Lucy no céu com dragões escrita por MiihO


Capítulo 3
Conheça o mundo Tatsu


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Dava para ver o sorriso de satisfação de longe. Estava mesmo feliz por ela querer ficar mais um pouco? Não queria ele que ela nem existisse para começo de história? Fosse como fosse, Natsu iria lhe mostrar aquele mundo e estava animada.

_Onde te levo primeiro? – Ele pergunta para si mesmo enquanto sua mão passava do braço para a mão de Lucy, entrelaçando-as. Era quente e aconchegante. Sentia-se diferente, mas logo tratou de afastar esses pensamentos.

_ Por que está tão feliz? Achei que me quisesse longe... – Pergunta a loira, um pouco acanhada.

_ E quero! Assim que eu mostrar tudo, você irá embora... – Diz um pouco irritado, mas continuou segurando sua mão. Aquilo estava deixando-a corada e confusa. Queria ele que ela estivesse ali ou não?

_ Mas eu nem disse que queria ver tudo... Apenas ia me despedir de meus amigos. – Tenta ser firme. Não iria perder para ele.

_ Para de reclamar! Eu sei que você não quer só isso...

Para seu extremo constrangimento sua barriga ronca, fazendo-a corar ainda mais de vergonha. Não tinha comido nada desde que acordou, estava faminta.

_ O que foi isso? - Pergunta Natsu, sorrindo torto.

_ Minha barriga estava se sentindo excluída da conversa, então resolveu participar! – Devolve e o sorriso debochado dele some.

_ Olha, eu não vou discutir com você...

_ Isso é novidade! – Debocha.

_ Sabia que você é chata?

_ Melhor chata que sequestrador!

_ Eu não te sequestrei! Você que fica espiando o que não deve!

_ Se você cuidasse melhor de seus bichinhos eu não teria o que espiar!

_ Ai está! Você admitiu que estava espiando!

_ Ah, quer saber? Abre logo esse portal! Eu vou embora! – Puxando a mão e virando de costas ela diz irritada. Já estava farta daquilo. Iria embora, tinha muito o que resolver e esse rosado apenas estava atrapalhando. Passaram-se alguns segundos e ninguém disse mais nada. Lucy vira-se para ele, que a encarava sério.

_ Desculpe. – Disse ele assim que Lucy olha em seus olhos. – Eu ainda estou desposto a levá-la para conhecer esse lugar... Mas se quiser ir embora...

“O que esse cara tem?” Pensava Lucy. “Às vezes é tão fofo e outras vezes tão grosso. Esse lugar tá me fazendo mal. É muita coisa pra um dia só.” Não responde nada, ficam apenas se encarando. Até que a barriga dela ronca novamente.

_ Acho que sua barriga quer ficar mais um pouco! – Diz ele voltando a falar com um sorriso singelo no rosto. – Vem! Vamos comer!

Ele sai na frente não restando nada a fazer a não ser segui-lo. Suspirando e tentando entender como fora parar naquela situação, ela percebe que estavam passando direto pela casa onde acordou.

_Oy! Onde você vai? – Pergunta.

_ Vamos comer... Não é? – Diz ele sem parar de andar.

_ Mas a casa... – Diz apontando para lá.

_ Não tem comida ali... E ali não é uma casa, é apenas uma cabana...

_ E onde é que... – Antes de terminar de falar ele aponta para frente. – Ual.

_ Aqui é um pomar, fique a vontade... – Diz Ele enquanto ela só conseguia admirar o que via. - Vai ficar admirando ou vai comer? - Disse já subindo em um arvore goiabeira.

_ Claro. –Ficou até meio perdida. Eram muitas e diferentes frutas. Era incrível. Sonhara certa vez com algo assim, mas talvez tenha sido apenas um dejavú. Estava até difícil de decidir por qual começar. Essa dúvida logo se foi quando avistou a Jabuticabeira. - JABUTICABA! – Corre para de encontro ao pomar enchendo a mão das frutinhas.

_ Haha... – Natsu ria, indo de encontro a ela. – Parece até o Happy quando tá animado... Gosta de Jabuticaba?

