Garota Desastre escrita por Principessa V


Capítulo 6
O tempo voa, literalmente...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas tive problemas familiares e pessoais. Peço mil desculpas aos meus leitores e quero agradecer a Letícia por me ajudar com o capítulo. Então, ragazzas, vamos em frente que atrás vem gente. :3



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Lucas e Rafael sempre foram um grande contraste um com o outro, mesmo assim eram melhores amigos. Enquanto Rafael era calmo, controlado, pacifista e muito paciente, Lucas era esquentado, nervoso e se estressava facilmente. Eu sempre fui muito parecida com Lucas, por isso vivíamos de picuinha um com o outro, por outro lado nunca briguei com Rafael. Eu era a melhor amiga dos 16 garotos, era pra mim que chegavam para conversar, mas meus melhores amigos, de verdade, eram Rafa e Lucas. E tinha uma coisa que eles tinham em comum: preocupação comigo. Pelo menos era assim.

— Nay, você está bem? — Rafael perguntou, passando um braço pelos meus ombros.

— Estou sim, só... Com saudades do meu pai. — Falei e me encostei nele.

— Eu te entendo. — A voz dele ficou distante e eu sabia no que ele pensava.

Tanto o pai quanto a mãe dele tinham sido mortos por desavenças de gangues rivais quando ele tinha treze anos, então ele morava com os tios agora, não que isso o tenha impedido de entrar na gangue também. Rafa morava na rua atrás da minha e meu pai era como um segundo pai pra ele, por isso ele foi o primeiro que eu conheci.

— As coisas vão ficar bem. — Falei, por que era a única coisa que eu tinha pra falar.

— É claro que vão. Por que vamos estar aqui pra nos apoiar. — Ele sorriu e me abraçou apertado. Revirei os olhos, mas sorri também. Então ele se afastou e me segurou pelos ombros, seus olhos castanhos me fitaram com toda atenção do mundo. — Nay, posso te falar algo?

— Claro que po...

Pi, pi, pi ,pi ,pi, pi, pi, pi, pi, pi...

Abri os olhos, peguei meu despertador e joguei longe, na esperança de que ele se despedaçasse contra a parede, mas ele voou pela janela aberta e eu escutei algo se quebrando lá embaixo, acho que no quintal. O tempo voa, literalmente.

Não era só um sonho, era uma lembrança, odiava esse tipo de sonho. Me virei e voltei a dormir.

☺☺

— Bilauta, acorda, hora de ir para a aula. — Minha mãe berrou, jogando alguma coisa na minha cabeça. Levantei, tonta e tentei identificar o que era, depois de algum tempo percebi que era uma maçã... Masoque?! Comi a maçã.

Me levantei e fui para o banheiro, me arrastando como um zumbi. Tomei um banho e, ao sair, me sentia uma nova pessoa. Estava de bom humor, feliz, contente...

— Filho da puta! — Gritei, ao bater com o dedinho na quina. Fiquei uns dez segundo gemendo, antes de respirar fundo e ir para o meu quarto. O mundo não gosta de mim de bom humor, o mundo é esperto.

Me vesti rapidamente e desci, encontrando minha mãe batendo algo no liquidificador velho. Olhei o relógio da cozinha, já que eu tinha jogado meu despertador em algum lugar no quintal, seis e meia ainda, estava com muito tempo livre. Me sentei e esperei que me visse, ou parasse. Por que nem se eu berrasse até a garganta sangrar ela ia me escutar com o barulho que aquela máquina fazia, tapei os ouvidos com a mão e baixei a cabeça, aquilo era tortura.

Acho que eu estava quase dormindo quando minha mãe me cutucou.

— Namastê, bilauta, preparei seu café da manhã. — Olhei para ela e depois olhei para aquele... Aquele... Barril na minha frente.

— Namastê. Mãe, o que é isso? — Perguntei deixando a cabeça pender para o lado enquanto analisava a cor meio cinza daquela coisa.

