Eu, você, nós dois. escrita por JojoValdez


Capítulo 5
O que eu fiz?


Notas iniciais do capítulo

Oii, espero que gostem do cap. PFV comentem!! '-' please '-'



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Abri meus olhos e vi guto na minha frente. Sentei no colchão e reparei que guto estava só de cueca. Olhei para mim e vi que estava só de calcinha e sutiã. O que tinha acontecido na noite anterior? Meu Deus, o que eu fiz? Meu irmão estava em casa, talvez ele soubesse. Todos ainda estavam dormindo. Fui até duda, pensei em acorda-la, mas achei melhor tentar lembrar, pois seria ridículo perguntar se eu perdi a virgindade! O maior problema é que eu não me lembro de nada. Sei que ficamos na piscina, mas não me lembro de como vim para a sala. Bebidas! Drogas! O que mais poderia ser? Fui até a piscina do jeito que eu estava mesmo e olhei ao redor. Latas de cerveja, garrafas de vodka, de whisky, e energético. O que eu fiz? Imagens minhas surgiram na minha cabeça. Eu com um copo de cerveja, um de vodka, eu e guto nos beijando... Meu Deus, eu preciso saber o que aconteceu! Entrei novamente na sala e notei que aninha não estava mais lá. Talvez ela já não estivesse antes, mas só notei agora. Ouvi a porta do banheiro bater e fui até lá.

– Oi – falou aninha, meio desanimada.

– Está tudo bem? – perguntei.

– Não muito, para ser sincera. Não me lembro o que aconteceu, só me lembro de extrapolar na bebida.

– Eu também não me lembro!

– Eu acordei embaixo do lençol, com a cabeça na coxa de leo, e não queira saber mais – ela estava de calcinha e blusa, porém sem sutiã.

– Viu meu irmão?

– Vi. Ele levantou vomitando esta manhã. – falou aninha.

– Minha mãe vai me matar! Você sabe se Pedro bebeu?

– Lu, você deu cerveja para ele, não se lembra?

– Não – com certeza minha mãe vai me matar.

Subi a escada correndo e entrei no quarto de Pedro. Lívia estava de saia e blusa, abraçada em Bruno. Carolis estava deitada, de pijama, ao lado de onde Pedro deveria estar. Fui até o banheiro e bati na porta fechada.

– Pedro? – chamei.

– Já vou – ela abriu a porta – Oi.

– Pedro, você está bem? – perguntei, um tanto desesperada.

– Vomitando. – falou ele.

– Desculpa, a culpa é toda minha, eu não devia ter deixado você beber...

– Luisa, você me deixou tomar uma lata de cerveja, não é por isso que eu estou vomitando!

– Então é por que?

– Chubby bunny, não se lembra – quando ele falou isso eu me lembrei de mais algumas coisas. O jogo do marshmallow e depois fui para o banho – babada de marshmallow -.

– Ah, que alívio...

– Por que está vestida assim? Ou melhor, por que não está vestida? – perguntou ele.

– Calor! – falei, já saindo.

Eu estou tentando pensar, mas estou com uma dor de cabeça latejante. Minha mãe ainda não estava em casa, isso significa que ela vai chegar só no meio da tarde, e ainda eram nove e meia, mais ou menos. Cheguei na sala e duda estava levantando.

– Bom dia, nega! – disse ela, sonolenta.

– Duda, eu preciso falar com você! – mesmo sendo ridículo eu vou perguntar.

– Tá, claro! – ela veio até mim – O que foi?

– O que aconteceu ontem? Eu me lembro de beber exageradamente, mas não me lembro de como vim para cá, e nem por que estou desse jeito...

– Eu não sei! Você e guto se esconderam em um canto e não vi mais vocês. Acho que eu e biel viemos tranzar, mas pegamos no sono – ela realmente não tranzou, pois está com short e sutiã.

– Duda! – falei apavorada.

– Acorde guto e fale com ele. – sugeriu ela.

Fui até a cama e o chamei. Cutuquei ele e ele se mexeu. Chamei de novo, e mais uma vez, então ele abriu o olho e sorriu para mim. Se espreguiçou e sentou para me beijar. Eu não disse que não, mas não o beijei.

