Lucy no céu com dragões escrita por MiihO


Capítulo 2
O dragão humano


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Acorda com algo lambendo seu rosto. Abri os olhos e vê Plue.

_ Ah... É você, Plue... Eu tive um sonho estranho... – Só então percebe que não está em casa. Estava em um quarto, com paredes de madeira, de forma bem simples, mas bem charmoso. A cama era muito macia e era de casal.

_ Plue onde eu estou? – Lucy o encara procurando respostas que logo surgem em sua mente. – Ah, não acredito!... Plue seu dono maluco me sequestrou! Isso é culpa sua! – Diz apontando para ele. - Você começou a dar um de doido e me fez seguir você. Graças a isso eu me perdi, machuquei meu é e ainda tive o azar de encontrar aquele cara desaforado...

Lembrando-se dele, ela o procura. Levanta da cama, mas seu pé dói. É quando se recorda do ferimento. Mas este já estava com curativo.

_ Quem foi que...?

_ Você não deveria se levantar. – Diz alguém e Lucy procura o dono da voz pelo quarto.

_ Quem disse isso?

_ Eu... Aqui em baixo! – Então seu olhar vai para o chão e quem vê é...

_... Um gato azul falante?

_ Ele disse que não era para eu deixar você sair daqui. Então por que não conversamos? Me chamo Happy e você?

Ele estenda a pata para Lucy que não esboça nenhuma reação.

_ Um gato... Falando... Azul... – Repete para si mesma.

_ Também sei voar. – Duas assas brancas aparecem em suas costas e ele voa ficando de sua altura. - Também adoro peixe... Você quer um? Ei!

Lucy começa a cair desmaiando novamente, mas alguém a segura, ajudando-a a se equilibrar.

_ Opa... Vê se não cai de novo. Não vou ficar te segurando sempre. – Reconhecendo a voz ela vira o rosto dando de frente para o rosado. Ridiculamente lindo! Estava realmente delirando. “Não existem gatos que falam ou voam...” Pensou. “Não existem pessoas bonitas assim.”

Desmaia finalmente, encontrando o chão dessa vez.

Desperta assustada se sentando logo em seguida. Estava na cama novamente e no mesmo quarto.

_ Oy... Vai com calma! – Diz o gato. Lucy o encara de olhos arregalados. – Você está melhor?

_ Droga! Droga! DROGA! Por eu não estou acordando no meu quarto, na minha cama, na minha casa? Por que eu não estou acordando???? – Diz dando tapas em sua cabeça, mas alguém as segura de repente.

_ Droga digo eu. Quer parar com isso? – Era ele.

_ Isso é culpa sua, você me sequestrou! Que lugar é esse? Me leve embora para casa! – Diz se soltando e ficando de pé.

_ Tsc... Não pretendo. – Diz Se jogando na cama. – Até saber o que você estava fazendo lá!

_ Eu não... – Suspirando ela desiste. Era melhor dizer a verdade de uma vez assim era possível que ele a deixasse em paz. – Eu estava seguindo o plu... O seu cachorro. Ele que me levou até aquele lugar, mas eu não estava espiando, ou fazendo nada demais, foi apenas coincidência. Posso ir agora?– Ele se levanta e começa a andar até a porta do quarto. Era um cômodo pequeno, não era um trajeto longo. Ele saiu e Lucy o seguindo confusa e irritada.

Assim que sai da casa, Percebe que estava na floresta, mas a que viu naquela magia que o rosado fizera. Seus pés ainda descalços sentiram a grama. A floresta inteira era coberta por grama. Parecia tão perfeita que pensou que logo veria unicórnios saindo atrás das arvores. Se encontrava em um local que parecia uma pequena clareira. As arvores envolta tinham uns formatos de tronco estranhos, apesar de só deixar a paisagem mais bonita. Tinha flores brancas por todo o campo e embaixo de uma das arvores havia uns troncos de madeira como se fossem bancos. O rosado estava indo em direção a eles e atrás Lucy seguia de braços cruzados.

_ Eu já disse o que aconteceu... Agora pode me levar embora? Se não quiser me levar de volta apenas me diga a direção certa e eu ficarei feliz em ir sozinha.

_ Não é tão simples assim... – Responde. - Canis!

Logo Plue... Canis... Ah, Plue chega.

_ É ela? – Ele late uma vez.