— Ah, filha, é uma super vitamina que eu preparei. Tem todos os nutrientes que alguém precisa e fica sendo digerido no estômago por muito tempo, por isso você vai demorar a sentir fome de novo. Estou meio sem dinheiro, então não vai dar pra eu ficar te dando dinheiro pro lanche e essas coisas, então você vai se alimentar bem. — Ela falou sem nem me olhar.

— Seu conceito de “se alimentar bem” me assusta, mulher. — Disse séria.

Puxei aquilo pra mim, a cor cinzenta e a espessura grossa não ajudavam, mas até que o cheiro não era tão ruim. Fechei os olhos, parei de respirar e engoli... Ei, até que não era tão ruim. Abri os olhos e comecei a beber aquilo com mais coragem. Eu tinha que beber aquele copo – que mais parecia um balde – até o fim e sabia disso. Minha mãe, e eu também, pra ser bem sincera, odiamos desperdício de comida, do fundo do nosso estômago. Nós duas sabemos o que é passar fome.

☺☺

Cheguei bem cedo na escola, mesmo que eu tivesse andado como uma lesma manca todo o caminho de casa até a escola. Aquele um litro – isso mesmo, um litro – de vitamina me encheu tanto que eu fiquei com sono, sem contar que minha barriga inchou consideravelmente. Fui até minha sala, ignorando o resto do mundo e me arrastei até o meu lugar, que não era nem na frente, nem no fundo, era perto da janela. Eu não gostava de me sentar na frente, com os nerds, nem atrás com os barulhentos. Eu odiava os nerds, odiava os barulhentos. Odiava todo mundo. O meio era legal, as pessoas eram mais quietas, era onde os jogadores sentavam, mas, na maior parte do tempo, eles ficavam calados, então pra mim tudo bem. O fato é que me joguei na minha cadeira e dormi.

Fui acordada por um cutucão. Era Jonathan.

— Nayana, é com você. — Levantei a cabeça, mais perdida que cachorro que caiu do caminhão de mudança.

— Que? — Perguntei e limpei a baba da bochecha, mas ele só indicou com o queixo pra frente. Olhei e vi a diretora me encarando com cara de quem comeu e vomitou.

— Bem, Martins, já que você me deu o prazer de finalmente acordar, me acompanhe, por favor. — Ela falou, impaciente.

— O prazer só depois, diretora. — Falei e o pessoal da sala riu, a diretora revirou os olhos. Fiquei sem entender. — É pra levar minhas coisas?

— Não, pode deixar aí, acho que não vamos demorar muito.

Me levantei e bocejei. Aquele com certeza não era o melhor dos meus dias. Fui andando lentamente até a porta e até percebi, quase assustada, que já era a terceira aula do dia, com o professor de química. Eu não tinha dormido, tinha entrado em coma. Segui a diretora até sua sala, eu tinha ido parar lá algumas vezes, nada demais. Só alguns probleminhas que tinha me metido.

A primeira vez por chutar as bolas de um garoto, outra por cortar o cabelo gigantesco da garota que sentava na minha frente, mas qual é, o cabelo dela ficava esparramado na minha mesa e me impedia de copiar. Outra vez foi por quebrar o pulso de uma garota que, ao me puxar pra tentar brigar comigo, quebrou o colar que ganhei do meu pai. Enfiar o lápis na coxa de um idiota que tentou me beijar a força. Essas coisas. Enfim, foram algumas vezes. Mas dessa vez eu estava confusa, não tinha feito nada... Nada que eu me lembrasse, pelo menos. E se eu não lembro, eu não fiz. Isso é regra na minha vida.

— Bem, acredito que, de certa forma, o que está ocorrendo agora tem de ser visto como consequência de seu histórico. — Ela falou assim que se sentou, apontando para que eu sentasse na cadeira em frente a sua mesa.