– Preciso falar com você! Podemos ir lá fora? – falei.

– Tudo bem! – ele se levantou, com aquela cueca box preta, cabelo loiro bagunçado e os olhos azuis que ainda se abriam...

Quando chegamos do lado de fora – parte da frente da casa – eu me esqueci que estava de roupa intima, e ficamos em frente ao portão.

– O que nós fizemos na noite anterior? – perguntei séria.

– Você não lembra? – perguntou guto.

– Não.

– Tipo, nadinha mesmo?

– Não me lembro de quase nada guto. Depois que a duda falou me lembrei que fomos para o meu quarto, mas não lembro de nada além dos beijos. Guto, agente fez sexo? – fui mais direta desta vez.

– E ai, gostosa? – disse um moleque que passou pela rua.

– Vaza daqui antes que eu arrebente sua cara! – falou guto, furioso.

– Desculpa ai... – o garoto saiu correndo. Devia ter só uns doze ou treze anos.

– Não lu, não fizemos sexo! – uma sensação de alívio me consumiu, mas logo recuperei a postura.

– O que aconteceu então?

– Você pediu para fazer sexo! Estava bêbada, assim como eu e todos os outros...

– Ai que vergonha – coloquei as mãos sobre o rosto, pois estava prestes a chorar.

– Ei, não chore, tá legal! Você estava bêbada, não sabia o que fazia, mas acalme-se, não aconteceu nada demais...

– Guto, você sabe que eu so...

– Que você é virgem? Sei. E te garanto que se ficarmos juntos, vou fazer com que o seu momento seja perfeito, e que aconteça só quando estiver pronta. Confesso que ontem, fiquei tentado, até por que eu também não estava com a consciência normal.

– Guto, você jura para mim que não fizemos nada além de ficarmos assim?

– Na verdade você saiu do banho e me chamou no seu quarto. Disse que não encontrava suas roupas, e então decidiu ficar como estava, ou seja, assim.

– O que mais eu fiz? – perguntei com medo, pois sabia que ele estava me escondendo algo.

– Tirou o sutiã – falou ele -, e falou algumas coisas... Deu trabalho para colocar seu sutiã de volta...

– Obrigada – eu falei, gentilmente.

– Por que? – perguntou ele.

– Se quisesse poderia ter tranzado comigo, mas não fez isso...

– Eu sabia que você não estava consciente do que estava falando, era o mínimo que eu podia falar...

Abracei ele e ele me abraçou. Eu estava corada, conseguia sentir a temperatura das minhas bochechas aumentando... Fiquei na ponta do pé e beijei aqueles lábios macios. Depois de alguns segundos, coloquei o pé inteiro no chão novamente e o agradeci de novo. Entramos em casa e a maioria já tinha levantado e estavam arrumando a cama. Aninha acordava leo, nanda era acordada por fe, lucinha e jibóia se espreguiçavam, BomBom e Peppa arrumavam as camas, duda e biel lavavam a louça, pocoyo e dái juntavam o lixo e varriam.

– Bom dia! – falei – Gente, um minutinho só – chamei – Como toda essa bebida veio parar aqui. Eu me lembro de deixar, depois de abrir as da minha mãe, mas quem pagou? – pocoyo e guto levantaram a mão – Quanto deu?

– - noventa e três reais e sessenta e nove centavos – falou pocoyo.

– Vamos rachar! Estamos em doze, então fica... Sete reais e oitenta centavos para cada um.

– Calculou isso de cabeça? – perguntou guto, indignado.

– Sim – todos me olharam – O que foi?

– Gente, é um calculo fácil – explicou duda.

– Falaram as nerds – brincou biel.

– Vocês dois, vão acordar as crianças, eles vão ajudar a limpar. Fizemos muita bagunça... Tem vomito no chão da casa toda, cerveja virada, latas dentro da piscina, caco de vidro na área... – disse duda.

– Eu tenho que achar a bota ortopédica, kkkk, não faço a mínima ideia de onde possa estar!

– Faça uma atadura, pelo menos por enquanto – falou nanda.

