Eu, você, nós dois. escrita por JojoValdez


Capítulo 3
Jogo da garrafa


Notas iniciais do capítulo

oiiii, espero que gostem. Comentem por favor...



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Era em torno de meia noite, ou seja, a noite estava só começando. Estávamos em dez pessoas, já que leo e aninha não tinham ido na festa. Das dez, sete eram do nosso grupinho social, as outras três não. Leo era do nosso time, aninha do outro, mas ainda restavam três “invasores”. Peppa, fe e guto. Eles eram de outra escola, mas viviam com agente. Guto e fe raramente se juntavam, na verdade. Guto estava sempre ocupado pegando todas, e o fe era muito popular, e vivia em festas, mas era super romântico. Peppa vivia festando com agente, mas também era bem popular e aninha... Bem, acho que deu para entender que o grupinho deles é bem popular...

Inflamos três colchões de ar, colocamos um de solteiro e o de casal da duda, e alguém dormiria no sofá cama. Colocamos tudo na sala de um jeito estratégico e depois fomos para a área de festas. Eu simplesmente esqueci do meu pé e apoiei todo meu peso nele. Senti tanta dor que vacilei e caí. Alguns riram, alguns se assustaram, mas guto veio correndo me ajudar.

– Lu, você está bem? – perguntou rispidamente por causa do susto.

– Sim, estou, é só que eu esqueci do pé... – respondi.

– Eu te ajudo! – disse ele, me pegando pela cintura e me ajudando a levantar.

Ele parecia muito romântico, mas eu sabia que não duraria nem uma semana. Novamente ele me pegou no colo e me levou para a área de festas. Fala sério, nunca fui pega no colo tantas vezes assim. Nem mesmo quando bebê.

– Cadê o alchool, duda? – gritou pocoyo.

– Jamais, não na minha casa. Aqui rola tudo menos droga e bebidas! – respondeu ela, dura e séria, porém com razão.

– Ah, claro! – desculpou-se pocoyo.

Duda ligou o som a todo volume e fizemos uma roda. Sentamos no chão gelado, mas sem importância, pois estava uma noite quente. Duda pegou uma garrafa de cerveja velha que eu conhecia bem.

– A garrafa oficial do jogo de verdade ou consequência - falei.

– Isso mesmo, ou, do jogo da garrafa! – disse nanda.

– Nanda, não, kkkkkk. Sem jogo da garrafa por enquanto – disse dái.

– Milagre dái, você que é a assanhada! – riu duda – Então tá, vamos começar. – ela girou a garrafa. Deu dái para duda.

– Jogo da garrafa! Jogo da garrafa! Jogo da garrafa! – começou um coro masculino.

– Tudo bem, vocês venceram, jogo da garrafa! Mas lembrem-se, garoto também beija garoto. – eles se entre olharam.

– Tudo bem garotos, um beijo na bochecha é o suficiente para quem não tiver coragem... – falei.

Dái girou a garrafa. Dái e BomBom. Pegaram um papel na caixa – que até então eu não tinha visto – e estava escrito “selinho”. Numa encostada rápida, dái se sentou novamente e BomBom girou a garrafa. Antes mesmo dela parar, ele pegou o papel: bochecha. A garrafa apontou para mim, e assim fiquei aliviada com o papel. Girei a garrafa e apontou para duda. Nós rimos. “Beijo de língua”. Guto “esbarrou na garrafa e ela apontou para ele. Me levantei e fui até ele. Sentei em seu colo, o beijei demoradamente e voltei para o meu lugar. Ele girou a garrafa. Guto e duda, sério? Beijo de língua com amassos? NÃO! Eu assisti a cena, tentando me fazer de indiferente com a situação, mas acho que não consegui...

– Ei, é só um jogo, nega! – disse duda.

– Ciumes? Ai ai ai... – zoou guto.

Ele veio até mim e me beijou. Voltou para o lugar e duda girou a garrafa. Ela e pocoyo, com um “beijo”. O jogo continuou... Alguns minutos depois, duda para mim, “beijo de língua com lambida”.

– Quem foi o criativo que escreveu os bilhetes? – perguntei.

– Peppa – apontou duda, rindo – Vai pular fora nega?

– Não.

Engatinhei sensualmente até duda e a beijei. Ela beija muito bem! Ficamos uns quinze segundos nos beijando e então ela parou e lambeu meu pescoço.

– Gente, vou no banheiro – zoou guto.