Diretora Eliana era uma mulher nova, assumiu a direção quase no fim do ano anterior. Antes dela era uma velha que devia ter sido babá de Buda, juro, ela tinha uma verruga tão grande no pescoço que eu achava que era a cabeça de um gêmeo siamês que não tinha se separado totalmente. Já a nova diretora devia ter por volta de 30 anos, no máximo, e ela sempre se vestia com roupas pretas, porém muito elegantes, até eu notava.

— Ocorrendo? — Perguntei sem entender, já sentada.

— Sim, claro, em vista a sua situação, tivemos de tomar uma providência. — Ela falou, remexendo uma espécie de caderno enorme.

— Minha situação? — Estava mais perdida que pobre em dia do desconto.

— Claro, claro... — Disse distraída, separando umas folhas do caderno.

Toc, toc, toc.

— Pode entrar. — A diretora gritou. Eu não me dei o trabalho de virar para ver quem era, prefiro evitar a fadiga. Mas o olhar da diretora se iluminou de um jeito que realmente não gostei, e ela até sorriu. Apenas suspirei, pensando em como poderia estar dormindo, então eu deitei minha cabeça na mesa — Jennifer, querida, graças a deus você chegou.

— Desculpe o atraso, cheguei tarde de viagem e acabei me atrasando. — Rica, fala rápido e tem voz fina, não gostei dessa menina.

— Nayana, pode seguir a Jennifer, ela vai te explicar como as coisas vão funcionar. — Como eu estava sem forças para discutir, simplesmente me levante, mas quando virei e encarei a menina, gritei e bati na mesa da diretora. Ok, eu sabia que essa era uma escola de gente rica, e gente rica às vezes têm umas bizarrices que não se explica, mas, ei, tudo tem limites.

Jennifer estava usando uma bota longa e preta, uma calça também preta e de cintura alta, a camisa da escola mal se via, pois um colete escondia, luvas pretas nas mãos e, por cima disso tudo, uma espécie de sobretudo. Resumindo: era uma espécie de dândi versão feminina. Ela tinha os cabelos cor de vinho, pintados e os olhos de alguma cor escura. Olhei pela janela da diretora, o sol estava tinindo e aquela menina nem parecia estar suando. Que alien era aquele? Eu fechei os olhos, respirei fundo e quando abri... Ainda estava lá. Comecei a resmungar.

— Nayana, você está bem? — Jennifer e a diretora disseram juntas se aproximando de mim, pareciam preocupadas.

— Tô ótima, se afastem. — Dei um pulo pra longe delas. — Eu realmente vou ter de ir com... Isso? — Apontei para Jennifer, que riu um pouquinho.

— Vai, e é melhor andarem logo se não quiserem perder o intervalo. — Então ela sentou e fingiu que eu não existia, já ia bater na mesa dela quando senti meu braço ser puxado. Quando reparei já estava no corredor, meu braço preso ao de Jennifer.

— Ei, ei, ei, ei, ei... — Puxei com força e a menina ruiva quase caiu no chão. — Mas que porra é essa? Pra onde você está me levando? — Gritei no meio do corredor. A menina arregalou os olhos, eu até virei pra ver se, sei lá, Samara não estava atrás de mim. Mas não, nem tinha nenhuma TV por perto.

— Falar palavrão é feio, Nayana, principalmente para as damas. — Jennifer explicou e eu comecei a rir.

— Bom, pois eu não sou uma dama, sou um demônio e nasci a dez mil anos atrás. — Só pra enfatizar comecei a rir maleficamente, Jennifer riu, então arregalou os olhos de novo.

— Espera. Meu deus! Eu sabia, sabia, o seu rosto não era estranho.

— Ainda bem, né? — Falei. — Ora, estranho... É por que você não viu a Márcia, do 3°B, aquilo é estranho. — Um arrepio até passou por mim.

— Bobinha. — Ela riu e tocou no meu nariz. — Estou falando que você é bem conhecida na escola. E estou te levando pra sala de música, acho que poderemos conversar melhor lá. E eu só falo quando chegarmos lá. — Só por que eu estava curiosa, a empurrei pra irmos até lá logo.

