I Won't Give Up escrita por Lariisilva


Capítulo 38
Inferno


Notas iniciais do capítulo

Hey amores, demorei né? Não vou pedir desculpas para vocês por que eu não mereço, mas vou tentar compensar com um capítulo super especial para vocês.
Esse capítulo vai trazer respostas necessárias para o team e o próximo vai nos mostrar mais sobre Nyssa e como ela vai lidar com as descobertas do capítulo. Fora quê vai ter ponto de vista de geral hoje!!
Aproveitem a leitura e me digam o que acham.
Boa leitura!!



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P.O.V. ROY

Faz três semanas que a Felicity sumiu e a cada dia Oliver parece mais perdido em uma sede de sangue. Entramos em contato com Donna e Felicity nunca foi para Vegas, ela até mesmo queria vir para nos ajudar a procurá-la.

Estamos todos vivendo um inferno sem ela aqui, ela era uma mãezona para nós, sempre cuidando, repreendendo, passando remédio nos ferimentos. Ela era a cola que nos mantinha unidos e sem ela aqui, tudo o que fazemos é nos afastar cada dia mais.

Connor está ainda mais introvertido e vejo que na verdade todos nós estamos assim. Sei que Thea percebeu que estou guardando segredos e está me pressionando para contar o que é, mas até que eu possa descobrir algo novo sobre o sumiço de Lis eu não vou contar sobre a gravidez. Vai levar todos num frenesi sem sentido. Preciso pensar como Lis, o que ela faria se estivesse no meu lugar?

— Onde você está Lis? Estamos todos definhando sem você. Oliver só não morreu ainda por que Nyssa cuida dele e de Connor. - Pergunto para a janela do escritório dela na empresa do Ray.

— Arsenal? - Merda! Distraído não ouvi Ray entrar.

— Sim? - Respondo ativando o modulador de voz.

— O que está fazendo aqui? - Pergunta e ouço uma pontada de medo, o que me faz ficar alerta. - Há algo que eu possa te ajudar?

Aquela desconfiança que surgiu no hospital quando Oliver voltou surge e pelo olhar em seu rosto, eu sei que ele tem algo a ver com o sumiço de Lis.

— Sim, você pode. - Me aproximo dele e vejo que quer correr. O agarro e caímos no chão. - Felicity Smoak sumiu e você tem algo a ver com isso. É melhor começar a falar antes que eu resolva que sua cabeça fica melhor longe do seu corpo.

Seus olhos se arregalam e Ray engole em seco.

— Eu não queria que nada acontecesse com ela, não era para ele ter levado ela, o prazo não tinha acabado. - Ray começa a balbuciar para mim.

Aperto seu pescoço.

— Explique do começo.

— Certo, Roy... - Com o uso do meu nome, eu me afasto em choque. - Eu sei sobre as identidades de todos que ajudam o Arqueiro, ou seja, Oliver Queen. Não foi minha intenção machucar Felicity, eu gosto dela na verdade.

— O que está havendo? - Nys pede da porta da sala e em seu rosto vejo que ela ouviu a última parte.

Inesperadamente, Ray me dá um soco que me faz cambalear para trás.

— Corra Nyssa. Corra ou ele vai te machucar.

Para choque dele, ela vem e oferece a mão para me ajudar a levantar.

— Ele sabe a minha identidade. - Digo a ela antes de puxar o capuz para fora. - E Nys... Ele sabe algo sobre Lis.

Minha amiga se encolhe como se eu tivesse atravessado uma espada em seu peito, mas quando seus olhos vêm a mim, ela sabe que eu não menti e como tem feito desde que Lis sumiu, Nyssa Al Ghul deixa lágrimas descerem por seu rosto.

— Baby... - Ray começa, mas Nys apenas dá um soco nele, que o desmaia.

— Precisamos descobrir o que ele sabe antes de levá-lo ao Oliver e Dig. Eles vão matá-lo.