_ E por que a deixou que o seguisse? Por que não a despistou?– Plue responde com mais três latidos.

_ Como assim quis que ela o seguisse? Sabe que ninguém daquele lugar pode saber sobre nós!

_ Desculpe, desculpe. – Ela os interrompe. – Mas... Você está entendendo o que esse animal está falando?

_ Claro que estou. Você é a única aqui que não entende. – Diz o rosado.

_ Perguntei ao Plue! – Diz olhando para ele e se sentando na grama. Plue logo vai até ela, pulando em seu colo.

_ Que seja! – O rosado diz irritado. – Plue... Quer dizer, Canis por que... – Lucy solta uma risada abafada. – Do que está rindo?

_ Plue é bem melhor que canis! – Responde rindo e ele solta uma risada também, mas logo se recompõe.

_ O cachorro não é seu então é Canis!

_ Mas não é com você que ele passa os dias inteiros.

_ Por que ele foge!

_ Se foge é por que não gosta de você.

_ Se... Ah Não te interessa! – Ele se levanta. – Eu ia te levar de volta, mas agora não vou mais, fica ai aproveitando o “Seu Plue”. - Ele sai bufando de raiva.

_ Tenho certeza que o Plue sabe me levar para casa, não é Plue?! – Diz fazendo carinho nele.

_ CANIS.- O Rosado Grita. – VOCÊ ESTÁ PROIBIDO DE IR LÁ DE NOVO, ENTENDEU? E ESTÁ PRIBIDO DE ABRIR O PORTAL PARA ELA! - Então ele volta a andar.

_ EI! – Grita indo atrás dele. – Por que toda essa implicância comigo. Me deixa ir embora nunca mais vai precisar olhar na minha cara! E que história é essa de portal?

_ Não seria má ideia... Mas não estou prendendo você aqui! Se quiser ir embora vá sozinha!

_ Mas eu não sei para onde ir. E foi você que me trouxe para começo de conversa! Para onde você está indo?

_ Dá para parar de me seguir? – Ele diz irritado sem parar de andar.

_ Foi você que me trouxe aqui. - Diz de novo. - Pra onde quer que eu vá?

_ Fica lá com o “Plu”! – Ele faz aspas no ar.

_ É PluE. E ele não pode me levar em casa você o proibiu!

_ Haha... Então fica com o Happy!

_ Não vou ficar com um gato que fala... Tenho amor a minha sanidade!

_ Você fala e mesmo assim eu ainda tenho que te aturar.

_ Aaaahg MAS QUE DROGA! - Esbraveja irritada se jogando no chão. Ele se assusta com o grito e se vira, preocupado.

_ O que foi?

_ Nada! Só estou em um lugar completamente desconhecido, com gatos falantes, pessoas idiotas, grosseiras, ranzinzas, idiotas...

_ Disse idiota duas vezes...

_ Por são idiotas em dobro!

Ele suspira e cruza os braços.

_ Eu vou explicar melhor... Caso não se lembre, você atravessou um portal, e esse portal liga seu mundo e o meu. – Lucy fez menção que ia falar, mas ele levanta o dedo fazendo-a esperar. – Ou melhor, você sentiu aquelas coisas estranhas, certo? – Afirmou com a cabeça. – De uns tempos para cá, só se conseguia sair daqui, mas não se conseguia voltar. Aconteceram dois casos somente que não tiveram solução, e faz muito tempo, mas recentemente aconteceu algo parecido, mas conseguimos resolver. O portal está dando defeito... Foi por isso que fui atrás do Plu- Canis.

_ E você quer que eu acredite nisso?

_ Acredite se quiser!!

_ Certo, certo, digamos que seja verdade... Não foi se arriscar demais? Afinal, e se você não conseguisse voltar? O Plue ia ficar bem comigo...

_ Eu nunca ia abandonar um companheiro meu! – Ele interrompe. – Se não conseguisse voltar ficaria lá com ele.

_ Tem razão, me desculpe. – Apesar de arrogante era fiel.

Ele se aproxima de Lucy, sentando ao seu lado no chão de grama.

_ Ele gosta muito de você, sabia? O “Plue”. – Faz aspas com a mão.

_ É claro que eu sei... Faz pouco tempo que conheço, mas já é um grande companheiro meu. – Ela sorri gentilmente e ela a acompanha com um sorriso meio decepcionado, suspirando em seguida.

