Seguindo... Repostada escrita por Myka Baggins, Dorian Kirigakure


Capítulo 15
Capítulo XIII: Desavenças Eternas!


Notas iniciais do capítulo

**Hakuouki - Pálidos Sonhos das Flores de Cerejeira (obrigada Mabel por me lembrar do significado *0*



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Capitulo XIII: Desavenças Eternas!!

"Na anterior, nessa e nas próximas vidas, continuarei lhe odiando"

Yukimura Chizuru certamente era uma mulher tola de tão inocente. Como ela pudera dormir em seus braços, estando nua e com boa parte do corpo submersa em uma banheira, a espuma logo começava a se desfazer e Kazama, com medo de perder seu auto-controle, chamou uma das empregadas para secar e trocar a garota.

Tola, imprudente e bela, era assim que ele via Chizuru.

Dormindo tão serenamente em sua cama, como se nada no mundo pudesse abalar seu sono. Hora ou outra ela se revirava e resmungava algo. Mas, o que o deixou nervoso fora o nome que aqueles finos e doces lábios pronunciaram.

"Hijikata-san"

Kazama tinha mil e um motivos para exterminar aquele humano, e o ocorrido de agora há pouco atiçou ainda mais essa vontade.

Afinal! Quem aquele humano tolo pensava que era para renascer? Ele poderia muito bem continuar morto. Maldita hora em que Kazama o batizou de Hakuouki! Assim como os sonhos, ele voltara.

E pensar que Kazama o reconhecera como um verdadeiro oni... Quanta bobagem.

Se a garota não era forte o suficiente para se afastar daqueles cães, o próprio Kazama o faria. E ignorando tudo o que Amagiri e Shiranui tentavam inutilmente lhe dizer, ele seguiu até a residencia daqueles a quem tanto desprezava.

Não era uma casa ruim, isso ele tinha que admitir, afinal, Kazama sempre observara as construções feitas pelos humanos, embora tudo o que eles mais faziam, eram destruições, quando pretendia construir algo, eles caprichavam.

Ele não foi muito bem recebido, e isso não importava. Já expulsara aquele garoto de sua propriedade uma vez, Kenji... Seria esse seu nome? Não importava.

– O que você quer aqui? - O garoto berrou corajosamente, embora suas pernas tremessem.

E com um sorriso de escárnio nos lábios Kazama pronunciou.

– Volte para a saia da mamãe, garoto.

– Posso ajudar em algo? - Hiroshi-sama apareceu sério, certamente ouvira o que Kazama dissera com tanto desprezo.

– Se me lembro bem... Kondou... O cara degolado em praça pública, aquele que havia acolhido Chizuru... Você se parece bastante com ele. - Kazama falou lentamente.

~*~*~*~

"Hijikata"

Toshio estava em seu quarto, fitando o teto, tentando se recordar de onde conhecia aquele nome... E seus esforços só o levavam a uma dor de cabeça terrível. A garota Chizuru parecia assustada quando ele tentava falar com ela, mas é claro. Ele a enxotara, fora bem ríspido com ela desde o momento em que a vira, sempre tão desconfiado.

Ridículo! Era isso que ele era, primeiro maltratava a garota, e depois não conseguia tira-la da cabeça. Outra coisa que não lhe saia da mente era esse tal de Kazama. Ela não parecia com medo dele quando o pronunciava, mas, fugir pela janela e querer voltar antes dele, eram sinais de medo, não?

E o que a outra garota dissera para Chizuru.. O que sera que ela quis dizer com "Eles morreram" ela estaria falando da família de Chizuru?

– Quem é você e o que quer aqui?

A voz de Hiroshi-sama se fez presente, ele estava visivelmente alterado. Não demorou muito para que Toshio fosse para fora, ele não fora o único, seus companheiros também se encontravam lá.

Kenji se apressou em esconder-se atrás do grupo. Quem era aquele loiro?

– O que está acon...

– O que você veio fazer? Você não nos quer em sua preciosa mansão, então, temos o direito de querer o mesmo! - Hideki se pronunciou irritado.

– Toshio! Esse é o Kazama! - Kenji sussurrou.

Aquele era o Kazama?

– Ora ora, não é a toa que minha querida Chizuru gosta tanto de vocês... Vocês realmente se parecem muito com aqueles cães que a protegiam. - Ele falava sarcástico.

– Do que esta falando? Quem é você? - Hiroshi-sama insistiu.

– Qual sua relação com a Chizuru-chan? - Hideki perguntou.

– Isso não é da sua conta. - O loiro de olhos vermelhos falou friamente.

Aqueles olhos davam a Toshio uma sensação nostálgica, e acima de tudo, ruim.

