Chasing the Happy Ending escrita por Annie Cipriano


Capítulo 6
Capítulo 6 - Tobias


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas.
Sabem, eu não ia postar esse cap. hoje, eu ia esperar até amanhã, pq eu já postei ontem e tals, mas aconteceu uma coisa muito muito especial que me fez querer muito postar logo o próximo, então aqui estou eu ;)
Vocês querem saber que coisa especial aconteceu? Querem, querem, querem?
A FIC RECEBEU A PRIMEIRA (e possivelmente a única, não sei né) RECOMENDAÇÃO!! Da fofa, linda, diva, maravilhosa Ana Marie Prior Eaton
Ana, eu sei que já te agradeci no seu último review, mas vou agradecer aqui de novo, pq vc merece ♥
Muito muito muito muito [eternos "muito"] obrigada. Com toda a sinceridade, eu amei cada palavra que você escreveu, me deixou muito feliz mesmo... Prometo que vou dar o máximo de mim para fazer jus a tudo o que vc falou. Zilhões de "obrigadas" pelos elogios :3
Ana, saiba que você encheu meu coração de alegria e carinho, e que me deixou mega inspirada pra escrever kkk
Esse capítulo é dedicado a você ♥

Boa leitura :)



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Só nos afastamos quando começamos a ficar sem ar. Encosto minha testa na dela, ainda sem conseguir me convencer. Tris está viva. Eu pedi tanto para ter só mais um minuto com ela, só ouvir sua voz mais uma vez, só beijá-la mais uma vez, e finalmente consegui. Tenho medo de acordar e perceber que isso tudo é apenas mais um sonho cruel, mas a dor de cabeça insistente prova que estou acordado.

Olho para Tris de novo. Provavelmente nunca mais vou conseguir tirar os olhos dela.

Ela se senta na ponta da minha cama e encosta a cabeça no meu ombro. Pego sua mão e começo a fazer carinho. Preciso sentir sua pele na minha, saber que ela está realmente ali. Isso tudo é tão surreal...

Fecho os olhos, aproveitando a alegria. Já faz um certo tempo que não fico tão completamente feliz, leve, sem nenhuma preocupação.

Eu percebi que ela está escondendo algo, ou pelo menos não contou a história inteira sobre o que aconteceu durante esses três anos longe, mas, no momento, não consigo me importar. A sensação de ter seu corpo tão perto do meu de novo tira qualquer pensamento racional da minha mente.

Ficamos nessa posição por bastante tempo, até eu começar a ficar um pouco tonto, que é quando encosto as costas na cabeceira da cama e a cabeça na parede, virada para o teto. Tris percebe e tenta se afastar, mas não deixo, puxo-a para perto e ela volta a me abraçar, colocando a cabeça em meu peito.

– Como você está? – pergunta ela, o tom suave.

– Eu estou bem.

– Mentiroso.

Rio. É simplesmente tão bom senti-la assim tão perto de novo... Ouvir sua voz...

– Eu vou chamar o médico já volto – anuncia, levantando-se. Tento puxá-la de novo, mas ela já está abrindo a porta.

– Não, Tris, espere – peço, e sei que ela me ouve, mas não dá atenção. Ouço-a dizer algo para alguém no corredor e em poucos segundos volta e se senta na cadeira ao lado da cama, pegando minha mão. Franzo a testa, mas nós dois sabemos que não estou realmente bravo. Aliás, estou em êxtase.

Suspiro e fecho os olhos, sentindo sua mão delicada fazer carinho na minha bochecha. Tris só para quando alguém bate na porta e um homem alto e jovem entra no quarto carregando uma maleta médica.

– Tobias, você acordou – comenta ele, sorrindo.

– É, parece que sim – respondo.

– Eu sou o Michael, sou médico.

– Olá – resmungo, não muito feliz por ele estar aqui.

– Eu vou dar uma olhada em você, está bem? – abro a boca para pedir mais um tempo sozinho com Tris, mas ela mesma me interrompe dizendo um sonoro “sim”, e o médico começa a me examinar.

Ele aponta uma lanterna para os meus olhos, o que me deixa cego por alguns instantes e aumenta a dor de cabeça, tira o curativo da minha cabeça e olha o machucado, e pergunta sobre o que estou sentindo. Conto da tontura e da dor, e ele me dá um comprimido e um copo d’água, dizendo que eu só preciso descansar e logo estarei bem. Em seguida sai do quarto.