_ Eu amo isso. – Diz pegando outra. Natsu agora mostrava um sorriso mais amplo. Algo nas palavras dela lhe deram esperança. Mas a loira decidiu ignorar, logo ele estaria mal-humorado novamente não perderia seu tempo perguntando o porque do sorriso. Corre para outro pegando uma maça. – Esse lugar é incrível! – Diz para ela mesma com os olhos brilhando.

_ Você não viu nada! – Ele disse. Estava mais simpático também. Talvez fosse porque não quisesse que ela fosse embora, de fato. Tinha medo, talvez, de que ela falasse daquele lugar, por fim?

_ Natsu... – Pronuncia seu nome pela primeira vez.

_ Sim...

_ Por que ninguém pode saber desse lugar? É tão maravilhoso...

_ Você prometeu que não contaria a ninguém... – Seu sorriso some.

_ Calma, calma! Eu não vou, só estou curiosa!

_ E eu já disse o porquê... Vocês humanos destruiriam tudo isso! Assim como acontece com seu mundo! – Ele já estava irritado novamente. “Boa Lucy!” pensava ela.

_ Tem razão... Mas você fala como se não fosse humano... – Comenta.

_ Eu não sou humano! Sou um dragão! – Ele se exalta.

_ Não se parece nenhum pouco com um dragão se quer saber! – Continua. Ele tinha que aprender a aceitar a realidade. Que fosse ela então, a fazê-lo aceitar.

_ Por que ainda sou jovem! Droga!

_ Calma, esquentadinho! Não falei por mal...

_ Me chamou de humano e não falou por mal...

_ Qual o problema em ser humano? Temos lá nossos defeitos, mas somos tão importantes quanto às outras espécies...

_ Vocês são a pior espécie que poderiam existir. Vocês não ligam para o certo e o errado, apenas satisfazem seus egos e o resto que se exploda. Eu odeio todos eles. – Diz ele realmente com ódio no olhar. Aqueles olhos a encaravam tão profundamente que sentiu um arrepio.

_ Então você me odeia tanto assim?- Diz sentindo seus olhos marejarem pelo medo de sua expressão. Não estava com medo dele, e sim daquele ódio. Apesar de tudo o que passou, optou por não odiar ninguém. Ele não podia fazer o mesmo?

_... Eu não disse que odiava você. – Ele se vira impedindo-a de ver seu rosto.

_ Eu sou humana... ! – Declara.

_... Mas é diferente dos outros... – Diz se afastando fazendo-a segui-lo. – Já terminou de comer? – Ele muda de assunto, parando de andar.

_ Já... – Diz limpando o rosto da lágrima que escapou.

_ Por que está chorando... Eu disse que não odeio você. – Diz ele com expressão arrependida, se aproximando dela.

_ Claro, eu acredito, assim como acredito em gatos que falam. – Devolve irônica. Olha para o lado e nota algo familiar. – O que é isso?

Em uma arvore comum estava talhado um desenho de uma estrela e dentro escrito a palavra NALU. Lucy se aproxima e percebe Natsu um pouco eufórico, esquecido completamente o episódio anterior.

_ Se lembrou disso? – Pergunta animado deixando-a confusa.

_ Porque “lembraria”? Eu nunca estive aqui.

_ Ah... É verdade, desculpe. – Diz suspirando.

_ O que significa esse desenho? Foi você que fez? – Antes que ele pudesse responder, são interrompidos.

_ NATSUUUU. – Uma bola de pelos azul passa por Lucy como um jato se jogando nos braços de Natsu. – Natsu... Seu pai disse... Igneel disse que a Luigi foi embora... – Ele chorava. – Por que você a deixou ir embora?... Você disse que ela seria minha mãe...

_ HAPPY CALA A BOCA! – Natsu tapa a boca dele enquanto esse se retorcia.

_ Quem é Luigi? – Pergunta Lucy e Happy olha para ele estilo a garota do exorcista.

_ LUIGI!!! – Ele escapa dos braços de Natsu indo de encontro a ela fazendo-a cair.

_ Ehhh? – Diz sem entender nada.

_ Não escuta o que ele diz! Esse gato deve ter engolido pelo. – Diz Natsu desesperado tirando Happy de cima dela.

_ Mas Natsu, você disse... – Happy choramingava feliz.