_ Talvez seja só coincidência. – Sussurra. - Bom, voltando, aqueles eventos estranhos que aconteceram tem a ver com o portal, é perigoso sair. Por isso o proibi.

_ Mas não é problema então. É só abrir o tal portal e me deixar ir sozinha. – sugere o meio termo, apesar de achar que estava ficando louca por acreditar nessa história.

_ Desculpe, mas não vai dar. – Ele levanta.

_ E por que não? – Pergunta incrédula. Era a solução perfeita, não entendia.

_ Você sabe sobre este lugar... Entrou aqui, me viu, falou com o Happy... Quer dizer você nem falou direito com ele. E olha que ele ficou todo animado quando me viu trazendo você... – Ele cora. – Enfim, você sabe muito. Precisa de autorização para sair daqui, com confiança de que não vai abrir a boca.

_ Eu não vou dizer a ninguém. – Diz Lucy, se levantando. – Não se preocupe eu mesma não estou entendendo nada. Aposto que vou acordar daqui a pouco mesmo.

_ Hum. – Ele volta a andar agora com as mãos atrás da cabeça.

_ EI... Então, vai abrir o tal portal?

_ EU não! Você não tem minha confiança!

_ Então vou pedir ao Plue para me levar. Ele com certeza confia em mim...

_ Eu o proibi.

_... Ao Happy.

_ Fala com gatos agora? – Ele debocha.

_ Você é difícil, eim?

_ Gostoso também! – Ele vira o rosto e dá uma piscadela seguida de um sorriso. – Se esqueceu de respirar. – Ele diz depois de um tempo fazendo Lucy perceber que não estava respirando.

_ M-Me diga então com quem eu falo! – Exigiu já irritada com aquela enrolação.

_ Somente os dragões podem dar autorização, Como eu não vou dar, procure um que faça isso por você.

_ Haha... Ah tá, então você agora é um dragão também... haha. – Ele para novamente de andar e olha para ela com expressão séria. – O que?... Quer que eu acredite em dragões agora, e que você é um?

Ele apenas ergueu uma sobrancelha como se fosse obvio.

_ Abre logo essa porcaria de portal e me deixa ir embora!

_ Desculpe, mas vai contra meus princípios ajudar alguém em que não tenho confiança... Eu já disse, arrume outro dragão que faça isso.

_ Ok... Eu vou arrumar um dragão e esfregar na sua cara. – Irritada Lucy começa a voltar para a clareira onde estava imaginando estar indo na direção certa. Já foi mencionado que ela não tem senso de direção?

_ Boa sorte. – Ele diz indo em direção contraria a Lucy.

_ Ótimo agora é só encontrar um dragão! – Anda a passos largos e determinados. – Mas onde eu vou achar um dragão? – Os passos vão diminuindo. – Será mesmo que tem dragões aqui? Gato falante confere, mas... – Agora se movia lentamente até que para. “Boa sorte” foi o que ele dissera.

_ Idiota! Só estava tirando uma com a minha cara. – Cai de joelhos, apoiando as mãos no chão.

_ Algum proble...? Ei, eu nunca vi você por aqui? Quem é você? – Alguém pergunta arrancando um suspiro da loira.

_ Desculpe invadir seu mundo é que eu... – Ela olha para cima, e mais para cima, e maaais para cima. – É um... D-... D-... DRAGÃO! – Um dragão vermelho, enorme e incrivelmente fascinante. Ser dragão já era fantástico e assustador e para melhorar parecia que todas as criaturas daquele lugar falavam. Exceto Plue, ele deve ter tido um erro da genética.

_ Sim, Sou Igneel. O dragão do fogo, muito prazer! E você é?

_ Lu-Lu-Lucy. – Ela sentia medo. Muito medo. Medo era apelido, ela estava morta de medo.

_ Olá Lucy. O que faz por aqui? Faz tempo que não vejo um humano por essa região. – Ele pergunta enquanto se sentava cruzando as patas e apoiando a cabeça nelas para ficar, ou pelo menos tentar ficar, da altura da loira.

_ E-E-Eu... V-V-Vim... – Seu corpo todo tremia de medo, fascinação, e estranhamente nostalgia.

_ Calma, não tenha medo. Não vou fazer mal a você. Você é da terra, certo?