Tris não soltou minha mão em nenhum momento, nem saiu da cadeira. Ela olha para mim e sorri.

– Você ouviu, precisa descansar.

– Como eu posso descansar com um milagre bem na minha frente? – brinco, me referindo a ela. Tris sorri e vejo seus olhos marearem, mas não derrama mais nenhuma lágrima.

– Você teve uma concussão, Tobias, precisa mesmo descansar – pede ela, sentando ao meu lado na cama e passando os braços ao redor da minha cintura.

Balanço a cabeça, não quero dormir. Quero só ficar ali e abraçá-la para sempre.

– Eu acabei de acordar.

Ela revira os olhos e não diz mais nada, só chega mais perto de mim.

Não sei o que dizer, o que fazer. Não que eu ligue para qualquer uma dessas coisas quando ela está tão próxima de mim.

– Que horas são? – pergunto, para ter uma ideia de quanto tempo passei desacordado.

– Hum... – murmura ela. Tris se levanta e abre a gaveta do criado-mudo ao lado da cama, pegando um relógio – Sete da noite.

– Sete? Emily deve estar furiosa pensando onde eu... – paro a frase no meio. Fico um pouco chocado comigo mesmo por ter esquecido completamente da minha namorada, e ainda mais por ter falado sobre ela na frente de Tris, mas nem gasto tempo me autocensurando por isso, afinal, Tris voltou, não há mais nenhuma possibilidade de eu continuar meu relacionamento com Emily agora.

Olho discretamente para Tris, esperando que ela fique completamente boquiaberta e me pergunte quem é Emily, mas ela apenas olha para baixo e tenta se afastar, o que eu não deixo, apertando meus braços em torno dela para que não possa sair dali.

– Você pode voltar para sua namorada – fala ela baixinho – Eu vou entender, de verdade. Você construiu uma vida enquanto eu estava fora, não posso...

Aperto minha boca na dela para evitar que continue, com um beijo que diz praticamente “shh, eu escolho você, não discuta”.

– Eu não quero ficar com Emily, Tris. Eu amo você. Eu preciso de você.

– Eu também amo você – declara, em um tom tão emocionado que acaba me emocionando também, então chego perto e a beijo de novo.

[...]

Mais tarde, depois de termos passado pelo menos três horas entre conversas sobre o tempo separados e beijos apaixonados, saímos do quarto para jantar. Tris me explicou que aqui cada um cuida da própria comida, então além de não precisarmos comer com mais ninguém, também teremos que fazer nosso próprio jantar.

A casa do tal James é simplesmente enorme. Meu quarto fica em um corredor, com pelo menos mais dez portas para algum lugar. Saindo do corredor, há uma sala de estar com TV, sofás e uma escada para o segundo andar. Ao lado da sala, uma porta fechada guarda a cozinha, que é para onde vamos. Encontramos apenas uma mulher entrando em um dos quartos.

A cozinha é exatamente como você imagina que deve ser a cozinha de uma casa tão grande – muitos armários, milhares de eletrodomésticos, uma pequena mesa e uma ilha no centro.

– Ei, tem alguém que você precisa ver! – exclama Tris assim que entramos – Vou subir um minutinho, estarei aqui de novo antes que você pisque.

E sai correndo, deixando-me sozinho. Sem saber onde fica cada coisa e o que posso tocar, vou até a mesa e me sento em uma das cadeiras.

Ela tinha razão quanto a ser rápida; mal me sento e Tris já está na porta. Porém ela não a abre completamente, usa apenas uma fresta grande o suficiente para seu corpo franzino passar.

– Eu trouxe alguém para te ver – cantarola ela, exibindo um sorriso de derreter corações. Vendo sua animação, não consigo deixar de sorrir também. Tris dá um passo para o lado e abre completamente a porta.

Meus olhos se arregalam e sinto a boca abrir, ainda em um sorriso. Uriah atravessa o portal e vem até mim, dando-me um abraço. Retribuo.

– Uriah! – sussurro – Você também voltou.

Ele sorri, aquele sorriso de Uriah, que senti tanta falta.

– Senti sua falta, Quatro – diz ele, ainda sorrindo.

– Eu também. Muito. Zeke e Hanna já sabem?

Sei a resposta antes mesmo que ele responda. Seu rosto entrega tudo o que está sentindo – culpa e saudades.

– Não, ainda nem vi eles. Mas também não sei se vou aparecer para a minha família agora, talvez seja muito perigoso.