Sussurro para Nys que apenas olha para seu namorado desmaiado no chão.

— E eu deveria me importar se ele vive ou morre? - Sua voz soa como... como... Oliver ao perceber que Lis realmente sumiu.

— Você o ama, mesmo que ele não mereça. - Ela assente levemente enquanto seca o rosto.

— Não vai haver ninguém na boate mais nesse horário. Vamos para lá e amanhã conversamos com Oliver.

— Nyssa, e se alguém estiver lá?

— Não vai estar e Roy... faça o que for preciso para que ele fale o que sabe, não importa quanta dor você tenha que causar.

Sem mais uma palavra, sai da sala para o elevador.

(...)

Os nós dos meus dedos já estão abertos e Ray já é uma confusão, pendurado por correntes no canto da cave.

— Pare de mentir Ray. - Peço já cansado. Está quase amanhecendo. - O que você sabe sobre o homem que sequestrou Felicity? Você está com medo de quê?

— Eles vão machucar Nyssa.

Percebi então que ele não sabe quem é a verdadeira Nyssa. Apesar de não ser minha história, puxo uma cadeira e coloco de frente para ele e conto tudo que acredito que ele deva saber sobre ela.

— Então esse era o grande segredo que ela dizia que iria me afastar dela para sempre? - Pergunta parecendo que quer rir. - Isso não me faz querer estar longe dela, estou chateado sim, mas...

— Ray, esse não é o momento para divagar.

Sua cabeça cai e com um suspiro ele começa a contar e é pior do que eu imaginava. E chego a uma conclusão de que ele era só uma marionete nas mãos desse Carl.

(...)

— O que está havendo aqui? - Oliver pergunta.

Me viro ao ver Oliver, Dig e Thea me cercando enquanto eu costuro alguns ferimentos que causei em Ray.

— O que estão fazendo aqui? - Pergunto ao invés de responder.

— Barry ligou e disse que precisava falar conosco. Que tinha enfim achado uma pista sobre Felicity.

A voz de Dig contém esperança.

— O que Palmer está fazendo aqui? - Oliver pergunta de novo.

A tensão é espessa quando seus olhos não saem de Ray. E sei que mentir não vai adiantar, vou manter de fora a parte do bebê.

— Oliver, você vai ter que se conter por que precisamos da ajuda dele para encontrar Felicity.

Os olhos de Oliver brilham com perigo e sei que ninguém vai pará-lo de colocar as mãos em Ray quando eu contar o que descobri.

— O que aconteceu foi que quando o exército de Slade invadiu Starling a noiva de Ray, Ana, morreu e...

(...)

P.O.V. THEA

Seguro minhas costelas que latejam e vejo Dig colocando uma compressa de gelo na testa dele e entregando outra a Nys que apareceu quando o inferno desabou. Roy está desmaiado na maca e Ray é só uma polpa de sangue no chão da cave enquanto Oliver anda para lá e para cá tenso e flexionando as mãos que estão manchadas com sangue.

— Eu vou matá-lo e não me importa o que vocês digam. - Seus olhos vão para Roy na maca e ele para por um minuto. - Liguem para o Barry e mandem ele trazer o fodido Ray para mim que eu não terminei com ele.

— Ollie... - Começo mas ele me corta com um olhar.

— Não Thea. Ele me tirou a Felicity e pode ser que nunca mais a veja, o Connor perdeu a mãe outra vez e você quer que eu o deixe vivo? Nunca.

Estamos num maldito impasse. Roy mal conseguiu explicar sobre o envolvimento de Ray quando Ollie foi louco sobre ele. Mandei uma mensagem para Laurel e estou esperando sua resposta ou sua presença para nos ajudar com essa situação.

(...)

P.O.V. LAUREL

Quem diria, eu, Laurel Lance chamada para acalmar Oliver Queen numa fúria assassina. Desço para o porão da boate e a cena que me recebe, me choca o suficiente para eu tropeçar.