_ S-S-Sou... – “Mas que diabos de lugar é esse?” Seus pensamentos falavam. “Gatos são bizarros, mas eu entendo, mas dragões são de mais... Calma, Lucy é só pedir para ele abrir o tal portal e logo tudo volta a normal.” – Vo-V-Você... – “Para de gaguejar isso não passa confiança.” Se repreendia mentalmente. – Você poderia abri o portal para mim?

_ Hum... Por quê? Não gostou daqui?

_ Claro que não, quero dizer... É muito lindo, tudo muito encantador – Apesar de não ter visto nada. - Mas gostaria de voltar para casa.

_ Entendo... Mas como veio parar aqui?

_ Digamos que eu tive azar. – Sussurra inconformada.

_ Azar não é o suficiente para atravessar o portal. – O dragão escuta.

_ S-sei... Mas... É que... – Então ela sente algo lambendo seu pé. Era o Plue. – Ah, oi garoto. – Ela o pega no colo.

_ Entendo então você é a garota...

_ A garota?

_ Aquela que o Canis foge para visitar. O Natsu morre de ciúmes por ele gostar mais de você, uma estranha, do que dele.

_ Quem é Natsu?

_ Meu filho.

_ Ah... – Ficou imaginando um dragão menor da mesma cor vermelha, mas um pouco ranzinza. – Bom não era minha intenção fazê-lo fugir, me desculpe.

_ Não se preocupe. Deve haver um motivo para ele ter feito isso.

_ Sim acho que ele gosta muito de mim. – Sorri para o dragão. – Ahn Senhor Dragão...

_ Me chame só de Igneel.

_ Certo, Igneel... Então poderia abrir o portal?

_ Claro... Só preciso que prometa algo Lui...

_ Lucy. – Ele já esqueceu meu nome?

_ Só preciso que prometa algo, Lucy... Por favor, não conte sobre esse lugar a ninguém...

_ Não contarei não se preocupe... Ahn... Posso fazer uma pergunta?

_ Sim, claro.

_ Por que ninguém pode saber sobre esse lugar? Eu não conheci muito daqui, só estou consciente há alguns minutos, mas... É tão encantador, a floresta, as criaturas, o Plue... – Diz acariciando-o, fazendo-o ronronar.

_ Por que os humanos destruiriam tudo isso aqui. – Responde uma voz conhecida.

_ Retiro o que disse, alguns não são tão encantadores. – Reformula ao ver um certo rosado entrar em seu campo de visão.

_ Natsu, meu filho. – Diz Igneel. – Conheça a minha amiga...

_ Já conheço. – Diz Indiferente. “Amiga?”.

_ Ele é seu filho? – Pergunta incrédula. Não se parecia nada com o dragão que imaginou. E não era nem um pouco igualmente simpático, mas deveria ter deduzido já que Igneel o relacionou com o Plue. “Espera ai! Que importa isso? Como um dragão tem um filho humano???”.

_ Não, eu estava mentindo para você... – Diz Natsu, sarcástico – Papai preciso conversar com você... Aconteceu algo...

_ Ei, antes de começar a me ignorar podem resolver meu problema? – Lucy chama a atenção deles.

_ Você ainda está ai? Achei que tivesse ido embora. – Natsu diz.

_ Bom Natsu , podemos conversar mais tarde, poderia abrir o portal para a Lucy? – Diz Igneel e Lucy olha para Natsu com um sorriso vitorioso.

_ Você irá deixá-la ir? E se ela contar sobre nossa casa?

_ Não vou contar... E nem que contasse não teria como entrar aqui... – Responde ainda convencida.

_ Então como explica sua presença aqui? – Revida Natsu.

_ Foi você que me trouxe!!

_ Por que você estava me espionando!

_ Não estava, estava seguindo o Plue!

_ Dá no mesmo!

_ Não dá não!

_ CHEGA! – Igneel grita assustando Lucy e deixando Natsu com cara emburrada. – Foi você que a trouxe Natsu?

_... Foi, mas...

_ Você a trouxe a força?

_... De certa forma sim, mas...

_ Então ela é problema seu! – Dizendo isso ele se levanta deixando a loira boquiaberta com seu tamanho e com o que acabara de dizer.

_ Como assim, não vai mais me ajudar? – Pergunta.

_ Você tem minha confiança para sair daqui... Confio em você, mas se foi meu filho que a trouxe então será ele que a levará de volta... Creio que teve uma boa razão para trazê-la até aqui... Preciso falar com alguém agora. Até mais!