– Como assim muito perigoso?

Uriah levanta uma sobrancelha e olha para Tris, que responde lançando-lhe um olhar de irritação.

– O que exatamente você falou para ele? – pergunta Uriah a ela, referindo-se a mim.

Tris olha para mim de modo estranho, um pouco triste. Ela respira fundo:

– Lembra quando eu falei que umas pessoas me ajudaram a fugir? – pergunta para mim.

– Sim.

– Então... Eram rebeldes. Eles ofereceram ajuda se nós ajudássemos em uma rebelião que estão fazendo.

– E vocês dois vão ajudar?

– Vamos – responde ela. Percebo vagamente que Uriah foi até a mesa, e tenta se passar por invisível, mas não dou bola.

– E eu?

– Os rebeldes enviaram soldados para ficar com quem eu pedisse, para proteger as pessoas que amo, e vou pedir para que pelo menos três deles fiquem com você.

Solto uma risada seca.

– E você acha que eu vou aceitar isso? Depois de três anos achando que você estava morta, você volta e logo em seguida me deixa de novo?!

Ela não responde, apenas desvia o olhar.

– Não, Tris. Não vou deixar você partir dessa vez – digo com a voz fraca – Não posso, não consigo. Você tem noção do que eu passei? Da culpa que senti por ter me separado de você naquele dia? A dor da perda? As noites em claro chorando e sentindo sua falta?

Nesse ponto, lágrimas correm por suas bochechas. Sua expressão é tão frágil que não continuo. Ao contrário, aproximo-me e limpo os rastros molhados que as lágrimas deixam.

– Não posso te perder de novo – murmuro em seu ouvido.

Ela assente e respira fundo antes de falar com a voz ainda trêmula do choro:

– Está bem, você pode vir comigo. Mas tem que prometer que vai fazer tudo o que eu pedir, e que se, em algum momento, eu disser para você fugir, você fugirá, mesmo que me deixe para trás.

– Eu prometo – ambos sabemos que eu não farei a segunda parte da promessa em situação alguma, mas eu prometeria qualquer coisa para tê-la de volta comigo.

Chego mais perto e a beijo.

Por aqueles minutos de discussão, esqueci completamente de Uriah sentado nos assistindo, mas sou obrigado a lembrar-me dele quando ouço seu pigarro.

– Então, gente, é ótimo que vocês tenham se entendido, e eu estou muito feliz por vocês estarem juntos de novo, mas sem beijos na minha frente, ok?

Rimos bastante, e então começo a preparar o jantar junto com os dois.

A noite passa tão rápido quanto um estalar de dedos. Conto para eles como estão seus antigos amigos e familiares e eles me contam um pouco sobre o lugar para onde iremos, a Inglaterra.

É um pouco estranho pensar que existem outros países. Há pouco tempo o mundo para mim era apenas Chicago, então ele aumentou para em torno de Chicago, e agora descubro que existe um mundo inteiro e gigante para explorar.

A conversa flui naturalmente, e quando percebemos, já é de madrugada.

Tris vai junto comigo para meu quarto após dizermos “boa noite” a Uriah. Chegando lá, pergunto se posso tomar banho aqui, e ela ri, dizendo “por favor” e me garante que esperará no quarto. Quando saio do banheiro, ela está deitada na minha cama, com uma muda de roupa do meu tamanho ao lado.

– Essas roupas são do Jack, mas devem caber em você – explica.

Depois de trocado, pergunto a ela se passará a noite comigo, e ela responde que se eu quiser, sim. Falo que é obvio que eu quero, e ela sobe rapidamente para colocar seu pijama.

No tempo que passo sozinho, paro para pensar em tudo o que aconteceu hoje: minha namorada voltou dos mortos junto com seu amigo, que por acaso é irmão do meu melhor amigo e ainda por cima concordo – aliás, praticamente imploro – em participar de uma revolução que não significa nada para mim. Ainda é meio difícil de acreditar.

Tris volta para o quarto com uma calça preta e larga e uma blusa cinza apertadinha. Sorrio e estico os braços, convidando-a a vir me abraçar. Ela pula em mim, e fecho os olhos, inalando seu delicioso cheiro.

A cama não é muito grande, mas é o suficiente para cabermos os dois.

