I Won't Give Up escrita por Lariisilva


Capítulo 19
Realidade Bate à Porta


Notas iniciais do capítulo

Hey, tentei não demorar!!
Eu amei escrever esse capítulo que vai ser narrado pela THEA. Espero que vocês gostem de ler como eu gostei de escrever.
Não me matem ok??
P.S.¹ a tradução da planta está em espanhol, não em latim.
P.S.² Vocês querem o Connor na fic?
Boa leitura!!



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Depois de deixar o Ollie e a Licity em casa, fui para a boate encontrar o Roy. Cheguei lá e não tinha ninguém, ouvi um barulho vindo do escritório. Subi as escadas devagar e com cuidado, abri a porta esperando qualquer coisa, menos o que vi.

Roy andando de um lado para o outro, e o escritório escuro, com velas espalhadas e pétalas de rosas, o almoço estava na mesinha de centro. Agradeci a Deus mentalmente por não ter vindo de jeans como queria. Ele ainda não tinha me visto, então chamei seu nome.

– Roy?– Ele se virou com um pequeno sorriso. – O que é tudo isso?

– Quando nos acertamos, não tivemos um encontro de verdade, então...

Ele me diz com um sorriso tímido, retribuo.

– Está incrível. Fez tudo sozinho?

Roy riu antes de me puxar para um beijo. Só nos separamos quando o ar se fez extremamente necessário.

– Respondendo sua pergunta. Não, não fiz tudo sozinho. Dei a ideia, Lyla melhorou e já que não sei cozinhar, Dig ficou com essa tarefa.

Ri e ele me acompanhou. Passou os braços pela minha cintura e apoiou o queixo na minha cabeça.

– Senti falta da sua risada Thea. Senti falta de você, falta do 'nós'.

– Eu também Roy. Eu também senti falta de você, do 'nós'.– Falei apertando sua cintura.

– Vem.

Ele me puxou para o chão ao redor da mesa e comemos em silêncio, com troca de olhares e sorrisos.

Quando terminamos, Roy se levantou e sentou no sofá me puxando para seu colo. Coloquei meu rosto na curva de seu pescoço e inalei seu cheiro tão reconfortante. Beijei seu pescoço e logo sua boca, o beijo se intensificou.

Meu raciocínio foi cortado no momento que senti minhas costas no sofá e o peso de Roy sobre mim. Os próximos movimentos foram rápidos, realmente rápidos.

Roy abrindo meu vestido e eu arrancando sua camisa e calça durante os beijos (N/A: Eles tiraram o sapato para comer), nos separamos ofegantes tentando recuperar um pouco de fôlego.

Voltamos a nos beijar, com desejo, amor. Ficamos nus rapidamente e em um movimento rápido e preciso éramos um.

Ele se movia lentamente, como se quisesse apagar todo o tempo que ficamos separados. Apertei as pernas na sua cintura, o fazendo aumentar o ritmo, que nos levou ao êxtase. Roy nos gira para que eu ficasse deitada no seu peito.

– Isso foi...– Comecei a falar, porém tinha que achar uma palavra para descrever.

– Uau.– Ri com sua descrição.

– Sim, uau.– E é a vez dele de rir.

– Que tal repetirmos?– Ele pergunta com um sorriso travesso. Me inclino e o beijo, quando o clima está esquentando... Alguém bate na porta.

– Roy? Sinto atrapalhar, mas... Há uma entrega lá em baixo e só você ou a srtª. Queen pode receber.

Suspiro. Tudo que é bom dura pouco. Roy se levanta e se veste rápido.

– Claro, 5 minutos.– Ele diz a quem quer que seja. Se vira para mim e engole em seco, resolvo provocar. - Pode, por favor se vestir?

Ele pergunta me olhando de cima a baixo.

– Claro que posso.– Roy respira aliviado. – Porém... Não quero.

Ele me olha incrédulo.

– Thea, se você não se vestir, eu não recebo a entrega.

– Não receba.– Rebato calmamente, ele arqueia uma sobrancelha e me beija até que eu fico sem ar.