– Tá – depois da atadura feita, subimos e acordamos meu irmão, carolis, Lívia e Bruno – Vocês tem que arrumar o quarto de vocês. Me deem os copos e latas de cerveja... – peguei tudo e com ajuda de guto, desci a escada – Duda, mais louça para você...

– Pode deixar. O.K. pessoal, aqui comigo! – ela tinha uma voz de comando. Depois que todos se juntaram, inclusive a turminha do meu irmão, duda começou... – Tá legal, leo e aninha, limpem a piscina; lu e guto, deem banho nos dois cachorros;...

– Por que? – perguntei.

– Vomitei encima da abóbora, desculpa – falou Peppa.

– Continuando... eu vou limpar o quarto da lu; biel e BomBom, a área de festas é toda de vocês; Pedro, limpe e arrume o seu quarto; carolis e nanda, limpem e arrumem a cozinha; fe e pocoyo, limpem e arrumem a sala; Bruno, o corredor; Lívia, a escada; jibóia, a área da frente, sem nenhum lixo; e por ultimo, lucinha, dái e Peppa, dividam-se nos três banheiros. São nove e quarenta e seis, temos que estar prontos até dez e meia no máximo. É mais que o tempo suficiente. Quem acabar sua tarefa, ajude os que ainda não terminaram. Já!

Coloquei uma blusa velha e um short também velho e fui para fora. Peguei todo o material de banho canino e chamei meus cachorros. Daríamos banho primeiro na Abóbora e depois no Pocoyo. Nossa cadela adora banho, portanto ela queria brincar e acabou molhando nós dois. Guto e eu tínhamos mais pelo e shampoo que a cadela... Sequei ela com toalha, pois achei desnecessário o uso do secador, pois com o sol que tinha hoje não demoraria muito para ela estar seca. Pegamos Pocoyo, o beagle velho, e o levamos para o banho. Ao contrario de Abóbora, Pocoyo não gosta muito de água, por tanto fica meio assustado no banho, e sempre tenta fugir. Guto acariciou-o e por incrível que pareça, ele ficou quieto o resto do banho. Tentou fugir só mais uma vez, mas o carinho de guto o acalmou novamente...

Quando acabamos de dar banho nos cachorros eram dez e doze, então eu disse que guto podia tomar banho no meu quarto e depois eu tomaria, mas ele fez questão que eu fosse primeiro para não passar frio ou pegar um resfriado. Decidi que ele tomaria banho no banheiro do Pedro, que não tinha sido limpo. Depois do banho, encontrei guto sentado na sala, segurando minha bota ortopédica.

– Achei isso no banheiro do seu irmão! Kkkk – falou ele.

– Obrigada, kkkk. Vou ajudar o Pedro a limpar o banheiro e já desço...

Entrei no quarto do Pedro e fui até o banheiro. Duda estava ajudando ele. Na verdade ela estava fazendo tudo enquanto ele olhava para os peitos dela por entre o decote.

– Pare com isso – avisei.

– Com o que? Só estou limpando... – disse duda, confusa.

– Não você, o Pedro.

– Ah, O.K. Já estamos acabando, vá colocar sua bota...

– Tudo bem, mas faltam três minutos, kkkk – lembrei

Desci a escada e analisei a casa. Estava um brilho, de tão limpa. Coloquei minha bota e fui na cozinha, e quando eu olhei para a bancada, vi meu reflexo nela.

– Acho que esta casa nunca esteve tão limpa... – falou Pedro, descendo a escada junto com duda.

– Se perderam na hora? – perguntei.

– Por que? Que horas são? – perguntou duda.

– Dez e trinta e um, kkkkkk

– Vá cagar, Luisa, kkkkkk

– Luisa, vamos almoçar o que? – perguntou Pedro.

– Por que você está perguntando isso para ela? – perguntou nanda.

– Por que ela cozinha bem pra cacete!

– Filha de chefe de cozinha... – brincou duda.

– Cara, faz três dias que eu não durmo em casa – falou pocoyo – Tipo, eu saí da casa da dái, fui para a casa da duda, da casa da duda eu vim para cá...