Dizendo isso olhou para o filho por uns segundos e então levantou voo.

_ Caramba! Eu acabei de falar com um dragão! – Disse incrédula vendo o enorme dragão vermelho se afastar cada vez mais em meio ao céu azul. Claro que ele também voava. Por que seria um privilegio dos gatos azuis?

_ Você já tinha falado comigo, esqueceu? – Natsu diz fazendo-a voltar à realidade.

_ Você não é um dragão é um humano! E ele confia em mim. Pode abri o tal portal agora. – Vai direto ao assunto e ele faz bico.

_ Quer tanto ir embora?

_ Quer tanto que eu fique?! – Diz irônica e ele apenas aumenta mais o bico.

_ Não... Só quero ter certeza de que não contará a ninguém.

_ Não contarei a ninguém... Eu prometo! – Repete mais uma vez, já perdera a conta de quantas vezes disse aquilo. Soltou o Plue, que correu para longe e levantou o dedo mindinho. Ele me olha confuso.

_ O que está fazendo?

_ Uma forma de promessa... Vamos segure! – Ele se aproxima e segura com o dedo mindinho também. – Eu prometo que não contarei a ninguém sobre esse lugar... Nem que eu morra, ou que um urso me ataque, ou que eu caia da escada...

_ A ordem está meio errada...

_ Cale a boca, não terminei.

_ Desculpe.

_ Não voltarei aqui e nem incomodarei nenhum de seus moradores... – Ele segura o dedo mais forte. – A partir do momento que puser os pés em “meu mundo” nunca mais retornarei... Também deixarei o Plue em paz... – Diz relutante.

_ Isso ele que deveria prometer... É ele que foge... – Diz Natsu agora com um sorriso no rosto. “Lindo!” volta a pensar. “Mas deve estar feliz por eu finalmente ir embora.”

_ Talvez... – Diz e solta seu dedo. Ele deixa a mão cair. – Não vou quebrar nossa promessa! Pode abrir o portal para mim agora?

_ Você leva muito a sério suas promessas? – Ele pergunta olhando diretamente os olhos castanhos.

_ Olha, é sério! Não vou quebra-la confie em mim! – Diz cansada.

_ Então... Por que não fica? – Diz desviando o olhar.

_ Oi? – Não havia entendido. Ele queria que ela ficasse? Devia ter escutado errado.

_ Digo... Já que não irá mais voltar aqui... Por que não conhece tudo antes de ir? Seria um desperdício se me permite dizer ir embora sem ver nada...

_... Você está bem?

_ Estou... Por quê? – O rosado responde confuso.

_ Cadê aquele cara ranzinza e marrento que me trouxe para cá?

_ Não sou ranzinza! – Ele diz com raiva. – Apenas quero ser gentil com você já que, como meu pai disse, fui eu que a trouxe... – Ela suspira ao perceber que ele finalmente entendeu que estava errado. – E se ele tem confiança em você então eu também quero ter.

_ Entendo... Bom, obrigada, mas acho que é melhor mesmo eu ir embora... – Responde a oferta com uma vontade enorme de aceitar. Afinal, nunca mais estaria ali novamente.

_ O Happy vai ficar triste em não ter se despedido... – Diz ele cortando o ar. – Sem falar no Plue...

_ Plue! – Seu único amigo nos últimos meses... Como poderia sumir agora sem se despedir dele? – Espera ai, você disse Plue?

_ Sim... Ele vai ficar com saudade de você... É difícil admitir, mas é verdade.

_ Você disse Plue... – Repete dando risada.

_ Sim! O que tem de engra... Ah... Eu só falei por que... Por que você tá acostumada com Plue e não com Canis.

_ Claro, claro...

_ Passa logo. – Diz com uma mistura de tristeza e raiva apontando para o portal.

Andando em direção a ele, para antes de atravessá-lo.

_... Talvez, não custe nada me despedir do Plue... – Diz hesitante, apertando o vestido.

_ Humm... – Diz ele.

_ E também o Happy... É raro ver gatos que falam... E você disse que ele gostou de mim não foi?

_ Humm. – Esse saiu mais vivo. Diria que estava gostando de sua hesitação se não o conhecesse.

_ Sem falar no Igneel...

_ Tá bom, já entendi. – Diz ele fechando o portal e puxando seu braço. – Não gosto de indiretas... Vem! Vou te levar para conhecer meu mundo!


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