– Se vista e a noite nós terminamos.

Aceno que sim me dando por vencida. Me levanto e me visto rapidamente, pego sua mão e descemos as escadas. Ele me dá um selinho e vai receber a entrega.

Assim se passou o resto do dia, os dois ocupados, e a cada encontro um pequeno beijo. A noite, ele estava combatendo o crime e eu ajudando na boate.

O expediente acabou e eu desci só para encontrá-lo dormindo, ainda de uniforme e com vários hematomas aparecendo. Beijos brevemente seus lábios e vou para casa.

Está tudo em silêncio, como alguma coisa e vou para o quarto, tomo banho e já vou deitar quando lembro que esqueci meu celular no balcão. Quando chego na cozinha, vejo o Oliver de costas e... Oh meu Deus.

Meu Deus Ollie, suas costas... Foi a Licity?

Eu não sei se estou chocada ou emocionada. A noite foi boa para alguém.

– Não Speedy. Fui eu mesmo.

Responde na ironia e se vira. Fico boquiaberta, o pescoço...

– Seu pescoço... - estava todo marcado, com mordidas e chupões. Só então vi Licity na frente de Oliie, completamente vermelha.

– Eu sei Speedy, eu vi no espelho. - Faz uma pausa. – Você poderia emprestar um vestido a Felicity?

– De gola alta por favor. - Fiquei um pouco confusa, mas então eu vi o pescoço dela. - E um pouco de maquiagem.

Fiquei sem palavras. Abri a boca várias vezes sem conseguir falar nada. Oliver começou a rir, só assim achei minha voz.

– É... Claro.

Dei meia volta e subi as escadas. Dormi um pouco antes de levar o vestido. Fiquei tão chocada com aqueles dois que esqueci meu celular de novo.

Me levanto, tomo banho, me visto e levo o vestido. Bato na porta do quarto.

Thea: http://www.polyvore.com/emma_capitulo_29/set?id=143631824

– Licity, trouxe o vestido.

Quem responde é meu irmão.

– Pode entrar Speedy.

Entrei e me deparei com meu irmão terminando de abotoar a camisa, porém estava sozinho.

– Cadê a Licity? - Perguntei.

– Tomando banho. Obrigado pelo vestido.– Ele disse sorrindo.

Só há um problema. Não é de gola alta.– Ele ri. - Eu trouxe maquiagem suficiente...– Olhei para ele. – Para os dois.

Rimos juntos, mas logo ele ficou sério.

– Tem algo para fazer hoje à noite?

Neguei com a cabeça.

– Vá na caverna hoje à noite. Tenho algo para te contar. É muito importante que você vá.

– Ok Ollie, eu vou.

Nesse momento Licity saiu do banheiro enrolada numa toalha e vi o estrago que meu irmão tinha feito.

– Licity, não tenho vestidos de gola alta, trouxe esse. É o seguinte, ele vai ficar um pouco mais justo e curto do que em mim.

Vestido: http://www.polyvore.com/emma-capitulo/set?id=129409846&p=6

– Obrigada Thea.

Fui em direção a porta e meu irmão me seguiu. Me deu um beijo na bochecha e falou.

– Eu te amo Speedy. Em qualquer situação. Nunca esqueça.– Me disse.

– Eu também te amo Ollie.– Retruquei e fechei a porta.

Algumas horas depois

Desço as escadas e encontro Dig e Lyla, Roy, Licity e o Ollie. Eles estão estranhos, os encaro a procura de respostas. Vejo a Licity segurar a mão do Ollie antes dele me estender um celular.

– Tem algo que eu preciso te contar...

Nem em um milhão de anos, estaria preparada para o que eu vi. Um vídeo onde eu matava a Canário, ou melhor, a Sara. Olhei para o rosto de todos eles.

– O que é isso? Ollie?

Ele respira fundo e vem na minha direção, segura minhas mãos e começa a falar.