_ Eu não disse nada... Você que pensou isso!... E por sua culpa agora eu estou confuso! – Natsu disse.

_ Ahn? – Ela não estava entendendo mais nada mesmo, são todos loucos ali? Sobreviveria sã até o fim dessa visita?

_ Deixa ele para lá.... Vamos! – Natsu segura a mão de Lucy, puxando-a para longe de Happy.

_ O que foi aquilo? – Fala tentando acompanhar sua velocidade.

_ Esquece! – Diz curto e grosso.

_ Mas eu...

_ Esquece!!

_ Tá... Aonde vai me levar agora?

_ Sabe nadar? – Ele pergunta já com um sorriso no rosto.

_ Sei, por quê? – Fica receosa.

_ Vou te mostrar um lugar especial... – Não disse mais nada. Apenas a guiou pelas arvores até que se começa a ouvir o som de uma cachoeira.

_ Ahn... Sabe eu não sabia que era festa na piscina... Não trouxe roupa de banho... – Disse, mas ele não comentou. Assim como o barulho ia ficando mais alto ela conseguia começar a ver um rio. Assim que passaram pelas ultimas arvores sua boca se abriu num “O” gigante.

Era uma abertura de pedra como se a água a cada vez que passasse abri-se caminho. Era bem alta. Encontrava-se um pouco a frente uma ponte ligando os dois lados e formando um corredor na parede, onde dava para ficar atrás da queda d’água. As pedras pareciam laminas e formavam pequenas lagoas com água translúcida que caia uma na outra sucessivamente. O que mais chamou atenção da loira não foi isso. E sim onde a cachoeira desaguava. Um rio flutuante. Dava para ver os peixes e animais aquáticos devido a transparência da água. Era tão surreal e maravilhoso!

_ Caramba! – Foi só que conseguiu dizer.

_ Eu sei! – Disse ele. Parecia tão encantado quanto ela.

_ Isso é incrível... – Diz voltando seu olhar para Natsu a tempo de vê-lo se despindo. Ficou estática. Ele estava tirando a calça quando a viu olhando-o.

_ Vamos nadar um pouco! – Diz começando a tirar a sunga, fazendo-a gritar e virar o rosto.

_ O que foi? – Diz Natsu. “Ele não deve ser tão pevertido a esse ponto eu devo ter imaginado.” Pensava Lucy.

Olhando pela brecha dos dedos, vê a agua respingar quando esse se joga na cachoeira. Só então tira a mão do rosto e respira aliviada. Mas assim que olha para o chão vê TODAS as suas roupas ali largadas.

_ KYAA SEU PEVERTIDO! – Grita ela tampando o rosto novamente.

_ O que foi, Luigi? Por que ainda está assim? – Diz voltando a superfície.

_ Primeiro: é Lucy! Segundo: Assim como? E por último, mas não menos importante: POR QUE ESTÁ NU?

_ Por que eu iria nadar de roupa? – Pergunta inocente.

_ Não tem vergonha?!

_ Caramba como você é chata! – Diz ele vindo até a borda fazendo menção de sair da água.

_ NÃAAAO! Não sai da água! – Exclama olhando entre os dedos.

_ Mas o que você tem? Achei que quisesse nadar!

_ Já disse que eu não trouxe roupa de banho. – Responde sarcástica. – Veste logo alguma coisa...

_ Tá bom! – Diz ele enquanto Lucy se vira para o lado oposto. Estava um pimentão de tão vermelha. Não acreditara no que acabou de acontecer. – Pronto. – Diz ele em seu ouvido fazendo-a se arrepiar. “Rosado maldito”, pensou.

_ Você não tem vergonha não? Seu pervertido de uma figa! – Esbraveja.

_ Do que eu teria vergonha?

_ De ficar nu para nadar!

_ Mas eu sempre faço isso!

_ Mas eu estou aqui!

_ E qual o problema você estar aqui?

_ Problema que eu sou uma dama, poderia me respeitar?

_ Ah, entendi... Desculpe. – Diz meio confuso, na verdade não tinha entendido o motivo, mas se perguntasse passaria por burro.