Girei a garrava e deu fe, selinho. Foi bom... Depois de uns quarenta minutos de jogo, cansamos e paramos. Zuamos mais um monte, dançamos, dançamos mais, e então um show. O show das garotas. Todas tinham que escolher um par. Fiquei com guto. Dançamos de um modo sensual e então sentamos todas no colo do rapaz correspondente. Guto me atiçava, mas eu não me renderia a ele. Apesar de muito gostoso, não me entregaria para ele. Tinha que ser o cara certo, e esse não era ele.

Eram quatro e meia da manhã. Deitamos nas camas e ficamos conversando – berrando – de uma cama a outra. Estavam todos em casais. Eu e guto, duda e biel, fe e nanda, Peppa e BomBom, jibóia e lucinha, e pocoyo e dái. Depois que alguns dormiram, começamos o silencio preparatório para dormir. Guto passou seu braço ao redor da minha cintura e eu o abracei. Nos beijamos por muito tempo. Um beijo de amor. Um amor que logo acabaria... Como ele consegue fazer isso? Sério, ele prova que te ama, te convence que te ama, mas na verdade ele não te ama. Como?

– Está um pouco calor! – sussurrou ele em meu ouvido.

– Não acho. – apesar de mentira, eu disse isso mesmo.

– Se incomoda se eu tirar minha blusa? – perguntou ele, gentilmente.

– Pode tirar... – falei como se fosse indiferente.

Ele tirou a blusa e me envolveu em seus músculos muito malhados. Tocou meus lábios e depois os beijou. Naquele beijo ele me provou que talvez durasse um pouco mais que um ou dois dias, mas sim umas duas semanas ou três...

– Olha, talvez isso esteja acontecendo rápido demais para você, mas eu venho esperando esse momento faz muito tempo. – sussurrou ele, me fazendo arrepiar com tais palavras.

– Guto, eu realmente estou gostando de você, mas não posso dizer muito mais. Falei com você dois dias por whats e te conheci pessoalmente a poucas horas. Gosto do seu beijo, do seu carinho, mas não posso te dizer até onde isso vai. Na verdade você pode, e eu tenho a impressão de que não é longe.

– Claro que não, lu. Eu quero ficar com você. Quero te conhecer. Quero te fazer se sentir especial e única, assim como você é. – falando desse jeito ele quase me convenceu.

– Relaxa guto, já conheço sua fama de pegador...

– E se dispôs a tentar mesmo assim? – não respondi a pergunta. Na verdade fiquei eu mesma me perguntando... – Lu, gosto sim de pegar garotas, mas eu nunca traí uma.

Ele me beijou. Um beijo profundo e quente. Passei minha mão por aquele rosto e depois pelo cabelo cor de areia. Quando irrompemos o beijo, aqueles olhos azuis encantadores me olhavam como se fosse a primeira vez em que nos víamos. Passei minhas mãos pelo corpo dele e pude sentir cada musculo no seu lugar.

– Guto, me abraça? – pedi carente.

– É claro! – falou guto.

Deitados, percebemos que somos os únicos acordados. Ele beijou meu pescoço e se posicionou de conchinha. Estava calor, mas mesmo assim era gostoso dormir deste jeito. Ele fez a parte dele muito bem feita. Só me abraçou. Não tentou colocar a mão nos meus peitos nem na minha bunda, o que eu achei muito respeitoso pela reputação dele. Em poucos segundos eu dormi.

*****

– Lu, acorda! – duda me sacudia.

– O que houve? – perguntei quando percebi que só ela estava acordada.

– O biel sumiu! – disse ela assustada – Eu já o procurei por toda parte e nada dele. Não posso chama-lo para não acordar os outros.

– Liga para ele. – sugeri.

– Liguei. O telefone tocou aqui – ela apontou para o lado da cama.

– Mas que merda, ele tem que estar aqui! – falei.

– Nega, onde mais eu procuro?

– Calma duda, vou te ajudar. – levantei da cama e passei a mão no rosto para acordar – Onde você já procurou?

– Em tudo!

– Vem, vamos olhar...

– Lá fora ainda não olhei. Nem no celular dele. – falou ela

– O que? Espera que ele esteja dentro do celular?

– Não sua tola. Vou ver as mensagens... Acorda e para de pensar merda, ou melhor, acorda e pensa.

– Duda, não olhe o celular dele...

– É rapidinho... – fui até ela e a puxei.

– Vamos... Faz quanto tempo que você acordou?