– A verdade. Quando você estava em Corto Maltese com Merlyn, voltaram à Starling. Você não se lembra por que estava sob efeito de uma droga derivada de uma planta nativa da América do Sul, chamada obedecer y olvidar. Obedecer e esquecer, quando você a ingere, fica propenso a receber ordens e isso se torna uma compulsão até que você a executa. Está entendendo até agora?– Aceno que sim. Perdi minha voz. - Só que quando a ordem é executada, você esquece de tudo o que aconteceu após a ingestão da planta e apaga por 48 horas.

Não, não. Isso não pode estar acontecendo, meu pai nunca faria algo assim comigo, mas o Oliver não faria isso comigo, não destruiria meu chão apenas por não gostar dele.

– O que você quer dizer com isso? Você acha que Merlyn fez isso? Ele não faria. NÃO faria.

Eu grito já chorando. Eu que pensei ser uma guerreira inabalável, estava enganada. Ainda sou capaz de quebrar.

– Escuta Thea, quando a liga veio atrás de quem matou a Sara, Merlyn procurou o Oliver, por saber que ele o entregaria. Mostrou o vídeo. A liga te culparia, mesmo você estando drogada, te culparia. O Oliver não deixaria você morrer e se entregou. Qualquer um de nós se entregaria para te salvar.– Ouço Roy me dizer.

Não consigo controlar o choro, é algo incontrolável. Ponho o rosto nas mãos e choro. Sinto braços me envolverem, o que só me faz chorar mais.

Eu sou uma assassina. Matei a Sara.

– Speedy... – Ouço Ollie falar, interrompo.

EU A MATEI!– Grito em meio ao choro.

Seca as lágrimas Thea. AGORA. - Ouço a voz da Licity e me controlo um pouco. - Você a matou? Ficar se martirizando não a trará de volta. Você tem a escolha de usar isso para fazer o seu melhor, ou, deixar isso te consumir. O Oliver já matou, o Roy, o Dig e a Lyla também. Só eu que nunca matei... Ainda. Não que eu queira matar alguém, é que... Já aconteceu com todos então...

A abraço e sussurro um 'obrigada' o seu ouvido. Me levanto e vou em direção a escada, quando ouço a voz de Lyla, que estava calada até agora.

Aonde você vai Thea?

– Resolver tudo. - Respondo.

Não, não agora. Ainda há coisas que você tem que saber e tomar decisões. - Ela replica.

Eu tenho que fazer isso. O que a Laurel vai pensar? Deus... Ela vai me culpar, eu matei a irmã dela.

– Não, não vai te culpar. - Diz Dig e eu olho confusa para ele. - A Barbie, resolveu contar e prendeu a Laurel por horas aqui na caverna, até que ela entendeu tudo. Eu e o Roy não gostamos da ideia, mas ela estava irredutível. Assim foi feito. A Laurel sabe e culpa o Merlyn.

Corro para Felicity e a abraço. Quem diria, a pessoa mais indefesa da sala é quem mais nos protege, mais luta por nós. Porém ainda há a liga.

E a liga?

É o meu irmão quem responde.

Sabe sobre você e a Nyssa...

– Quem é essa Nyssa?

– A namorada da Sara. - Assinto. - Disse que se você entregar o Merlyn está livre.

Ele me usou, o homem que eu chamei de pai me usou, usou para livrar a própria cara. Tudo o que sinto por ele é ódio.

Eu tenho contas a acertar... - Quando iam argumentar, completei. - Sozinha. Eu não consigo estar perto de vocês, não depois que eu matei uma pessoa próxima a vocês.

Licity bufou irritada e começou a falar e a andar de um lado para o outro.

Você só pode estar brincando comigo. Vocês Queen's são inacreditáveis. Vocês tem beleza, generosidade, altruísmo , heroísmo... E o dobro de burrice. Quando vocês vão entender que não estão sozinhos? - Ela pergunta baixo. - Eu vou te dizer algo que eu disse ao seu irmão na batalha contra Slade... Você não está sozinha e eu acredito em você. - Disse olhando nos meus olhos entre suas lágrimas.

Sinto muito. - Me virei para sair.