Com os nervos mais calmos, ficaram em seguida sentados em uma pedra um pouco afastada da margem, dava para chegar sem se molhar muito. Para não molhar o vestido, Lucy o levantou até a altura de suas coxas.

_ Suas pernas são muito bonitas... – Comenta o rosado sem conseguir desviar o olhar. Parecia um comentário comum. E era, mas dada as circunstâncias a fez corar novamente.

Percebendo que o rosado ainda olhava para suas pernas tentou cobrir com seu vestido sem se importar se o molharia.

_ O que é aquela cicatriz em sua perna? – Pergunta Natsu pensativo. Fazendo Lucy suspirar de alivio e de tristeza.

_ Uma cicatriz oras... Assim como essa sua em seu pescoço. – Responde sem querer tocar no assunto. Não gostava de se lembrar de como a conseguiu.

_ Minha cicatriz foi por causa de um homem... – Responde frio. – Ele roubou algo precioso meu e eu tentei recuperar. Mas não tive sucesso. – Encarava Lucy com uma mistura de ódio e preocupação. – Pelo menos não até agora... Foi um humano que fez isso em você?

_... Foi, mas...

_ Quem foi? Eu vou matar esse desgraçado! – Esbraveja, se levantando.

_ Se acalme!

_ Me acalmar, Lucy? Você tem uma prova em seu corpo de que ser humano nenhum presta! Um deles te feriu e você pede que eu me acalme?

_ Sim. Foi isso que eu pedi! – Diz levantando também. – Foi sim um humano que fez isso em mim, mas nem por isso eu o odeio. Então você não tem o direito de fazê-lo.

_ Você é mesmo muito inocente!

_ Talvez eu seja inocente sim, e dai? Não sei o que você perdeu de precioso, mas acho que nada que seja precioso para você gostaria de ti ver dessa forma, mergulhado em ódio e amargura! – Desabafa fazendo o rasado a encarar mais calmo.

_ Não me venha defendendo eles, Lucy, por favor! – Diz voltando a sentar na pedra.

_ Não estou defendendo. Sei não são certos e como você disse estou com a prova em meu corpo... Mas tente esquecer, já passou. Viva o presente!

Alguns minutos se passaram sem que nenhum dos dois pronunciasse mais nenhuma palavra. Lucy observava a cachoeira, a água que caia e o rio flutuante. Enquanto Natsu pensava naquelas palavras ditas pela loira. Mas quando ia ficando calmo a imagem da cicatriz voltava em sua mente o fazendo sentir mais ódio pelo que fizeram a ela. E se culpando por ter sido fraco em protegê-la.

_ Então... – Lucy decide iniciar uma conversa enfim. O silencio estava ficando agonizante. – Afinal como funciona esse portal? Você disse que estava com problemas, mas como ele foi criado? – Natsu fechou os olhos por um momento antes de responder. Se acalmando e esquecendo.

_ Meu pai disse que antes era um mundo só... O “meu e o seu”, mas para preservar as espécies que aqui habitam foi criado essa divisão de mundos, de um lado ficou a terra e desse lado o meu maravilhoso mundo Tatsu... Apenas os que moram deste lado sabem do portal.

_ Mas se queriam separar, por que deixar um portal ligando os dois mundos?

_ Também acho muita idiotice... Mas meu pai disse que era porque não queriam perder contado com os que ficaram do outro lado... Talvez saudade...

_ Faz sentido... E como foi que ele deu problema?

_ O mais recente foi em pouco tempo, mais ou menos 12 anos.

_ Não é pouco tempo... É tipo de quase minha vida toda!

_ Sabe, se você comparar com os séculos que foi feita a divisão não acharia que é muito tempo... Mas continuando... O primeiro caso ocorreu quando alguém daqui quis visitar um humano, não sei porque teve essa infeliz ideia. Foi visto pela ultima vez saindo pelo portal. Nunca mais voltou. Durante um ano ninguém conseguiu abri o portal de novo, então não sabemos o que aconteceu com ele, se ele sobreviveu naquele mundo... O que eu acho que é impossível.

_ Que triste... – Disse, mas pensou “Eu sobrevivi, mesmo sendo fraca. Você é muito amargo em relação a terra, Natsu”. – E como voltou ao normal?

