Eu, você, nós dois. escrita por JojoValdez


Capítulo 7
Nossa viagem para a praia!


Notas iniciais do capítulo

oi meus luvers!!!! desculpa pelo tempo sem postar, mas eu estava viajando - não, eu não estava na praia, mas eles vão estar -. Espero que gostem do cap e COMENTEM pliss! Um beijão para cada um que lê!



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– “Saturday morning jumped out of bed, and put on my best suit…”

– Nada de terno não, Luisa, vai é colocar um biquíni por que o guto já está te esperando... – disse minha mãe.

– Já? Ah meu Deus, peça à ele para esperar uns minutos, por favor! – pedi.

– Calma, lu. Ele está la fora brincando com o Pocoyo e com a Abóbora. – disse minha mãe, já saindo do quarto.

Realmente é sábado de manhã, e eu havia acabado de pular da cama. É hoje que eu vou para a praia com guto, e eu ainda não estava pronta. Fui até minha penteadeira pegar um batom e acabei me deparando com uma foto minha e de leo. Estávamos abraçados e devíamos ter uns onze ou doze anos. Na foto, estávamos comemorando meu aniversário, que por um acaso era daqui três semanas semana. Olhar para aquela foto me fez lembrar de tudo, desde que conheci leo, até a ultima vez em que nos falamos – na casa dele -. Eu havia contado para guto o que havia acontecido, e ele disse que ainda não estávamos namorando, portanto não era traição, e não pude deixar de pensar que ele ficou com outra garota nesse meio tempo. Meu raciocínio foi interrompido pelo perfume de guto, que agora tomava conta do meu quarto.

– Bom dia, meu amor! – falei enquanto ele vinha me beijar.

– Bom dia, minha amnésia! – disse ele.

– Não entendi. Amnésia? – perguntei.

– É.

– Por que? – perguntei mais.

– Por que quando estou com você eu me esqueço de todo o resto! – disse ele em um tom romântico.

– Ah, o que eu fiz para merecer você?

– Nasceu. – respondeu ele, e então me beijou – Bom, espero que esteja preparada, pois hoje vou te ensinar a dirigir...

– Ah, senhor! Eu vou bater seu carro, eu tenho certeza! – falei corada.

– Bem, é um risco que corremos...

Guto pegou minha mala e desceu a escada. Acabei de me vestir e desci a escada sozinha, pois finalmente meu pé estava bom. Eu estava com um chapéu e uma bolsa de praia e algumas pulseiras. Uma rasteirinha no pé e uma canga verde curta na frente e comprida atrás. Com meu biquíni é simples e branco, eu estava pronta.

– Lu – chamou minha mãe –, venha aqui, por favor – ela me chamou em um canto da cozinha – Olha, faça o que seu coração mandar você fazer, mas faça direito.

– Mãe, eu não vou fazer nada! – falei.

– Tudo bem, mas vai que por um acaso algo aconteça e você mude de ideia... E mais uma coisa, você já bebeu?

– Já – falei de cabeça baixa – Demais – continuei.

– Tudo bem! Todo mundo erra – falou ela, em um tom preocupado – Só vou te pedir que caso beba este fim de semana, que seja pouco. Eu não vou estar por perto. Guto bêbado pode querer fazer algo com você, então não custa cuidar...

– Você está dizendo que eu posso beber e tranzar? – perguntei.

– É. Não. Mais ou menos. Eu não posso te impedir. Se não for esse fim de semana vai ser depois. A vida é sua, e eu acho que você sabe o que faz. Você sabe que é errado, mas mesmo assim vai fazer, então se for para beber, beba, mas pense em todas as consequências...

– Mãe, obrigada! – agradeci – Você além de uma super mãe, que nos educou sozinha é uma grande amiga. Sem duvida eu não poderia pedir algo melhor!

– Eu te amo, minha garota! – disse minha mãe, com lágrimas nos olhos – Se eu negar o que você quer isso só trará sua rebeldia, então assim é melhor – ela me abraçou e me deu um beijo na bochecha.

– Eu também te amo, mãe, mas pare de chorar, por que se não eu vou acabar borrando minha maquiagem também.

– kkkkkkkkkk nem se preocupe, já parei, agora vá para o carro. Gustavo está te esperando.