Espera. Esqueci de dizer algo. - Me virei para ouvir. - Vocês são egoístas. Quando tomam uma decisão, vão até o fim sem olhar como isso afeta quem ama vocês. - Felicity diz mexendo na bolsa e indo em direção as escadas antes de voltar a falar. - Eu já perdi demais. Não vou ficar aqui esperando outro de vocês morrer. Se você quer se matar... Vá em frente. Eu não vou ficar aqui para ver seu corpo ali.

Aponta para a maca de ferro e sobe as escadas. Estávamos todos em choque pelo que ela falou. Dig dá uma cotovelada em Oliver que logo vai atrás dela, mas antes ele para, me dá um beijo na testa e sussurra.

Ela tem razão.

O pior é que ela tem razão. Nunca olhamos ao redor quando tomamos uma decisão, não olhamos o quanto ela afeta os próximos a nós. Respiro fundo e repenso minha decisão.

Roy... Você poderia... - Eu não sei como pedir isso a ele.

Sim Thea, sempre. - Roy responde sorrindo como se lê-se minha mente.

Não. - Dig se mete. - Se o Merlyn surtar ele mata os dois. O Oliver lutou com ele duas vezes, e quase morreu nas duas, eu levei um tiro numa das lutas. Não podemos perder mais ninguém.

Sorri para ele ao ver sua preocupação.

Antes eu achava que não tinha família além do Oliver, hoje eu vi que estava enganada. Tenho vocês e não vão se ver livres de mim tão cedo. Só quero olhar nos olhos dele e ver se ele vai negar. Não vou falar nada sobre a liga saber sobre mim. Ligue para Nyssa e avise que ele é todo dela.

Dig assente e nos abraça. Lyla sussurra um 'se cuida' e beija nossa testa.

Saímos de mãos dadas em direção a casa do meu 'pai', enquanto eles ligavam para Nyssa. Fomos de moto até perto da saída da cidade. Chegamos na porta e eu paro.

– Eu preciso de 10 minutos à sós com ele.

– Nem pense nisso.

– 10 minutos. Se eu não sair você entra e nós vamos embora.

Ele assente contrariado e eu entro e vou em direção ao escritório. Merlyn está sentado lendo uns papeis e levanta a cabeça ao me ouvir chegar.

Filha. Não sabia que vinha. - Sua voz me enjoa.

É verdade? - Pergunto sem fazer rodeios.

– O que? - Ele me pergunta com um brilho de confusão no olhar.

O Oliver voltou e me contou coisas... É verdade? - Eu já estou sem paciência. Compreensão brilha em seu olhar.

Eu não sei do que ele está falando. Ele não gosta de mim, você sabe.

Perdi a paciência e comecei a gritar.

– Filho da puta cínico. Me fez matar a Sara. Como você pôde? Eu confiei em você.

Ele veio em minha direção rapidamente, o que me fez recuar alguns passos.

– Olha como fala comigo. Eu sou seu pai.

– FODA-SE!– Gritei para ele. - Meu pai era Robert Queen. E você nunca será como ele.

Ele me encurralou na parede e começou a me sufocar com as mãos.

– Garota idiota. Eu te tirei do fundo do poço. Sem mim você não seria nada. NADA.

Mesmo quase sem ar eu ri para ele que me deu um murro. Caí no chão e ele me levantou pelo cabelo. Gritei. Dei um murro na garganta dele, que se afastou o suficiente. Comecei a atacar, mas ele desviava e já contra-atacava me acertando. Merlyn acertou um chute nas minhas costelas e caí arfando. Ele voltou a me sufocar. As palavras de Felicity ecoaram na minha mente. " Eu já perdi demais. Não vou ficar aqui esperando outro de vocês morrer. Se você quer se matar... Vá em frente. Eu não vou ficar aqui para ver seu corpo ali".

Comecei a perder a consciência, meu último pensamento foi. Sinto muito Licity. E naveguei pela escuridão.


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Notas finais do capítulo

E então??? Basta um sim ou não sobre Connor!! Gente, vou tentar não demorar.. De novo.
Beijos



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