– Uns dez minutos.

– Tá. Vou olhar a parte de trás enquanto você olha de novo todos os cômodos. Nos encontramos na frente...

– O.K.

Fui na área da piscina e da churrasqueira. Nada do biel. Passei pela lateral da casa. Depois do portão, do outro lado da rua, biel discutia com uma garota da nossa idade. Com um gesto, interpretei que ele a mandava embora. A garota pulou e o beijou. Biel ficou atônito por alguns segundos. Depois de tentar tirá-la e falhar, duda chegou e entendeu tudo errado...

– Mas que merda é essa Gabriel? Eu preocupada e você ai, pegando outra? – duda partiu para cima de biel, mas eu sabia que a culpa não era dele...

– Duda, espera! – ela não me ouviu, então eu tomei atitude. Quando a garota foi correndo para o carro dela, corri atrás. Meu pé doía, e muito, mas isso não importava, pois eu tinha uma amiga para ajudar. Eu a segurei pelo braço e puxei para fora do carro. Ela caiu e me puxou também. – Nunca mexa com uma amiga minha!

Dei um tapa na cara dela enquanto ela me puxava os cabelos. Eu vi que a garota era muito patricinha para brigar, então a empurrei no chão e a segurei. Parece que me enganei. Ela era boa de briga, mas ninguém era melhor que Peppa...

– A manca querendo me bater? – zoou a garota e depois chutou meu pé machucado.

– Ei, você, não machuque a minha amiga... – gritou dái da porta – Peppa! Corre aqui.

Dái segurou a garota para que ela não fugisse. Em seguida Peppa chegou. Peppa é o tipo de gente barraqueira, patricinha e puta, e mesmo assim todo mundo ama ela. Guto correu para me ajudar. BomBom tentava segurar duda, que batia incansavelmente em biel. Dái e Peppa batiam, beliscavam e mordiam a garota.

– Lu, meu deus, o que houve? – perguntou guto.

– Guto, só me leve até a garota, por favor! – ele fez isso. Quando cheguei perto, Peppa a segurou pelos braços e dái pelas pernas. – Nunca, mas nunca mesmo se meta com duda. Mexeu com ela, mexeu comigo.

– E se percebeu, se mexe com a lu, mexe com todas nós. – disse Peppa.

– Vadia! – gritei e a derrubei no chão novamente. Posso dizer que ela estava em desvantagem numérica, mas só. Não demorou até que pocoyo, BomBom, guto e fe viessem nos separar. Nanda tentava desesperadamente segurar duda. – Vá embora, e nunca mais ouse procurar biel ou atrapalhar a vida deles – disse, apontando para duda e biel, que ainda se matavam...

– Espera! Segurem ela... – gritou lucinha, e como deixa, lhe deu o mais forte tapa.

– Vá! – ela não pensou duas vezes e acelerou o carro. – Segurem duda! Biel não teve culpa, só que ela não sabe disso.

Depois de muita briga, três garotos conseguiram segurá-la enquanto Peppa, e dái o tiravam de perto. Fe e lucinha me ajudaram a entrar e jibóia e nanda cuidaram das explicações com os vizinhos. Quando sentei no sofá e levantei o pé, ele começou a latejar. Sentaram duda do outro lado do sofá. Ela ainda gritava e esperneava, então me viu séria olhando para ela.

– Eduarda, pare com essa infantilidade! – falei, então ela se acalmou um pouco.

– Mas... mas você viu... – justificou ela.

– Eu vi bem mais que você, e sei que biel não teve culpa nenhuma...

– Mas...

– Sem “mas”, deixa eu explicar... Quando eu passei pela lateral da casa vi biel a mandando embora. Ela simplesmente agarrou ele. Ele tentou tirá-la, mas eu não sei se você reparou na nossa briga, ela não é uma garota fácil...

– Mas quem é ela? O que ela estava fazendo aqui? – questionou-se duda. Reparei que guto tentou sair do espaço, então...

– Guto, você só por um acaso sabe de alguma coisa? – perguntei.

– Hum... Não vou mentir para você. Eu sei quem ela é, e acredite, vocês não gostariam de saber...

– Felipe...? – chamou duda, percebendo que também estava inquieto.

– Tá legal, também conheço...

– Mais alguém conhece aquela puta? – perguntou nanda, furiosa.

A maioria dos garotos levantou a mão e baixou a cabeça. Na verdade, todos levantaram. Biel não estava lá, mas percebemos que ele a conhecia...