– Tchau, lu – gritou Pedro.

– Ah? Vem aqui me dar um tchau decente, garoto! – falei. Pedro desceu a escada e me deu um beijo e um abraço.

– Você já ia esquecer – disse ele, me entregando a sacola com as camisinhas que minha mãe havia nos entregado – Eu te amo!

– Obrigada, kkk – coloquei o saco na bolsa e dei graças a Deus que minha mãe não estava mais ali – Também te amo, pirralho!

Corri para o fora e guto me esperava com a porta do carro aberta. Entrei e assim a porta fechou. Guto entrou e acelerou o carro rumo a casa de praia. Recebi uma ligação e quando atendi, era duda.

– Oi!

– ...

– Ah, ok!

– ...

– Hoje não dá, lembra? Estou indo para a praia com guto!

– ...

– Tá, um beijo...

– Quem era? – perguntou guto.

– Duda.

– O que ela queria?

– Ir no shopping, mas eu disse que hoje meu programa é com você – então eu o beijei para disfarçar a mentira. A verdade é que ela só havia ligado para avisar que já estava na praia.

– Coloque uma música – disse ele.

– Pode ser “Anaconda” da Nicki Minaj? – perguntei.

– kkkk, tudo bem! Vai ser uma viagem animada...

Guto e eu fomos ouvindo todo tipo de musica possível. Ouvimos um pouco de pop, rock e rap, pois juntos decidimos que uma viagem sem funk e musica clássica seria melhor... Conforme o carro se aproximava da praia, o perfume de verão se aproximava. Logo a paisagem se tornava mar e areia. Passando a parte turística da praia, entramos em um tipo de condomínio em que entre as casas e a areia só existia uma mera calçada. Atrás das casas existia a comprida rua por onde passávamos. Guto entrou na garagem de teto de vidro e estacionou o carro. Repentinamente senti um cheiro de churros...

– Ah meu Deus, eles vendem churros aqui? – perguntei, pois era um condomínio.

– Kkk, sim, eles vendem. Churros, milho, água de coco e espetinho de churrasco. Pegue – ele me entregou vinte reais – Compre algo para comermos. Vou tirar as coisas do carro.

– Ah, O.K.

Guto apontou a saída, que era um portão na parte da frente da casa, ou seja, de frente para o mar. Assim que encostei o portão, vi os quiosques bem ajeitados que ficavam na faixa de areia. Comprei dois milhos e uma água de coco. Antes de entrar, resolvi ligar para duda, aproveitando que guto não estava por perto.

– ...

– Oi, calma! Eu não podia falar muito com guto por perto.

– ...

– Calma, repete.

– ...

– Duas casas ao lado da casa rosa? Isso?

– ...

– Vai na sacada!

– ...

– Te achei! Nossa, como é pertinho... Da um oi para o biel.

– ...

– Tá, eu vou entrar, antes que o guto estranhe...

Desliguei o telefone e mais uma vez analisei a proximidade das duas casas. O.K. Não eram tão próximas, mas eu conseguia ver a casa da tia da duda, e isso já era suficiente. Como já passavam dos cinco minutos que eu havia saído, vi que tinha que voltar. Fechei o portão e fui entrando no quintal. Guto devia estar lá dentro, então subi a escada que dava na varanda aberta. Abri a porta da varanda fechada por paredes e teto também de vidro, mas eu não via o que tinha dentro, pois as cortinas estavam fechadas. Quando entrei, guto estava deitado e abraçado em uma garota de mais ou menos a mesma idade. Eu não via muito, pois eles estavam de conchinha e de costas, por isso não me viram. Guto acariciava os longos cabelos loiros dela e lhe beijava a cabeça. Por que ele estava fazendo isso? Foi tudo armado! Será que ele estava se vingando por leo?

– Guto? – tentei chama-lo, mas minha voz fraquejou. Mesmo assim foi alto suficiente para que ele escutasse.

– Lu? Olha, não é nada do que você está pensando O.K.? – ele tentava se explicar.

– Por que você me chamou aqui? – uma sensação de nojo e tristeza me abalava por inteira.

– Luisa? – chamou a garota. Ela tinha um sotaque estranho – Olá, sou Nina, prazer! – ela esticou a mão, mas eu simplesmente a olhava com raiva – Não? Tudo bem! Mas se eu fosse você eu me sentaria e ficava quieta para escutar o que guto tem a dizer.