Ela se deita ao meu lado, e fica olhando para mim com aqueles olhos enormes e lindos. Não resisto e começo a beijá-la, puxando-a para cima de mim. Ela começa passando os dedos pelo meu cabelo, mas, não satisfeita com tão pouco contato, enfia suas pequenas mãos por dentro da minha camisa, passando-as por todo o meu tronco. Faço o mesmo, começando por sua barriga, e em seguida indo para as costas. Porém, quando passo as mãos pela pele de suas costas, encontro um curativo.

Separo nossos lábios e estreito os olhos:

– O que houve nas suas costas?

Enquanto ela responde, viro-a, para ver o tamanho do machucado que ela fizera.

– Não é nada, é só um corte – garante-me.

Entretanto, já estou levantando sua camiseta. O que encontro lá é bem diferente do que eu esperava. As costas antes tão macias e delicadas dela estão repletas de cicatrizes, pequenas e grandes. Passo uma das mãos por ela, impressionado.

– O que aconteceu com você? – pergunto rouco. Apesar de ter diversas cicatrizes, nenhuma delas (tirando o machucado recente) está acima da pele. Não importa o quão grande ou profunda pareça ser, passando os dedos, eu nunca teria as encontrado.

Tris parece perceber o que estou vendo só quando começo a passar os dedos suavemente por ali. Ela vira-se e puxa a camiseta de volta para baixo, constrangida.

– Não é nada – murmura.

– É alguma coisa sim – insisto – Aliás, são várias coisas. O que mais você não me contou que aconteceu com você?

Ela pigarreia, e espero ouvir a explicação para o que acabei de ver, mas continua sem falar nada. Tris parece estar sem coragem de revelar o que quer que tenha acontecido com ela, então seguro seu rosto carinhosamente com as mãos e digo:

– Você pode confiar em mim. Conte-me o que aconteceu.

Ela solta um suspiro trêmulo e começa, sem olhar para mim:

– Sabe quando eu te falei que fiquei presa nesses três anos? Então, é verdade, eu estava mesmo presa, mas não foi só isso. As pessoas que me trouxeram de volta a vida fizeram alguns... experimentos comigo. Alguns foram bem dolorosos e deixaram as cicatrizes que você viu. Ele deixou minha pele lisa cirurgicamente, para que, se alguém passasse a mão nas minhas costas, não sentisse nada. Ele apagou também as cicatrizes que conseguiu, mas algumas são profundas demais.

Ela fica quieta por algum tempo depois disso, e eu também. Um minuto depois, mais ou menos, cerro as mãos e os dentes, com raiva.

Ele quem?

– O cientista que me trouxe de volta, o Dr. Richard.

– O que quer que ele fez com você, não foram experimentos, foi tortura! – explodo, com minha voz se elevando – Você foi torturada por três anos?! Eu vou matar quem quer que seja o filho da puta que fez isso com você. Farei dez machucados nesse Dr. Richard por cada um que ele fez em você.

Ela se encolhe, abraçando os joelhos contra o peito, mas não diz uma palavra. Sua expressão está ao mesmo tempo impressionada e assustada. Forço-me a ficar calmo, afinal, não posso mudar o que aconteceu.

– Não vou deixar ninguém, nunca mais, encostar um dedo em você se você não quiser – prometo, abaixando a cabeça até o nível da sua e olhando-a se frente – Eu te amo, Tris, e vou te proteger a partir de agora. Não vou deixar esse homem chegar nem perto de você. Eu não posso imaginar o que você passou, mas posso garantir que nunca mais vai acontecer de novo.

Tris balança a cabeça para cima e para baixo, e então murmura:

– Me beije – e é o que faço.

[...]

De manhã, acordo com Tris ainda ressonando em meus braços, seu corpo quente e nu pressionado no meu, seu cabelo loiro como uma auréola no travesseiro.

Sorrio largamente ao me lembrar da noite passada. Teria sido uma das melhores da minha vida, não fosse pela descoberta de que ela sofreu muito mais do que mostrava enquanto ficamos separados. Olho para ela, e o que vejo é uma mulher corajosa que sobreviveu a todos os tipos de coisas e ainda sim encontra forças para seguir em frente e continuar lutando e perseguindo um final feliz. Vejo a mulher com quem quero passar a vida junto.

Só percebo que ela acordou quando ouço sua risada, seguida pelo lindo som de sua voz:

– Pare de me encarar desse jeito, está me deixando meio envergonhada.

– Eu te amo – sussurro, beijando-a em seguida.

– Eu te amo – responde surpresa, beijando-me com mais força e paixão ainda.