– Quem é ela? – perguntou duda

– Por que não pergunta a biel? – sugeriu pocoyo, que levou um tapa de BomBom – Ah, desculpe...

– Chame o biel, guto. A duda NÃO VAI BATER nele, né?

– Não... Vocês todos tem muito o que explicar... – disse ela. Enquanto guto chamava eu tirei as ataduras do pé. Estava preto. – Caramba, lu. Temos que te levar à um hospital...

– É, mas pode ser depois, nem se incomode. - falei

Biel chegou e sentou bem longe. Seu rosto e braços estavam todos arranhados e vermelhos. Ele não reagiu em nem um momento se quer, pois jamais levantaria a mão para uma garota.

– Podem começar – disse Peppa, de braços cruzados. Todos os garotos estavam em um lado da sala e nós do outro.

– Tá legal, eu falo – começou BomBom – Aquela é a Gabriela. Ela... ela... Pô gente, ajudem né...

– Ela toca punheta e chupa qualquer um! – falou guto, bem rápido.

– O que? Ela chupou todos vocês? – gritei.

– Não! – disse BomBom – Para mim ela só tocou uminha...

–Aff! Até você Felipe? – perguntou nanda – Achei que fosse diferente...

– Olha, critiquem o quanto quiserem, mas não sabem o que é uma semana de crise... – justificou pocoyo.

– Para você tudo é motivo de punheta, pocoyo – gritou dái.

– O que ela veio fazer aqui, biel?

– Recebi uma ligação dela esta manhã. Ela disse que estava vindo aqui e se eu não estivesse lá fora ela faria o maior escândalo. Achei que se eu pedisse com jeito ela iria embora, mas só deu mais escândalo. – disse ele. – Sobre o beijo...

– Luisa já me explicou, desculpa...

– E a proposito, nós a conhecemos pela fama de puta, não por outro motivo. Biel foi o único garoto que a negou e ela se sentiu na obrigação de fazê-lo aceitar... – disse guto

– E você guto? – perguntei.

– Lu, ela nunca perguntaria para mim sabendo que sou amigo do biel, principalmente depois que... vou ter que contar biel... depois que eles namoraram. O dia que biel pôs fim no negócio ela começou com essa história de dar para todos. Ela não para mais de encher o saco dele. Ela sempre tentando estragar a vida dele, mas sempre falha.

– Quer dizer que ela nun...

– Nunca, Luisa. E se não ela receberia mais um não.

– Mais dois – fe entrou na conversa.

– Pocoyo? jibóia? BomBom? – questionou lucinha.

– Não me culpem, eu não sabia da reputação, e vocês sabem qu...

– Que você é um punheteiro filho da puta! – gritou dái.

– Eu só deixei uma vezinha... – justificou jibóia

– Eu já disse...

A discussão e os berros começaram, mas guto veio na minha direção e biel na de duda e tudo se cessou.

– Ai biel, olha só para você, está todo arranhado. Me desculpa? – disse duda.

– Não foi nada demais. Foi só uma flor muito linda que sem querer me arranhou com seus poucos espinhos...

– Ai, que fofo – falou duda, então o beijou... Um beijo bem demorado. Guto me beijou igualmente e assim os que brigavam também se beijaram, esquecendo da briga. Meu telefone interrompeu todos os beijos...

– Alô, mãe? – perguntei.

– ...

– Ah, tá meio mal. Eu machuquei de novo...

– ...

– Ah, agora? Espera ai! – tirei o celular da orelha – Ela vem me buscar. Vai me levar no hospital... – guto pegou o celular da minha mão.

– Alô! Oi, aqui é o Gustavo, amigo da Luisa. Se a senhorita quiser eu posso leva-la. Estamos tomando café da manhã agora...

– ...

– Não. Eu tenho dezessete anos, mas eu dirijo as vezes. O meu carro está aqui. Eu lhe garanto que jamais colocaria a vida da sua princesa em risco... – eu ri.

– ...

– Obrigado. Pode deixar que eu falo... Tchau. – ele desligou – É, parece que sou eu quem vai te levar no hospital...

– Kkk, obrigada.

Depois do café eu me arrumei e entrei no carro de guto. O pessoal me desejou boa sorte e nós fomos rumo ao hospital, escutando “Human” da Christina Perri...


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Notas finais do capítulo

Comentem... Um elogio ou uma crítica são bem aceitos. São uma motivação...



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