Infelizmente Jennifer gostava de falar, até chegarmos à sala de música, ela já tinha me contado as férias dela, com uma riqueza de detalhes incrivelmente chata. Nunca entendi por que todo mundo não podia ser prático. E, por que eu não a interrompi? Eu tentei, juro que tentei, mas ela não me dava espaço pra falar e eu estava com preguiça. Enquanto ela falava, eu pensava em enfiar papel queimado na garganta dela até que ela não conseguisse mais falar. Sorri com esse pensamento.

— E chegamos, pode entrar primeiro. — Ela apontou. Entrei e me sentei num banquinho que tinha por lá, a garota esquisita trouxe um banquinho pra perto no meu, sentou e pegou minha mão entre as dela, franzi o cenho, sem entender. Ela tomou fôlego e desatou a falar. — Nayana, querida, primeiramente quero saber que fico feliz em poder te ajudar num momento como esse. E eu entendo como é quando as pessoas falam de você, elas também falam muito de mim, coisas que, obviamente, são mentiras, assim como as que falam de você.

— Eu nem sabia que falavam de mim. — Comentei e bocejei.

— Sério? — Jennifer parecia bem... Ingênua, pro meu gosto. Ela arregalou os olhos e, então percebi que seus olhos eram azuis bem escuros. — Bem, eles falam coisas horríveis a seu respeito. Que você é louca, que já foi presa por matar cinco pessoas, que pode matar uma pessoa com fio dental e um clipe de papel, que sabe fazer macumba pra seduzir os homens e que usa maconha. — Ela relatou com um sorriso de consolo, já eu fiquei horrorizada.

— Puta que pariu, quem eles acham que eu sou? — Gritei e me levantei da cadeira, andando de um lado pro outro.

— Calma, eu sei que isso é mentira. — Jennifer tentou me tranquilizar.

— É claro que é! — Gritei na cara dela. — Eu não preciso do fio dental, consigo só com o clipe. — Bufei e revirei os olhos. Vi a boca de Jennifer ir parar na China, fiquei sem entender, mas logo ela deu um sorrisinho, fiquei mais perdida. — Entretanto me conte logo o que eu estou fazendo aqui. — Mandei, estressada.

— Bem... Eu, hm, a direção foi informada da sua situação, então eu estou aqui para ajuda-la, fiz um curso de psicologia, já que ainda não posso me formar. — Ela sorriu e voltou a pegar minha mão. — Além disso, eu já estive em uma situação similar, então realmente sei como ajudar. E você não tem escolha, vou lhe ajudar querendo ou não, são ordens da direção.

— Mas que droga de situação é essa que a diretora, você, o tio da esquina e até Dog, meu gato morto, sabem e eu não? — Berrei, querendo enfiar o trompete na goela dela.

— Você está grávida. — Jennifer falou, baixinho.

Eu comecei a rir. Gargalhei tão alto que acho que até Beethoven me escutou. Jennifer fez cara de cego em tiroteio, o que só me fez rir mais. Respirei fundo algumas vezes, mas não deu continuei rindo. A visão de mim, rindo daquela forma, não é lá algo muito... Normal de se ver. Eu ficava batendo a minha perna direita no chão e a minha mão ficava batendo na minha coxa, lágrimas até caiam. Pensei em passas enchendo a minha boca e parei de rir na hora. Eca.

— Ok, ok. De onde você tirou essa ideia?

— Uma garota viu você falando com sua barriga, e acariciando ela e, bem, sem ofensas, mas foi notado que sua barriga cresceu um pouco. — Jennifer corou ao falar isso.

— Você tá dizendo que eu estou gorda? — Mas gente... Olhei pra minha barriga, não estava grande, não era uma tábua, mas não estava grande. Eu diria sexy.

— Não, mas grávidas, sabe, as barrigas crescem. — Jennifer explicou, corando de novo.