Ficamos mais um tempo deitados, curtindo a sensação as proximidade e nos beijando, até que ela resmunga, infeliz:

– Eu adoraria passar o dia todo aqui com você, mas precisamos levantar.

Solto um som de reclamação e escondo o rosto embaixo da coberta. Tris ri e puxa o cobertor de cima de mim.

– É serio, tem uma coisa que eu preciso conversar com você.

Sento-me e a encaro, esperando que ela diga o que tem a dizer.

– Eu prometi ao Uriah que iria com ele encontrar sua família, assim como ele foi comigo para ver você, e nós não temos mais muito tempo aqui, logo teremos que voltar para Londres. Você se importaria demais se eu fosse com ele hoje?

– Não se eu for junto.

– Não. Você precisa ficar aqui e descansar. Pode não parecer, mas você levou uma pancada na cabeça e ainda não se recuperou totalmente.

– Eu estou bem, Tris – afirmo, revirando os olhos – Eu aprecio a preocupação, mas estou bem mesmo.

– Lembra o que você prometeu ontem? Que faria tudo o que eu pedisse? – tenta ela.

– Não, nem comece com isso. Eu acabei de te conseguir de volta, não vou largar tão cedo.

– Não vou fazer nada de perigoso, Tobias, só vamos ver como está a família dele, e talvez Caleb e Christina. Eu prometi ao Uriah que iria.

– Claro, eu entendo. Só não entendo por que não posso ir junto.

– Porque eu não quero que você se arrisque!

– Rá! Então você admite que é arriscado!

– Não, o que eu quis dizer é que qualquer coisa pode ser arriscada para quem está se recuperando de uma concussão. Mas se você quer, eu falo com Uriah e digo que não posso ir.

Ela começa a se levantar e ir devagar para a porta, mas para quando ouve meu suspiro derrotado.

– Quanto tempo você vai demorar?

– Depende de onde eles morarem e de que horas sairei daqui. Provavelmente estarei de volta antes do final da tarde se sair daqui a uma hora.

Apenas assinto e observo um pequeno e triste sorriso brotar em seu rosto.

Uma hora depois, estou sentado no chão em frente à mesa de centro da sala de estar, escrevendo o endereço de cada uma das pessoas que Tris e Uriah conheciam que ainda moram em Chicago. Assim que termino, Tris aparece por trás de mim e me dá um beijo estalado na bochecha.

Entrego-lhe o papel com os endereços e vejo-a colocá-lo no bolso antes de passar os braços ao redor do meu pescoço.

– Não vou demorar. Se comporte, ok?

– Claro, mamãe.

Ela ri e me beija. Não um beijo de adeus, mas um beijo de “até logo”.

– Estarei te esperando.

– Tchau – sussurra, beijando-me mais uma vez e então saindo pela porta.

Uriah sorri, diz “até daqui a pouco” e sai também. Espero que ele fale com Zeke; foi muito difícil para meu amigo superar a morte do irmão mais novo. Lembro-me de levá-lo para casa, completamente bêbado e murmurando “Uriah”, e de como ele parecia sempre cansado e triste no primeiro ano.

– Não se preocupe, eles já voltam – acalma-me uma das rebeldes, Anna. Antes de sair, Tris disse que ela me fará companhia.

– Não estou preocupado – murmuro, mas sei que é mentira. Não importa aonde Tris vá, seja no banheiro ou para o apartamento de Zeke para vigiá-lo, depois de perdê-la uma vez, acho que nunca mais pararei de me preocupar.

Balanço a cabeça para afastar os pensamentos pessimistas e rumo para meu quarto, a fim de dormir mais um pouco na torcida de que, quando acordar, ela já estará aqui.

Durmo mais ou menos por duas horas até acordar com o som inconfundível de tiros.


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Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam? Primeira discussãozinha Fourtris hein

E pra quem achou meio estranho aquela partezinha mais no final que o Tobias fala que a Tris está nua, sim, rolou séquiçu Fourtris B) huehuehue (eu não escrevi quase nada sobre isso na história mesmo porque, primeiro, eu só sei como é na teoria e não dá pra escrever sobre algo que eu não sei como é (kkk) e se eu colocasse uma cena mais hotezinha eu ia ter que mudar a fic pra +18, e talvez alguns de vcs não lessem mais, então ficou assim mesmo)


Espero comentários, ok? Me contem se gostaram e o que acharam do final...

E mais um obrigada especial pra Ana ♥

Bjss



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