Archer - A linhagem de vigilantes escrita por GLDC17


Capítulo 3
Sim ou não?


Notas iniciais do capítulo

Arya poderá decidir seu futuro com apenas uma palavra, Mas, caso aceite, terá que abrir mão de tudo que tem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578513/chapter/3

Um mês se passou desde que o Arqueiro Verde foi morto bem no coração da cidade, e Arya continua tristonha, mas não só ela, como todo o resto da cidade também. Ela voltou da escola após um dia gelado e sombrio, estava utilizando uma blusa roxa, com uma toca feita em casa, por ela mesma, pois ela adora crochê, a toca era negra com detalhes em branco e azul, sua calça era um jeans negro, tão apertado quanto sua calça leg.

Quando chegou em casa, encontrou seu pai com um avental antigo que era de sua mãe, ela não se conteve, e riu estrondosamente de seu pai. Ele se chamava Phillip, e era um pouco diferente de Arya, tem cerca de 1,90 de altura, com o corpo malhado, e uma barba já crescida, o que deixava-o parecendo ainda mais maduro, com quarenta anos de idade, ele se vete de forma bem jovem, usando sempre camisas com o tamanho exato de seu corpo, marcando todos os seus músculos definidos. – Oi Arya, pare de rir da minha cara e me ajude aqui! Como foi seu dia na escola? – Arya deu uma última olhada no meu avental extremamente sexy que seu pai estava usando, deu um sorrisinho e começou a descrever. – Tive três aulas vagas, porque aquela escola é um lixo, sairei sem aprender nada daquela merda. – Seu pai viu a irritação nos olhos de Arya, e decidiu mudar de assunto. – Ontem eu consegui um aumento no trabalho filha, poderei te colocar numa escola particular, se quiser, é claro. – Para de me zoar, pai. E mesmo que tivesse conseguido, não seria o suficiente para pagar a minha escola e deixar de fazer hora extra. – Ele o olhou com um sorriso perverso, e depois a abraçou, e contou sobre como conseguiu. – Ontem meu chefe me chamou no escritório dele, e me ofereceu o cargo de gerente de estoque, filha. Eu receberei o dobro do que ganho, mas, meu horário de trabalho mudará pro turno da noite. Por isso estou em casa a essa hora. – Ela o olhou com alegria nos olhos, e pediu para que largassem o almoço e fossem fazer a matricula na escola particular da cidade.

Eles foram até a escola, e conseguiram uma vaga para Arya, ela começaria na escola nova na semana seguinte. Estava pulando de alegria, nem parecia a garota que vivia se escondendo do mundo, e pela primeira vez em anos, Phillip viu a família com um sorriso sincero no rosto novamente.

Arya decidiu dormir um pouco, e pela surpresa dela, teve a continuação do sonho do dia passado. Ela vira sua mãe, jogada em frente a porta do banheiro, sem sequer estar respirando, e isso deu um aperto no coração dela. O cenário mudou, ela viu aquele mesmo homem que atacou sua mãe em frente ao banheiro, ele estava na cabine do piloto, e conversava com o copiloto do avião, sussurrou algo em seu ouvido, e foi em direção ao colete salva-vidas que tinha naquele local. Passados dois minutos, o avião começou a perder altitude, os passageiros estavam em pânico, nenhum deles pensou em colocar o cinto de segurança, ou procurou um colete, pois estavam bem acima do oceano atlântico, o que não fazia sentido, por sua mãe nem sairia do país. O avião caiu dentro d’água, ninguém saiu de baixo do mar.

Arya acordou, e novamente assustada, ela estava tendo respostas da morte de sua mãe, e percebeu que Lyanna não foi totalmente sincera com sua família. Após fazer um chá, subiu até o quarto para ler seu livro favorito, A guerra dos tronos. Ela subia calmamente com uma xícara na mão esquerda, e seu livro na outra. Deixou o livro na cama, e voltou para fechar a porta do seu quarto. Quando se virou, ficou pálida feito um fantasma, deixou a xícara cair de sua mão, o chá caiu correu de encontro ao tapete, ela gritou. A rua dela inteira deve ter escutado seu grito agudo. O homem que estava em seu quarto tampou a boca de Arya, e disse com sua voz destorcida por culpa de algum aparelho próprio para isso. – Arya, eu sei o que aconteceu com sua mãe, sua mãe estava envolvida em muita coisa antes, de morrer, ela era um perigo para a máfia de Starling City. Por favor, se acalme, não vou te machucar. Mas preciso que você venha comigo, agora. – Arya ficou pasma com o que vira em sua frente, achou que ainda estava sonhando, e deu um beliscão em si mesma, e por infelicidade dela, doeu. – Mas... V... Vo... VOCÊ NÃO TINHA MORRIDO? – Gritou ela, já com raiva. – Você colocou nossa cidade em perigo, seu idiota, estúpido, burro! – O homem aguentou as pancadas dela como se fosse carinho. Depois de um tempo, ele segurou as mãos dela, e ela percebeu que tudo aquilo era real, mas não entendia porque ele foi atrás dela. – Arqueiro? Porque veio até mim? O que eu fiz para esse mundo? – Ele a fitou com seus olhos verdes profundos, ela conseguia ver a natureza olhando para aquilo, era a única coisa que ela conseguia ver em baixo daquele capuz, que trazia sombra ao rosto dele, para que ninguém soubesse qual a real identidade do vigilante. – E então, virá comigo ou não? É uma oferta única, não procurarei você novamente.

