Archer - A linhagem de vigilantes escrita por GLDC17


Capítulo 2
A vida escolar de uma futura heroína


Notas iniciais do capítulo

Hoje conhecemos um pouco mais da vida de nossa heroína, e podemos perceber que houve algo a mais com sua mãe antes de o avião cair.



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O dia amanheceu chuvoso, com uma garoa fina e com uma neblina onde não se via um palmo a sua frente, era mais um dia de escola de Arya, ela dará graças a Deus por ser seu último ano naquele lugar sombrio, onde ela não passava cinco minutos sem ter alguém perseguindo-a e relembrando da formatura da 8° série, onde choveu, onde seu vestido era azul, com detalhes em branco, e algumas lantejoulas por todo ele. Ela achou que seria a formatura dos sonhos, mas não contara com a chuva que caía sobre a cidade no dia mais especial da vida dela. Arya chegou atrasada na escola, e seu vestido estava todo cheio de barro nas pontas, pois morava no interior da cidade, onde o prefeito esquecera de asfaltar. Quando foi chamada no palco, para receber o seu diploma, ouviu risos intensos e sinceros de toda a escola, eram mais ou menos quinhentos alunos, e mais alguns professores encarando-a. Ela era a oradora da turma, por isso foi chamada por último, mas ela não conseguira fazer seu discurso, pois sua maquiagem tinha sido desmanchada pelas lágrimas que escorriam sem descanso de seu rosto lindo. Um garoto, que estava sentado ao fundo do salão, gritou: Hey Arya, a roça é pra lá! – e apontou para onde ficava o jardim da escola. Arya desceu do palco em passos largos, assim que terminou de descer as escadas, tirou seu salto estupidamente alto, e correu em direção a saída, enquanto olhava para todas pessoas que se encontravam ali. Nenhuma delas pareciam com pena, ou sérias.

Arya ficou suas férias de verão inteira trancada no quarto, onde tinha uma televisão de plasma localizada em cima de uma cômoda, que ficava bem em frente a sua cama. Ao lado de sua cama, tinha a porta, e o resto do quarto estava vazio, pois ela não tinha muito com o que decorar seu quarto.

Com seu dia escolar terminado, Arya voltou a sua casa sem guarda-chuva, pois não escutou seu pai quando ele disse a ela que iria chover. Não tinha ônibus que passara ali em seu bairro, porque era no subúrbio da cidade. O prefeito havia mandado afastar todo o resto da cidade já fazia um ano, mas os garotos de sua escola ainda a perseguiam chamando-a de pé de barro.

Chegou em casa, e como sempre, encontrou-se sozinha naquele local, logo após a porta, tinha uma escrivaninha com fotos da família, era a única lembrança que tinha de sua mãe. Ela era loira, com seus olhos profundamente azuis, e assim como Arya, era mais alta que as outras mulheres, seu rosto era fino como um alfinete, mas ainda assim, ela era maravilhosamente linda. Seu nome era Lyanna, ela sumira quando Arya tinha apenas quatro anos, em um desastre de avião, ela ia encontrar-se com o vô de Arya, que a esperava ansiosamente em Los Angeles.

Arya não via aquela foto sem começar a chorar igual a um bebê, pois sentia falta de uma outra voz feminina naquela casa.

Subiu até seu quarto quase que correndo, jogou a mochila no chão e se jogou na cama, onde não se cansava de chorar, até que depois de algumas horas deitada ali, dormiu. Como sempre, sonhou com sua mãe naquele avião que ela condenara, pois ele tinha tirado sua mãe dela. Viu sua mãe sentada em uma poltrona, onde um rapaz de média altura, utilizando um terno cinza com listras negras, ele utilizava um crachá, mas não dava para ler, pois estava ao contrário, seu rosto transmitia calma, o cabelo dele era grisalho, tinha um corte bonito, mas que é quase impossível de descrever, utilizava uma barba mal feita, mas que transmitia uma postura galanteadora para qualquer pessoa que o fitasse com os olhos. Ele conversava com sua mãe em tom calmo, ao contrário de Lyanna, que se irritava a cada palavra dita pelo homem. Ela estava tensa, mal conseguia respirar, até que decidiu levantar, e foi até o banheiro, não deu trinta segundos, e o homem a seguiu. Ele se irritara com ela, a empurrou para a parede e a segurou lá, até terminar seu longo discurso em tom ríspido, ele a soltou, e voltou a seu lugar, mas Lyanna não parecia bem, pois ela tonteava, não conseguia se fixar de pé, até que caiu, mas não fez barulho o suficiente para alertar o resto dos passageiros. Arya acordou assustada, sempre sonhava a mesma coisa, mas nunca chegou a passar da parte em que a mãe se dirige até o banheiro.

Ela se levanta, já eram cerca de oito horas da noite, e seu pai ainda não chegara, ele sempre trabalha até tarde, para conseguir dinheiro extra e manter as contas de casa. Ela liga a televisão, depois vai até a cozinha pegar um chá, pois isso sempre acalmava ela. Quando voltou ao seu quarto, viu no noticiário uma coisa horrível, ouvia as palavras do repórter assustada, pois até ele não acreditava no que falava. – Estamos aqui diretamente do centro de Starling City, onde um homem encontrou, no topo do telhado do museu de História, o nosso vigilante, o Arqueiro Verde. Ele foi encontrado morto, houve uma batalha com o outro arqueiro da cidade, onde atirou uma flecha bem no peito do nosso amado vigilante... O que faremos agora? Todo o legado dele, foi em vão, nossa polícia já não conseguia combater o mundo do crime de forma honesta, onde nosso vigilante nos salvava. Mas o que faremos agora que não temos nossa esperança viva? Agora o crime tem um novo integrante. Vamos ser sinceros... A nossa vida nesta cidade está perdida!

Arya desligou a televisão, e ficou chocada por horas, pois aquilo não poderia estar acontecendo, era tudo que a sociedade criminosa precisava para dominar a cidade. Ela voltou para a cama e fechou seus olhos, tentando acordar novamente, ela queria que aquilo fosse só mais um pesadelo.

No dia seguinte, ninguém na escola ousou em praticar bullying com Arya, e por mais que aquilo fosse reconfortante, ela preferia que aquilo não estivesse acontecendo. O dia novamente estava chuvoso, as aulas estavam terríveis, ninguém mais tinha ânimo para estudar, para se mexer, ou até mesmo para viver. A cidade estava de luto pelo homem mais adorado da cidade, o homem que não precisou mostrar o rosto para salvar aquele lugar, mesmo sem saber quem ele é, a cidade era grata pelos feitos dele.


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