Olhei para guto e então eu vi aqueles olhos azuis suplicantes por uma chance. Me sentei numa espreguiçadeira branca e sequei as lágrimas entes que elas escorressem pelo meu rosto.

– Fale! – disse eu para guto.

– Essa é Nina – disse ele.

– Isso eu já sei. – falei

– Gustavo, me poupe! Deixa que eu falo – disse Nina – Eu sou uma intercambista. A família de guto me aceitou durante meu intercambio, quando eu tinha dezesseis anos. Há três anos, quando eu estava aqui, meu pai faleceu, e quem me apoiou foi guto e os pais dele. Desde então eles me tratam como filha. – completamente desamparada, falei...

– Me-meus pêsames! – abaixando a cabeça, continuei – Desculpa, guto. Se alguém aqui te motivos para desconfiar é você. Achei que pudesse estar se vingando por causa... – as palavras não saiam da minha boca.

– Do que aconteceu com leo? – perguntou Nina.

– Nina, fique fora disso, por favor – pediu guto, com os olhos marejados.

– Maninho, você vai ter que me desculpar, mas eu vou ter que dizer que a sua atitude foi muito errada. Você não sabe o quanto o Gustavo gosta de você. Se soubesse tenho certeza que não o machucaria a tal ponto. – as palavras me acertavam como tijoladas.

– Eu... Eu... Eu não queria ter feito nada disso... – as lágrimas agora fugiam do meu controle.

– Agora não adianta mais dizer isso, pois você já fez!

– Nina, pare! – pediu guto.

– Tudo bem, eu já falei o que tinha para falar. E você, pare de chorar, garota! Só espero que tenha aprendido com o erro...

– Lu, tudo bem! – disse guto.

– Não, guto. Não diga que está tudo bem! Ela errou! – gritava Nina.

– Nina, pare de se meter!

– Não, guto. Ela está certa – falei – Eu sei que errei. Desculpe-me!

– Lu, nós já tivemos essa conversa. Eu só peço para não falarmos mais sobre isso.

– Desculpe! – pediu Nina – Eu extrapolei. Desculpa, Luisa. É que falar sobre meu pai e envolver o guto... Ele é tudo o que tenho!

– Mas e sua mãe? – perguntei, mas logo percebi que perdi a chance de ficar calada.

– Perdi minha mãe num acidente de carro. Ela pulava para o banco de trás para ficar comigo, mas então o carro capotou e ela estava sem cinto. Meu pai e eu tivemos muita sorte nesse dia...

– Me desculpe, eu... eu não sei o que dizer. Qualquer coisa que eu diga soará vazio demais para uma situação dessas...

– Tudo bem – ela olhava para uma cicatriz no braço, mas achei melhor não questionar – Vou para o meu quarto.

O clima ficou tenso por alguns segundos, mas então guto me beijou e tudo melhorou. Não era o tipo de beijo que me excitava nem o que me derretia, mas sim o beijo de amor. Um beijo apaixonado. Um beijo que me mostrou que ele realmente se importava comigo. Interrompendo nosso beijo, um cachorro, mais especificamente um Golden Retriver dourado, entrou latindo e babando tudo. Ele derrubou guto no chão e começou a lamber o rosto dele.

– Josh! Pare! – guto tentava exercer ordem, mas ele ria.

– Josh? – ouvi Nina gritando de algum lugar – Josh, vem comigo meu garotão! – Josh ficava cada vez mais agitado ao ouvir a voz de Nina – Josh! – disse ela, quando apareceu na área – Pai? Mãe?

– Nina! Guto! – disse uma mulher que entrou – Ah, e você deve ser a Luisa! Prazer! Sou Helena, mãe de guto – eu já tinha ouvido falar dela, mas não muito. Ela me abraçou e me cumprimentou.

– É um prazer conhece-la também, dona Helena! – ela aparentava ter uns quarenta e sete anos, ou seja, dez anos mais velha que a minha mãe.

– Ah, me chame só de Helena, querida. Faz tempo que chegaram?

– Uns vinte minutos – respondeu guto – Cadê o pai?