– O que você quis dizer... Com a gente se parecer com os cães que a protegiam? - Yusuke perguntou. (Harada)

– Isso o que ouviram... Chizuru, há muito tempo, foi acolhida por uma horda de cães... Vocês se parecem bastante com eles.... Vejamos... O cão degolado em praça pública, o cãozinho que morreu protegendo aquele vila imunda... Dois!... Os dois que morreram dando fim aos rasetsus, o que morreu por uma doença... Cinco!... O que morreu lutando com inúmeros homens, o que desapareceu... Sete!... E o preferido dela que morreu por um ferimento mortal de bala! Oito cães! Exatamente parecidos com vocês! - Ele falava sarcasticamente.

– O que você quer nos contando isso? - Hiroshi perguntou tentando manter a calma, embora estivesse mais que surpreso.

– Ela não trás muita sorte, todos que se aproximam... Morrem... Assim como o pai e o irmão... Você sabe do que estou falando, não é mesmo? Toshio!

Toshio o olhou intrigado... Então ele sabia daquela noite em que Toshio descobriu sobre a garota.

– E o que você pretende nos contando isso? - Toshio perguntou seriamente.

– Pretendo manter vocês o mais longe possível dela... Quem sabe os próximos azarados não sejam vocês? - Kazama falou secamente.

Era isso então? Ele os estava ameaçando?

– Isso quem decidirá será ela... Se ela se sente bem estando aqui conosco, será sempre bem-vinda... Se ela dá azar ou não, seremos nós quem vamos descobrir! - Hideki se pronunciou visivelmente irritado.

– Vocês quem sabem... - Kazama falou.

~*~*~*~*~*~*

– Chizuru abra a porta! - A voz de Shiranui me despertou.

Ele parecia preocupado. Eu suspirei aliviada ao sentir o cheiro de uma das empregadas no vestido, Kazama respeitava-me e isso era agradável.

Um cheiro se fez presente e ao reconhecer o que era, abri imediatamente a porta. Shiranui me pegou pela mão e me arrastou para fora da mansão.

– Shinarui... Isso é? - Perguntei enquanto andavamos em direção a floresta.

– Sim... São rasetsus. - Ele pronunciou seriamente.

O cheiro era de algo queimando...

Quando chegamos á beira de um lago, no centro da floresta, eu simplesmente cai ajoelhada enquanto tapava a boca e o nariz com minhas mãos e as lágrimas caiam. Havia um amontoado de corpos queimando bem diante dos meus olhos...

– Um rasetsu só vira pó quando sua energia de vida está no limite... Chizuru, eles ainda estavam no começo. - Shiranui falou.

– Onde... Onde esta Kazama? - Eu perguntei ainda em lágrimas.

– Amagiri foi chamá-lo.

~*~*~*~*

Kazama ainda encarava o grupo com ódio, antes que um deles pronuncia-se algo Amagiri apareceu aflito.

– Ora, ora se não é o grandalhão! - Ryuusei (Shinpachi) se pronunciou.

– Você o conhece? - Okumura (Saitou) perguntou.

– Trombei com ele na cidade.

– O que houve Amagiri? - Kazama perguntou tranquilamente.

– Problemas. - Ele simplesmente falou.

– E Chizuru? Ela acordou?

– Shiranui deve tê-la chamado. E acho melhor você ir até ela... O que encontramos, vai assustá-la.

Amagiri acabara de falar isso quando Kenji berrou apontando uma linha de fumaça que acabara de subir. Vinha da direção da floresta.

~*~*~*~*~*~*

– Eles queimam rápido, não acha? E esse cheiro horrível? Era de se esperar de simples cópias. - Aquela voz se fez presente.

– Ka... oru? - Eu sussurrei ao ver meu irmão gêmeo a minha frente.

– Chizuru... Minha irmãzinha... - Ele disse sorridente.

– Kaoru! - Eu tentei correr para ele, mas Shiranui segurou meu braço.

– Você deveria permanecer morto garoto. - Shiranui disse apontando sua arma.

– Nada morre...Apenas se transforma! - Kaoru disse sarcástico.

– Kaoru... Perdão... Por não ter me lembrado de você... Por não ter te reconhecido... Perdão. - Eu falei chorando.

Kaoru me olhava com pena...

Ele me estendeu sua mão... E com um sorriso gentil me disse.

– Vamos para casa... Chizuru?

Antes que eu pudesse dizer algo, vi seu rosto se contorcer de dor enquanto uma espada perfurava seu peito... Não! Eu não queria ver aquilo... Meu irmãozinho estava novamente sendo morto na minha frente pela espada de Kazama.

Logo atrás dele, o Shinsengumi inteiro corria em nossa direção.


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