– Quem? – falou BomBom.

– Eu – respondeu pocoyo.

– Perguntou...

– Ah, vai se foder, sonho de valsa... – brincou pocoyo.

– Querem comer o que? – perguntei.

– O especial da casa! – ouvi duda dizer.

– O que é o especial da casa? – perguntou jibóia.

– É um prato que ela, a mãe e o Pedro inventaram, e pode acreditar, vale a pena...

– Então queremos o especial da casa...

– Eu vou fazer a sobremesa, pode ser? – perguntou lucinha.

– Opa, claro que pode! – concordou guto.

– Então eu quero fazer bruschettas.

– Tá legal, mas precisarão ir no mercado, pois não tem quase nada que precisa... Lucinha, faça sua lista, e Pedro, faça a nossa!

– Eu vou no mercado, por que os legumes tem que ser escolhidos com muito carinho, e as embalagens não podem estar amassadas entre outras coisas. Carolina vem junto, Peppa vai dirigir, e BomBom vai junto para bater o cartão de presença! Venham, que o papai caga a grana e eu torro...

– kkkkkkk, cuidado com a Peppa, ela é meio barbeira! – avisei.

– Só um pouco...

Sentamos no sofá e ficamos conversando. Depois de mais ou menos quarenta minutos, os garotos chegaram com as compras e fui preparar a comida.

– Gente, podem ligar a televisão, som, jogar wii, play, ver filme, sintam-se em casa, só não quebrem nada. Vou começar o almoço...

Fui até o armário de panelas e peguei uma panela grande de ferro, uma forma e uma panela normal. Duda pegou uma bacia e lucinha pegou uma forma de bolo – aquelas com furo no meio -.

Duda pegou o queijo, o tomate, o azeite, as torradas, o sal e o manjericão e foi preparar nosso aperitivo. Pedro e eu começamos o almoço. Temperei a carne e coloquei para assar. Pedro fez o molho enquanto eu fazia o arroz. Nanda fez uma salada, e lucinha fez a sobremesa – na qual ela não nos contou o que seria -.

O almoço ficou pronto, e graças a Deus eu fiz a mais, por que minha mãe, a Gralha Azul e a silvinha chegaram para animar a festa...

Todos elogiaram a comida, inclusive minha mãe, que é bem critica, em prol de sua profissão. Limpamos a cozinha e o pessoal começou ir embora. Umas cinco da tarde ainda restavam Bruno, lucinha, duda e guto.

– Lucinha, a sobremesa estava ótima! Você tem que vir aqui mais vezes, kkkkk. – disse minha mãe.

– Ah, acho que meu pai chegou! Tchau gente! – ela pegou sua bolsa e foi para o carro. Os cabelos negros esvoaçantes poderiam tranquilamente fazer um comercial de shampoo feminino.

– Vamos assistir um filme - minha mãe pegou um pote de sorvete e três colheres e subiu para o quarto com as amigas.

– Tá legal! O que podemos fazer? – perguntei.

– Não sei vocês, mas eu e Bruno vamos jogar play no meu quarto. Se quiserem, a porta estará aberta... – falou Pedro.

– Piscina? – sugeriu duda.

– Melhor não. – observou guto – Vai chover em poucos minutos.

– Tem razão. – percebeu ela.

– Lu, quanto tempo você vai ter que usar esse negócio no pé? – perguntou guto.

– Uma semana, depois só não posso forçar. Por quê?

– Vou te ensinar a dirigir! – disse ele, com um sorriso malicioso na cara.

– Minha mãe não emprestaria o carro, kkkk.

– Mas você vai aprender no meu. É ele que você vai dirigir quando viajarmos, só eu e você! - eu o beijei. Era para ser um beijo demorado mas não deu certo...

– Ah, não. Não vou ficar de vela aqui não. Vamos jogar play com o Pedro. – disse duda, então subimos e invadimos o quarto. Na verdade, Pedro, duda e Bruno jogavam enquanto eu e guto dávamos um beijos e uns amassos...


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Notas finais do capítulo

Comentem pa deixar a lu filiz '-'



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