Sangue no chão, Oliver caminhando de um lado ao outro com as mãos sujas de sangue, Roy sentado na cadeira de Felicity parecendo uma merda com seu rosto machucado, Thea segurando as costelas, Dig com um corte na testa e Nyssa segurando uma compressa de gelo na testa.

— O que houve aqui? Uma guerra?

Thea sorri fracamente antes de responder.

— Descobrimos que Ray teve algo a ver com o sumiço da Felicity e Oliver foi todo louco para ele, tentamos impedir, mas ele machucou a todos nós. Só parou quando Barry que estava aqui, levou Ray para longe.

— Me diga por que me chamou Thea.

— Roy pode contar melhor do que eu.

Quando a história começa, eu entendo por que Oliver foi louco, mas entendo por que Ray fez o que fez.

(...)

— Oliver, sente-se. - Ele me olha e continua andando em círculos. - Eu disse SENTE-SE. - Todos me olham, chocados com meus gritos, mas meus olhos permanecem em Oliver, que relutantemente se senta no chão, no canto da cave.

— Eu sei que agora você não está conseguindo ver nada além da fúria por Ray ter ajudado esse Carl a levar a Felicity para longe de você, mas precisa abrir sua mente e me escutar com muita atenção.

Seus olhos sãos selvagens como eu nunca vi na minha vida.

— Você está todo louco e olhe que a Felicity está viva, imagine alguém te dizer que o Roy trouxe um exército para a cidade para provar que ele é um bom herói e nesse tempo, esses vilões matam ela. Você está tentando matar um homem que foi usado, encontrado na por parte do luto e empurrado a acreditar que a mulher que ele amou, que ia ser a mãe de seus filhos morreu pela sede de poder de alguém. Ele tem que pagar um preço sim, mas não somos eu e você a decidir quanto e a forma que ele deve pagar.

Seus olhos vão para a cadeira de Felicity, agora ocupada por um Roy ferido.

— Ele me tirou ela. Eu não trouxe aquele exército para cá, mas ele a levou de mim por uma razão egoísta. Ele tirou a mãe de Connor. Eu tenho todo o direito de matá-lo.

Olhei para ele que estava cego pela raiva.

— E você acha justo obrigar Nyssa a viver com a mesma dor que você está sentindo? - Seu olhar vai para Nyssa e vejo amolecer um pouco. - Sei que quer matá-lo, mas vai sentenciar ela a essa mesma dor, uma vez mais? Esse não é o homem que você quer ser, é com sangue nas mãos que quer abraçar seu filho quando voltar para casa hoje? É com sangue nas mãos que quer abraçar Felicity quando reencontrá-la?

— Não, mas não é tão fácil assim eu fingir que ele não fez nada.

— E eu não estou pedindo que finja que ele não fez nada, ele vai ter que se redimir e isso vai levar tempo, mas para ele fazer isso você precisa deixar que ele viva. Precisa fazer isso, por que é esse o Oliver que nós conhecemos e amamos.

Seus olhos inundam com lágrimas.

— Não vai haver um Oliver para amar se eu não conseguir Felicity de volta Laurel, eu não sei como viver sem ela, vou ser só uma casca de quem já fui sem ela para me amar.

— Eu sei Ollie, mas nós vamos achá-la.

Ele levanta e caminha para a escada.

— Para o bem do Palmer, é melhor mesmo. Por que eu posso não matá-lo, mas vou fazer ele ficar bem dolorido.

P.O.V. FELICITY

Não sei quanto tempo faz que estou aqui, provavelmente semanas se o crescimento da minha barriga quer dizer algo. Só sei que a cada dia a situação está ficando pior. Damian a cada dia tenta mais e mais me pressionar para fazer sexo com ele e ser sua mulher e a cada negação ele me pune.