Arya desmaiou, lembrou mais uma vez de sua mãe, mas não era mais dentro daquele avião, ela podia conversar com sua mãe, e não demorou a perguntar o que estava acontecendo. – Mãe, por que ele veio atrás de mim? O que você fez? Por que ele disse tudo aquilo para mim? – Sua mãe a olhara com tristeza, claramente se via que sua mãe estava arrependida, quando ela finalmente dirigiu as palavras a sua filha. – Filha, ele te contará, preciso que confie nele, salve esta cidade, termine o que ele não conseguiu terminar, mate o cara do avião, confio em você, filha. Eu te amo, e amo seu pai também, mas não conte nada a ele, nem mesmo dos sonhos, ok? Agora acorde! – Arya se viu deitada numa maca, em um porão de alguma fábrica grande, olhou para o lado e viu alguns monitores de computador ligados, com localizações no mapa da cidade, alguns noticiários e uma cadeira, olhou para o outro lado e se assustou. Viu novamente o arqueiro, mas dessa vez ela via sua roupa por completa. Ele utilizava uma jaqueta de couro, com as mangas rasgadas, mas tinha um pano ainda mais rígido por baixo, seu capuz era grande, ficava pouco acima de seus olhos, ele usava uma máscara verde escuro, sua aljava de flechas ficava em volta do peito, era um tom de verde ainda mais escuro, sua calça parecia um jeans verde, mas Arya tinha certeza que fora feito com um pano especial para dar-lhe mais agilidadee, em volta de seu punho ficavam flechas para serem arremessadas com a mão, e em sua mão, se encontrava o arco, era um verde intenso, era apaixonante.

Ao lado dele, estava uma garota loira, que usava óculos retangulares, seu cabelo ficava bem preso com um rabo de cavalo, ela utilizava uma camisa e uma saia, as curvas de seu corpo eram bonitas, o que a deixava linda.

Do outro lado, estava um cara alto, extremamente musculoso, era moreno, e utilizava roupa social também, tinha o cabelo com corte militar, seus olhos eram negros como a noite mais fria do inverno de Starling City.

O arqueiro tirou seu capuz, e logo depois, sua máscara. Arya não conseguia acreditar no que vira, ela sentou-se na maca, e mencionou. – Oliver Queen, o homem mais rico dessa cidade? O cara que nunca foi um exemplo para ninguém? Está querendo me zoar, vossa alteza? – Ele a olhou sério, mas os outros dois soltaram uma gargalhada que jamais Arya vai esquecer. Mesmo assim, ela sabia que ninguém estava brincando com ela, sabia que tudo aquilo era real, só não queria acreditar.

A garota loira deu um passo à frente, e se apresentou. – Olá, meu nome é Felicity Smoak, não é Smoke, mas sim Smoak, se escreve assim: S-M-O-A-K. Todos faziam piadinhas na escola, com isso, mas você não quer saber. Quem diria, iriamos nos encontrar as escuras. Opa, isso não foi uma cantada, e eu não sou lésbica, caso desconfie... Eu acho que falei demais, eu vou me sentar. – Felicity voltou envergonhada ao banco onde já estava sentada e se calou por um bom tempo, deu para ver que ela não é muito boa com palavras. Passaram-se alguns segundos até o outro resolver se apresentar. – Olá, eu sou John Diggle, sou o guarda-costas do nosso amigo Oliver Queen aqui. – Ele deu um tapinha nas costas de Oliver, e sentou-se novamente, e ficou claro quanto a personalidade dele, é reservado, ali no seu canto.

Arya colocou a mão atrás da cabeça, e disse. – Minha cabeça dói. Mas me expliquem o que faço aqui. – Oliver deu um passo ao lado, abriu uma gaveta, e mostrou um caderno, onde existiam muitos nomes de pessoas “importantes” de Starling City, ele não precisou dizer nada. Arya olhou cada nome riscado e lembrou dos noticiários que assistiu com seu pai. Era a lista que o arqueiro utilizava para limpar a cidade, ela repetiu a pergunta. – Tudo bem, agora... O que eu faço aqui? - O arqueiro a explicou que ele já não tinha como perseguir quem restava da lista, pois ele já não tinha confiança em si mesmo, tinha que passar seu legado para alguém mais jovem. Arya repetiu novamente a pergunta. – O que eu faço aqui? – O arqueiro a olhou, e a respondeu, em uma frase curta. – Você me substiruirá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!