— Eu sei, sua tapada. — Revirei os olhos, ela me achava burra e gorda, por acaso? — Olha, isso tudo é ridículo, você, a direção e essa menina aí que você falou, vocês despirocaram, isso sim.

Despirocamos? — A ruiva de caixa perguntou confusa.

— Sim, enlouqueceram, perderam uns parafusos, piraram, bateram a cachola, etecetera.

— Ah! — Então ela parou, estalei os dedos na frente do rosto dela, mas não adiantou. Belisquei a parte interna da coxa dela, isso deu resultados, sorri. — Ai! Doeu. Não faça mais isso.

— Camarão que dorme a onda leva. — Dei de ombros, a ruiva falsa franziu o cenho, mas balançou a cabeça.

— Enfim, eu não entendi o porquê da risada. — Jennifer e aquela história já tinham me cansado.

— Eu não estou grávida.

— Está sim.

— Não estou, ô pouca sombra. — Falei e me levantei, pronta pra ir embora.

— Então vamos fazer um exame e me prove. — Jennifer sorriu e cruzou os braços.

— Não tenho que te provar porcaria nenhuma.

O sinal do intervalo bateu e eu corri pra fora, sem deixar Jennifer falar o que quer que ela quisesse falar. Acabei esbarrando em alguém.

— Seu idiota, é cego por acaso? — Olhei pra cima e percebi que era Nathan. Ok, era o Nathan com a camisa do time. O Nathan com a camisa do time e com os meninos do time. Fiz careta de nojo. — Ver você a essa hora da manhã faz eu me sentir doente.

— Ver você mal-humorada a essa hora da manhã faz todo mundo se sentir doente. — Ele sorriu, tocou meu nariz e colocou uma maçã verde na minha mão, então saiu andando com os outros garotos, que iam olhando pra mim com uma cara esquisita. Se estivesse num desenho, nesse momento estaria saindo fumaça da minha cabeça.

— Eu odeio todos vocês também. — Gritei e eles viraram a cara.

Assim é melhor.

Eu, realmente, não estava com fome. Aquela gororoba que minha mãe tinha me preparado tinha me enchido, mas eu queria comer – o único motivo de eu não ter tacado a maçã na cabeça daquele idiota, principalmente verde, que é minha favorita –, entretanto, como não tinha dinheiro pra comprar algo gorduroso, me contentei em sentar na minha mesa. Minha sim, por que ninguém além de mim senta nela. Ela ficava perto de tudo: da saída de incêndio, porta da cozinha e de uma janela enorme na qual eu podia ver a praça.

Você deve estar pensando “mas por que ver a praça seria legal?”. Na praça tem muitas coisas divertidas: o pessoal do patins e do skate que estão aprendendo a andar, caindo; pombos cagando em pessoas; gordos correndo de malha; assaltos; gente fazendo imitações ridículas e pedindo moedas por isso; os garotos do exercito treinando sem camisa; velhos correndo de malha; pombos cagando em pessoas; filhos fazendo os pais passarem vergonha; pais fazendo filhos passarem vergonha; Ah, claro, pombos cagando em pessoas; enfim, você entendeu.

Esse janelão ficava aberto. Fechei os olhos e respirei o ar poluído da cidade, era tão reconfortante. Abri os olhos e fui pra trás, quase caindo da cadeira. Jennifer tinha surgido da minha frente.

— Você não vai se livrar de mim tão fácil, Nayana. — Ela falou em tom espertinho e sorriu.

Joguei a maçã na cabeça dela.


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Notas finais do capítulo

Ai, Nayana foi bem malvada com a Jennifer. Essa menina ainda me mata de desgosto, ai, ai. Ragazzas, me falem, gostaram? Não gostaram? As notas de vocês estão com problemas que nem as minhas? O que acharam da Jennifer? E da lembrança em forma de sonho da NayNay? Amo vocês, até o próximo capítulo, beijinhos :*