– Seu pai está lá fora conversando com o vizinho. Mande o entrar! – disse Helena – Nina, minha filha, como você está? Quanto tempo...

– Estou bem, mãe. Estava com tanta saudade de Josh! Como o trouxeram?

– Seu pai resolveu que um barco seria a melhor opção. Aproveitando, ele já comprou o barco novo e vendeu o velho. Inclusive, viemos de barco até aqui!

– E fizeram boa viagem? – perguntou Nina.

– Sim, foi bem tranquila. Graças a Deus não pegamos nenhuma tempestade muito forte. – explicou Helena – Ah, querida, para que você possa entender melhor, estávamos em West Palm beach, na Florida. Nina morava lá, então fomos buscar Josh, que estava com a tia dela.

– Pai! – Nina levantou e correu para abraçar o homem que entrou.

– Nina! Como você está? – perguntou ele.

– Bem, mas senti sua falta – quando ela finalmente o soltou... – Ah, pai, essa é a Luisa. Luisa, esse é Carlos, meu pai.

– É um prazer conhece-lo! – falei.

– Igualmente. Boa escolha, Gustavo!

– Obrigado, pai. – respondeu guto.

– Bom, seu pai e eu passamos mesmo só para deixar Josh e dar um olá. – disse Helena.

– Ah, mas vocês já vão? – perguntou Nina, desapontada.

– Temos um casamento para ir, Nina. Adoraríamos ficar, mas não podemos. É o casamento da Diane, e agradeçam, consegui convence-la de que vocês não poderiam ir.

– Ufa! Obrigado, mãe. – disse guto.

– Bom, temos que ir! – falou Helena, se despedindo de nós.

Não pude deixar de perceber uma certa distancia entre guto e Carlos, bem ao contrario de Nina. Depois que eles foram embora, Nina pegou uma coleira, colocou no pescoço de Josh e avisou que o levaria à um passeio. Depois que somente guto e eu ficamos sozinhos, ele me beijou e me deitou na espreguiçadeira. Ele tirou a blusa e continuou me beijando. Uma tensão cresceu dentro de mim, pois agora estávamos completamente sozinhos. Guto continuava me beijando loucamente, então ele se levantou e me levou junto. Ainda me beijando, me encostou na parede, me encurralando. Eu não sabia o que fazer. Bem, na verdade eu sabia. Eu tinha que interromper o beijo, mas eu não conseguia, pois ele beija bem demais! Guto finalmente me deixou respirar. Ambos ofegantes, ele disse...

– Que tal um banho de mar?

– Por mim tudo bem! – falei, tranquila.

– Vou no banheiro, já volto. – de repente, senti algo frio em mim. Água.

– Ah! Que gelada! – gritei rindo, quando vi guto me acertando com uma arma de brinquedo.

– Só por que eu sou muito legal vou te dar uma arma de água também! – brincou ele – Pronto! Agora está justo.

Corremos para a praia e entramos na água. Mal deu tempo de eu tirar minha canga e o óculos. Entramos na água fria, que logo se tornou boa, pela temperatura do dia. Uma onda derrubou guto, e eu só vi as pernas dele para fora d’água.

– Gustavo!

– kkkkkk – ele se levantou rindo, como se nada tivesse acontecido – minha boca está salgada!

– Ah é? Deixa eu ver... – fui até ele e o beijei. Quando me dei por conta já estávamos fora d’água novamente, pois uma onda havia nos derrubado – Viva ao nosso primeiro beijo subaquático!

– Tolinha! – ele me beijou novamente. Não sei dizer ao certo, mas ficamos um bom tempo dentro do mar. Tanto tempo que o sol começava a se por. Saímos do mar e estendi minha canga. Guto trouxe milho, churros, água de coco e espetinho de churrasco. Montamos nosso piquenique e o deliciamos vendo o sol de encontro ao o mar. O tempo fechou e nós tivemos de entrar. Guto estava preocupado com Nina, pois em poucos segundos começaria uma tempestade e ela e Josh ainda não tinham voltado. Tomei um banho no banheiro de guto e ele tomou no banheiro dos pais. Eu estava me vestindo quando a luz apagou. A sorte é que meu celular estava em mão, então achei minha blusa e sai, pois já estava de short. Guto olhava agoniado pela janela.

– Nada? – perguntei.

