não voltou pra dormir com a gente? - perguntou a pequena.

– O papai teve um probleminha, mas tá tudo bem. Podemos dormir todos juntos hoje se sua mãe não surtar e resolver proibir.

– Onde esteve Fredward Benson? Por que está usando as roupas do Spencer? - perguntou Marissa, autoritária.

– Eu sujei minha roupa tentando consertar meu carro, com graxa, e o Spencer me emprestou as roupas dele, foi só isso – mentiu Freddie.

– Essa história está muito mal contada. Saiu daqui para ir a casa da sua ex e sumiu. Não me diga que teve uma recaída com aquela lá, prefiro que enfie um punhal no peito – dramatizou Marissa.

– Eu não vou fazer nem uma coisa nem outra mãe, estou atrasado para o trabalho, vou tomar banho e me trocar – falou Freddie, indo para o seu quarto.

Isabelle foi apartamento 13-B para falar com a mãe. Encontrou Sam deitada na sua cama no escuro. A menina ascendeu a luz:

– Mamãe, posso ir pra casa papai essa noite? Por favor, deixa! Ontem ele sumiu. Você sabe pra onde ele foi?

– Claro que não! E fala baixo Isabelle, minha cabeça doi e essa luz tá irritando a minha vista.

– Está doente mamãe?

– Antes fosse. Pode ficar com o seu pai. Agora volta pro apartamento da sua avó, eu tenho que reunir forças pra me levantar daqui e ir pro trabalho e você só tá me atrasando.

Isabelle obedeceu, voltando para o apartamento da avó.

Carly passou a manhã tomando comprimidos para tentar aplacar a forte dor de cabeça e quase dormiu em cima do computador, levando um susto ao ser alertada pelo chefe que exigia a entrega da matéria ao final daquela manhã.

Mais tarde, na hora do almoço, a morena chegava ao apartamento no intervalo do trabalho.

– O que temos pro almoço Spencer? - perguntou a morena, animada.

– O de sempre. Carly, precisamos conversar – falou ele, com a expressão séria.

– Cris aprontou algo?

– Não, vamos subir pra conversar no seu quarto, quem andou fazendo o que não devia foi você.

Os dois subiram para o quarto da morena e ela começou:

– Eu já disse que não dormi com o Freddie, eu juro.

– Você bebeu na frente do Cris? Eu não acredito que a senhorita, sempre tão responsável, fez isso. Olha o mau exemplo que deu à criança! Por acaso eu já bebi alguma vez na sua frente?

– Você sempre se comportou como se estivesse bêbado o tempo todo – rebateu ela.

– Eu sempre fui meio malucão, mas nunca bebi na sua frente, sempre cuidei para te dar bom exemplo e não te colocar em situações de risco.

– Claro, por que provocar incêndios e quase me acertar com um martelo voador não significou me colocar em risco.

– Não foi proposital, já beber foi proposital da sua parte. Você acha bonito o seu comportamento? Essa não é a garotinha que eu criei.

– Você tem razão Spencer. Eu não sou mais a garotinha que você criou. Hoje sou uma mulher cheia de frustrações na vida, que num momento de desabafo com a melhor amiga acabou sendo fraca e bebeu demais, sem pensar no mal exemplo que estava dando ao próprio filho – falou Carly, começando a chorar.

– Também não precisa chorar mana – disse Spencer abraçando-a – Tenho certeza de que não fará isso novamente.

– Nunca mais. Agora eu sou um exemplo para uma criança e vou prestar mais atenção nos meus atos. Cris não tem culpa dos meus problemas e precisa de uma boa mãe para que ele possa ser um adulto melhor que eu no futuro.

– É isso aí. Agora vamos descer que eu preparei bifes saborosos especialmente para a minha irmãzinha.

Os dois desceram.

Anoiteceu em Seattle, Sam foi levar os filhos ao apartamento de Freddie. Tocou a campainha e foi atendida por ele.

– Pelo visto conseguiu encontrar roupas! - zombou a loira, rindo.

– O que fez não teve a menor graça Sam – disse Freddie, contrariado.

– O que a mamãe fez? - perguntou Isabelle, curiosa.

– Uma brincadeirinha, mas seu pai não tem o menor senso de humor – respondeu Sam.

– E a sua mãe não tem o menor senso de nada! - revidou Freddie.

Ouviram a voz de Marissa de dentro do apartamento:

– Quem está aí Freddie?

– As crianças mãe – respondeu ele.

Marissa aproximou-se da porta e os netos entraram, abraçando a avó.

– Ah, você também tá aí Samantha? - perguntou a senhora à ex-nora.

– Eu também não fico feliz em ver a sua cara, já estou de saída – respondeu Sam.

Freddie foi atrás de Sam quando ela se dirigiu ao elevador:

– Espera Sam. Desculpa se eu me deixei levar pelo momento e não resisti a você. Acontece que eu sinto sua falta. Me dá uma chance, por favor. Me deixa voltar pra casa. A nossa noite foi incrível, só provou o quanto a gente ainda se ama. Eu tô muito arrependido por ter pedido a separação...

– Agora é tarde nerd – respondeu Sam, friamente, entrando no elevador.

Freddie ficou observando o olhar frio dela enquanto a porta do elevador se fechava.

Ele voltou para o apartamento da mãe triste. Sentou-se no sofá e Isabelle foi para o seu colo, abraçando-o:

– Por que o meu papai tão lindo tá tão triste?

– Ô minha princesinha, me dá mais um abraço desse que o papai tá precisando.

A menina foi abraçá-lo novamente quando reparou no roxo em seu pescoço:

– O que foi isso aqui papai? - colocando o dedo em cima.

– Eu bati sem querer.

– Bateu onde?

– Nem me lembro. Cadê meu abraço?

Isabelle abraçou novamente o pai e começou a enchê-lo de beijos, indagando novamente:

– Agora me diz, por que está triste?

– Sua mãe não me quer de volta.

– Eu posso te ajudar. Tenho um plano.

– Me fale mais a respeito.


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