Me levanto para caminhar um pouquinho para ver se o enjoo diminui. Está ficando cada vez mais difícil esconder a minha barriga crescendo e os sintomas da gravidez que estão mais aparentes. Doença da manhã, tonturas, cansaço excessivo, meus peitos maiores. Sei que estou começando a ficar doente já que não estou tomando vitaminas e por herança minha gravidez vai ser tão difícil como a de minha mãe.

Fecho os olhos e luto contra as lágrimas ao pensar em como Connor reagiria ao saber da gravidez. Um sorriso toma meu rosto enquanto me torturo com lembranças e sonhos sobre Connor e Oliver.

— Vejo que pensa em mim para estar com esse sorriso no rosto. - A voz do meu maior pesadelo me tira do meu lugar feliz.

— Claro que sim. - Respondo com todo sarcasmo que posso reunir.

— Cuidado com a boca, minha querida. - Diz e se aproxima de mim, fazendo eu me encolher. - Posso resolver calá-la de uma forma que você não vai gostar.

Não consigo me conter e começo a rir histericamente.

— O que mais você pode fazer que vai me machucar, continuar me batendo como toda vez que eu nego fazer sexo com você? Me acorrentar por mais algum tempo naquela sala fria? Oh, vai me estuprar! Foi isso que quis dizer né? Eu vou fazer o grande Damian Darkh quebrar sua promessa de só tomar meu corpo quando eu permitir? Oh caramba, você vai me matar de rir.

Rolo no colchão de tanto rir e quando paro vejo que ele está tenso dos pés a cabeça. Em seus olhos vejo a luta entre deixar minha ''insolência'' passar ou me punir por isso e então sinto medo correr por minha espinha, mas sei que ele se considera um homem honrado, o que quer dizer que não me estuprar, não hoje.

— Vim aqui minha querida para te avisar que está sendo movida para nosso quarto nupcial e a partir de hoje começa uma contagem de 2 semanas para nosso casamento. - Engasgo com o ar e ele sorri para mim. - Trouxe uma estilista e você vai escolher várias roupas e uma bem especial para jantarmos hoje. E se pensar por um momento que pode fazer um show como da última vez, está muito enganada e não vou te punir, vou te dar prazer adiantando nossa lua de mel.

Engulo em seco e um guarda vem para nos acompanhar para uma sala com um provador móvel e uma mulher de mais ou menos 30 anos com vários vestidos espalhados pelos móveis.

— Minha noiva vai escolher 50 peças de roupa e uma bem especial para um jantar hoje. - A mulher assente impassível e Damian sai da sala, mas não sem me obrigar a receber um beijo dele.

Sabendo que não há uma escolha, começo mais uma provação.

(...)

Me olho no espelho e vejo meus olhos zombarem de mim por não ter lutado mais para descobrir mais sobre onde estou num dos momentos em que Damian estava me levando para caminhar pela minha prisão. Encaro minha escolha e critico minha falta de coragem em desafiá-lo escolhendo um vestido feio.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=128924083

Sinto Damian antes mesmo de vê-lo. Sua loucura pode ser sentida a quilômetros de distância.

— Divina, a minha querida noiva. - Com suas palavras, sinto meu estômago revirar. Me apoio na parede quando uma tontura me bate. - Você está bem minha querida?

Pensando no mal que ele pode fazer ao meu bebê, minto rapidamente.

— É que como faz muito tempo que não tomo sol, estou começando a me sentir doente. Basta apenas providenciar umas vitaminas.

—Vou trazer um médico para te examinar.

— NÃO! - Grito e ele olha para mim com uma carranca. - É que tenho medo de médicos querido. - Com o uso do carinho, ele amolece.

— Tudo bem minha querida noiva.

Colocando a mão na base das minhas costas, me guia para a sala de jantar. Fecho os olhos e faço uma oração rápida para que Oliver não demore a me encontrar e ao nosso bebê.


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros, é que me dá uma preguiça de revisar.
O que acharam?? Estou escrevendo atualmente o próximo capítulo que não vai ser tão grande.
Beijokas!!



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