– Não. Eu vou atrás dela! Se quiser, na área coberta tem luzes de emergência. Aconteça o que for, não saia de dentro de casa! – dizia ele, enquanto pegava as chaves do carro.

– Não vou deixar você ir sozinho! Vou com você!

– Luisa, não! É perigoso demais!

– E espera que eu me conforme ficando aqui, sozinha, sem saber como você está? Vou com você e ponto final! – disse eu, indo até a sala.

– Lu, é perigoso! Por favor, fique...

– Guto, se é perigoso para mim, é perigoso para você, e nada vai acontecer. Vamos encontrar Nina e Josh e voltar para cá, então pediremos uma pizza e tudo ficará bem! – sorri para ele, tentando soar convincente, mas a verdade é que eu também tinha minhas duvidas. Não pela tempestade, mas sim por que Nina havia saído há umas três horas atrás. Entramos no carro e guto acelerou. Eu mal tinha tempo de olhar para procura-la, mas ele estava preocupado demais, por isso não avisei – Gustavo, quero que me escute – falei séria – Vou correr até a areia e olhar por lá. Eu volto em um instante!

– Não, lu. Deixa que eu vou. – disse ele.

– Nem tente me impedir – falei e desci do carro. Correndo, fui até a areia, seguida por guto, e juntos procuramos eles. Olhei para um lado, e nada, para o outro, e nada também. Guto e eu já havíamos virado as costas, mas então ouvi um latido. Devia estar muito longe, pois eu mal pude escutar – Guto, espere! Ouviu isso?

– Isso o que? – ele voltou correndo para olhar.

– Lá – apontei para uma árvore muito distante – Tem gente embaixo da árvore, veja!

– Nina! – tive de segura-lo.

– Guto, é inútil correr, vamos de carro e chegaremos mais rápido. Além do mais, ela quer carona...

Quando descemos do carro, pude ver que Josh latia incansavelmente para Nina. Conforme nos aproximávamos, pude ver Nina caída, e acho que guto também, pois ele começou a correr ainda mais.

– Nina! – quando chegamos, tirei a coleira de Josh que estava presa a mão de Nina e o levei para o carro. Guto pegou Nina no colo e a deitou no banco traseiro – Lu, por favor, fique de olho nela!

– Claro, vou sentar lá atrás!

– Não! – disse ele, instantaneamente – Não! – repetiu ele, porém mais calmo desta vez – Lembre-se da mãe de Nina...

Olhei para a garota e pude ver sua testa rocha. Josh parecia muito bem, mas ele deitou a cabeça no meu colo para ficar olhando para a dona. Ele tinha uma expressão preocupada, se é que cães fazem esse tipo de expressão...

Guto deitou a irmã no sofá e ficava a chamando. Sentei no chão e acariciei Josh, que esperava um sinal da dona. Não fazíamos ideia de quanto tempo fazia que ela estava desmaiada, mas ela acordaria, isso eu tinha certeza... Depois de alguns minutos, peguei a arma d’água e entreguei a guto.

– Tome!

– Não é hora de brincar, Luisa! – disse ele, me olhando como se eu fosse retardada.

– Ah senhor! – peguei a arma e joguei água no cabelo de Nina, e assim ela acordou – Viu?

– Não podia ter usado um copo? – perguntou ele.

– Funcionou, e é isso que importa!

– Nina, você está bem?

– Estou. Como eu vim parar aqui?

– Nós te trouxemos...

– O que houve? – perguntei.

– Eu estava correndo para debaixo da árvore por causa da chuva, então eu tropecei e bati a cabeça na árvore, eu acho... – explicou ela.

– Faz sentido. Você está com um roxo na testa – contei-lhe.

– Pois é... – riu guto – Ficamos preocupados com você.

– Ah, desnecessário. Eu estava com muita dor de cabeça então dormi.

– Você desmaiou, mas pensa que dormiu. Isso é bem comum... – expliquei, pois lembrei que minha tia falou isso quando minha mãe caiu da cama.

– Vamos pedir a pizza, lu? – falou guto.

– Sim, e tudo fica bem...


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Notas finais do capítulo

água de coco e espetinho;
beijo de milho e todinho;
curtindo um solzinho;
lu + guto = beijinho;
Bonus: VEXOZAS *o guto é meuzinho*



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