_ Do nada... Alguém resolveu tentar e viu que deu certo novamente... Depois de um tempo se acostumaram e perderam o medo, voltaram a usá-lo.

_ E o caso mais recente?

_... Não é hora de falar dele ainda.

_ E por que não?

_ Você vai se lembrar...

_ Hã?

_ Enfim... Mas um dia eu saí... Apesar de não gostar muito de sair daqui...

_ Se não gosta porque saiu, então?

_ Como eu disse, não é por gostar, mas infelizmente existem coisas que esse mundo não oferece e que só pode ser adquirido na terra... Roupas, algumas comidas, móveis...

_ Hm... Então esse mundo Tatsu é o que seria se os humanos não interferisse tanto na natureza... Sem industrialização, desmatamento... Apenas viver em equilíbrio com todas as outras espécies. Não achei que fosse viver o suficiente para ver isso. – Comenta sorrindo.

_ Então admite que a raça humana não presta!

_ Não admito nada! Apesar de tudo você ainda vai há terra suprir as necessidades que só os humanos podem saciar! –Responde a loira superior.

_ Posso viver sem qualquer coisa disso... Não preciso de roupas, temos frutas e peixe e posso dormir num montante de folhas que não fara diferença!

_ Isso seria desconfortável, orgulhoso e pervertido!

_ Não me importo.

_ Deve ser horrível odiar a própria espécie... – Provoca-o.

_ Já disse que não sou humano sua idiota.

_ Ah, desculpe filhote de dragão que não parece com o pai e sim com um humano, mas não reconhece por que não quer admitir que está errado e é orgulhoso!... – Se encaram com raiva até o rosado suspira deixando Lucy confusa.

_ Você realmente é irritante e não entende nada de nada... Ainda quer saber sobre o portal ou vai continuar teimando comigo sobre ser ou não humano?

_ Vá em frente. Estou ouvindo!

_Como eu estava dizendo, eu fui para a terra e não consegui voltar... Quer dizer, fiquei preso em seu mundo por um dia, mas o portal voltou ao normal logo e eu voltei para cá decidido a nunca mais por os pés lá de novo...

_ Deve ter ficado com medo... – Brinco.

_ Claro que não! – Ele faz bico. – Eu teria pena se alguém se metesse comigo.

_ Claro, claro... Ficou com medo de mim, não foi? Achou que eu ia te atacar e então me fez desmaiar e me trouxe aqui.

_ Claro... Por que você parece ser muito perigosa! – Ele riu enquanto ela faz bico dessa vez.

_ Não se engane com minha aparência... Posso ser muito irritante.

_ Achei que tentaria algo novo.

_ Idiota! – Ela o empurra fazendo-o cair na água. – Bom, o que irá me mostrar mais?

_ Tem um lugar ainda nessa cachoeira que acho que gostaria de ver... Vamos lá! – Diz se levantando. A roupa molhada havia colado em seu corpo e seu cabelo respingava água em seu abdômen. Demorou um pouco para que assimilasse as suas palavras.

_ Tudo bem... – Guiando Lucy cachoeira à cima, perto da nascente, as águas caiam com cores de neon pelas pedras, Seguindo seu caminho de encontro à cachoeira.

Assim que chegam Lucy tem um vislumbre rápido. Ela brincava naquelas águas com um garoto e um cachorrinho branco, lembrava o Plue. Até que ela escorrega na pedra e ia caindo, mas o menino assegura.

Balançando a cabeça ela tenta voltar à realidade. Não entendia aquela visão. Não podia ser ela ali, podia? Deixou isso para lá e observou a paisagem.

_ Que lindo... – Disse maravilhada.

_ Não se sabe o porquê elas só mudam de cor aqui...

_ Isso a torna ainda mais bonita... O mistério!

Natsu ficou encarando Lucy depois dessas palavras, ela era para ele o conhecido e o misterioso ao mesmo tempo. O fascina cada vez mais. Quando essa percebe sua observação desvia o rosto.

_ O que foi?

_ Nada... Vamos procurar meu pai... – Diz.

_ Para que? – Pergunta já começando a voltar.

_ Assim que o encontrarmos eu digo. – Responde dando uma piscadela para Lucy fazendo-a sorrir.


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